RESTAURANTE GRIL DA PRAÇA XV


Caminhando por Porto Alegre, descobri, por acaso, na frente da Praça XV, um prédio datado de 1884, que foi restaurado e transformado num belo restaurante já a três anos, conforme me informou seu proprietário. Na entrada, uma porta de vidro adesivada com uma fotografia de uma porta antiga com pintura descascada pelo tempo, quase não se percebe que ali existe um restaurante decorado com muito bom gosto e comida simples, mas com um toque de criatividade a ser experimentada. Depois de cruzar a entrada, uma escadaria leva a o andar superior, descortinando o amplo restaurante decorado com muito bom gosto.


Com pé direito alto, paredes que exibem os antigos tijolos de barro, janelas e portas de madeira originais e treliças no teto, dão ao conjunto aquele toque perfeito de modernidade e do antigo ao Restaurante Gril da Praça XV. que lembra os antigos armazéns de Chelsea em New York, transformados em Pubs, Galerias de arte e de Moda perfeitamente ajustados ao contexto estético dos tempos contemporâneos. Tem mais, além de bonito,  o bife livre sai por um preço justo: R$ 20,00.

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Deixa eu ser desses meninos franzinos e encardidos
Que colecionam tampinhas de garrafa pet.
Que criam invenções e jogam pro alto.
Que constroem cidades com caixinhas de fósforo.

Mostrem-me o Sol, me aponte a Lua.
Eu quero ir até elas..

Deixa eu molhar meus pés sujos no leito do teu rio.
Assim terei histórias para contar aos meus.

UMA ESTRANHA LUZ REDONDA.

Hoje a noite quando fui com uma amiga até o seu carro estacionado na rua, vimos uma luz refletindo-se acima das copas das arvores, na praça em frente. Uma luz redonda que parecia de uma grande lanterna, se mostrando bem visível a os nossos olhos. Brinquei que poderiam ser seres extra- terrestres e que eu até poderia ir com eles.
Ela então me abraçou e disse que nós ainda precisávamos um do outro. Entrou em seu carro e foi embora. Eu ainda tentei avistar a estranha luz, mas não encontrei.

UMA FIGA COMO CONSOLO


Às vezes é necessário fazer uma figa e mandar todo mundo pra aquele lugar, porque não tá fácil viver neste planeta... A figa não vai mudar muita coisa, a não ser uma cara de desaprovação de algumas pessoas, e nos dar uma sensação de alivio, de placebo para aguentar todo este mal estar geral.
Amigos, conhecidos que encontro na rua, ficam me dizendo:
É, pois é!.. É isto!.. Tá deste jeito e parece que vai piorar!.. É, não tem mais saída!  Por que não tem mais o que dizer, além de meias palavras, frases desconstruídas, desestimuladas.
Pra cada lado que se volta o olhar, parece haver algo rançoso que precisa ser substituído ou posto fora de uma vez por todas.
Perdemos a confiança, a esperança em quase tudo, nos governantes, nos patrões, nos vizinhos, na sociedade, no mundo, na possibilidade de encontrar um amor e viver feliz. A sensação que fica, é de uma grande conspiração rolando em conjunta e prestes a explodir a qualquer momento. Talvez uma figa sirva de consolo!

BOLO FERMENTADO.


Se eu pudesse, eu resistiria a tantas coisas que me acomete a vida, como a mágoa, a descrença e sentimento de impotência que moram em mim e formam buracos, que filósofos, psicanalistas, críticos políticos de plantão no Face book, não conseguiram resolver com seus comentários. Afinal todos vivem na mesma Samsara, né mesmo?
Estes sentimentos, são como ervas daninhas, que crescem na alma, quando percebo tanta injustiça, discriminação e violência estimulada por pessoas que não possuem discernimento do mal que cometem.
Vivem da mentira, são enganadas com falsos códigos de ética, de moral, de justiça; vivem presas ao que não são e defendem uma liberdade que nunca tiveram.  
Foram catalogadas, engolidas pela massificação que transformou a todos numa fermentada massa de bolo que cresce a cada dia. Aguardemos vê-lo crescer e se esparramar pra fora da forma.

NADA SE CRIA, TUDO SE COPIA.

Daí que eu resolvi brincar para diminuir o peso do estres. Faço isto sempre que posso, através das lentes da maquina de fotografar, nas paginas disponíveis do meu blogue, que é o meu livro de anotações mentais, emocionais e psicanalíticos. E daí, vai acontecendo...
A intensão, não é, nem nunca foi, deixar com que as pessoas ficassem parecidas, mas sim, fazer com que as fotos lembrassem de outras situações e com alguma semelhança e então brincar com isto.
Todos nós, seguimos um roteiro de criatividade, que registramos de algo que vimos (uma imagem, uma situação, etc..) e que guardamos em nossas gavetas emocionais, para um dia utilizar, mesmo numa brincadeira como esta.

Grace Jones / Givanildo


Frida Khalo / Alba Borges

Elis Regina / Alba Borges.

VAZIO

Sinto que neste momento, algo se fecha em mim, entro em recesso e sem data para me recriar, sem inspiração para escrever, sem vontade de opinar sobre qualquer coisa. Estou com as minhas emoções esvaziadas. É isto que sinto, um vazio, que não sei quando voltará a se preencher, e se transbordar como antes...
Estes vazios surgem de tempo em tempo, no inesperado do dia, potencializando-se a noite, criando buracos que logo, logo, devem ser preenchidos com expectativas, sonhos, devaneios, esperança nova.

ESMOLEIROS E INCENDIARIOS


A gente aprende observando, ouvindo a opinião de outras pessoas, que nem sempre é a mesma nossa opinião, daí que alguns panoramas pessoais mudam e agente fica pensando... 
Eu ouvi alguém me dizer, que existem pessoas que vivem esmolando pela vida. Esmolam favores, atitudes, sentimentos e atenção de quem não quer ou não pode dar o que elas desejam, fazendo-as se sentir eternas vitimas da desatenção, do descaso.
Hoje aprendi sobre os incendiários que dramatizam tanto algumas situações comuns, que criam celeumas e discussões acerbadas acerca de uma situação comum, sem nenhuma razão justificável. Transformam coisas simples em pequenos dilemas construído por eles mesmos e nunca assumindo autoria.
Quando acusados de atiçarem fogo em situações simples e que poderiam ser resolvidas de outra maneira, agem como se estivessem sendo injustiçados, respondem que só estavam soprando para ver o fogo se extinguir. Enfim, nem os esmoleiros, nem os incendiários se auto reconhecem. O mundo é cheio deles.

UMA MÃE EMPRESTADA.

Lembro-me que gostava mais da tia Maria, do que da minha própria mãe e de todo o resto da família que a vida me apresentou e hoje por alguma razão, voltei a sentir sua falta, do calor de seus braços que me aninhavam nas noites solitárias de inverno, quando cobertores eram poucos e cães uivavam nas esquinas da minha rua.
Tia Maria era vista por alguns parentes e conhecidos, como uma andarilha. Depois do trabalho, saia a visitar parentes que a acolhiam em suas casas, em função de algumas privações pela qual passava. Caminhava grandes distancias, arrastando sacolas que mal conseguia carregar. 
Embora tivesse um marido, preferia muitas vezes pousar fora de casa. Talvez quisesse fugir de sua dura realidade.
Lembro-me de vê-la chegando na minha casa, carregando suas sacolas, do seu silencio, do seu sorriso, da paciência para me ouvir e de me contar histórias, da sua sensibilidade que às vezes a fazia chorar e a lamentar as dificuldades e pobreza em que vivia, do seu visível carinho por mim e de me ter como a um filho.
Curioso lembrar dela, neste momento, nesta noite chuvosa em que o vento dobra as arvores, sentir sua falta, do seu café com leite e pão torrado, do seu lenço preso na cabeça, do seu vestido presenteado por alguma patroa, do seu cheiro de mãe emprestada e que agora, me causa esta saudade apertada.
Se eu pudesse, eu a traria de volta, lhe serviria o mesmo café, com pão torrado e falaríamos dos velhos tempos. Ouviríamos o vento soprar lá fora, dormiríamos juntos e abraçados.

VIAJANDO NA MAIONESE.


De repente olhei para este objeto sobre a cômoda do meu quarto e pensei: Parece com um disco voador se não fosse um prato decorativo e discos voadores, lembram alienígenas cujo o objetivo é dominar todo o planeta e escravizar a raça humana. 
Mas também me fez lembrar do prédio do Congresso Nacional em Brasilia, idealizado por Niemeyer em forme de um H, com uma cúpula maior e convexa, que representa a Câmara dos Deputados e do outro lado uma cúpula menor e concava, que abriga a sede do Senado Federal. 
Nossa, tô louco então?. Tenho que parar de viajar na maionese!..

LA POESIA NO REDUTO BOÊMIO.


Minha paixão por cafés, não é de hoje e quando me refiro a eles, não estou falando da bebida, mas do ambiente onde são servidos esta maravilha, capaz de provocar as mais diversas inspirações poéticas que se pode colher da vida.


Dentre todas as classificações que se pode fazer de um cafe como: os de bairro, os de tribos, os de esquina, os de meio de quadra, os alternativos, os literários, parece-me que todos tem algo em comum, o encontro com o intimismo e as emoções que se afloram principalmente quando ajudadas por uma ambientação que o tempo ajudou a construir.


O café e bar La Poesia, no número 502 da Rua Chile, em San Telmo - Buenos Aires, é desses lugares típicos, mesas e cadeiras de madeira simples e antigas, pé-direito alto, piso cerâmico quadriculado e que serviu desde os anos 1970, para o encontro de artistas, intelectuais e boêmios, que promoviam concorridos saraus de musica e poesia nas noites portenhas.




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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...