Sera que eu andava de olhos fechados?

A vida me parece afinal apresentar uma cor definida, um brilho e um gosto diferentemente agradável e amplo aos meus sentidos. Que estranho esta capacidade que temos de construir, destruir e reconstruir novos conceitos à cerca de nossas valores.
Quando podemos falar e somos ouvidos, compreendidos por pessoas de grande sensibilidade, capazes de perceberem e valorizarem nossas mais simples ou complexas intenções e atitudes, nos sentimos meio vencedores de nossos fracassos internos. Algo nos faz acreditar que nem tudo está perdido e que ainda existe uma ínfima luz no final do túnel, possivelmente propagadas pela alma dessas pessoas valorosas que circulam a nossa volta. Será que antes eu não as via, por andar de olhos fechados? Começo a nova experiencia de ser uma pessoa mais verdadeira, mais completa sem os costumeiros medos.

Tchau, uma hora dessas eu volto!

...Menos amolado, menos irritado, menos resistente, menos triste, menos desconsolado, quem sabe outra pessoa depois de desfazer estes nós que ajudei a amarrar... Num outro dia quem sabe eu volto a te encontrar, a me encontrar depois que tudo passar. Quem sabe eu volto outro...

Os sonhos me perseguem.

E os sonhos continuam persistentes, me surpreendendo a cada manhã quando acordo. Eu já perdi a ingenuidade de acreditar que eles são premunitórios e com o objetivo de me mostrarem qualquer coisa sobre o futuro. O futuro é apenas consequência "de"... Os sonhos partem de mim e por isto são de minha invenção, são reafirmações guardadas do que foi por mim lido e não aceitado. São respostas codificadas a perguntas que me faço no dia a dia e não as obtenho por covardia, medo ou medida de segurança. Eu sei da força que tenho para recuperar-me, mesmo tendo de fechar portas e janelas que lutei para mante-las abertas, mas sei também que às vezes é necessário razões fictícias para voltar a fecha-las para não sair ferido gravemente. Já pensei em mudar-me de cidade, de Estado, de país, mas a que duras penas isto seria possível? Portas se abrem e se fecham a todo o instante, alem das minhas.

ILHA DE PAQUETÁ - RIO DE JANEIRO.


Paqueta é uma ilha- bairro, pertencente a cidade do Rio de Janeiro e com aspecto de cidadezinha do interior a cerca de 15 quilômetros do centro do Rio, transformada em área de preservação ambiental e cultural.


Para se chegar até lá é necessário uma travessia marítima de mais ou menos 70 minutos em barcas pela Baia da Guanabara, que saem no cais da histórica Praça XV, no Centro da cidade, pelo preço de R$ 4,50 o trecho. Já na travessia, é possível se vislumbrar com o belo visual da Baía de Guanabara, a Ilha Fiscal, a Ponte Rio - Niterói, a Ilha do Sol e a incessante chegada de aviões em voos rasantes pela baia,  cujo o local é rota de aviões para o aeroporto Santos Dumont, nas imediações.


A Ilha de Paqueta, foi no passado colonial, um refugio para os nobres que deslocavam-se com suas famílias do centro do Rio de Janeiro, para desfrutarem de um ambiente mais tranquilo, junto a natureza. O próprio Dom João VI visitava Paquetá com regularidade, hospedando-se num solar, hoje chamado de "O Solar D’El Rei".


A tradicional festa de São Roque, padroeiro da Ilha, atraia muitos visitantes e sempre contava regularmente com a presença do Príncipe Regente, que segundo contam, graças às águas milagrosas do Poço de São Roque teria se curado de uma úlcera na perna.
As ruas de Paqueta são de saibro, (sem asfalto ou calçamento), o meio de transporte se faz por charretes, bicicletas, bondinho, ou à pé em deliciosas caminhadas, descobrindo caminhos românticos, monumentos históricos, casarios centenários e o mar.


Entre os atrativos que visitei de charrete como: A Praça Pintor Pedro Bruno, localizada na saída da estação das barcas, a Igreja do Senhor Bom Jesus do Monte e sua praça à esquerda da estação, o caramanchão dos Tamoioso canhão de saudação a D. João VI, que fazia parte de uma bateria de canhões usada para saudar a chegada do rei ao bairro, a arvore Maria Gorda, um raro exemplo de Baobá africano com centenas de anos, medindo mais de sete metros de circunferência, localizados na Praia dos Tamoios.


A escola Municipal Pedro Bruno, localizada na Rua Padre Juvenal, 74 - na Praça de São Roque, cuja a visitação é basicamente do lado de fora do prédio,  uma vez que funciona como escola. O prédio é um perfeito exemplo de arquitetura neo-clássica que também foi sede da Fazenda São Roque, uma das primeiras propriedades da ilha. A simpática capela localizada também na mesma Praça, que pode ser visitada aos Domingos quando há missa semanal.


A o lado da Capela existe um poço, que foi aberto inicialmente para abastecer a fazenda e posteriormente, para toda a região pela fartura e qualidade da água. Outra coisa que me surpreendeu, foi o cemitério de pássaros, ao lado do cemitério de Paqueta, na rua Manoel de Macedo, com visitação permanente e único no mundo. O cemitério de pássaros foi originalmente concebido como uma homenagem ao amor pela natureza e aos pássaros e hoje é usado pela comunidade, que o mantem, para enterrar seus pássaros de estimação.


Outro local imperdível para a visitação e a Pedra da Moreninha, um mirante de fácil acesso, através de escadas e uma ponte de madeira, onde existem varias trilhas pela mata, com ampla vista da Baia da Guanabara e da Ilha do Brocoió.
Até a próxima viagem!..






O maior museu de pintura ingênua do mundo.

Fica no Rio de janeiro, na rua Cosme Velho 561 e bairro de mesmo nome, o maior e mais completo museu da artes naif do mundo o (MIAN- Museu Internacional de Arte Naif do Brasil), que visitei na semana em estive no Rio, com aproximadamente 6.000 obras de artistas nacionais e de mais de 100 países com obras do seculo XV aos nossos dias, registrando a historia desta arte no mundo.
Aírton das Neves

A arte naif é também conhecida pelo gênero de pintura ingenua e as vezes primitiva, onde os artistas podem pintar sem regras e ousar tudo. São também chamados de poetas anarquistas do pincel. As obras são produzidas por artistas sem preparação acadêmica na arte que executam, o que não implica que a qualidade das suas obras seja inferior. No museu encontra-se também camisetas, posters  cartões postais e uma infinidade de outros objetos com motivos naif, além de catálogos e literatura relacionadas a esse gênero de arte. O ingresso para visitação: R$ 6,00.

Sonhos e mais sonhos, o que são afinal?

Sonhos, ah os sonhos, o que são eles afinal, uma premonição do futuro, ou uma releitura sub consciente das nossas emoções agregadas a fatos do passado e do presente em forma de códigos muitas vezes indecifráveis?
Eu estava num centro cultural de um lugar desconhecido, junto de um alguns amigos, quando um deles precisou ir  ao banheiro. Inacreditavelmente o banheiro era separado do prédio e tínhamos de atravessar um patio com muita lama, pedras soltas e fossas sanitárias abertas cujo o cheiro era insuportável. De um momento para o outro, eu estava carregando nos braços, roupas novas, recém compradas numa loja, que caíram dentro de uma dessas fossas. Desesperado em recupera-las, eu tentava resgata-las com um pedaço de taquara que encontrei, enquanto um dos amigos tentava  me impedir aos gritos: _Larga isto, não vale a pena, deixa isso pra lá, já tá tudo perdido mesmo!.. Senti que esta ultima frase, era a chave de tudo.

Auto exames necessários.

Alguns dias de caminhada e meu corpo doe demais na região lombar, o que era de se esperar, mas doe também os dedos do pé direito, que percebi apresentarem uma alteração que não tinha antes. Inacreditavelmente, três unhas ficaram concavas e deram para crescerem em direção vertical a linha anatômica dos dedos. Olhando-as de lado, parecem empinadas como a proa de um navio. Impossível não sentir dor ao caminhar mesmo de calçados macios. Estaria eu cortando as unhas de modo errado?Algumas coisas negligenciamos demais e então só percebemos quando sentimos dor e isto também em outros campos. Eu lembro de uma vizinha examinar seus filhos da raiz dos cabelos à ponta dos pés, dizia que isto era uma obrigação de mãe, fazer esta investigação, já que crianças depois de uma certa idade não tem por habito se auto examinarem, até se tornarem adultas e então dar de cara com as surpresas que o corpo apresenta. Ela estava certa!

Incursões num Sábado a noite.

Neste Sábado, fiz uma incursão por alguns bares de Porto Alegre, como a muito tempo não fazia, e falo é de incursão mesmo, de entrar num, não se agradar e ir até outro e outro, até encontrar o que enfim te agrada.
Eu estava acompanhado de três pessoas e o primeiro bar que entramos foi o Parangolé, onde bebemos umas quatro cervejas, acompanhadas de um prato de batatas fritas e outro de picles, tipo: Pepino, queijo provolone, ovos de codorna, salame italiano fatiado e pimenta de bico. Faltou as azeitonas!..
Tinha um cara cantando MPB, mas o repertório era tão sem graça e a voz tão baixinha que nós que estávamos do lado de fora do bar, por vezes não entendíamos o que ele estava cantando. Tem algum dia da semana que o bar apresenta um Chorinho de primeira. Outra coisa que me incomoda nesses bares com mesas na rua e que somos assediados a tempo todo por vendedores de poesias, de CDs autorais piratas. Pedi pro garçom  de saideira, aquela conhecida dose de cachaça licorada de maçã com canela e saímos a esmo...
Ah, uma coisa que reparei, não tem como não reparar, foi a nova iluminação com postes estilizados na rua Republica, ficou bárbaro!
Fomos até o novo Bar do Marinho, na Sarmento Leite, onde o cantor que se apresentava, tocava e cantava algumas baladas de Zé Ramalho e que pra nosso azar, em seguida se despediu e logo veio a musica eletrônica com som mais baixo, que eu acredito ser por causa do horário em que o resto da cidade dorme. Devo ter tomado uma cerveja e logo fomos embora. 
Lembrei de um boteco  na João Alfredo e que frequentei no passado, onde serviam na madrugada um prato de canja ou arroz com linguiça, dependendo da noite era um ou o outro. Tempo bom!..
Já na esquina da Jose do Patrocínio com a Joaquim Nabuco, decidimos ir ao Venezianos, que estava bombando. Eu acho que era isto que estávamos  procurando, agitação, alegria, um ambiente para suar a camiseta. Acho que menos um dos integrantes concordou com a ideia.

Eu preciso acordar!..

Esta noite eu estava preso num sonho, donde não conseguia sair, nem com os truques que aprendi para me acordar quando tudo parece muito forte e real e vou perdendo o domínio de tudo. Enfim, sonhei a noite toda, me sentindo prisioneiro no próprio sonho. Agora já acordado e lembrando do ocorrido, tenho a sensação de estar noutra prisão que sei da impossibilidade de escapar. Esta eu conheço, tô acostumado e sei que não dá para acordar!

ONDE O RIO DE JANEIRO COMEÇOU.

Das praias que banham a capital carioca, a Urca foi a que elegi na semana passada, quando estive no Rio, o melhor balneário para se passar um tranquilo e agradável final de semana. Não sei se o mesmo panorama se repete em outros períodos do ano como férias, mas encontrei um ambiente tranquilo, com ruas muito arborizadas e sombreadas, pouca circulação de veículos e de casas de comercio comparado ao numero de residencias, a tranquilidade de um bairro residencial, sem a muvuca de Copacabana, Ipanema ou Leblon.

A Urca, paradoxalmente um bairro novo do Rio, construído em grande parte sobre aterros, na primeira metade do século 20. Entretanto foi neste lugar que Estácio de Sá fundou a Cidade do Rio de Janeiro, anteriormente chamada de São Sebastião do Rio de Janeiro, entre o Morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar, posteriormente deixando marcas históricas em construções na costa marítima, como o forte São João que defendia a entrada da baia dos franceses invasores. O Forte está localizado dentro de instalações do Exército e sua visitação acontece nos fins de semana mediante agendamento prévio, o que infelizmente não foi possível visitar.



Ainda na mesma visita é possível conhecer o Forte São José localizado ao longo da costa recortada pelo mar numa protuberância do Morro Cara de Cão.
Outra opção de entretenimento muito apreciado pelos turistas é o passeio de bondinho sobre o morro da Urca e o Pão de Açúcar que arrisquei fazer, mesmo não gostando de alturas. A viagem completa fica em 53 reais para adultos e 26 para crianças de 6 a 12 anos. Menores de 6 anos não pagam.


A vista lá de cima é deslumbrante, (vale os R$ 53,00) e o fluxo de pessoas impressionante, já que cada bondinho tem a capacidade de transportar até 70 pessoas, num viagem de 3 minutos por estagio entre um morro e o outro.

O Pão de Açúcar localizado no bairro da Urca, mais precisamente na Praia Vermelha. Alguns ônibus levam até lá, o 107 (central-urca) e 511/512 (Urca-Leblon/ circular). Mais recentemente o Metrô criou uma integração que leva os passageiros da estação Botafogo, até a Urca por R$ 3,00 (metrô incluso).

Outra atividade prazerosa de fazer é uma caminhada pela Pista Claudio Coutinho. Situado também nas proximidades da Praia Vermelha, na Urca, o caminho, é um local dentro de uma reserva natural e ecológica. Um longo caminho pavimentado que contorna o Morro da Urca e o Pão de Açúcar com belas vistas das montanhas, do mar e da enseada da Praia Vermelha.


Bye bye, so long, far well.

Esta semana, fiquei com uma musica do Guilherme Arantes tocando na minha cabeça logo que voltei do Rio e isto me fez lembrar também de uma amiga que já partiu e a cantarolava, fazendo não só eu, mas alguns amigos em comum, criar um elo de referencia com a musica e a pessoa dela que foi muita querida e sempre que é lembrada hoje, deixa muitas saudades. 
A musica é "Pedacinhos"- de 1983, quando Guilherme Arantes ainda era jovem e dono de uma longa cabeleira que provocava frenesi entre suas fãs, no auge de seus 30 anos de idade. Isto me causou um saudosismo imenso e me provou o quanto algumas coisas na vida, e neste momento me refiro a mensagem da letra da musica, podem ser atemporais no que se refere aos sentimentos humanos tão complexos e cheios de surpresas. Portanto posto este vídeo, em celebração a esta amiga que quando lembro sinto saudades e a reflexão desses sentimentos que por vezes parecem menores mas nos faz grande, na medida que são  percebidos, assumidos e digeridos com a maturidade necessária, de cada dia.


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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...