PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES.

Eu já tinha visto por fotos em revistas, cartões postais e até por imagens de TV numa conhecida novela das Nove, mas estar lá, presente, colocar os meus pés sobre aquelas dunas de areia fina e quente, foi algo surpreendentemente magico e de uma emoção que eu não tenho palavras para conceituar. Talvez a unica explicação para tanta beleza, seja mesmo a inexplicável mão de Deus na construção deste paraíso ecológico.


São 155 mil hectares de extensão, este deserto de areias, do tamanho da cidade de São Paulo, que se difere dos demais, por apresentar lagoas de águas mornas e cristalinas, criadas pela água da chuva nos períodos de Janeiro à Junho. Estas lagoas mudam de posição e formato de acordo com o movimento do vento que nunca para de soprar e também deixa a areia agradavelmente morna sob os pés de seus visitantes.



A cidade de Barreirinhas é a porta de entrada para quem deseja visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses cujo o nome (lençóis) se deve a semelhança da região a um lençol visto de cima e jogado casualmente sobre uma cama formando ondulações (dunas).




A partir de São Luis são oferecidos pacotes por diversas operadoras de turismos até este paraíso recém descoberto pelo homem através da novela "O Clone" da TV Globo e o filme "Casa de Areia" com Fernanda Montenegro e Fernanda Torres que rodou o mundo.




Vans são disponibilizadas por diversas operadoras de turismo, pegam seus clientes na porta das pousadas e hotéis pontualmente na hora marcada e por uma estrada asfaltada com duração de um pouco mais de 3 horas, chegam até Barreirinhas, onde são transferidos para um veiculo 4X4 Toyota, atravessam o rio Preguiças de Balsa e aí começa o passeio que é pura adrenalina sobre uma estradinha sinuosa de areia e mata nativa, por vezes quase fechada, até a entrada dos lençóis.



O candango, dromedário ou jardineira, como é apelidado o veiculo tracionado nas quatro rodas, vai balançando, derrapando na areia e cruzando por elevações do terreno e áreas alagadiças, até chegar aos pés de uma gigantesca duna. Este trajeto dura em torno de 40 minutos. A partir dali, o passeio é feito a pé com intervalos de banhos refrescantes.




As lagoas que conhecemos na longa caminhada pelas dunas foram: A Lagoa Bonita, a Lagoa Azul pela coloração da água e a do Peixe; esta duas ultimas são classificadas como permanente por nunca terem secado em longas estiagens e apresentarem algas e pequenos peixes em seu interior.




A orientação dos guias é que se leve água suficiente para beber, algum tipo de chapéu ou boné, óculos escuros, protetor solar e principalmente roupas leves. Lembrar que não existe bares ou banheiros públicos, o lugar é uma reserva ecológica. Todo o lixo produzido, deve ser recolhido e trazido de volta para Barreirinhas. É proibido a entrada de veículos particulares no parque, somente os autorizados pelo IBAMA. 





O passeio termina ao final da tarde com o convite para apreciar o magnifico Pôr do Sol sobre as dunas. É lindo, relaxante, imperdível!




Estando em São Luis, o ideal é que você fique em Barreirinhas pelo menos uma noite, para realizar pelo menos 02 passeios, reduzindo os gastos.
Van de S. Luis à Barreirinhas ida e volta: R$ 80,00
Parada no caminho p/ compra de um lanche e água: R$ 20,00
Toyota 4X4 até os Lençóis: R$ 50,00.
Pousada p/ uma noite c/ café incluso: R$ 100,00
Total: R$ 250,00.
Este vídeo que encontrei num site da Internet, menciona os lugares onde estive:

AS RUÍNAS DE ALCÂNTARA.

Eu estava muito curioso para conhecer Alcântara, por todos os fatos históricos e curiosidades que a envolveram no passado e devo dizer que a cidade não me decepcionou quando a visitei nesta ultima quinta-feira, 17 de Novembro ao lado de meu filho Athos, Ellen artista plastica piauense que conhecemos no caminho e de Xibé, nosso guia descendente dos quilombolas locais. Alcântara merece um capitulo só para ela. A cidade é uma viagem... Uma viagem no tempo!


O município de Alcântara, fundado em 1648, teve sua economia fundamentada na cultura de algodão, no século XVIII; e na da cana-de-açúcar, no século XIX, com base no trabalho escravo. Com a falência desse modelo econômico, em dois momentos distintos, os fazendeiros abandonaram suas propriedades, onde escravos e alforriados se estabeleceram num modelo de campesinato de agricultura de subsistência, caracterizado pelo uso comum das terras.

ATHOS/ ELEN/ XIMBÉ O GUIA







LOCALIZAÇÃO:
Alcântara fica localizada à 22km de São Luis, cerca de uma hora e meia cruzando de barco a Baia de São Marcos. Outra opção que seria por via terrestre, levaria mais de 5 horas perfazendo uma distancia de 415 quilômetros. Por sorte nossa, do Cais da Praia Grande, em frente ao Centro histórico em São Luís, saem barcos diariamente às 7h30min. atravessando a baía, que dependendo das condições da maré os horários podem ser alterados. O preço?.. R$ 12,00 para ir e mais R$ 12,00 para voltar e ainda tem um vendedor ambulante que vende um copo de café com um generoso pedaço de bolo de cenoura a R$ 3,00 que é uma delicia.


HISTORIA:
Alcântara surgiu no início do século 17 e foi uma das mais ricas cidades do país, sede da aristocracia rural, numa época em que floresciam os engenhos de açúcar e o cultivo de arroz e algodão, até entrar em decadência depois que a abolição da escravatura passou a vigorar junto com todo o processo de modernização que estava modificando o panorama mundial da época. 











A cidade é um conjunto arquitetônico de mais de trezentos prédios e ruínas dos séculos 17 e 18 espalhados por três praças, oito travessas e dez ruas, declarados patrimônio histórico nacional desde 1948 causando-nos a sensação de que retrocedemos no tempo.




Assim que o barco atraca no porto do Jacaré, os visitantes sobem a ladeira de mesmo nome, feita de pedras coloniais com desenhos geométricos - maçônicos e são interpelados por guias que começam a mostrar ruínas, antigos casarios, igreja, e outros prédios antigos, contando toda a história da cidade e curiosidades, que vai da expressão “sem eira nem beira”, até a disputa entre duas famílias ricas da época, que começaram a construir palacetes para a vinda do imperador Dom Pedro II em troca de títulos de nobreza. O imperador ao saber da peleia que causou até mortes, nunca chegou a visitar a cidade. 

RUA PRINCIPAL DE ENTRADA NA CIDADE
DE ALCANTARA


PEDRAS CABEÇA DE NEGRO:
Na rua principal, que dá acesso a cidade, o desenho geométrico do calçamento, feito com pedras brancas no centro e pretas nas laterais, chamadas de "Cabeça de Negro" também serviam para delimitar, onde brancos e negros podiam trafegar.
conta-se que os senhores, senhoras e senhorinhas andavam pelo centro, que é calçado de branco e, os escravos e ajudantes, no calçamento negro. 



Era tanta prosperidade econômica neste período, que Alcântara criou uma verdadeira aristocracia; as famílias abastadas e proprietárias dos grandes casarões, espelhavam-se pelas ultimas modas inglesas e francesas, importando produtos e costumes aos moldes dessas cortes. Mandavam seus filhos estudarem na Europa e quando retornavam, formavam a elite intelectual com o objetivo de defender ainda mais seus interesses políticos e econômicos.

DOCE DE ESPÉCIE:
Foi também em Alcântara a criação do doce de espécie, feito até hoje, cuja a receita foi criada pelas escravas da cidade, para agradar o Imperador em sua visita nunca realizada.


Alcântara fica numa elevação com uma vista privilegiada da baía, onde é possível esticar o olhar e avistar o horizonte de prédios construídos em São Luís e a ilha do Livramento a sua frente. O passeio pode ser feito á pé, em apenas um dia de visita ou ainda com a possibilidade de se pernoitar na cidade e experimentar a sensação de passar a noite sob a claridade da lua e as sombras provocadas pelas ruínas da cidade, causando uma experiencia magica.
Entre tantos fatos e acontecimentos históricos, Alcântara possui alguns pontos de interesse a saber:

ANTIGO CAMPANÁRIO DA IGREJA NOSSA SENHORA DO DESTERRO:
Trata-se de uma torre sinaleira com m par de sinos que eram usados para marcarem eventos importantes como casamentos ou funerais, incêndios e outras catástrofes ou mesmo indicar a passagem do tempo, como um relógio, um calendário. Manda a tradição que os visitantes devem fazer um pedido batendo o primeiro sino e em seguida metalizar o pedido, fazendo soar o segundo sino.


PRAÇA DA MATRIZ:
Largo quadrangular cercado de casarões, abrigando o pelourinho e as ruínas da igreja de São Matias, cujos traços arquitetônicos lembra as ruínas de São Miguel aqui no sul.




IGREJA SÃO MATIAS:
Erguida antes de 1648 no local onde já havia existido uma capela construída pelo índio Maretin e uma igreja em homenagem a São Bartolomeu. Na virada do séc. XIX para o séc. XX já estava em ruínas e ameaçava desabar. Parte da igreja teria sido derrubada por ordem do escritor Sousândrade, que morava num casarão na praça e tinha sua vista da paisagem atrapalhada pela torre.

MUSEU HISTÓRICO E ARTÍSTICO DE ALCÂNTARA:
Localizado na Praça da Matriz. Trata-se de um conjunto de Acervos que ilustra a opulência da cidade quando esta era habitada por ricos e poderosos barões.




PELOURINHO:
Localizado na Praça da Matriz, é um dos mais importantes atrativos de Alcântara. Decorado com as armas do império, é hoje o mais bem conservado do país.

PELOURINHO DA CIDADE


CASA DE CÂMARA E CADEIA:
Localizado na Praça da Matriz, é um prédio do final do século XVIII, onde antigamente funcionava a cadeia. Hoje é sede da Prefeitura.

RUA DA AMARGURA:
A princípio chamada de Bela Vista, esta é a rua onde moravam alguns dos mais poderosos senhores de Alcântara. A mudança de nome viria da tristeza das mães que dali viam os filhos embarcando para estudarem em Lisboa, mas outra versão conta que ali ficava originalmente o Pelourinho, onde eram castigados os escravos desobedientes. O Pelourinho foi remontado mais tarde na Praça da Matriz.


CASA DO IMPERADOR:
Construção inacabada, localizada na Rua Grande. O prédio hospedaria o imperador D. Pedro II, em uma visita que nunca faria à Alcântara.



IGREJA CONVENTO DO CARMO:
Também conhecida como a Igreja dos Ricos. Em estilo barroco, o conjunto é remanescente do século17. Mais de cem anjos esculpidos em talha dourada ornamentam seu altar, alem de traços que reportam a grande influencia da Maçonaria. Em seu interior, eram enterrados os nobres. Os de maior poder aquisitivo estão com suas lápides nas paredes. No chão dos corredores laterais os menos abastados.


CASA DO DIVINO:
Fica na Rua Grande, s/n. Parte das festividades do Divino Espírito Santo é realizada neste casarão restaurado. Nas suas dependências estão expostas mesas, altares e instrumentos utilizados durante as comemorações. A festa do Divino é bastante difundida no estado, já que são aproximadamente 15 dias de festa durante a qual são servidos de graça variedades de licores e doces.

IGREJA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DOS PRETOS:
Começou a ser construída em 1780 e foi benzida em 1803, quando recebeu as imagens da santa e de São Benedito. A igreja conta com apenas uma torre e a pequena escultura de um galo, reafirmando sua arquitetura colonial portuguesa. 

IGREJA NOSSA SENHORA
DO ROSÁRIO DOS PRETOS

PALÁCIO NEGRO:
Prédio em ruínas onde eram negociado os escravos trazidos para serem vendidos. Espalhado no interior das ruínas, vestígios de instrumentos (blocos de pedras), onde os escravos eram mantido acorrentados pelos pés.

PALÁCIO NEGRO: ONDE  OS NEGROS
 ERAM NEGOCIADOS

FONTE DAS PEDRAS:
Construída no século 18, na Rua Pequena, servia para o abastecimento de água pelos escravos aos seus senhores.


PASSOS DA QUARESMA:
São pontos de paradas onde o cortejo dava pausas em seu prosseguimento, e onde os participantes da referida procissão encenavam, cantavam e faziam orações, em alusão às Estações da Crucificação de Jesus.

OUTROS ATRATIVOS:
É possível também, à partir de Alcântara, realizar passeios de barcos por igarapés, mangues e na maré baixa contemplar a beleza das aves guaras com sua penagem vermelha, o que não foi possível neste dia, pois a maré estava alta.
Visitar praias desertas e ilhas como Cajual, onde estão sendo descobertos valiosos fósseis e a Ilha do Livramento onde vivem apenas dois moradores, Dona Mocinha e seu filho adotivo e ainda conhecer uma das 500 comunidades quilombolas da região, que mostram e vendem seus artesanatos feito de barro. Alcântara foi sem duvidas, um dos melhores passeios que fizemos no Maranhão.

Até a próxima viagem!

SÃO LUIZ - A cidade dos Azulejos- Parte 1



São Luis, foi a cidade que escolhi conhecer junto com meu filho, neste mês de Novembro, período de licença do trabalho e que dividiu minha opinião entre coisas positivas e negativas nos 8 dias em que estivemos por lá, observando atentamente a cidade e o modo de vida de seus moradores. Se você já esteve em Salvador e ficou indignado pelo fato de o Pelourinho ter tantas áreas perigosas ou, em Minas Gerais, com o trânsito pesado que circula pelas ladeiras de Ouro Preto, vai se surpreender ainda mais (negativamente) com o Centro Histórico de São Luís. A principal atração turística da capital do Maranhão sofre pelo descaso e abandono.


A cidade pulsa em suas artérias, a cultura recebida da polivalente influencia de seus ancestrais índios, negros, dos franceses que fundaram, os holandeses que invadiram e por fim os portugueses que colonizaram no passado, aquelas terras distantes. Deste modo é possível constatar uma mistura de riquezas culturais imensa e unica, capaz de agregar peculiaridades e despertar em quem gosta de viajar, o desejo de descobrir em cada esquina, em cada viela estreita, suas particularidades e segredos que o tempo ainda não apagou.
A cidade foi fundada durante a ocupação francesa (1612 – 1615), mais tarde tomada pelo holandês Maurício de Nassau (1641 – 1644) e então administrada pela Coroa Portuguesa, que viu a região tornar-se grande exportadora de açúcar e algodão nos séculos XVIII e XIX.


Chegamos no dia 14 de Novembro às 12:30 horas e nos instalamos no Hostel Solar das Pedras no coração do centro histórico da cidade, um sobrado em estilo colonial português do século 19, com grossas paredes de pedra e uma fachada externa pintada de azul vibrante, numa rua estreita como quase todas no centro histórico, causando-nos a sensação de estarmos fora de nosso tempo real. 


CENTRO HISTÓRICO:
O centro histórico de São Luís fica no bairro Praia Grande, de frente para a baía de São Marcos, às margens do rio Anil, e compreende uma área de 220 hectares de extensão. São cerca de 2.500 imóveis tombados pelo patrimônio histórico estadual e 1.000 pelo Instituto do Patrimônio Historico e Artístico Nacional (IPHAN). Parte desse sítio foi declarado Patrimônio Mundial em 1997, por seu conjunto arquitetônico colonial português adaptado, com o uso de azulejos, alguns com bordados em alto relevo. Estes azulejos utilizados nas construções, serviram como técnica para impermeabilização das fachadas que antes eram de taipas, protegendo-as do clima quente e úmido da região. Foram toneladas de azulejos trazidos de Portugal por navios no seculo passado, para compor este magnifico acervo arquitetônico de surpreender quem tem a oportunidade de conhecer.


Apesar da excelência como um dos maiores museus a céu aberto do pais, o Centro histórico vem sofrendo penalidades que o colocam no ranking de perder esta titulação, pela dificuldade e morosidade com que os órgãos competentes utilizam seus recursos, para mante-lo, através dos dispositivos legais nem sempre eficiente para assegurar sua proteção e manutenção necessária. 
O Bairro Praia Grande onde está localizado o centro Histórico teve grande importância comercial cuja consolidação se deu a partir de 1789, em decorrência das atividades portuárias da cidade, oriundas da grande produção de algodão para exportação. Grandes empresas comerciais estabeleceram-se no bairro, para usufruir dos benefícios portuários e a Praia Grande se tornou o centro econômico mais importante da cidade. 
Com a estagnação econômica, as empresas comerciais foram desaparecendo e os velhos sobrados que não foram ocupados por órgãos públicos, foram progressivamente se deteriorando, chegando alguns deles à completa ruína.
A partir do "Projeto Reviver", que restaurou grande parte do bairro, a Praia Grande assumiu uma nova função: área de lazer com espaços para manifestações artístico-culturais.


Mas muitos desses prédios com o passar do tempo foram também depredados por vândalos e alguns hoje, em estado de completo abandono, correm o risco de desabarem, causando o desinteresse da própria população local em preserva-los pela falta de recursos e flexibilidade dos incentivos diretos do governo. Com a criação de novos bairros à partir da construção da ponte José Sarney em 1970, grande numero de moradores acabou se transferindo para o outro lado da cidade, permanecendo apenas os núcleos menores, que se mantem a sombra da marginalidade que se instalou no local e vem crescendo com o passar dos anos. Hoje as ruas estreitas e escadarias do centro histórico não são mais disputadas apenas por turistas curiosos com suas maquinas de fotografar, mas por um contingente cada vez maior de moradores de rua, pedintes, batedores de carteiras e drogaditos que disputam espaço, intimidam e desconfortam os visitantes. 


Grande parte dos casarões, são hoje ocupadas por lojas de artesanato, mercados, pousadas, restaurantes, livrarias, que conseguem manter sua funcionalidade com o turismo que flutua nas diversas temporadas. Muito mais do que sentar num restaurante e experimentar uma comida tipica, visitar alguns de seus museus ou passear por suas lojas de souvenires, São Luis convida-nos a olhar suas ruas, suas janelas e sacadas com ferros trabalhados e de aspecto bucólico e de abandono. 


AS RUAS, VIELAS, ESCADARIAS E SEUS LOGRADOUROS:
Uma curiosidade ao se percorrer pelas ruelas, becos e escadarias de São Luis, são os nomes como: Beco do Quebra Bunda (por sua pavimentação de pedras escorregadias), Beco Catarina Mina, (que recebeu essa denominação em memória à negra Catarina Rosa de Jesus Ferreira. Inteligente e muito bonita, a negra Catarina logrou considerável fortuna, com que alforriou sua mãe e se fez proprietária de imóveis e senhora de escravos, acabando por tomar ares de grande dama. Sabia enfeitiçar com a sua simpatia e insinuante meiguice os ricaços da Praia Grande. Parte dessa rua é formada por uma escadaria com 35 largos degraus em pedra de cantaria). 
Outros nomes curiosos são: Beco da Bosta, Beco dos Catraeiros, provavelmente denominados no período do império, pela astucia dos escravos e seus senhores... Rua dos Afogados, rua do Veado, rua da Viração, rua do Giz, rua do Serão e do Caminho da boiada.


Mas um dos exemplos, que faz a gente lembrar do refrão de uma musica que diz "... Que tudo pode dar certo..", é a restauração da Praça Benedito Leite, nas proximidades da Catedral da Sé, onde pode ser visto um excelente trabalho de recuperação dos prédios históricos pelo Projeto Reviver; Uma infinidade de prédios restaurados à exemplo do que poderia ser feito com o resto do Centro Histórico que sofre com os detalhes burocráticos e por possível falta de verbas.



PRÉDIOS HISTÓRICOS E MONUMENTOS:
Entre tantas coisas para se ver em São Luis, não deixe de visitar o Palácio dos Leões que hoje abriga a sede do governo estadual, a Casa do Maranhão, o Palácio dos bispos e a Catedral da Sé, o Convento das Mercês, o Centro de Cultura Popular, o Solar da Rua Formosa, o Museu de Gastronomia, a Feira da Praia Grande, (antigo Mercado das Túlias), a vista da baia de São Marcos no mirante a o lado do Palácio dos Leões.


Faça o "Passeio Serenata", um dos melhores, promovido pela Prefeitura de São Luis e a Secretaria de Turismo ao som de violões, cavaquinhos e saxofones, onde os músicos entoam músicas românticas e canções populares maranhenses, num passeio inesquecível pelas ruas históricas da cidade. Durante o percurso, um guia de turismo, narra a história e lendas de São Luis e poetas declamam trechos de obras de escritores maranhenses. A concentração acontece na Praça Benedito Leite as 19 horas e as informações e reservas na Central de Serviços Turísticos.


CULINÁRIA:
Prove o arroz com cuxá (especie de planta azedinha) camarão e gergelim, o ensopado de peixe, a caranguejada, a caldeirada de camarão, a torta de siri, o sururu ao leite de coco, o sarabulho, o bolinho de bacalhau com aipim, a cachaça Tiquira feita de mandioca brava que reza a lenda que se tomar banho depois de ingeri-la pode até morrer, o guaraná Jesus, o doce de Espécie, os licores e sorvetes de frutas típicas da região como o cupuaçu, bacuri, cajá, murici e sapoti.

MANIFESTAÇÕES FOLCLÓRICAS:
Assista as manifestações folclóricas como: O tambor de crioula, o cordão de reis, o bumba-meu-boi que acontecem em centros culturais. Com um pouco de sorte voce pode assistir nas ruas da cidade ou no centro histórico em datas festivas.

 

Até o próximo passeio!

O pior cachorro quente que comi.

Eu não sei se é um hábito em toda a São Luis, mas pelo menos os dois cachorros-quentes que comi durante a semana em lugares diferentes, eram preparados do mesmo jeito. Eles dizem que é preparado com carne e se você pensa em pedir um que tenha linguiça, muito molho com cebola, tomate e queijo ralado como é feito por aqui, esqueça, estará perdendo seu tempo e te olharão como se você fosse de outro mundo. Eu cometi este erro.
Foi na tenda do Souza, no centro histórico, onde se reúne a juventude maranhense no inicio da noite, que comi o tal cachorro, acompanhado de guaraná Jesus, bebida também típica de lá. O pão é de cachorro-quente, mas o recheio além da salsicha , vai uma carne moída que eu juro que deve ser misturada com proteína texturizada, filetes de repolho, batata frita nas bordas, cenoura cozida, ervilha e uma maionese e ketchup sem gosto que eles nem questionam o sabor. 
O pão fica mole, fazendo o recheio cair por todos os lados, mesmo sendo enrolado num plástico transparente. Conversando com o taxista que me conduziu até o aeroporto, na volta para casa, ele me disse que existe uma outra modalidade de cachorro-quente muito apreciado, onde vai todos estes temperos que falei e depois é lacrado as bordas do pão com um puré de batata ou aipim. Disse ele ser uma delicia!..
Ah, tem mais. Este cachorro quente, já se tornou até personagem de um livro chamado O Monstro Souza - romance festifud que encontrei na Internet, onde mistura prosa, poesia, anúncios, fichas de RPG, quadrinhos e recortes de jornais. O livro conta a história de um cachorro-quente comprado na barraca do Souza, que após ter sido esquecido em uma poça de tiquira e atingido por um raio, cresceu e transformou-se em um monstroApós criar vida e consciência daquilo que é o o seu lugar no mundo, passa a viver no centro histórico de São Luís, ganhando a vida como garoto-de-programa e tramando assassinatos dos fregueses da Barraca do Souza. 
"Todo mundo acha que ele é só um cara feio, que está bebendo no bar, um sujeito excêntrico, uma dessas figuras da Praia Grande mesmo. Ninguém percebe que ele de fato é um cachorro quente" - explicou o autor.

Tambor de Crioula

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Ontem à noite Athos e eu fomos ao Centro de Criatividade Odylo Costa Filho, na praia grande, centro histórico de São Luís, para assistirmos a uma apresentação de Tambor de Crioula, dança de origem africana praticada por descendentes negros daqui do Maranhão em louvor a São Benedito, santo muito popular entre os negros. O tambor de Crioula é uma dança alegre marcada com muito ritmo e giros tendo como motivo o pagamento de uma promessa, festa de aniversario ou outra comemoração de qualquer natureza e ainda uma reunião de amigos.
Não existe uma data fixa no calendário para ser dançada e que pode ser apresentada ao ar livre em qualquer época do ano.


Os dançantes que são mulheres, vestem-se com saias rodadas de estampas coloridas, blusas rendadas e muitas pulseiras e colares de adorno e algumas flores ou lenços torcidos no cabelo.
Aos homens que trajam calça comum e camisa estampada, fica a responsabilidade de puxar os cantos que é acompanhado pelas mulheres e ritmar a dança tocando os tambores que são tres, cada um de um tamanho, feitos de tronco de mangue, pau d'arco, soró e outras arvores de forma artesanal e rustico.. Um dos pontos altos da coreografia da dança, é a punga que é o convite entre as dançantes para entrar na roda. Quando a dançante que está no centro deseja sair, avança em direção a que quer entrar, aplicando-lhe a punga, que ´consiste num toque com a barriga, na barriga da outra dançante. A que estiver na roda vai para o centro dando continuidade a brincadeira.

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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...