Minha ultima ocorrência no plantão de hoje: Garoto de 17 anos se joga do quarto andar do edifício onde mora. Correria geral equipe e ambulância, sirene ligada, luvas nas mão, ansiedade, pressa. Quando chegamos no local em seguida enxerguei-o caído no chão, boca ensanguentada, gemente, agitado, desorientado, amparado por um homem que a o reconhecer-me disse.
_Bah, vocês de novo?
Imobilizamos o garoto, examinamos, verificamos seus sinais vitais, acesso venoso, oxigénio.
_Dá outra vez, vocês atenderam a mãe dele que tomou um montão de comprimidos para morrer!
Chamamos outra ambulância com medico no local para os procedimentos avançados necessários. Trocamo-no de ambulância, da que eu estava, para a outra com o médico e foram embora. Formou-se um amontodo de pessoas atônitas e curiosas na rua, sem entender o que estava acontecendo. Meu Deus, o que se passa com o mundo, com as pessoas? Tenho na cabeça uma porção de respostas coerentes que justificam uma atitude destas, mas não me acostumo com elas, não as aceito!
_Bah, vocês de novo?
Imobilizamos o garoto, examinamos, verificamos seus sinais vitais, acesso venoso, oxigénio.
_Dá outra vez, vocês atenderam a mãe dele que tomou um montão de comprimidos para morrer!
Chamamos outra ambulância com medico no local para os procedimentos avançados necessários. Trocamo-no de ambulância, da que eu estava, para a outra com o médico e foram embora. Formou-se um amontodo de pessoas atônitas e curiosas na rua, sem entender o que estava acontecendo. Meu Deus, o que se passa com o mundo, com as pessoas? Tenho na cabeça uma porção de respostas coerentes que justificam uma atitude destas, mas não me acostumo com elas, não as aceito!