O bar ficava numa área montanhosa, no fundo e acima de uma pousada. Para se chegar, subíamos alguns lances de escada, que nos consumiam rapidamente o ar. Afinal, estávamos num lugar de grande altitude.
Depois que vencemos a escada, chegamos ao bar com enormes placas de vidro, onde era possível ver toda a cidade do alto, com suas casas cobertas com telhas de barro, as montanhas espalhadas mais ao fundo, estradinhas que sumiam no infinito de um terreno aparentemente árido.
O extenso salão era dividido em áreas menores apenas pela distribuição dos móveis, que criavam ambientes menores e aconchegantes. Um grande sofá de modelo inglês e na cor melancia me chamou a atenção por sua cor e conforto logo que entrei. A alma daquele lugar grudou em mim de um jeito inexplicável.
Algumas vezes, sonho que estou neste lugar. Não apenas admirando a beleza da cidade, mas também experimentando seu ar com baixo teor de oxigênio, sua terra de cor avermelhada e quente. Cusco é daqueles lugares que sempre quero voltar e sentir seu cheiro sentado no sofá de cor melancia. Nem que seja em sonhos ou lembranças.
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