Norma e Leila rompendo tabus.

O Brasil perdeu nesta semana a grande atriz Norma Bengell, responsável por causar um grande escândalo na sociedade brasileira nos anos 60, ao aparecer nas telas do cinema completamente nua, num período em que o nu frontal era uma algo proibitiva na filmografia nacional.
O filme "Os Cafajestes" é de 1962, escrito e dirigido por Ruy Gerra e indicado ao Urso de Ouro em Berlin, conta a historia de um jovem rico e muito mimado, que ao ver seu pai indo à falência, organiza um plano para reverter a situação. Ele consegue um cúmplice para armar um flagrante do tio rico com uma mulher. O objetivo era tirar fotos e tentar ganhar dinheiro através de uma chantagem.
A façanha em mostra-se como veio ao mundo, fez de Normal a primeira atriz brasileira a se apresentar completamente  nua diante de uma câmera, rendendo todos os tipos de comentários moralistas da época.
Norma Bengell morreu na madrugada desta quarta-feira - 09, vítima de problemas respiratórios causados por um câncer no pulmão esquerdo, que nunca quis tratar. Ela estava internada em um hospital do Rio de Janeiro, quando veio a falecer.
Uma pergunta que eu me faço é se ela sabia que criaria tanta polemica social a cerca de sua nudez, sendo a primeira atriz brasileira a romper com este tabu. Por que às vezes não temos a minima noção do que nossas atitudes são capazes de provocar e futuramente se transformarem num marco histórico cultural.  Será que Leila Diniz também tinha alguma consciência disto a o desfilar gravida de biquíni na praia de Ipanema?
Ora, Leila desfilou sua exuberante barriga nos anos 70, numa época que a lei dizia o seguinte: Não serão toleradas as publicações e exteriorizações contrárias à moral e aos bons costumes - (decreto lei n. 1077 de 26/01/1970). Hoje são outros tempos e é comum ver mulheres gravidas, ostentando suas barrigas em biquínis cavadíssimos na praia, sem nenhum problema. Que bom que o tempo passa para tempos melhores!

Izabel Padovani.

Minha mais recente paixão está nas mãos ou melhor dizendo, na voz de Izabel Padovani, cantora paulista de voz delicada, firme e grande musicalidade. Conheci Izabel em Poro Alegre, onde dividia o palco com outras duas cantoras: Ná Ozete e Monica Salmaso, em Outubro de 2011 no salão de Atos da UFRGS, no projeto cultural chamado "Duos Brasileiros".
Izabel Padovani, é dona de uma voz afinadíssima e firme; Talvez não seja tão popular do publico em geral que preferem as cantoras da mídia, mas seu trabalho e a representação de um significativo expoente da cultura musical brasileira por vezes deixado de lado pelos modismos musicais. Posso dizer que Izabel é uma referencia pontual na musicalidade contemporânea. Seu ultimo CD, chamado Mosaico com arranjos de Ronaldo saggiorato, Luis Passos na guitarra e bandolim, Ronaldo saggiorato violão, baixo e programação eletrônica, Deni Pontes na percurssão, Paulo Freire na viola e Rafael dos Santos no piano, é uma preciosidade.
Seus trabalhos anteriores foram: Desassossego em 2006, TONS Bass&voice/2005, HEIN?/2000, MAR&BE/1995
Participações especiais em JAZZ bei RALF - 2005 DAS WIENERLIEDFESTIVAL - vol 2 - 2002
com Thomas gansch, RUMOS ITAÚ CULTURAL MÚSICA - 2008, 12 DVDs - 58 artistas brasileiros.
Nos Sites aabixo, voce pode ter uma palhinha de seu trabalho:

Unir, somar, dividir..

Mais uma foto que eu vejo e me faz questionar sobre relações amorosas: Quantas pessoas existem sistematicamente neste mundo, com interesse em dividir sua intimidade com outra pessoa? Dividir a cama, o guarda roupas, o banheiro, as alegrias, as tristezas? Muitas ou poucas? Engraçado, mas quando olho pra esta fotografia, eu não penso em divisão, mas em união e chego a conclusão que as duas palavras neste contexto louco tem o mesmo significado. E afinal, unir é somar e também dividir? Que complexo este raciocínio que me invade agora. Mas antes de surtar de vez, devo dizer que a foto é transgressora, é bonita e eu não tenho a menor duvida sobre isto. Constato no meu dia a dia, muita gente querendo unir mas sem subtrair, dividir, criando um mecanismo incompressível e sem lógica, uma matemática estranha que não chega a nenhum resultado.

Renovação da imagem.

Uma parte de mim é assim, absurdamente simbólica, suspeita, pois preciso criar ou modificar algo em minha aparência, alterar minha auto imagem, para demarcar o final e consequentemente o inicio de uma outra fase emocional a que me proponho . Esta atitude me parece reforçar o up, me deixar claro onde uma fase terminou e a outra começou. Uma fronteira, certo?. Um corte diferente de cabelo, deixar crescer ou mesmo raspar a barba, me cria esta sensação de renovação não só no externo, mas também interiormente. Vi esta foto que postei aí em cima e lembrei disto, desses pequenos recursos que costumo utilizar (e acho que não só eu..) para retornar a o equilíbrio pessoal e assim me sentir melhor com a vida, com as pessoas e comigo mesmo. Que venha o novo!

Quem não é visto...

Não, eu não sou rancoroso, apenas utilizo de algumas  técnicas simples para evitar sofrimentos futuros, mesmo que isto pareça uma bobagem. 
Existe uma frase que eu não sei de onde surgiu e que diz o seguinte: "Quem não é visto não é lembrado" E isto serve para os dois lados, não somente para quem aperta a tecla.

O que nos separa das pessoas.

Num determinado momento percebemos que alguns lugares não é o nosso lugar e isto, mesmo que não saibamos à principio, nos custa uma certa angustia até nos darmos por conta, mas nos favorece no sentido de que futuramente não nos comprometermos desnecessariamente, quando então percebermos. Tic, tac, tic tac.
Que bom perceber estas diferenças agora, por que o que nos separas das pessoas é um avião, um oceano, outros planos e muitos enganos.

Triálogo.

A Internet tem sido um dos veículos de maior informação que se tem a mão, superando o radio, a TV, a imprensa escrita e não importa se as informações recebidas são falsas ou verdadeiras, pois o que é importante e a  INFORMAÇÃO em si e sabermos separar o joio do trigo, em outras palavras, ter a percepção e esperteza de diagnosticar a verdade e a mentira nos fatos. 
Um fotografo espanhol fotografou dezenas de casais do mesmo sexo se beijando em frente ao altar de algumas igrejas italianas causando aquele clima, possivelmente proposital de PROVOCAÇÃO.
Claro que a exposição de fotos chamada TRIÁLOGO, que significa conversa entre três pessoas, foi proibida com a alegação de ferir a liberdade religiosa e desrespeitar os locais de culto e que podem ser vistas neste site: AQUI.       

Calma aí.

Por indicação de um amigo, resolvi ouvir a trabalho de três novas cantoras que estão surgindo na mídia. Mas como não é possível contemplar atentamente todos os trabalhos de uma só vez, resolvi me fixar num e devo dizer que gostei bastante de Monique Kessous.
De voz afinada e cristalina Monique dá seu recado com muita competência o que lhe rendeu fazer parte da trilha sonora de duas novelas da Globo: (A faixa título em Ciranda de Pedra de 2000, de Alcides Nogueira; e a musica “Pitangueira” que se integrou na novela Paraíso no ano de 2009, de Benedito Ruy Barbosa).
A se ver pelas datas em que suas musicas participaram das novelas, percebe-se que o reconhecimento de sua competência como cantora e compositora não é tão novo assim. Uma de suas ultimas canções da moça chamada "Calma Aí", faz parte da novela Sangue Bom na TV Globo.

Pessoalmente, foi muito gostoso ouvi-la cantar musicas dos Beatles, do seu CD Liverpool /Bossa, como Hey Jude, A Hard Day's Night, If I Fell, Yesterday, She Loves You., provovando aquele gostinho doce de saudades na boca e nos olhos.

No espaço e no silencio.

Foi nesta semana que eu me dei conta dos meus limites, é, eu falo dos limites pessoais que cada um de nós temos para entender e compreender o como se processam fatos na nossa vida e de que forma o elaboramos. Elaborar neste caso, significa assimilar positivamente da melhor maneira possível estes fatos muitas vezes enosados.
Eu estava na Fundação Ibere Camargo, quando de repente percebi estar num grande espaço onde eu, euzinho, era apenas um ponto por ali, ora parado, ora caminhando, atento a tudo na minha volta. 
Além disto um grande silencio invadia o lugar, que parecia ainda mais extenso. Passei então a subir as rampas sinuosas e a perceber, o quanto este silencio tornava o ambiente maior e eu ainda mais reflexivo.
O silencio é transformador, renovador e concede revoluções internas e silenciosas, com o poder de modificar a nossa visão da vida, tão cheia de sonoridades dispersivas.
Percebi a eficácia deste silencio e sua capacidade de me fazer ver as coisas de outro modo, mesmo doendo a quem doer, mesmo me fazendo mais tristes, mas ainda mais pulsátil.

Chave perdida.

O que fazer com esses desencontros emocionais que acontecem na nossa vida e não estamos preparados? Que atitude tomar para que eles não incidam sobre nós, nos causando esta caustica sensação de abandono, de desnecessário, de desimportante? Eu não me sinto preparado para isto, embora tente algumas doses de paciência. Será que a paciência é a chave perdida? E esta angustia é vida ou sentimento inútil?
Decididamente eu pareço não pertencer a este mundo dos homens!

Porque tem de ser.

Escolhas são necessárias e nem sempre estamos preparados para toma-las seja por preguiça, insegurança, medo ou egoismo. Mesmo que não a tomemos, o mundo se encarregará disto sem se  importar se foi a melhor escolha, simplesmente acontece como um descarte natural de renovação.
Durante o dia vejo flores, flores graciosas suspensas nos galhos de Ipê e sei que num determinado momento elas cairão sobre o chão, murchas, esmagadas pelos transeuntes apressados que não tem como desviarem, serão esmagadas até desaparecerem. Cair do galho faz parte deste descarte natural, do ciclo de renovação necessária, até que se faça um um novo ciclo de vida.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...