Faz dois dias que me sento diante do laptop e ouço um ruído que parece o de uma mosca zunindo em algum lugar atrás da mesa. Ela parece estar presa em alguma teia de aranha e eu não consigo identificar de onde vem. Pensei em lançar alguns jatos de inseticida para aliviar de vez a sua agonia e a minha.
Lembrete!
Sobre a postagem anterior?.. Descupem-me, mas faz dias que cortei os laços e não refiz outros. Errado! Refiz novos laços sim, mas ainda não tive tempo de postar à respeito. Talvez nem poste nada. Estou sem tempo, sem nenhum tempo e com a atenção desviada para outros alvos.
Este blog deve ficar nos próximos dias com atraso em suas publicações, mas minha vida não, ela deve continuar vibrando. Voltarei assim que puder!
Reservo-me o direito e erro de digitação, assim como minha conduta diante da vida. As informações aqui postadas podem sofrer alterações sem previo aviso. Consulte aqui no site sempre que possível para saber das alterações aqui deixadas. Acho que gostei deste ultimo paragrafo!
Cortando os laços.
No sábado à noite lembrei das palavras sábias da minha avó que dizia o seguinte: _O que está podre deve ser substituído e não ficar babando em cima, na tentativa de salvar o que não tem conserto por estar velho e comprometido.
Acontece que a gente fica inventando um ponto aqui e outro acolá na costura das relações, com medo de romper a malha, desfazer os laços, esquecendo que em guardanapos velhos e rasgados o melhor a se fazer é substituir por outro. E como diz a letra da musica da antiga dupla Sandy e Junior:
O que é imortal, não morre no final.
E se distante é assim.
Isso não vai ter fim...
Seios que mamei
Eu tive uma namorada que me dizia que eu tinha um problema serio em chupar seios, em particular os dela que eram bem grandes e por vezes me sufocavam; e que este problema possivelmente eu havia adquirido na infância, quando em certa ocasião eu lhe contei que mamei muito pouco nos da minha mãe, por que o leite secou e então ela se sentindo culpada por não te-lo, me arranjou uma ama de leite, do qual eu tinha que dividir as mamadas com seus dois filhos.
Segunda esta minha namorada, tudo se transformou num grande problema dentro da minha cabeça de criança, quando eu descobri instintivamente que tinha de lutar por meu espaço na divisão daqueles seios para sobreviver e que eles não eram os da minha mãe verdadeira e ainda de lambuja, com outras duas crianças, gerando uma especie de concorrência e luta de posses. Acho que também percebia instintivamente que era um intruso e que um par de seios não combinava com três bocas famintas.
Segunda esta minha namorada, tudo se transformou num grande problema dentro da minha cabeça de criança, quando eu descobri instintivamente que tinha de lutar por meu espaço na divisão daqueles seios para sobreviver e que eles não eram os da minha mãe verdadeira e ainda de lambuja, com outras duas crianças, gerando uma especie de concorrência e luta de posses. Acho que também percebia instintivamente que era um intruso e que um par de seios não combinava com três bocas famintas.
Lembro do nome de um dos bebes que concorria comigo, chamava-se Ronaldo é era o mais esganado e barulhento. Depois de algum tempo, rejeitei o leite materno, passando a me interessar mais pelos de vaca, aquecido e posto numa mamadeira de vidro. Amava mamadeiras de vidro. Não gostava nem de lembrar que fui capaz de mamar em seios que cheiravam a fumaça de fogão à lenha e ainda dividi-los com outros dois famintos. Como toda a criança normal e egocêntrica, cuspi no prato que comi, alias, nos seios que mamei em troca de uma mamadeira de vidro do qual dormia abraçado depois de bem alimentado.
Somente na juventude é que voltei a me interessar por seios, aprendendo a chupa-los por outros interesses. Mas também não eram todos que me agradavam. Fiquei instintivamente seletivo e observador.
Esta namorada achava que sabia de tudo, mas eu penso que não sabia de nada, vivia inventando teorias para solucionar problemas, que achava serem de ordem emocional na vida dos outros. Parecia se auto-conhecer, mas havia noites em que se trancava no quarto para se terminar em prantos questionando sua própria existência. Ela nunca teve filhos e isto me fazia desconfiar da sua necessidade de ter sido mais mamada.
CULINARIA CUBANA E QUILOMBOLA
Eu não comi absolutamente nada no restaurante do Quilombo do Campinho, por que me parecia estar sempre fechado toda a vez que eu passava de carro em frente, durante esses dias que passei em Trindade e Paraty. Eta azar!.. Eu não sei se estava realmente fechado, mas as portas estavam e não se via uma viva alma, alem de cartazes com propagandas de comida tipica, aguçando a minha curiosidade.
Eu comi comida crioula em Cuba, chamada “congris”, prato típico, que é uma mistura de feijão preto com arroz cozido no caldo do próprio feijão e gostaria de ter experimentado em Paraty, algum prato feito pelos quilombolas, pelo menos um prato para experimentar o sabor e fazer as devidas comparações.
Quando eu era muito mais jovem, tive a oportunidade de experimentar alguns pratos típicos feitos por minha mãe, que aprendeu com minha avó, que foi excelente cozinheira, e que por sua vez tinha aprendido com sua mãe, alguns pratos como galinha ao molho pardo e que só de pensar que era feito com o sangue da própria ave, já me dava arrepios e me fazia passar longe da mesa.
Hoje com certeza eu comeria sem preconceitos. Outro prato que deve ter origem escrava e que eu e meus irmãos adoravam é uma tal de polenta doce, feita com a farinha de milho dourada numa panela de ferro com açúcar quase queimado, cravo, canela e algumas doses de leite até ficar cozida e no ponto de virar quase um bolo compacto e úmido que comíamos com café preto. Uma delicia, adorávamos quando nossa mãe fazia.
Acho que a comida crioula cubana tem muita coisa em comum com a brasileira, já que os dois países são muito parecidos culturalmente à partir das influencias que receberam dos africanos; pena que não foi possível experimentar a do quilombo em Trindade.
QUILOMBO CAMPINHO DA INDEPENDÊNCIA EM PARATI
Localizada a 20 km de Paraty entre os povoados de Pedra Azul e Patrimônio, ao sul do Estado do Rio de Janeiro, está a Comunidade Quilombola Campinho da Independência e que visitei nesta semana, cujos os moradores são descendentes de três escravas: Antonica, Marcelina e Luiza, que segundo historias contadas pelos mais velhos, não eram escravas comuns, pois possuíam cultura, posses e habitavam a casa-grande, a Fazenda Independência. Após a abolição da escravatura, os fazendeiros abandonaram suas propriedades que foram depois divididas entre aqueles que ali trabalhavam.
Atualmente vivem no campinho 120 famílias que apostam no turismo comunitário e na produção de artesanato como alternativa de renda sustentável. Lá é possível conhecer a historia dos quilombolas, sua luta e resistência, participar de apresentações culturais, visitar a casa de farinha, a casa de artesanato, oficinas de cestaria, além de desfrutar da culinária tipica e das belezas naturais da propriedade que é banhada pelo Rio Carapitanga e exibe algumas cachoeiras em uma exuberante paisagem de Mata Atlântica. O Quilombo Campinho da Independência, fica no quilometro 589 da BR 101 entre Paraty e Trindade com boa sinalização para chegar e fazer uma visita.
Saco do Mamanguá
Paraty Mirim é uma vila de pescadores a menos de 20 quilômetros de Paraty e é a porta de entrada do exuberante Saco do Mamanguá, que trata-se de um braço de mar que invade por 8 quilômetros a Mata Atlântica. Este é o único lugar do Brasil com formação similar à dos fiordes - depressões geológicas comuns nos países escandinavos, mesmo sem o branco de neve sobre as montanhas.
Durante o período colonial o povoado de Paraty Mirim tornou relevante porto de trafego de escravos por localizar-se num ponto estratégico e abrigado. Hoje restam apenas ruínas da sede da Fazenda Paraty-Mirim e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição datada de 1757, a mais antiga de Paraty e que segundo nativos ainda celebra missas.
A estrada de terra que leva a vila, atravessa uma reserva indígena e passa por algumas cachoeiras encrustadas na mata. A praia é cortada pelo Rio Paraty Mirim, que se alarga em um labirinto de mangue para encontrar o mar de águas calmas e cristalinas. Neste ponto de encontro do rio e o mar, forma-se um banco de areia submersa, onde é possível cruzar de um lado para o outro da praia com águas bem rasas.
As comunidades caiçaras que vivem neste paraíso natural contribuem com a preservação das paisagens, vivendo de forna simples e harmônica com a natureza onde barcos velozes são proibidos de trafegar. O Saco do Mananguá não possui energia elétrica, telefone ou estradas. Ao cair da noite, as velas e lampiões iluminam os jantares a beira-mar.
Como chegar:
para chegar ao Saco do Managuá é preciso contratar um barco em Paraty Mirim, que leva cerca de 45 minutos, até suas praias por preços entre R$ 50,00 à R$ 70,00 a hora navegada.
Uma magnifica vista do Saco do Mamanguá e parte da Ilha Grande, pode ser apreciada ao subir o Morro Pão de Açúcar com 400 metros de altitude através de uma trilha em meio a mata fechada em cerca de 1h 30min. de subida forte.
Como chegar:
para chegar ao Saco do Managuá é preciso contratar um barco em Paraty Mirim, que leva cerca de 45 minutos, até suas praias por preços entre R$ 50,00 à R$ 70,00 a hora navegada.
Uma magnifica vista do Saco do Mamanguá e parte da Ilha Grande, pode ser apreciada ao subir o Morro Pão de Açúcar com 400 metros de altitude através de uma trilha em meio a mata fechada em cerca de 1h 30min. de subida forte.
TRINDADE.
Meu destino no dia 22/02/2012 foi conhecer Trindade, uma vila de pescadores localizada entre as cidades de Parati no Rio de Janeiro e Ubatuba em São Paulo. Trindade é um local de rara beleza, reconhecida como um paraíso natural por muitos turistas que a visitam durante o período de férias.
Com praias paradisíacas e praticamente selvagens foi também conhecida por ser Reduto dos hippies que durante a década de 1970 se instalavam por lá. A vila de Trindade, fica á 30 quilômetros da cidade histórica de Parati. O local chama a atenção não só pela beleza de suas praias, mas por possuir grandes áreas naturais com trilhas na mata e algumas cachoeiras já que parte da vila pertence ao Parque Nacional da Serra da Bocaina.
Além das cachoeiras, Trindade conta com várias opções de praias, como praias desertas, praias de ondas fortes, possibilitando a prática do surf, praias com águas límpidas - ideais para o mergulho com snorkel, piscinas naturais, e até uma praia de nudismo.
Com praias paradisíacas e praticamente selvagens foi também conhecida por ser Reduto dos hippies que durante a década de 1970 se instalavam por lá. A vila de Trindade, fica á 30 quilômetros da cidade histórica de Parati. O local chama a atenção não só pela beleza de suas praias, mas por possuir grandes áreas naturais com trilhas na mata e algumas cachoeiras já que parte da vila pertence ao Parque Nacional da Serra da Bocaina.
Além das cachoeiras, Trindade conta com várias opções de praias, como praias desertas, praias de ondas fortes, possibilitando a prática do surf, praias com águas límpidas - ideais para o mergulho com snorkel, piscinas naturais, e até uma praia de nudismo.
Apesar da economia local basear-se no turismo, boa parte da vila ainda sobrevive da pesca, o que de certo modo, ajuda a manter sua identidade local.
Uma boa dica para quem se interessa em visitar-la, é conhecer os costumes da comunidade local, experimentando uma boa e tipica comida caiçara e visitar os quilombos existentes nas imediações.
COMO CHEGAR A TRINDADE:
De carro, partindo do trevo de Parati até o trevo do Patrimônio, onde se inicia a estrada que leva a Trindade, a distância é de 16 km. A estrada para Trindade atravessa o morro do Deus-me-livre, assim chamado pois antigamente era muito difícil atravessa-lo em dias de chuva. Hoje a estrada está asfaltada. Logo no início da estrada para Trindade está a sede da Associação Cairuçu, com seu posto de informações turísticas e ao lado, há um posto policial.
Após a primeira subida, há uma bifurcação onde eve-se seguir à direita para Trindade. (À esquerda leva para um condomínio chamado de Laranjeiras). A estrada é sinuosa e rodeada de verde, onde aos poucos despontam belas imagens do mar sob o clima agradável e úmido da mata a o redor.
A primeira praia é a Praia do Cepilho, a preferida dos surfistas com gigantescas pedras como se fossem esculturas emoldurando o mar. Atravessando o pequeno riacho e seguindo em frente, chega-se à Vila de Trindade, hoje com uma variedade de casas que transformaram-se em pousadas para vencer a demanda dos visitantes que a procuram por alguns dias para esquecerem o stress dos centros urbanos.
Apesar dos anos terem passado, Trindade possui um aspecto que ainda lembra dos anos hippies, com muitos jovens vendendo artesanato nas calçadas, roupas coloridas, cabelos rastafári e toadas de violão. As praias mais movimentadas são cercadas de bares que disponibilizam mesas e cadeiras onde são servidos um variado cardápio desde frutos do mar, ao simples PF (prato feito).
Trindade foi beneficiada por sua beleza rustica, cuja a natureza é seu principal atrativo. Estando por lá, temos a sensação de que herdamos um paraíso, mesmo que por poucos dias.
O transito em Havana
Havana, assim como Cusco é uma cidade cujo o transito é habitualmente barulhento pelos buzinaços dos veículos que trafegam nas principais avenidas da cidade. Os caras buzinam para tudo, para oferecer serviço de transporte, para a sombra das arvores, para qualquer coisa que esteja no seu campo de visão. Do sexto andar do hotel Habana Libre na esquina da rua L onde eu estava hospedado, no centro da cidade, mesmo num dia em que o transito não estava tão congestionado o ruido das buzinas eram de matar qualquer vivente; Mas nas faixas de travessia para pedestres, os veículos paravam a qualquer momento para as pessoas cruzarem as ruas.
Chê, o maluco beleza
Este é o Comandante Chê, um cubano nada maluco, que procura turistas em Havana Vieja, para tirar fotografias em troca de alguns pesos cubanos converssíveis. Este é o jeito meio cubano, meio brasileiro de aumentar sua renda no sustento da família. Cada um se vira como pode, não é mesmo? O cara nem de longe lembrava o Chê, mas tinha alguma semelhança aproximada com Raul Seixas e muita simpatia. Esta foto me custou 3 $ CUCs.
HAVANA, ALEGRIA E SIMPATIA PARA SOBREVIVER.
Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor, é a dose mais forte e lenta, de uma gente que ri quando deve chorar e não vive, apenas aguenta. Mas é preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter gana sempre, quem traz no corpo a marca Maria, Maria, mistura a dor e a alegria...
Foi esta a sensação que eu tive nos primeiros contatos com o povo cubano em Havana. Uma força no esbanjado sorriso e simpatia de quem precisa sobreviver a cada dia. Como se a alegria e a esperança, fossem sua fonte de sobrevivência.
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