Canela

Embora a meteorologia previsse mudanças na temperatura, decidi visitar Canela hoje. A cidade fica à 137 Km de Porto Alegre, podendo-se escolher entre varias rotas, saindo da capital, a que for mais conveniente em termos de distancia, tráfego de veículos e beleza natural que melhor agrada. A rota de minha preferencia foi por São Francisco, que considero mais bonito e o tráfego evidentemente menos intenso. Como não tinha pressa, saí de casa as 8:00h. chegando lá às 10h 20min. .
De Porto Alegre seguindo pela RS- 235 por Nova Petrópolis, são126 km, pela RS-115 via Igrejinha, 137 km ou a RS-020 São Francisco de Paula, 137km.

 

Menos agitada que Gramado e há apenas 8 km, Canela, é uma cidade menor, com menos pessoas circulando a procura de melhores preços nas acomodações, tornando-se menos agitada para quem tem pretensões de descansar ou simplesmente caminhar pelas ruas sem pressa como no meu caso. Apesar disto oferece toda a infra estrutura, beleza e opções turísticas, sem perder pontos para Gramado. Evidentemente Canela possui muito mais para se olhar, porem fiz um resumo dos pontos e locais mais procurados pelos visitantes.


Parque da Ferradura: É o lugar ideal para quem gosta de integração com a natureza, realizando trilhas ou observando-a em um de seus mirantes ou simplesmente usufruir a tranquilidade do lugar, ouvindo a sinfonia dos pássaros. O local ainda conta com área de lazer e lojas para a aquisição de presentes.
Cascata do Caracol: Um dos pontos turísticos e também cartão postal da cidade que mais atrai visitantes. Com 131 metros de queda livre entre pedras basalticas e matas nativas., se chega até a sua base por uma escadaria de 927 degraus. Caso não queira descer todos esses degraus tem a alternativa de chegar por sua base.

Como chegar:Saindo de Canela em direção á Cascata do Caracol, na fábrica de móveis Lapele pegue á esquerda. e siga as placas indicativas "Vale da Lageana".
É aconselhável a contratação um guia local, pois as terras são particulares e não é possível o acesso sem pessoa autorizada.
Teleférico: Outra opção é o passeio de Teleférico, com duração de 20 minutos. Os visitantes desembarcam no Vale da Lageana, próximo a um mirante, com vista para o Cânion da cascata, alem de contemplar parte da serra Geral.

Castelinho: Na mesma estrada que vai à Cascata do Caracol, encontra-se uma das primeiras residências da cidade, conhecida também como Castelinho. Foi construída entre 1913 e 1915 pela família Franzen, em madeira de pinheiro e tem como peculiaridade a não utilização de pregos na montagem das paredes, mas apenas encaixes e longos parafusos. Os cômodos da residência levam a uma verdadeira volta ao passado, formando um museu que abriga os móveis e utensílios (louças, talheres, objetos) e ferramentas usadas pelos imigrantes, na colonização da região.


A Casa de Pedra, situada na também na Estrada do Caracol, esta casa foi construída no ano de 1953 e no começo foi utilizada como Associação Rural de Canela. Em1990 se converteu na sede da Prefeitura Municipal e desde 1992 é a sede da Câmara de Vereadores. Atualmente abriga um cine teatro, conhecido como Teatro Casa de Pedra, e salas de exposições.


Catedral de Pedra: Com o nome de Catedral de Nossa Senhora de Lourdes, é o principal templo do município e um dos seus símbolos arquitetônicos mais importantes. Construída em meados do século XX e localizada na Praça da Matriz, tem a arquitetura em estilo gótico inglês que destaca por sua torre campanário de 65 metros de altura, situada no centro de sua fachada principal. No seu interior guarda importantes telas pintadas pelo artista gaúcho MarcianoSchmitz.

  

Mundo à vapor: O Mundo a Vapor é um lugar que encanta a adultos e principalmente crianças. Trata-se de um espaço onde estão expostas miniaturas de peças e objetos que revolucionaram o mundo da industrialização, como um trator à vapor, telhas e tijolos que cabem na ponta do dedo e seu processos de fabricação. No seu interior existe uma loja onde se compra souveniers para levar de lembrança. A Fabrica fica na RS 235 entre Canela e Gramado e antes de você chegar encontrará no caminho uma placa orientando os motorista a terem cuidado, pois ocorreu um grande acidente ferroviário à frente.
A cidade ainda oferece uma variedade de lojas de artesanatos locais, produtos têxtil e coloniais e restaurantes e bares onde os pratos principais mais procurados são os founde, o café colonial e as mesas de queijos e vinhos.

Nomes e Nomes

Cada vez mais fico convencido de que nossos valores pessoais são movidos por questões culturais, sem que percebamos isto nas entrelinhas de jornais, revistas e televisão. Estes veiculos de comunicação a que chamamos de cultura!...
Ainda ontem, eu conversava com amigos sobre estas questões,  por exemplo, de alguns  nomes serem considerados feios e inaceitáveis socialmente e que a própria midia tinha alguma responsabilidade  sobre essas questões, uma vez que ordena modismos fazendo das pessoas reféns de seus conceitos sintéticos e  novos de beleza. Basta lembrar de nomes artísticos, que são uma redefinição do que é aceitável a o padrão estético. Não é a toa que algumas pessoas não conseguem explicar ou definir o por que consideram alguns coisas feias e outras bonitas, simplesmente por que lhes foram sutilmente impostas pela cultura de uma mídia, onde alguns grupos ditam as regras. E isso não parece influencia?.. 
Mas voltando aos nomes, eu que sempre tive pessoas com nomes, por assim dizer, diferentes da maioria, em minhas relações e não os considero feios, uma vez que acredito possuírem uma originalidade peculiar, ímpar que lhes cobrem com um certo "elan" excluindo-os desses rols costumeiros de importados como os Charles, Wilians e Ingrids da vida.., me pergunto o que  faz de Danuzia, Maclóvia, Huguete, Teodorica, Albarina, Livonea, Januaria e tantos outros, parecerem menos bonitos e  tornarem-se menos aceitáveis aos olhos da sociedade e do próprio dono?
Seria o som  provocado ao pronuncia-los e captado por alguns ouvidos mais sensíveis e discriminadores? Seriam piores que estas variações e emendas criadas para se distanciarem do original, surgindo novos nomes e assim tornarem-se diferentes e mais modernos plasticamente como Francieles, Elisangelas, Fabianos, Josemares?...E pra onde foram os Joãos, os Pedros, as Marias, que um dia pareceram bonitos ou pelo menos comuns, e que agora  para não perderem espaço na moda,  foram transformados em Johns, Peters, Marys?
Quem sabe Maria das Dores, ficasse mais bonita e aceitavel aos ouvidos se chamada de: Mary of Sorrows
Eu gosto do diferente, do verdadeiro, do original, do que também doi ao ouvido social. Acho que estou mais para Caetano que diz na letra de  uma de  suas musicas:
"Adoro nomes. Nomes em ã. De coisas como rã e ímã. Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes. Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé 
e Maria da Fé..."

O convite.

Danuzia me ligou convidando-me à participar como palestrante de uma atividade escolar, cujo o tema refere-se a conciencia negra e onde um amigo dela é professor responsável pelo evento. Segundo ela, eu teria sido apontado para conversar com os alunos, por ser negro, inteligente, viajar muito e  ser um exemplo de ter "vencido na vida". Noooossa!.., esta ultima observação feita por ela, me caiu os butias do bolso, como diria um amigo meu.  
Como dizer pra ela que não me sinto como alguém que "venceu na vida", mas uma pessoa que conquistou seu espaço e sobrevive dele como é de merecimento a todo e qualquer cidadão que busque isto
Eu até vivo "dando de pau" no trabalho, nos chefes, nas regras institucionais e politicas que comandam o serviço e por vezes fico tão insatisfeito, que sinto vontade de jogar tudo pro alto e mudar de profissão, de cidade, de corte de cabelo. 
Eu  acho que "vencer na vida" tem um conceito tão amplo e  pessoal  que parece não caber em  mim. Como dizer pra ela, que estou mais para sobrevivente do que para vencedor? 
Devo repensar sobre o convite!

Sem palavras!

De vez em quando surgem noticias que me deixam abalado e não são aquelas da televisão, que atinge grandes massas da sociedade informando tragédias, mas as que batem na porta, ou vêm  por telefone iniciando-se com a fatídica frase: (Você sabia que?..),ou: (Tenho uma coisa desagradável pra te contar!...) e então estas noticias vão se disseminando entre as pessoas de um grupo como um grande segredo e a gente fica de mãos atadas, impossibilitado de se aproximar da pessoa e tentar dar um pouco de atenção ou apenas ficar do seu lado, quieto, acreditando que em certos momentos o silencio pode ser o melhor aliado. Algumas doenças me agridem demais e o fato de parecerem sem cura me faz pensar nesta fragilidade a qual todos estamos expostos, independente de sexo, cor ou condição social.

Premonição

Já te deu aquela sensação de que você será a próxima vítima de um problema que vem se arrastando durante meses e que inclusive já ocorreu com outras pessoas que você conhece e sente que a qualquer momento, "inevitavelmente" também vai te acontecer?
Vou ser mais claro!
Faz semanas, senão alguns meses que estamos enfrentando aqui no prédio, problemas com o elevador que passou longos dias interditado e sem funcionar. O problema se iniciou enquanto eu estava fora, de viagem a o Peru. Segundo alguns vizinhos, uma chuvarada, causou infiltrações pelo telhado do prédio, atingindo a casa de máquinas do elevador danificando algumas peças e o resultado, foi devastador. Reuniões, desentendimentos entre moradores e o sindico, orçamentos e conserto sem garantia dada e depois de mais de 15 dias, ele voltou a funcionar. Há duas semanas atrás uma moradora ficou presa por mais de 40 minutos, esperando ser resgatada e só foi retirada depois que alguns moradores corajosos se arriscaram e a retiraram de dentro.
Hoje voltando pra casa, depois de uma caminhada, quando acionei o botão do meu andar, o dito cujo deu umas guinadas e foi aquilo, parou na metade, entre o térreo e o primeiro andar deixando-me enjaulado. Sorte eu estar com o celular que mesmo dando sinal de carga se esgotando, consegui ligar para um 0800 fixado na parede.
A funcionaria que me atendeu de São Paulo, disse que não demoraria e durante os 60 minutos que fiquei ali dentro, me controlando para evitar o pânico, fiquei pensando que eu sabia que aquilo iria acontecer comigo. Não sei como, mas entre subidas, descidas e pequenos  solavancos que presenciei dentro dele durante a semana, eu sabia que seria a próxima vitima. A manutenção chegou e  fui retirado entre sorrisos e suspiros de alívio dos vizinhos.

Receita rápida

Consegui uma receita de salada ontem, dentro do supermercado. Eu cheguei no balcão da peixaria e encontrei um sujeito que comprava aqueles palitos de peixe cru prensado, próprios da para a confecção de pratos japoneses. Claro que minha curiosidade sempre maior que minha discreção, me fez puxar assunto e descobrir o que ele faria com aquilo. Educadamente ele disse-me que era um sushiman de um restaurante próximo dali e conversa vai, conversa vem, me deu uma receita que por minha conta decidi chamar de: "Salada de Kani Kama com rúcula e manga".  Não tive a intenção de roubar a receita do cara, dando um nome que inventei na hora, mas ficou chic, voces não acham? 
Experimentei na mesma noite, quando cheguei em casa e lambi os beiços. Como não sou egoísta e acho que coisa boa deve-se passar a diante, vai aqui a receita:
01 pacote de Kami Kama. (Usei o de sabor caranguejo)
01 manga madura e rigida cortada em pedaços pequenos.
Folhas de rúcula partida em pedaços.
01 limão e uma colher de açucar para temperar.

Momentos de compulsão

Eu não tenho guarda-Chuva, na verdade nem lembro da ultima vez que tive um. Acho-os incomodo de carregar e talves por isto, sempre tive a má sorte de perde-los em qualquer lugar e somente lembrar disto na próxima chuva. Também nunca me acertei com o seu  mecanismo, virava e mexia eles quebravam com  facilidade nas minhas mãos. Diante deste fato, decidi aboli-los de vez da minha vida, sem alimentar culpa. Mas  hoje na fila do supermercado, enquanto esperava a minha vez de passar as compras, enxerguei alguns expostos no balcão e resolvi examina-los. Não eram demasiado grandes e   em três  cores diferentes, da qual todas me agradavam. Fiquei tentado à levar um pra casa, mas a  duvida de qual deles escolher, me impedia de ser pratico e cololoca-lo no carrinho. 
Mas e se eu levasse os três, afinal gostei dos três?.._ pensei rápidamente com meus botões.
Imaginava-os pendurados estratégicamente num cabideiro do meu guarda- roupas, alegrando meus olhos cada vez que eu abrisse a porta. Respirei fundo e claro que não os levei.

PUNTA DEL ESTE- URUGUAI.

Se minha passagem por Piriápolis com o grupo de excursão no dia 12 /10/2010 foi rápida, por ser o ultimo dia no Uruguai, em Punta Del Este então nem se fala. De qualquer forma já conhecia a cidade de outras passeios realizados por lá, então posso fazer um comentário rápido à respeito!

Punta está entre os dez balneários de luxo mais famosos do mundo, e por se localizar  estrategicamente numa península, onde de um lado tem o mar (Oceano Atlântico) e do outro o rio (Rio do Prata), pode oferecer aos seus visitantes as duas opções em lazer. Fica no Departamento de Maldonado e no passado, acreditem, já foi chamada de villa de Ituzaingó.
Evidentemente que em se tratando de um balneário de luxo, usufruir férias por lá, não é para qualquer  bolso, uma vez que personalidades internacionais como o Roberto Cavalli,  e as modelos Naomi Campbell e Valeria Mazza entre outros, já estiveram por lá banhando seus corpinhos milionários nas águas de Punta Del Leste. Mas o fato de Punta ser uma praia com concentração de badaladíssimos, não significa que os menos favorecidos, fiquem excluídos de conhece-la, visitando alguns pontos considerados interessantes.
Diante disso, posto aqui no blog algum dos lugares que conheci, quando visitei-a algum tempo atrás e que achei interessante: 

AVENIDA GORLERO:
É a avenida principal onde se encontra galerias de arte, centros comerciais, restaurantes, bares, hotéis, cinemas, lojas em geral. Caminhar nesta avenida pode significar um programa interessante. 


 
 MÃO DO AFOGADO: 
Localizada na Praia Brava, a escultura é um cartão postal da cidade. São dedos saindo da areia, cujo o significado é a presença do homem surgindo na natureza. Esta obra foi idealizada por um escultor chileno e faz parte de um conjunto de outras esculturas espalhadas pelas Américas.

ILHA DOS LOBOS:
É um lugar que não pode deixar de ser visitado. A 11 km da costa, é habitada por uma das maiores colônias de lobos marinhos da América do Sul. Os guias acompanham os visitantes de barco que ficam a menos de 50 metros dos bichos. O lugar fica à 40 minutos do Porto de Punta e cobram em torno de US$ 20 por pessoa.

ILHA DE GORRITI:
A ilha fica na baía de Maldonado e é visitada por visitantes que diariamente desembarcam ali para desfrutarem sua inigualável beleza natural como também de outras duas praias nas proximidades: Porto Jardim e Praia Funda. A ilha é ótima para esportes náuticos e cercada de muitas árvores e pinheiros. Os passeios até as ilhas Gorriti e Dos Lobos,  podem ser feitos à partir do Porto de Punta.



CASAPUEBLO:
Obra arquitetônica nada convencional, localizada em Punta Ballena, há 15 km do centro de Punta del Este, começou a ser construída em 1958. Este símbolo de Punta, é uma fascinante obra do pintor e escultor uruguaio Carlos Páez Vilaró, feita detalhadamente com muito capricho durante 36 anos. Seu interior é composta de varias salas com vista para o mar, onde ocorre exposições de esculturas e pinturas. É considerada um patrimônio do lugar como uma escultura habitável. O museu  no interior da Casapueblo fecha pontualmente as 18 horas.



FAROL DE PUNTA DEL ESTE:
Farol com 45 metros de altura cujo o acesso ao topo da torre se dá por uma escada  caracol de 150 degraus. Foi construído em 1860, utilizando- se uma mistura de terras de procedência vulcânica trazidas de Roma, combinação mais resistente que o cimento. O sistema de iluminação foram também trazidos da Europa e funcionam com eletricidade. Do lado do farol, pode-se visitar a igreja da Candelária.


 
PLAYA BARRA: Mais ou menos 15 km do centro de Punta, a Playa Barra é uma antiga vila de pescadores. A noite, funcionam barezinhos, restaurantes, lojas de decoração e ateliês de arte, dando o clima hyppie-chic a esse lugar. Com uma vista linda do horizonte, a barra tem lindas casas com estilo mediterrâneo.

MUSEU DO MAR EM PUNTA:
Este museu fica na Barra de Maldonado e faz parte da coleção privada de um sujeito que em 1961 começou  a reunir  peças marinhas do mundo todo. O museu possui mais de 10.000 da fauna marinha local e do mundo e foi inaugurado para visitações em Janeiro de 1996.

PARQUE ESTADUAL DO DELTA DO JACUÍ.


Ainda neste processo sumario de economia forçada que estou vivendo, depois te ter retornado da Europa, no Domingo à tarde, fui conhecer algumas ilhas que circunvizinham Porto Alegre. O passeio foi de barco, o Noiva do Caí e propiciou a contemplação por um ângulo diferente do que eu costuma ter da cidade, além da sensação real e diferente de estar flutuando sobre a água. O dia não era dos mais ensolarados, a água estava escura e portanto, comprometendo de (certa forma) as fotos aqui postadas. Mas valeu. Sempre vale a pena sair da rotina de Domingo, em busca de novidades.


Existem pelo menos umas cinco empresas de navegação que possuem a concessão junto a Prefeitura ,para realizarem os passeios, mas coloquei aqui no blog somente as que tive acesso à informações diretamente (no local) ou via Internet. São elas: Cisne Branco, Barco Porto Alegre 10 e Noiva do Caí. Informações: AQUI!


Os pacotes oferecidos pelas empresas citadas, são quase os mesmos, porem, se diferenciam em alguns horários, possivelmente para possibilitarem os embarque sem congestionamentos, uma vez que a Usina do Gasômetro, é o ponto de maior tráfego, o outro é o Cais do Porto, utilizado pelo conhecido Cisne Branco. Quanto aos preços, embora a moça que me vendeu o bilhete, tenha informado que os valores eram uniformes, tinham diferença sim.
O cisne Branco informou o valor de R$ 18,00 enquanto que o Noiva do Caí cobrou R$ 15,00 e o Barco Porto Alegre 10, não tive acesso à informação. Escolhi sair as 15 h 30 min, por ser um horário distante do almoço e também por não correr o risco de retornar quase noite, a temperatura nesta estação, cai muito e também estava nublado. A duração foi de 1 hora.
O barco saiu as 15 h 35 min., com cerca de 40 passageiros e se distanciou da Usina do Gasômetro, pelo leito do Guaiba, até as proximidades do estaleiro, local com alguns barcos e navios velhos ancorados, outros semi- naufragados; A partir daí o leito vai se estreitando, formando um canal com profundidade de 9 à 10 metros, conforme informou a tripulação. 


Costeando a Ilha da Pintada, depois de passar ao lado de alguns barracos, a Casa dos Pescadores e barquinhos coloridos, se enxerga à distância, a ponte sobre a BR 290, que liga Porto Alegre à Eldorado do Sul, e é mais ou menos neste ponto que o panorama começa a modificar-se. É possível ver e se espantar com a quantidade de mansões estabelecidas nas margens do rio.
São quase três quilômetros de casas imponentes, de muros altos, com piers e piscinas. A gente passa e alguns moradores abanam. Nos fundos delas, do outro lado da rua, observa-se casas simples, sem pintura, feitas com sobras de madeiras, denunciando miséria e o impacto das diferenças. As mansões foram construídas de frente para o rio, dando as costas impiedosamente para as casas humildes e se isolando da pobreza. 


A Ilha da Pintada faz parte do Parque Estadual Delta do Jacuí, criado em 1976, é uma colônia de pescadores com o maior numero de habitantes daquele complexo de ilhas, (algumas desabitadas) e que ainda tentam sobreviver da pesca e do artesanato local, confeccionado à partir de escamas de peixes. Ano passado se bem me lembro, alguns moradores foram obrigados a evacuarem de suas casas, em função de uma enchente no mês de Setembro, conforme noticiou o Jornal ZH. da época. 
Na outra margem, a Ilha das Flores conhecida internacionalmente, através do curta metragem premiado de Jorge Furtado em 1989, exibindo o mesmo panorama de casas sofisticadas, porem em menor numero. Havia inclusive algumas novas construções sendo erguidas. 
A partir deste novo ponto, o barco fez manobras de retorno, entrando no Canal Maria da Conga, onde pilotos de jet esquis, se exibiam em volta do barco, com manobras radicais. A maioria eram homens de meia idade e desconfiei que pudessem ser moradores afortunados das ilhas. O barco não para em nenhum momento e as informações como profundidade da água, localização e pontos turísticos, são dados pelo capitão, na cabine, através de auto falantes distribuídos no convés.


Depois, passamos ao lado da Ilha do Castelinho, visto à distância e que já foi utilizado para guardar pólvora no passado, em seguida a Ilha do Chico Inglês, que dizem ter recebido esse nome porque viveu ali um homem chamado Francisco que era português, mas fazia negócios com os ingleses, o povo não vendo com bons olhos aquilo, resolveu apelidá-lo de Chico Inglês.


Retornar do passeio me pareceu mais bonito que a ida e esta sensação se deve, a projeção diferente que se tem de dentro do barco, quando nas proximidades da cidade,  de uma certa distância. É possível admirar os armazéns e suas portas coloridos do Cais do Porto, as torres brancas da Igreja das Dores e a Usina do Gasômetro.


Além de toda a beleza guardada por traz de muros que isolam o rio da cidade, redescobrir uma Porto Alegre diferente, que eu não lembrava mais desde os tempos saudosos da infância, foi uma experiencia emocionante.



Até o próximo passeio!

SITIO OSHO RACHANA


Faz alguns anos que conheci o Sitio Osho Rachana no Canta Galo em Viamão e por isto me sinto apto a dar informações como um simples convidado e observador que em poucas horas gostou do que viu e sentiu. Era passagem de ano (reveillon de 2006) e fui convidado por amigos a participar da festa, cuja a ceia farta, tinha sido arrumada numa extensa mesa decorada ao ar livre e cheia de gostosuras, em meio a vegetação nativa, morros com belas vistas, lago e árvores frutíferas. Devo admitir que na época, fiquei um tanto inseguro em ter que arriscar minha noite de fim de ano numa "comunidade", palavra que pra mim possuia um conceito cujas as pessoas eram radicalmente contrarias a todos as manifestações sociais capitalistas como natal, reveilon e coisas do tipo. Eu não sei exatamente o que eu pensava, mas não gostava da idéia!

Desfazendo preconceitos: Ao contrario do que eu imaginava, havia familias inteiras, com crianças e adolescentes e a comida não era aquelas gororobas e pirões naturébas que a gente supõe que quem vive em comunidades se alimenta. Quando bateu a meia noite, as champanhas foram estouradas, os brindes e abraços demorados se iniciaram e depois foi só festa até o amanhecer onde conheci muita gente interessante, inclusive o Milan, um dos fundadores da comunidade e outras pessoas cuja a simpatia só se explica pela forma alternativa e saudavel com que resolveram viver suas vidas. Depois da festa, me recolhi para o dormitório onde havia varios colchões organizados no chão, lado à lado e alguns espaços separdos por cortinas. Os banheiros eram coletivos e as peredes que os separavam, não subiam até o této, possibilitando se correr o risco de invadir a privacidade de quem estivesse do lado. Somente depois, Alba me orientou que os homens deveriam urinar sentados, então me tranquilizei.
No outro dia, levantei-me cedo para caminhar, visitar a propriedade que é extensa e bem distribuída e depois entrar na fila para tomar o café. Muita gente tinha ficado por lá e só precebi isto pela extensão da fila. O café era farto e com variedades de frutas, sucos, pães, cucas.

O Sítio Oshos Rachana: são 40 hectares, situado no Cantagalo, à 40 km do centro de Porto Alegre, cujo o acesso se dá por estradas de terra, bem sinalizadas em dia de festa, até a entrada principal, um portão de ferro com acionamentos eletrônico. O local é uma comunidade onde pessoas de todos os cantos, abriram mão de suas vidas nos grandes centros urbanos, para viverem juntas de forma a se conhecerem e criarem elos de afetividade e auto ajuda em grupo, buscando além do conhecimento pessoal, se fortalecerem ea conviverem com a diversidade e suas diferenças culturais e comportamentais. E isto se dá através da divisão de tarefas e outras experiencias adquiridas na convivência.



Estrutura: Com ampla infra estrutura, o sitio conta com refeitórios, Cozinha, recepção, dormitórios, piscina, campo de futebol, uma danceteria, estar coletivo com biblioteca, espaço para jogos, alem disto, lago para lazer, sala de meditação, horta e muito espaço livre para caminhadas. A o contrario do que eu pensei que pudesse ser uma bagunça, viver em comunidade é um execício de cidadania, de boa convivência e respeito mutuo, muitas vezes não aplicado no nossa modelo de sociedade convencional.

 

Namaste: O sitio é uma extensão do Namaste que é um centro de terapia bioenergética e meditação, onde as pessoas através de exercícios físicos-mentais, trabalham para desenvolverem a mente e o corpo. Além da terapia, o Namaste oferece meditação, seminários, cursos, palestras e maratonas direcionadas à algum tema abordado, objetivando integrar as pessoas à estas questões. 
Algum dos trabalhos oferecidos pelo Namaste:
Programa de relaxamento, de auto conhecimento intensivo e trabalho meditativo. Para maiores informações entre no site: AQUI
Namaste
Rua da Republica 528
Cidade Baixa- PoA/RS

Sitio Osho Rachana
Estrada Anelio Feula 1540
Canta Galo- Viamão/RS

Fofoca de bastidores

Meu amigo Ton, que junta toda aquela galéra bacana em suas excursões universitarias, e que ja dividimos espaço em muitas viagens, esta semana colocou no seu MSN o seguinte convite para quem quisesse ler e evidentemente participar da aventura, é claro: VAMOS AO URUGUAI DE KOMBI? 
Eu até fiz contato, para saber se ele estava bem, se não estava com  delírio provocado por alguma intoxicação de chivito vencido, guardado no bolso da ultima viagem que fizemos ao Uruguai. Mas ele me parecia lúcido  ao teclar comigo, mesmo entre um he he he he e outro. Nada contra Kombi, cuja os passeios com meu tio, guardo lembranças carinhosas, mas sim contra os bancos da Kombi. Fico pensando o que seria das pessoas ao final desta viagem. He he he he!

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...