Sou um chato e não gosto de me sentir assim, excluído, por que esta sensação me destempera de tal forma que passa de uma desagradavel falsa impressão para um acontecimento. Quero dizer que ao me sentir deste jeito, transformo tudo numa verdade, num impasse e acabo me fechando com as pessoas que desconfio estarem me evitando por razões pessoais que desconheço ou desatenção. Então faço um processo inverso, eu que antes me sentia posto de lado as excluo por sentir meu orgulho de amigo ferido. Há alguns dias atrás, tentei falar com uma delas e por varios dias nada consegui. Telefone celular desligado, nenhuma resposta para as mensagens que eu colocava no messenger, e'mails, nada. Outra combinou de passar aqui em casa para conversarmos e então deve ter desistido e esquecido de me avisar, pois nem uma mensagem ou justificativa foi capaz de enviar-me. Sei que nossas vidas não giram apenas em torno de amigos, porque temos pendencias, problemas de toda ordem à serem resolvidos , mas particularmente não acredito na falta de tempo de levantar o telefone e justificar em poucas palavras nossas impossibilidades. Desta forma criamos lacunas que enfraquecem os afetos por desatenção e fechamos o sinal, fazendo da nossa vida como a antiga mas conhecida letra da musica de Paulinho da Viola:
"...Tanta coisa que eu tinha a dizer mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso beber alguma coisa rapidamente
Pra semana...
O sinal...
Eu procuro você...
Vai abrir!!! Vai abrir!!!
Eu prometo, não esqueço, não esqueço
Por favor, não esqueça
Adeus... Adeus..."
"...Tanta coisa que eu tinha a dizer mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer mas me foge a lembrança
Por favor, telefone, eu preciso beber alguma coisa rapidamente
Pra semana...
O sinal...
Eu procuro você...
Vai abrir!!! Vai abrir!!!
Eu prometo, não esqueço, não esqueço
Por favor, não esqueça
Adeus... Adeus..."