Dizem que as rugas chegaram ao seu rosto sem pedir licença e, da noite para o dia, já era outra mulher, mais simples, da terra, do açude, dos animais e da vida que a própria vida lhe ofereceu. Será que havia percebido que alguns códigos estavam intrínsecos, desde que nasceu e começou a ler seus próprios instintos?
Não deve mais lembrar-se das baladas em lugares caros, do Corcel II prata, do Ary Mário que afiou suas asas e voou da Bela Vista para o mundo, dos perfumes caros, da vida de preguiça e superficialidades. Patrícia é outra. Mais velha, mais enrugada, mais perto de suas verdades.