UM FALSO MENDINGO EM PARIS

Estávamos eu, Sill e Cossete, caminhando pelas ruas de Paris, nas proximidades de Notre Dame e o Sena, quando encontramos este homem parecendo ser um morador de rua com seus cãezinhos no colo e uma caixa ao lado para o deposito de esmolas. Aparentemente de expressão dócil, deixou-se fotografar por mim e por Cossete, que em seguida demos nossa contribuição em moedas, mas ficou furiosamente descontrolado quando Sill tentou fazer o mesmo usando sua câmera profissional. Repetia para ela que paparazzo não, paparazzo não. Pareceu tão agressivo que apontou uma bengala ou guarda-chuva na direção dela, dando a entender que se não se afastasse a atacaria.
Entendemos que o fato dela estar utilizando uma maquina fotográfica mais sofisticada, fê-lo desconfiar de que se tratava de um paparazzo, um jornalista, menos um turista comum. 
Algumas particularidades me chamou a atenção neste indivíduo, fazendo me desconfiar de que ele não era um mendigo mas sim, um farsante. Primeiro que suas roupas não aparentavam estarem desgastadas, sujas ou rasgadas como é próprio dos pedintes de rua. Sua aparência de pedinte me pareceu meio montada, uma técnica bem conhecida de ganhar a vida em cidades caras como Paris.

Não se faça de bobo...

Não é só por vinte centavos seu estúpido, é por direitos que sempre nos foram negados. É o que tenho a dizer, o resto todo mundo já sabe ou se faz de bobo!..
 

Não quero ter vergonha na cara.

Sabe o que eu acabo de descobrir? Que eu não sei mais andar de bicicleta, que eu desaprendi ou que então nunca aprendi a andar. Que sexo tem que ter, além de tudo, algum sabor de sacanagem, de obscenidade  no pé do ouvido, caso contrario parece qualquer coisa como comer bolachas crocantes com maionese, que sempre se espatifa em vários pedaços na primeira, na segunda ou na terceira mordida. Será que antes eu nunca soube transar ou estou aprendendo agora? Quero dizer: aprendendo a me ouvir e dar vazão aos meus instintos primitivos? Acho é que eu estou aprendendo a não ter vergonha na cara e isto é muito, muito bom!

A magia de viajar.


A principio eu não sabia disto, mas depois de um tempo, tudo foi ficando mais claro e pontual; Quando viajo para lugares que eu não conheço, estou me possibilitando também viajar por dentro de mim e ultrapassar fronteiras que antes eram intransponíveis, fazer uma espécie de reconhecimento fundamental e necessário. Não, eu não conheço apenas lugares que me surpreendem por sua beleza e historia, mas por sentimentos pessoais que eu desconhecia e se tornam parte consciente de mim e dos meus dias, fazendo-me transformações. Esta é a magia, o descobrimento e o reconhecimento de coisas intimas com panos de fundo diferentes, que se agregam ao que sou.

As catacumbas de Paris.


As Catacumbas de Paris são basicamente um grande cemitério, instaladas em túneis e cavernas debaixo da cidade, uma verdadeira cidade subterrânea, criada no século 18, quando os cemitérios da cidade estavam superlotados. Hoje, pode-se visitar os miteriosos túneis cheios de ossadas e caveiras no Museu das Catacumbas na Avenue de Colonel Henri Rol-Tanguy).
São cerca de 300 km de galerias, onde apenas 1,7 km podem ser visitados, numa profundidade de mais ou menos 20 metros, descendo por uma escadaria em espiral, cruzando por um corredores estreitos, úmidos e com pouca iluminação. Uma placa na entrada do local avisa sobre o teor do passeio, desaconselhado para pessoas "sensíveis" ou com problemas cardíacos e respiratórios. A advertência se justifica porque uma vez dentro das catacumbas, o visitante não tem mais por onde escapar. Menores de 14 anos não podem entrar no local sem a companhia de um adulto.
Você deve estar se perguntando o motivo para existir tais catacumbas em uma cidade tão bonita e glamourosa como Paris, pois saiba que era desses túneis submersos que era tirado o calcário para as construções da cidade.
No século 18 Paris que tinha aproximadamente 200 cemitérios, ganhou uma lei que defendia a ideia de que os mortos deveriam ser enterrados nas periferias e depois de muitos problemas e falta de lugar para enterrar os corpos surgiu a ordem para transferir as ossadas para o misterioso subsolo de Paris, conhecido como “Tombe-Issoire”. Daí em diante todas as pessoas passaram a ser enterradas nas Catacumbas. Como já era de se esperar o lugar ganhou fama de assustador. O preço da visitação é de 8 euros.

Imagem não é tudo!

Seria mais fácil eu trocar de mundo, ou viver neste mesmo, isolado?.. Não, eu não sou do tipo que me isolo e então prefiro um outro mundo sem maneirismos e com despreocupações óbvias. Devo procurar, procurar, procurar e achar!.. Bobagens tem limites, e talvez uma dose de paciência quando me deparo com cenas tão comuns de preconceitos e regras absurdas das posturas humanas. Decepção!..
O que as pessoas temem afinal? Por que tanto medo de serem mal interpretadas em seus atos, em suas expressões mais humanas? Chegaram num ponto em que parecem ter medo de serem normais, de terem atitudes simples, comuns, ridículas e todos estes adjetivos que parecem de certa forma negativos, mas que as tornam mais humanas, bonitas e verdadeiras..
Eu abro mão de ter um entendimento maior sobre estas coisas e me acho muito corajoso por eu ser transparente, comum e até ridículo. O que existe na cabeça dessas pessoas: Posturas, quais?.. códigos de conduta social, que tipo?.. Ah, elas não são felizes, não podem ser, estando preocupadas com a imagem que criaram de si mesmas e que não tem certeza se os outros acreditam. Que mal existe em ser pego escovando os dentes ou retirando a remela incomoda do canto do olho?
Imagens não revelam tudo, as atitudes sim!


Eu sou maloqueiro.

Gosto de lugares assim, acho que é o meu lado maravilhosamente maloqueiro, que me inspira a sentir uma emoção cheia de sabores inexplicáveis quando me deparo com lugares assim. Será que me faço entender?..


Este barraco fica na beira da praia dos Amores em Itajaí, Santa Catarina e continua do mesmo jeito que o vi, a seis anos passados, quando veraneava com a família e amigos por aquelas bandas de lá. Ele é maravilhoso e me faz refletir sobre as coisas simples da vida. 

Tres dias em Santa Catarina.

 

Depois de uns seis anos sem visitar Camboriú, tive a oportunidade neste final de semana (15 à 17/06/2013) de rever amigos e esta cidade que foi por alguns anos um dos meus destino de ferias, quando meu filho ainda era um menino.

 

Tínhamos parentes em Camboriú, cidade pequena nas imediações do Balneário Camboriú e de lá nos deslocávamos para outras praias que achávamos mais interessantes nas proximidades, ouvindo o CD de Marisa Monte "Verde, Anil, Amarelo, Cor de Rosa e Carvão".
A Praia dos Amores, a Praia Brava, Cabeçudas,  Geremias, Bico de Papagaio, no município de Itajaí e Bombinhas, Retiro dos Padres, 4 Ilhas passando por Porto Belo, eram nosso destino comum. Foram muitos verões em que dividimos a companhia de amigos muito queridos.

 

Também aproveitei para bater algumas fotos, visto que das outras vezes, não havia me despertado o interesse de fazer registros fotográficos. O passeio foi ótimo oportunizando lembranças passadas de muitas alegrias com a família e amigos.

Eu e minha amiga Rosane curtimos bastante este passeio, que nos reportou para momentos mágicos de alguns anos de ferias passadas, mas três dias evidentemente, não foram suficientes para reviver na lembrança tudo que já vivemos numa etapa muito gostosa de nossas vidas. Muitos lugares se modificou em função das crescentes especulações imobiliárias, mas outros continuam o mesmo de anos atrás. Haverá outras oportunidades, com certeza...
Até a próxima!


Dívidas.

Acontece que eu tenho dívidas com algumas pessoas. Dívidas de reconhecimento e agradecimento, dividas de esclarecimento, dívidas amorosas que não se curaram, dívidas de promessas feitas e não cumpridas, dívidas que se acumularam e passaram a pesar com o tempo.. Dívidas comigo mesmo... Pra mim não adianta simplesmente zerar, é necessário agregar pontos, readquirir créditos.

Fases da Lua.

Eu só tenho visto luas recortadas no céu escuro e as vezes decorado, Luas Minguantes, Quartos Crescentes. Eu quero é uma Lua Nova ou Cheia, uma Super Lua como a daqueles dias que surpreendeu a todos com seu brilho.

HOSTEL SÃO CRISTOPHER - PARIS

 

O Albergue chamado São Cristovão, que me hospedei em Paris, foi o melhor dentre os que fiquei em Amsterdã e Londres, apesar do desentendimento que tive com um atendente da portaria no primeiro dia de hospedagem. Era organizado, com banheiros e quartos espaçosos e limpos, adjetivos que nem sempre combinam com a maioria dos albergues. 


Bem seguro, pois era necessário o uso de um cartão magnético para entrar nos quartos e usar o elevador, que te habitava a desembarcar somente no teu andar.


Em nosso quarto, haviam quatro beliches e em cada cama, uma cortina para manter a privacidade e não ser incomodado se alguém entrasse no quarto e ligasse a luz. Com Cibercafé e shows musicais em quase todas as noites, fazia a diferença para o publico jovem que vai em busca deste diferencial.


Localizado em Crimeé, bem do lado de um canal, afluente do Rio Sena, onde o filme "O Fabuloso Destino de Amélie Poulaine" foi filmado, possuía uma vista magnifica, a única queixa era a Internet do hostel, que não funcionava adequadamente, (era lenta demais), talvez pela quantidade de usuários online. Com a estação do metro a pouco mais de uma quadra, o deslocamento por toda a Paris era uma barbada. Uns 30 minutos de metrô até o centro de Paris.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...