VERDADES SECRETAS.


Instintivamente eu senti cheiro de algo falso no ar desde o inicio e no meio da relação, mas eram desigualdades brandas, daquelas que são tão insignificantes e que as pessoas sentem vergonha de assumir, de te olhar nos olhos e dizer os motivos reais. Eu entendia.
A gente sente as vibrações e as diferenças morais dessas verdades intrincaras que não são ditas verbalmente, mas através das reações do corpo, dos gestos, do olhar, embora tudo pareça estar em segredos íntimos e  fechados à sete chaves, mas que possuem um peso determinante aos que possuem algumas  limitações e medo de quebrar as regras que transformamos em verdades pessoais. Afinal o corpo fala até mesmo aquilo que não queremos contar. Foi bom o termino desta relação fadada a uma rotina insólita e sem dinamismo. O fim é o começo do novo.

Para Danuza, ser rico perdeu a graça


Eu estava lendo alguns sites na Internet, logo que cheguei em casa, depois de uma manhã e meia tarde de compromissos inadiáveis, sim por que pagar contas é sempre um compromisso inadiável e fiquei pensando sobre a babaquice que eu li e que na verdade revela o pensamento burguês que pra mim nada mais é do que o substrato da sociedade com seus vícios depurados. E quando penso nestes burgueses antiquados, logo me vem a cabeça, Narcisa Tamborindeguy, Andréa Nóbrega,Val Marchiori  e a mais paleontológica de todas, Danuza Leão que declarou numa de suas colunas de um jornal ou revista que pra mim não faz falta, que ser rico perdeu a graça e não se conforma com a ascensão social do resto do país; "Ir a Nova York já teve sua graça, mas, agora, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça?", indaga.
Li também num outro site um post com o titulo de: Terrorismo para socialites e que pra mim é uma resposta digna ao babaquismo burguês que sofre queda livre: "A vida vale a pena quando a socialite serve um ovo cru e um prego de entrada às amigas". 
Danuza escreveu um livro de etiquetas em 1992 chamado "Na Sala com Danuza", espero que em 2013 ou 14, lance um outros chamado "Na Cova com Danuza", que eu com certeza não comprarei, embora me pareça mais interessante saber sobre a queda e extinção desta camada social esnobe e que vem perdendo força dia após dia.

Republica dos Gatos.

 
Ainda caminhando pelo Centro histórico de Porto Alegre, me deparei diante desta Pub na Duque de Caxias 180, chamada Pub Republica dos Gatos, que eu desconhecia e fiquei muito curioso pelo charme inusitado de apresentar alguns grafites em preto e branco de muito bom gosto em sua fachada, lembrando uma revista em quadrinhos antiga com astros da musica como Renato Russo, Cássia Eller, Fred Mercury, John Lennon, Cazuza, Janis Joplin e outros e se chamar Republica dos Gatos. 
 
Por que será que tem este nome, será que viviam gatos no antigo casarão?. Quem teve esta ideia? Infelizmente ainda era cedo e estava fechado, mas como tudo se consegue na Internet, consegui algumas fotos mostrando seu interior de muito bom gosto. 
A Pub especializada em jantares, aceita reservas, mas clientes sem, também são bem vindos, possui serviço de garçom e lugares ao ar livre. A foto da fachada é a única de minha autoria.

Grafites no Alto da Bronze



Um passeio pela cidade esta semana e encontrei-a toda iluminada, grafitada. Como eu ja disse, gosto destas manifestações de arte popular de rua. Isto imprime vida, identidade a cidade e aos sentimentos das pessoas que vivem nela, numa determinada etapa social e política de suas vidas.
Fotografei alguns trabalhos feitos no Alto da Bronze, que como já postei aqui no blog, não possui qualquer referencia a sua história e importância no passado de Porto Alegre, o que é lastimável as gerações mais jovens desconhecerem.
  
Descendo as escadarias da João Manoel, eu percebi que o grafite também foi mudado, mas o lugar ainda continua servindo de pousada aos moradores sem teto da cidade.
Nada contra aos que não tem onde morar e se utilizam de meios menos burocráticos para continuarem na sobrevivência, mas como é possível a falta de fiscalização e conservação de um local tão bonito no centro da cidade? Acho que esta é uma daquelas perguntas que não possui uma resposta que possa ser aceitável.

Um pouco de veneno

A Bipolaridade tem suas características conhecidas que é a depressão e a euforia, mas meus sentimentos vão além disto; Além da depressão, fico de saco cheio e uma falta de paciência tão grande, que me leva aos limites da raiva. Passo a odiar os tão queridos seres humanos, que por vezes provam serem invejosos, arrogantes, chatos, discriminadores, superficiais e mal amados. Graças a Deus que esses seres não viverão pela eternidade e eu também não.

CONSPIRAÇÃO.

Fui a o jantar de Terça, num clima quase azul, mas não encontrei uma cor que combinasse com a minha. Fica realmente difícil quando as pessoas começam a falar de calhas, algerosas, barrotes e cupins o tempo todo, outras andando na ponta dos pés como se estivesse numa passarela de moda, olhares com sobrancelhas arqueadas, então fiquei lutando contra os meus malditos preconceitos, e o pior de tudo é quando preconceituamos e descobrimos que temos motivos, dai o único jeito é pelo menos tentar não discriminar. A melhor coisa que fiz foi voltar cedo para casa e colocar os pés pra cima, antes de eu tentar uma conspiração.

QUATRO GUIAS, UMA DE OGUM.

São Quatro guias de cores fortes penduradas no pescoço cujo o nome dos Orixás eu só conheço um e os outros me causa a maior curiosidade.
Pra ajudar se desloca de motocicleta e Ray-Ban escuro, para os lugares mais improváveis onde somente eu achava que poderia chegar. Mas os ossos do oficio manda e a gente cumpre ordens em instituições diferentes.

Liberdade vezes Justiça.


Gostei desta imagem que vi num blog e então não poderia deixar de postar aqui no Diário de Bordo. A liberdade lasqueando um beijo caloroso na boca da justiça, que parece ser cega, dado a venda nos olhos. Bom a liberdade tem destas, é impulsiva, calorosa, sem pudores, e ainda por cima é verde como um extraterrestre. Possivelmente a liberdade não pertence a este mundo!.

A ESCULTURA DO TAMBOR.


Fica na praça Brigadeiro Sampaio, no final da rua dos Andradas, no antigo Largo dos Enforcados, o primeiro marco escultural do Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre. Trata-se de um tambor gigante, pintado em amarelo e com símbolos da cultura afrodescendente, resgatando a memória da etnia na cidade. A escultura foi executada por Gutê, artista plástico gaúcho.


O antigo Largo dos enforcados, para quem desconhece, foi o local onde foram executados os escravos da antiga província. Segundo historiadores, no terceiro dia do mês de novembro do ano de 1857, ocorreram as últimas execuções por enforcamento na cidade de Porto Alegre, a do pardo Florentino, que matou seu senhor Antônio Soares de Almeida Leães e outros dois escravos, sendo que um deles foi provado mais tarde sua inocência.
Dom Pedro II proibiu esse tipo de execução, após a morte de inocentes.

Das Dores.

 
Hoje eu estive no centro histórico da nossa cidade e resolvi entrar na Igreja Nossa Senhora das Dores, assim que começou a tocar os sinos. Na verdade foi o som provocado pelos sinos que me fizeram entrar e apreciar toda a sua beleza. 
 
Haviam poucos fieis na igreja e então eu decidi fazer algumas fotos, mesmo sentado para não chamar muita atenção. Estive na igreja a alguns meses atrás, quando ainda estava em reforma interna, cheia de poeira e de dia, mas a noite, tudo fica mais encantador.
Sobre a igreja, a sua história fantástica da construção, eu conto num post que publiquei aqui no blog, na primeira vez que a visitei e que você pode ver aqui: A Igreja das Dores de Josino

É isso aí.

Eu entendo poucas coisas relativo a surpresas e eu falo neste momento das surpresas positivas provenientes das pessoas que dividimos espaço neste mundo, mas consigo entender os sentimentos que se apoderam da gente quando uma delas nos surpreende, mas nos surpreende mesmo, com atitudes incomuns nesta complexa equação da vida. Acho que este é o diferencial, o circuito que faz explodir e girar o motor de partida, o que todo mundo espera mas tem dificuldade de encontrar no outro. É isso aí.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...