Mais arte nas Ruas de Porto Aegre

Quem anda por Porto Alegre e possui um olhar mais atento, deve ter percebido alguns painéis, (outdoors), espalhados em alguns pontos da cidade, exibindo pinturas de antigos artistas gaúchos  Esta ação acolhida pela secretaria Municipal da Cultura, foi presenteada pelo Grupo LZ, que comemorou 40 anos de atuação no mercado de mídia, inserindo esta ideia no Projeto Arte nas Ruas, que a cada mês, escolhe cinco artistas para colorir a cidade. São 21 obras de 14 pintores escolhidas pela Secretaria Municipal da Cultura. Esta ideia alem de reavivar as obras de artistas da Pinacoteca Aldo Locatelli, transforma o cenário urbano numa especie de galeria de arte a céu aberto. Atualmente os painéis podem ser encontrados no Parque Marinha do Brasil, Parque Farroupilha (Redenção), Parcão, Centro de Cultura e a Praça Carlos Simão Arnt. O de minha preferencia é o que mostra a antiga ponte de pedra.

Quanto tempo leva para a fluoxetina fazer efeito?

Neste mundo globalizado, a sociedade é uma grande empresa de representações, subdividida em pequenos departamentos representativos em busca de seus interesses sócio-econômicos. Construíram grandes salas com terminais de computadores para responder a estas demandas. Treinaram pessoas para se tornarem representantes orgulhosos destas representações que viciados nestas rotinas, seguem manuais de orientação, levam para o seu dia a dia metas e exercícios, que são aplicadas aos seus vizinhos, filhos, cônjuges e animais de estimação. Transformaram-se em células multiplicadoras dessas representações. Meu Deus, quando é que a minha fluoxetina vai começar a fazer efeito? São gerentes, síndicos, supervisores, operadoras de telemarketing, seguindo normais e traçando interesses cujo o alvo é a gente.

Se hoje eu pudesse escolher meu nome.

Se hoje eu pudesse escolher meu nome seria Caetano, não por causa do cantor, mas por que gosto deste nome que me parece ter influencias positivas sobre a alma de quem o carrega, o sobrenome também seria bem curtinho e simplificado. Disseram que eu me chamaria Gilberto Luis, mas por causa de um desentendimento entre pai e mãe ficou Luis Alberto. Na época em que eu nasci era muito comum o uso de dois nomes para homenagear outras pessoas normalmente da família, acho que também servia para o caso de se enjoar de um, poder usar o outro, arte-manha que nunca funciona, por que depois que a gente acostuma adotar apenas um nome, carregamos ele para o resto da vida. Eu conheci um Adão que se chamava Luiz e sua irmã Eva, era Silvana, uma tia muito cristã, resolveu apelida-los com esses nomes bíblicos. Eles cresceram e viveram sendo conhecidos por amigos e a vizinhança como Adão e Eva.
Um colega de trabalho, costuma me chamar de Alberto e isto parece me despersonalizar ou me multiplicar em mais uma pessoa pelo qual tenho pouca intimidade, por vezes tenho a rápida impressão de que não sou eu, ate lembrar que é um complemento do meu nome e então cair a ficha.
Minha mãe de leite, dona Cecilia, tinha dois filhos, Ronaldo o mais velho e Caetano pelo qual eu dividia a amamentação e então criei mais laços de afeição.  Eu me pergunto se a simpatia por este nome não surgiu daí?..

Felicidade é...

Eu teria muitas frases para definir ''felicidade'' nesta altura da vida... Neste momento, defino: Felicidade é abrir a pagina do Facebook e ler a seguinte mensagem; SÓ PASSEI AQUI PRA DIZER QUE TE AMO !!

Parar de fumar ou namorar a Marta Medeiros?

Estava eu e uma amiga, aguardando no terminal de desembarque do Salgado Filho, um casal que retornava de Natal e para evitarmos a ansiedade causada pela espera, ficamos falando todo o tipo de bobagens para preenchermos nosso tempo. Lá pelas tantas, decidi ir para a rua fumar um cigarro, cujo o vicio ainda não consegui me libertar e então fiquei pensando em mais bobagens, enquanto lançava nuvens de fumaça toxicas para o céu, entre outros dois fumantes que por ali se encontravam meio dispersos e com olhar de cumplicidade disfarçado. Os fumantes possuem esta postura dissimulada provocada pela culpa, ficam fingindo não perceberem a presença um do outro, mas ao mesmo tempo, vigiam camufladamente  cada atitude a sua volta que lhes causa desconforto. Uma especie de fraternidade silenciosa, que vai cavucando o casco do barco até ele afundar definitivamente. Quando retornei novamente para o saguão do desembarque, fiquei pensando o que seria mais fácil, parar de fumar definitivamente ou namorar a Marta Medeiros?

Viagens inexplicáveis.

Uma amiga me disse que certa noite veio me visitar em sonho, na minha casa. Eu estava no quarto, dormindo completamente destapado, encolhido de frio, por que a coberta havia caído da cama, então  ela tentou me cobrir, mas não conseguia, não tinha força, sua mão não conseguia alçar a coberta e me tapar. Suas mãos e braços atravessavam a roupa de cama, como se fosse a de um fantasma. Ela então forçou para se acordar, percebendo estar de volta, na sua própria casa. Sabe que eu acredito nestas viagens que por vezes também faço e não acho explicações... Outra coisa, percebi que este método de acordar para fugir da realidade do sonho, não é só meu!

conceitos banais.

Existe a verdade, a ~~eia verdade e a ~~entira.  A verdade é aquela que se for~~os absoluta~~ente honestos, corre~~os o risco de ser~~os condenados e que nunca aprende~~os de fato a falar, por que te~~os  ~~edo.  
A ~~eia verdade é aquela que herda~~os de nossos pais e aprende~~os cedo a contar, pensando ser verdade.  
A ~~entira é aquela que digita~~os no Facebook, para que todos leia~~, parece couve fresca, é a~~arga e se deixar~~os de ~~olho na água, perde a cor.

Retrato de Casamento.

Tem cenas que surgem inevitavelmente diante do foco da nossa câmera, ali prontinha, somente aguardando um clique no minuto certo. Este casal de noivos estavam diante da Igreja Matriz, quando eu fazia m city tour pela cidade com um grupo de pessoas neste Sábado. Estavam somente o casal e um motorista fotografo, sem nenhum convidado na volta, possivelmente eternizando um sonho que ficará registrado num álbum de casamento, um desejo que pra eles perdurará até que a vida ou a morte os separe.

CITY TOUR EM PORTO ALEGRE - 2012.


O Sábado hoje, estava pra mim daquele jeito que somente um milagre seria capaz de salva-lo; Um dia nublado, pesado, com a sensação de que a qualquer momento uma nuvem escura tomaria conta do céu e fosse desabar um toró d´água e então eu não saberia mais o que fazer a não ser ficar em casa ruminando pensamentos velhos e incômodos.


De repente me surgiu a ideia de fazer o passeio no ônibus turístico de dois andares, que disponibiliza o city tour de quase duas horas pelo centro histórico da cidade e outros pontos turísticos de importância na vida dos porto alegrenses. Me vesti da pequena reserva de ânimo que ainda me restava, maquina fotográfica e fui até a Travessa do Carmo 84, em frente ao Largo Zumbi dos Palmares, comprar o ingresso. Como cheguei às 10 horas em ponto e já havia saído um ônibus, fiquei esperando o próximo que sairia às 11 horas. Enquanto isto, para passar o tempo, fiquei passeando pela feira de hortifrutigranjeiros que acontece no largo todos os Sábados pela manhã e que por si só, já é um evento à parte.


O ônibus chegou às 10 h.50 min. em ponto, com seus 4 metros de altura, onde o segundo andar é aberto, proporcionando aos passageiros uma visão diferenciada da cidade por outros ângulos que normalmente não é possível ver num veiculo comum e causando também uma grande sensação de liberdade. Durante o passeio são passados informações históricas sobre ruas, bairros, praças e monumentos através de um serviço de áudio-informação, pré anunciado por uma vinheta bem agradável de se ouvir.



O serviço turístico oferece dois roteiros: O city tour centro histórico e o city tour zona Sul. O primeiro, que foi o que eu fiz, tem como foco principal, apresentar os atrativos históricos, arquitetônicos e culturais da região central e onde a cidade nasceu.


Este roteiro permite ainda que os passageiros embarquem e desembarquem em alguns pontos, para conhecer de perto as atrações e serviços oferecidos nos lugares percorridos como; o Parque da Redenção, o Parque Moinhos de Ventos, a Praça da Matriz, o Mercado Publico e a Fundação Iberê Camargo que vergonhosamente ainda não conheço.


O passeio além de mostrar por outros ângulos, peculiaridades e belezas que passam desapercebidas aos nossos olhos no dia à dia, ainda reserva uma reveladora aula de história sobre o passado da nossa cidade, que por vezes não temos sequer conhecimento. Outra coisa que percebi, é que este ônibus city tour, foi uma ideia de grande aceitação por parte da população que manifesta este sentimento através de abanos e largos sorrisos quando cruzam pelo ônibus em vários lugares da cidade. Mas vamos lá!..


Você sabia que Porto Alegre foi a terceira cidade a aderir a abolição da escravatura antes mesmo da promulgação da Lei Áurea? Que o atual Parque Farroupilha ou da Redenção foi um potreiro que recebia carne de gado das vilas vizinhas, para redistribuição na cidade e que o apelido de Redenção surgiu em função da denominação anterior de Campos da Redenção, em homenagem à libertação dos escravos do terceiro distrito da capital?


Que o Instituto de Educação General Flores da Cunha, localizado na Avenida Osvaldo Aranha é a mais antiga escola publica e de ensino secundário da cidade e onde estudou a cantora Elis Regina? Que o bairro Praia de Belas, tem seu nome em função de um antigo proprietário chamado Antônio Rodrigues Belas, dono uma chácara na beira do Guaíba lá pelos meados de 1800, onde construiu uma estrada de acesso a cidade  e que aos poucos tornou-se passagem frequente em vistas do comércio de escravos que lá se desenvolveu? Uma outra hipótese, já que nenhuma foi historicamente comprovada é que ali, nos dias ensolarados, surgiam muitas gurias de grande beleza, para aproveitarem os dias de sol, dai o nome Praia de Belas?


Que o bairro Cidade Baixa, antes de ser aterrado e hoje reduto da boemia e com grande concentração de casas noturnas foi no passado uma vila muito pobre chamada de Ilhota, pois durante os períodos chuvosos sofria grandes inundações onde só era possível trafegar-se de barco? Na ilhota nasceu e viveu  Lupicínio Rodrigues e também foi moradia de Custódio José de Almeida, o príncipe negro, grandes personalidades da cultura e historia da cidade?


Que o Ginásio Municipal Osmar Fortes Barcellos, mais conhecido por Tesourinha, é uma homenagem ao futebolista gaúcho atacante de mesmo nome, cujo o apelido surgiu pelo fato de ter participado de um bloco carnavalesco chamado "Os Tesouras"? Que Tesourinha foi atacante no Internacional, Vasco da Gama, Grêmio, Nacional de Porto Alegre e Seleção Brasileira?
Essas e algumas outras informações, são dadas neste city tour que fiz neste final de semana e que eu recomendo. 

Tô cansado de trairagens.

As horas passam, os dias, as noites, as semanas e os meses e cada vez mais eu tenho certeza de que estou no caminho certo, na busca certa do que é positivo nas minhas vivencias para um crescimento pessoal que me transforma numa pessoa melhor, num observador mais atento as atitudes simples que são as que transformam o mundo e que algumas pessoas nem fazem ideia do que seja. Por vezes outros mundinhos batem na minha porta, tentam me invadir através de telefonemas ou mensagens por celular, trazendo-me preocupações extraordinárias e transformando meus dias em momentos piores e então penso que é chegada a hora de mais uma vez partir para outro ponto deste planeta, sem as hipocrisias repetidas daqui, para que tudo pareça novo e diferente. É, eu tô cansado de tantas trairagens na minha volta

Intocáveis.

Intocáveis, filme que assisti na Quarta-feira, conta a história pouco comum de amizade entre um tetraplégico milionário e um imigrante senegalês, que além de ser o filme mais visto do cinema francês dos últimos tempos, acaba de ganhar a missão de representar o país na disputa pelo Oscar 2013. Dos diretores Olivier Nakache e Eric Toledano o filme foi anunciado nesta semana como concorrente às estatuetas da premiação. Desde 2001, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, era a produção francesa mais vista no mundo, vendendo surpreendentes 23,1 milhões de ingressos nas salas internacionais. O filme se tornou uma referência cult entre os apreciadores de cinema, e ajudou a projetar a carreira de Audrey Tautou pelo mundo.
Atualmente Intocáveis quebrou recordes na Espanha, Alemanha, Itália e Coreia do Sul, surgindo o comentário de ter desbancado O Fabuloso Destino de Amélie Poulaine. No Brasil, já foi visto por mais de 200 mil pessoas, quantidade excepcional para um filme que não é americano. 
Intocáveis é uma comédia dramática que cumpre bem o seu papel. Faz rir ao mesmo tempo em que emociona e nos deixa como lição principal a aceitação das diferenças e a possibilidade de vivermos em harmonia com elas desde que respeitando os limites de cada um. O desempenho dos dois protagonistas é tão bom e cativante que prende o espectador desde o primeiro instante, alem da história ser leve e edificante sobre questões melindrosas da moralidade. O filme é bom, mas na minha opinião não supera O Fabuloso Destino de Amélie Poulain que é quase uma obra de arte.

Por traz dos ossos, da carne e da pele

Tomei o ônibus Ipiranga-Puc confortavelmente na parada em frente da minha casa, eu precisava cortar o cabelo e ir de carro até o centro da cidade é inviável e cansativo; A Van lotação também já fazia alguns minutos que havia passado. Pois bem, tomei o ônibus e o cobrador por traz da roleta, era uma mulher negra, cabelos in natura e feição que lembrava claramente aquelas mulheres africanas. Não era bonita, mas o que chamava a minha atenção era sua feição afro não brasileira, sua estatura magra e alta, a tez muito negra e brilhosa parecendo de silicone, os dentes alvos e perfeitos em contraste com a cor escura da pele, que a tornava uma mulher diferentemente unica. Eu já imaginava-a naquelas roupas tipicas e com um turbante colorido enrolado na cabeça, brincos e pinturas exóticas. Bom, mas nem tudo é perfeito, depois de alguns minutos, descobri seu defeito. Descobri logo que entrou o segundo e depois o terceiro passageiro, ela não era simpática e demonstrava agressividade nos gestos, no olhar, como se cada um que entrasse no coletivo fosse um inimigo em potencial. Ao meu ver, possuía uma dessas doenças da alma que a gente não consegue explicar a primeira vista, por estar camuflada por traz dos ossos, da carne, da pele e que por vezes explode e derrama sobre os outros, sem nenhuma justificativa.

Alguém me explica...

Alguém sabe me explicar o por quê dessas mudanças climáticas tão radicais por aqui? Num dia faz um calor de matar, no outro um inverno europeu. Será culpa do crescente aumento dos buracos na camada de ozônio, do aquecimento global, ou alguma vingança das pessoas que eu deletei do Facebook? Me disseram que o tempo jamais justifica as razões do seu temperamento, quer dizer; de sua temperatura.

TEMPLO POSITIVISTA DE PORTO ALEGRE.

Por muito tempo eu passava em frente deste prédio e me chamava a atenção uma frase escrita sobre o aramado de ferro do seu portão principal. A frase que me refiro é imponente, instigadora e diz o seguinte: "Os vivos são sempre e cada vez mais governados necessariamente pelos mortos." A profundidade desta ideia que sempre me causou curiosidade e perplexidade, me conduzindo para outros campos de pensamento, teve enfim uma resposta neste final de semana, para que eu finalmente compreendesse, do que se tratava.
Domingo pela manhã, depois de uma rápida visita ao Brique, fui visitar o Templo Positivista de Porto Alegre, à convite da Márcia Hofmann, acompanhada de outros colegas conhecidos do curso de guia de turismo, que finalizei alguns meses atras, onde fomos recebidos pelo Sr. Afrânio Pedro Capelli, guardião do tempo, que nos explicou os preceitos da religião criado pelo filosofo francês Auguste Comte e curiosidades sobre alguns políticos brasileiros e seguidores do positivismo como Julo de Castilhos, Euclides da Cunha, Getúlio Vargas, Marechal Cândido Rondon e Nísia Floresta Augusta, (a primeira feminista brasileira), entre outros. Seu Afrânio, muito simpático e politizado, deixou claro em cada palavra dita na palestra, seu amor e dedicação, todos esses anos ao positivismo.
O prédio logo de chegada, ostenta certa austeridade, mas antes de entrar, temos que subir os treze degraus da escala positivista que inicia no proletariado e chega-se até a humanidade. Embora o espaço interior seja bem menor do que aparenta de fora o templo é composto por um mobiliário antigo e simples, onde as paredes, o teto e o assoalho, denunciam a  necessidade urgente de um restauro. No altar principal entre as bandeiras do Brasil e do estado do Rio Grande do Sul, um quadro de uma mulher com uma criança no colo, que nos faz lembrar imediatamente de uma santa, mas que na realidade trata-se de Clotilde de Vaux, escritora francesa e de família nobre, que após ter sido abandonada pelo marido com dívidas de jogo, conheceu Comte por quem manteve uma recíproca paixão platônica, já que neste período de 1845  a lei impedia o divórcio. Clotilde de Vaux é considerada a mãe espiritual da Igreja Positivista do Brasil e da Religião da Humanidade que considera a figura da mulher muito valorosa por seu poder de procriação e formação inicial do caráter humano. É a personificação da Humanidade, ou o "Grande Ser" na qual encontram-se incorporados todos os seres convergentes do passado, do presente e do futuro responsável pelo aperfeiçoamento humano. Abaixo do quadro, sobre o púlpito, um pequeno busto de Comte.
A religião positivista caracteriza-se também pelo uso de símbolos, sinais, estandartes, vestes litúrgicas, sacramentos, comemorações cívicas e pelo uso de um calendário próprio, o Calendário Positivista, (um calendário solar composto por 13 meses de 28 dias, com um ano bissexto na necessidade de ajuste, cujo os nomes dos meses glorificam personalidades importantes da religião, literatura, filosofia, ciência e política como: Moisés, Homero, Aristóteles, Arquimedes, César, São Paulo, Carlos Magno, Dante, Gutenberg, Shakespeare, Descartes, Frederico II e Bichat, mais Heloísa representante das "Santas Mulheres" ou "A glorificação feminina".) todos em pequenos quadros fixados na parede do templo. O positivismo é um culto de amor e reconhecimento pelos parentes, pelos grandes homens, pelas instituições sociais, pela pátria e pelos antepassados. É um sistema de vida moralizador, um regime sem distinções de classe, cor e raças, de uma vida sem conflitos, tendo como principal interesse o coletivo e não individual, e que organiza a vida social pelos moldes científicos. O seu lema fundamental é: O amor por princípio, e a ordem por base, o progresso por fim e que serviu de lema na bandeira do Brasil.
Auguste Comte, idealizador do positivismo, previu que no futuro, as pessoas não acreditariam mais em religião, por que as praticas se amparavam cada vez mais em mitos e superstições, mas temendo criar um problema, uma vez que a ciência não podia suprir outras lacunas que a religião normalmente preenche, propôs então uma religião baseada na humanidade, mas com praticas semelhantes a o catolicismo como reuniões em templos. Um lugar para buscar inspiração e compartilhar conhecimento e não para pedir graça ou adorar um deus.
No sub solo, descendo uma pequena escadaria curva de madeira, tivemos acesso a biblioteca do templo, ainda em face de organização, com um acervo incrível de livros e documentos datados do seculo XIX e inicio de século XX e também algumas esculturas de celebridades positivistas da época. 
O Templo Positivista de Porto Alegre, é um dos quatro templos positivistas do mundo, sendo que os outros três estão localizados no Rio de Janeiro, em Curitiba, e na França. Localizado na Avenida João Pessoa, nas proximidades do Parque Farroupilha em Porto Alegre, tem suas portas abertas todos os Domingos para visitação guiada e palestras. Atualmente encontra-se em tramitação no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), o processo de tombamento da capela. No final da visita, ainda tivemos o privilégio de ouvir um pedaço da opera "O Guarani"- de Carlos Gomes, tocada pelo guia do templo, num órgão elétrico instalado num cantinho da biblioteca.

AS PRAGAS INCONTROLÁVEIS

Eu estava na janela do meu apartamento nesta manhã, quando vi o catador de materiais recicláveis abrir o saco de lixo da casa vizinha e espalha-lo pela calçada, num ato de vandalismo. É, não existe outra palavra para definir esta atitude. Ele possivelmente não encontrou o que procurava e talvez por isso, não se deu ao trabalho de recolocar o lixo de volta, dentro do saco. Eu chamei a sua atenção de onde me encontrava, nunca atitude de revolta pelo que assisti, mas ele disfarçadamente fingiu não me ouvir e saiu a passos largos, sem olhar para traz.
Outra situação que esta virando uma verdadeira praga, são esses distribuidores de jornais de ofertas de super mercados, que entopem as caixas de correspondências dos edifícios. São encartes, jornais publicitários volumosos que dificultam a colocação das correspondências importantes por que ocupam quase todo o espaço da caixa do correio. Muitas faturas são amassadas ou rasgadas inutilizando os códigos de barra o que causa problemas na hora de se pagar as contas. Aqui perto de casa, são pelo menos três supermercados responsáveis por isto, o Carrefour, Big e o Carboni a nos enfiar propagandas, caixa de correio à dentro.

Zerando mal entendidos.

É justo que quando alguém nos faz uma grosseria qualquer, se retrate, peça desculpas, isto faz com que a pessoa não fique tão feia e intragável diante dos nossos olhos. A retratação é uma tentativa de zerar o mal entendido e assim gerar um bônus para que a relação continue apesar do desconforto que às vezes demora um pouco a passar. Inúmeras vezes já me retratei em função de meus atos de destemperamentos que eu penso ter sido compreendido, embora eu acredite que o que nos faz sentirmos perdoados não é a aceitação de desculpas da pessoa a quem atingimos, mas a nossa própria atitude de retratação e de arrependimento. É a gente que se perdoa para aliviar o peso da nossa consciência e refazermos a imagem de pessoa correta que construímos a nosso respeito.

Contradições do tempo

Um paulistano publicou no Google + este desenho bem humorado com a seguinte frase pessoal: Saudades da época em que ainda chovia em São Paulo. Este nosso pais que é um gigante pela própria natureza é ou não é uma contradição? Enquanto aqui no sul ja estamos quase virando anfíbios e rezando para parar de chover, no sudeste eles não aguentam mais o calor e imploram por chuva.

Colorindo os muros da cidade.

Sábado passado eu e uma amiga estavamos indo até o schoping Praia de Belas, quando percebemos a movimentação de grafiteiros com latas de tintas na Avenida Ipiranga 3330, em frente a o muro da subestação da CEEE e que depois descobrimos estar acontecendo um projeto idealizado pela empresa estatal chamado "Colorindo os muros da CEEE", com a participação de grafiteiros reconhecidos como Jotapê Pax, Lucas Anão Vernieri, Celo Pax e Luis Flavio Trampo, do estúdio Núcleo Urbanóide de Porto Alegre e também grafiteiros de outros estados. A pintura no muro da estação 10 é a primeira de outros grafites que serão feitas nos diversos muros de subestações da empresa. Eu fiquei pensando por que a Prefeitura não copia esta ideia e passe a colorir mais a cidade. Um dos espaços que mereceria um trabalho desses é o túnel da Conceição absolutamente cinza e com pouca iluminação, alem de outros espaços espalhados pela cidade que merecem uma repaginada. 

Atenção especial nas escolhas para não serem mal feitas.

Eu fiquei assistindo o empenho de uma colega hoje junto a chefia, para trazer um outro colega para o nosso setor de trabalho, quando houver vaga, por ela acreditar na competência e educação deste colega. Claro que estes requisitos são importantes principalmente quando se lida com o publico, mas alem das justificativas relativo a o seu desempenho como profissional, eu percebi que a estética do colega, também possui um fator de peso nesta escolha, já que rendeu sutis observações à respeito, durante a conversa. Isto me fez lembrar das eleições presidenciais de 1989, quando Fernando Collor de Mello ganhou de Lula, por sua conversa furada de ter competência em administração publica, caça aos marajás e obviamente por sua beleza física. Eu lembro inclusive de uma amiga minha se justificando, que daria seu voto ao Collor, por que precisávamos de competência, de uma pessoa culta e educada e sangue jovem no país; Lula para ela não passava de um ignorante. O resto todo mundo sabe no que deu.

Porto Alegre está um caos.

Certamente já ouviram falar no diluvio bíblico, pois é exatamente assim que Porto Alegre se encontra nesta tarde de segunda feira, com chuvas torrenciais, vento, galhos que se soltam das arvores sobre as calçadas, vendedores de guarda chuvas que se multiplicam nas esquinas, semáforos que não funcionam, carros batidos, ruas alagadas, azuizinhos discutindo com motoristas,  gente perdida e que não sabe por que veio a o mundo, o caos geral. Quatro e meia da tarde, já parecia com cara de noite.
Sabe do que é que precisamos: Por em pratica um plano mais elaborado de funcionalidade urbana da cidade, que já cresceu pra frente, pra traz, pros lados e pra cima e não tem mais pra onde se expandir. O que sobra, são os bairros mais afastados, que antes ninguém queria morar e agora surpreende os olhos com numerosas construções que brotam da noite para o dia. Fiquei matutando com os meus botões, já pensou se lá pelas tantas, o Guaíba voltasse a transbordar?

Estratégia de Marketing

Dias atrás em conversa com  a filha adolescente da vizinha, ela me perguntou o que era uma estratégia de marketing. Eu fiquei pensando numa resposta brilhante que raramente me acontece e então me veio na cabeça uma situação ocorrida alguns meses quando eu ainda fazia o curso de guiamento de turismo e que utilizei para lhe explicar. 
Eu inventei durante o curso, uma brincadeira entre meus colegas de aula, que os deixavam tensos cada vez que apresentavam seus trabalhos individuais, que valiam pontos. No final da apresentação eu sempre levantava a mão e perguntava-lhes se podia  fazer uma pergunta sobre o assunto recém apresentado. Apresentava uma dúvida que às vezes nem era respondida, mas que virava uma discussão onde todos ganhavam mais informações sobre o assunto, inclusive eu e todos se tornavam igualitariamente alunos desprovidos de concorrências pessoais e vaidades. Esta minha atitude que inicialmente gerava  desespero entre eles, por que nem sempre temos domínio total daquilo que estamos informando, com o passar do tempo foi se transformando numa brincadeira descontraída onde eles me diziam _Se tiver alguma pergunta pra fazer, tu tá morto!.. Mas era essa a minha intenção, transformar aqueles momentos austeros, em momentos mais relaxados, desinibidos.
Até que um dia uma colega antes de fazer sua apresentação me chamou de canto e me disse; Quando eu terminar de apresentar meu trabalho tu me fazes a seguinte pergunta [..]. Pergunta esta elaborada por ela evidentemente, que respondeu com naturalidade e de forma brilhante, recebendo até uma salva de palmas de todos no grupo. Esperta esta colega, eu pensei. Uma estratégia de marketing pessoal que ela nem precisava.

ABERTO SOMENTE PARA CONVIDADOS

Eu estava seguindo o blog Matando Carpinejar, que elogiei aqui no Diário de Bordo pela  forma ousada e diferente com que sua autora (esposa do escritor), falava dos seus sentimentos com que tratava suas relações afetivas com o marido, também suas diferenças, enfim... O Matando Carpinejar fez tanto sucesso por sua peculiaridade, criou tantas expectativas e surpresas que rendeu até uma entrevista no Programa do JÔ. Depois da ultima postagem publicada a algumas semanas, não houve mais nenhuma novidade, quando fui vista-lo hoje, bati com o nariz na porta com a seguinte informação. O blog agora só pode ser acessado por pessoas convidadas. Será que o negócio se elitizou, ou foi apenas uma estratégia de marketing? Eu não entendo estas coisas que começam públicas e depois se tornam privadas.

Evasivas e frases de efeito enquanto chove.

Eu fiquei agora a pouco, conversando com uma amiga por longos minutos no Facebook. E sabe do que falavamos? De relacionamentos, de casamento, de tentativas ineficazes de mudar a outra pessoa  em prol de nossas vaidades, de relações que nos provocam e de outras que nos despertam cuidados e junto com isso algumas frustrações à tira colo e outras de arrasto. Sabe a que consenso chegamos? Nenhum, por que este tipo de conversa é daqueles que não leva a lugar nenhum e faz a gente ir trocando eternas informações em defesa de nosso ego e por isto sempre temos um item a mais a acrescentar e a defender. A gente pensa que sabe de tudo, que se conhece, mas não sabe de nada e o que fizemos é preencher nossas duvidas com evasivas  e frases de efeito. Mas evasivas e frases de efeito, só servem para tirar a atenção daquilo que não compreendemos mesmo e hoje como está chovendo...

Cartilha para identificar possíveis gays

Noticia que indignou centenas de usuários de redes sociais pelo mundo como o Facebook, foi a cartilha criada pelo governo da Malásia, para identificar crianças homossexuais nas escolas. No país, ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo é crime e pode levar a 20 anos de xilindró. O governo que afirmou estar trabalhando para conter o “problema” da homossexualidade, realizou seminários onde distribuíram um folheto com uma lista de “sintomas” aos professores, para identificar uma criança homossexual de inicio, antes que o problema se agrave. Os sintomas gays, descritos na cartilha são; sentir atração por pessoas do mesmo sexo, ter um corpo musculoso e gostar de exibi-lo, preferir roupas justas e de cores claras, gostar de usar bolsas grandes, assim como camisas com gola V e sem mangas.
Engraçado, mas eu tenho um bando de conhecidos que acreditam que estas caraterísticas descritas acima e que não se aplica somente a crianças e adolescentes, mas também à adultos e que por aqui, eles chamam de "dar pinta", e que serviriam de pistas para identificar gays ou tendenciosos a homossexualidade. Eles certamente acrescentariam mais algumas características (sintomas) a esta lista como; usar brincos na orelha, gel no cabelo, tênis muito coloridos, acessórios como anéis, pulseiras, echarpes... Eu fico pensando, será que eles são malásios e eu nem sabia?

Elogios e criticas aqui no Blog

Eu estava  num grupo de amigos, dia desses, quando surgiu um comentário em forma de brincadeira e que culminou em grandes gargalhadas, inclusive fomentada por mim, de que as pessoas presentes tivessem cuidado no que fossem falar, pois muitas das historias e comentários feitos por elas, eram posteriormente por mim postados aqui no blog, de forma elogiosa ou critica. Entendi a brincadeira descontraída que logo foi trocada por outro assunto, mas que depois fiquei pensando quando cheguei em casa. Na minha opinião, costumo fazer mais criticas do que elogios aqui no blog, até por que os elogios são mais simples e menos complicados de se dizer pessoalmente e são sempre bem aceitos, já que é o que todo mundo quer ouvir, não é mesmo? Na verdade minha intenção não é a de expor as pessoas ou sair por ai postando suas opiniões e particularidades de forma a ultraja-las, mas criar uma linha de liberdade, onde todos que aqui chegam e leem, possam pensar e refletir sobre algumas atitudes e pensamentos humanos, somado a minha opinião à respeito, nem sempre correta e infalível. Além disso tomo sempre o cuidado de ser discreto e de manter os anonimatos. Acredito que este blog, assim como outros que sigo na Internet, seja um exercício democrático de cidadania e algumas outras pluralidades cujo os interesses humanos são comuns. Afinal se aprende muito mais com os erros humanos do que com os acertos, não é mesmo?

Eu juro que não vou mais implicar.

Soube por uma publicação no Facebook, que meu filho fez uma nova tatuagem que eu juro não irei mais implicar, quando ele aparecer aqui em casa para me visitar. Alias, comecei a trabalhar meus sentimentos de aceitação com relação as suas decisões quanto a sua vida e com o que quiser fazer com seu corpo, que somente a ele pertence. Por que estas manifestações paternais de proteção contra a liberdade de escolha dos filhos, já que são livres? Não estou mais me importando se ele ficar  com o corpo todo estampado como o da Penélope Nova, é uma decisão dele e não minha. A aceitação ou rejeição, são apenas elementos de um exercício emocional cujo os pesos podemos colocar ou retirar, aos critérios a que damos importância.
Decidi que devo retirar o peso da barra da rejeição e colocar sobre o da aceitação e o que ele decidir quanto ao seu padrão estético.

Um ledo engano ao alcance da modernidade.

Comprei um par de tênis pela internet, que publiquei minha insatisfação aqui no blog, quanto ao largo prazo de entrega, oferecido pelas transportadoras. Acho que são elas que definem o prazo, não sei. Mas esperar um produto além de dois dias, esta fora de cogitação. Por que não criam uma pagina especifica para agendarem uma data que defina a entrega do produto, ou então avisem por batidas de tambores, não sei? Ninguém mais tem tempo pra isto!
Outra coisa, comprar produtos pela Internet está aquém das vantagens prometidas. Além da demora e toda a burocracia que envolve se produto vier errado, ainda tem o engano de se comprar algo que não é bem aquilo que queríamos. Eu ja desconfiava disto, mas mesmo assim insisti em navegar contra o que eu acreditava e me dei mal. Primeiro que uma foto do produto de nosso interesse, nem sempre condiz com aquilo que desejamos, ja que uma foto por mais qualidade que tenha, compromete por vezes a realidade do que estamos vendo seja na definição real da cor e em outros aspectos gerais  do produto. Desta forma, nada substitui a nossa a percepção do toque direto. Meu tênis por exemplo, parecia na foto, um cinza bem mais escuro do que realmente é, alem da aparência geral que parecia ter mais resistência, cadarços fortes , camurça mais grossa e o pior de tudo, não é confortável. Por isto comprar pela Internet, pode ser um ledo engano sem sair de casa. Para os que não tem do que reclamarem quanto a o prazo de entrega ou qualidade do produto, penso que seja por pura sorte, afinal ela também existe.

Uma puta insatisfeita.

Sol, é isto que estou vendo brilhar daqui da janela da minha casa nesta manhã?. Gritos de crianças na praça aqui em frente? Um sol maravilhoso em contrapartida a esses dias que se mostraram umidos, chuvosos ou nublados? Parece mais uma ilusão!.. 
Mas eu também pareço uma puta insatisfeita com oque a vida tem para oferecer, quando chove quero sol, quando esquenta quero frio. Devo concordar que o tempo ta ficando parecido com o nosso temperamento, intempestivo!

O despertar de um sonho.

Sonhei com meu pai e ele não era o mesmo homem que costumava ser enquanto existia, pois utilizava um outro corpo, uma outra voz, o corpo de um homem desconhecido e uma voz mais delicada, mesmo assim eu sabia que era ele e tratava-o por pai, enquanto ele segurava a minha bagagem que insistia em carregar até o embarque de um aeroporto. 
Eu pretendia viajar para uma cidade desconhecida, que ele insinuava querer me acompanhar embora eu me fizesse de desentendido sobre a sua intenção. Ele me perguntava pra onde eu iria, e quanto tempo ficaria neste lugar, enquanto eu lhe respondia com evasivas e frases reticentes. Não nos olhávamos no olho e enquanto falávamos, parecíamos criar uma grande barreira de timidez que nos distanciava cada vez mais um do outro. Eu me perguntava em cada intervalo de nosso escasso dialogo, o por quê de sua intenção de querer ir comigo se nada mais tínhamos em comum, se não nos víamos a muito tempo e não possuíamos qualquer intimidade para virarmos colegas de viagem. Pensei em despista-lo e então fugir sem que percebesse, mas não conseguiria digerir bem esta atitude covarde, a não ser que eu me forçasse a acordar do sonho. É, eu sabia que tudo aquilo era um sonho e sentia que a unica forma de desfazer aquela situação embaraçosa e ficar sem culpas, era me despertando do sonho, como quem troca o canal da TV.

Uma noite duplamente ganha,

Depois de um dia de trabalho, com um tempo chuvosos e feio desses, lidando com gente mentalmente doente, gente preconceituosa, gente dissimulada e muito chata, eu precisava me distrair com um pouco de entretenimento e somado com arte, melhor ainda. Convidei uma amiga para assistir comigo o show da Tássia Minuzzo no auditório da faculdade de medicina da UFRGS hoje às 19 horas num tributo a Edith Piaf. 
Pena ter sido apenas uma horinha britânica de show batido no relógio e minhas fotos saírem uma merda. Foi uma viajem no tempo a Paris e seus cabarés dos anos 30. No término do show, percebemos dois estudantes (do mesmo sexo), saírem do espetáculo de mãos dadas e esbanjando carinhos na maior naturalidade. A noite estava duplamente ganha, porque a vida não é só feita de dores e mediocridades, mas de arte e autenticidade.

O ambiente menos honesto da minha casa.

Hoje de manhã ao acordar, tomei meu café sentado no safá da sala e isto me causou a sensação de estar num ambiente estranho e impessoal, possivelmente por estar fugindo da força de um hábito por mim estabelecido. Esta frase direta em que iniciei o texto, também me obrigou a revelar nas sub linhas, que eu tomo o café da manhã antes de fazer a higiene pessoal e faz parte de uma das manias que adquiri no decorrer da vida e não sei explicar por qual razão. Como beber um copo de água quase gelada depois do café, como comer um pouquinho de creme dental depois de escovar os dentes, ou dar uma cheiradinha nas axilas para constatar se o desodorante não venceu.
Mas eu não sei o por quê fui a fundo nestas revelações intimas, já que minha intenção ao iniciar esta postagem tem outra intenção que vou retomar agora. Bom, eu estava sentado no sofá da sala bebendo o café da manhã, onde toda a neura começou, lembra?
Primeiro, eu quase nunca sento no sofá da sala, com exceção quanto recebo visitas ou preciso amarrar os cadarços do calçado, bebo meu café de qualquer jeito e qualquer lugar,  jogado sobre a cama, de pé na cozinha ou na janela e até já aconteceu, sentado no vaso sanitário lendo algum jornal com data vencida. O café da manhã, hoje por mim bebido no ambiente social, me fez pensar que talvez nem fosse necessário eu ter este ambiente, a não ser pelo fato de que as vezes recebo visitas e que não são muitas. A sala estabelece pra mim, uma divisão emocional entre minhas atividades sociais, cujas as atitudes são mais cuidosas, cerimoniosas, sociais e a minha intimidade do dia a dia ( no quarto, na cozinha, no banheiro). Talvez eu nem precisasse de sala, se não fosse a necessidade do social, das cerimonias. A sala por ser um ambiente social é também uma especie de cartão de visitas oferecida a o publico que nos frequenta. Enfeitar a sala, significa também nos enfeitarmos para os outros. Acredito que ela seja o lugar menos honesto da nossa casa e não é a toa que o Cazuza disse em sua musica "Bete Balanço"; Sentadas são tão engraçadas, donas de suas salas... Acho que foi isso, me senti engraçado e numa especie de cerimonia!

Eu tô muito chato hoje!

Eu tô cheio dessas opiniões corporativistas que tendem sempre pro mesmo lado, pro mesmo ponto de vista e que faz todo mundo sacudir a cabeça concordando, incorporando a mesma ideia. Na verdade essas opiniões se convergem para o mesmo ponto, por que não tem respostas que se contraponha a altura, estão escassas ou não existem de fato. 
Todos estão no mesmo barco, na mesma convergência de opiniões e sobrevivendo por que ninguém tem respostas. Ninguém possui novidades capaz de mostrar soluções que se diferenciam daquilo que já ouvimos e parecem não dar soluções. As frases que traduzem ideias, podem ter intonações diferentes, verbos, verbetes, adjetivos, sinônimos mais elaborados, sofisticados, educados, mas são as mesmas que ouvimos de todas as bocas e se repetem, se repetem, se repetem.., como num disco arranhado.
Tomara eu conseguisse ouvir idéias diferentes, saídas diferentes, mas isto tá  dificil, quase impossível por que estamos perdidos, de olhos cinzas e sem brilho, vivendo de referenciais alheios. Estamos perdidos em nossos próprios entendimentos, nesses conceitos homogêneos, que todos copiam, que todos repetem por acharem bonito, poético, politicamente correto, sem nos arriscarmos numa contracultura enquanto estamos vivos.

Um ponto no escuro.

Tá chovendo e isto me parece bom se não exceder por muito mais tempo, me dá paz e um sentimento de isolamento benéfico. Uma declaração com firma reconhecida de que vivo só e praticamente todos neste planeta como em colmeias isoladas, a procura do que fazer e no que pensar. 
Comi a generosa fatia de torta de chocolate mole que me mandastes e foi dos deuses. Foi das mais gostosas que lembro ter comido e possivelmente dormirei sem culpas. 
Eu não sei por que ainda estou acordado, se tivesse mais coragem, caminharia agora nesta noite escura e debaixo da chuva, até me encharcar, me arrepiar, me enrugar e depois voltaria pra cama mais leve.

Dois ou tres pontos no escuro.

Se tu me acompanhasse neste passeio pela chuva, ou nos encontrássemos por acaso, seriamos dois. Acho que tres já seriam demais, não é mesmo?..

Pais torturadores

Li por esses dias, no blog Em busca da Arte Inflamada que as vezes visito, uma postagem que me chamou a atenção, por que de fato já vivi o mesmo sentimento descrito pela autora e que tem por titulo "país torturadores". O texto descreve nada menos, que uma pequena brincadeira feita por seus pais, de faze-la chorar quando ainda era criança, por acharem aquilo engraçadinho e cuja a atitude  eles acreditavam ser inocente e que acabou  traumatizando-a de tal maneira que ela jamais esqueceu e terminou levando para a sua vida adulta como um entrave emocional dificil de se dissolver... Mais do que uma forma de desabafo pessoal, o texto de poucas linhas da autora, foi pra mim uma especie de alerta e que me fez pensar se de algum forma, em algum dia, em algum momento, eu também não fui um torturador do meu próprio filho, causando-lhe algum constrangimento sem que eu me percebesse deste ato, achando estar fazendo um comentário ou tomando alguma atitude inocente. Acho que como ser humano tortuoso, devo ter em algum momento pisado na bola. 
Nos dias atuais eu ainda assisto pais humilhando publicamente seus filhos, como se essa atitude fosse um complemento da educação, o que não se trata do foco que estou discutindo agora, embora existam diferentes formas de torturas, mas sim das brincadeiras que parecem inocentes e se tornam repetitivas por parecerem engraçadas, mas que de fato subjugam e põe pra baixo qualquer ser humano independente da idade, sob forma de uma tortura. 
Se a gente pensar no conceito de que filhos torturados, se tornarão possíveis pais torturadores, como resposta de um revide inconsciente que transformou-se em doença, é bom pensar até que ponto nossas atitudes não estão sendo invasivas em nome de uma paternidade que sufoca, desrespeita, humilha e depois causas sequelas pro resto da vida.
Eu lembro de minha avó certa vez, me mostrando um camundongo preso numa ratoeira, onde por pura inocência eu tentei colocar a minha mão sobre o animal ainda vivo e com dor, que obviamente me mordeu a ponta dos dedos deixando-me aterrorizado. Eu era criança e ela poderia ter evitado aquela experiencia que pra mim foi muito dura, mas ao invés disto, achou muito engraçado e ria de mim cada vez que contava o acorrido para algum parente que nos visitava. Eu me sentia tão envergonhado de ter sido fraco e era uma tortura imaginar ser exposto diante das pessoas, todas as vezes que vinham nos visitar. 

Pra tudo eles dão um jeitinho.

Hoje como é de costume nos meus plantões como socorrista do 192, fui atender um motociclista que caiu do veiculo ao desviar de um carro, (este por sinal todo adesivado de propagandas politicas), que freou bruscamente numa manobra enquanto desfilava pela Estrada João de Oliveira Remião. Além da vitima que atendi estavam no local a candidata do PC do B que esforçava simpatia, dois homem que  acompanhavam-na, um era o motorista, a brigada militar e mais alguns curiosos.
Mesmo numa situação delicada, por tratar-se de um acidente, a candidata ainda questionou para mim e ao motorista da ambulância, em quem votaríamos, o que me abstive de dar explicações. 
Mais tarde o motociclista me contou que apos o acidente, antes de chegarmos de ambulância, a candidata pediu-lhe que identificasse como motorista que dirigia seu carro, o outro homem que era carona, pois o que estava na direção, não possuía carteira de habilitação. Eu bem desconfiei que aquele excesso de simpatia escondia outras razões implicativas, uma vez que políticos no nosso país costumam sempre dar aquele jeitinho de arrumar as coisas com muita simpatia e sorriso nos lábios; com ela não seria diferente.

SER POBRE, NÃO SIGNIFICA SER RELAXADO

Minha avó assim como minha mãe, enfim a prole antepassada e feminina da minha família, me passou a importância dos cuidados pessoais de higiene e no ambiente onde vivíamos, numa frase simples e que guardo até hoje nas minhas entranhas. Elas diziam, (minha mãe ainda diz); "Ser pobre não significa ser relaxado". O que é uma verdade pois já estive em ambientes muito humildes, cuja a limpeza era de se reparar.

Ontem quando fui atender uma senhora, que passava mal em sua casa, deitada no que ela e o marido achavam ser uma cama, esta lembrança de minha avó e minha mãe ressuscitaram dentro de mim este conceito. A casa desta senhora, cujo o marido era mais jovem, não se diferenciava de um lixão, onde se misturavam quarto, cozinha, sala, com cachorros fedorentos e quinquilharias. 


Ainda quando estava sendo conduzida para dentro da ambulância, o marido dela que a amparava pelo braço, se voltou para mim e disse com uma expressão de orgulho; " Quem tem mulher, tem que cuidar, né senhor!.." 
Eu fiquei tão abismado com aquela sujeira toda, que sob pretexto de fotografar o cachorrinho fedorento deitado numa caixa de madeira, desviei a câmera do telefone celular para outros lados.

Uma ideia a mais.

Eu costumo jogar seixos na água, bem próximo da margem onde o rio é raso e pode-se ver seu fundo transparente. Fico observando calmamente o efeito deste gesto se transformando em pequenas ondas que se agigantam e logo se dissipam no infinito liquido. Existem tantos efeitos mágicos oriundas da natureza.... Pensei em visitar esta semana, as flores roxas e amarelas de Ipê que enfeitam as calçadas da cidade. Efeitos que valem a pena guardar.

O grito.

Ontem, passava da meia noite, quando um grito desesperado e que parecia um pedido de socorro ecoou pela janela do meu apartamento, fazendo com que eu largasse o que estava fazendo para ver do que se tratava. Os jovens despertos, da republica de estudantes ao lado, que conversavam entre si, se espalharam pelo patio e pela rua a procura de alguma possível vítima que não encontraram. Um deles dirigindo o olhar ansioso, em direção do meu prédio e evidentemente pra mim que me encontrava na janela, me disse que o grito, que se repetiu por diversas vezes, vinha do meu prédio, embora me desse a sensação de ter vindo da rua. Mas o que estava acontecendo?..
Alguns minutos passados e tudo se silenciou e os que  já estavam na rua, tensos e com celulares em punho para chamar ajuda policial, retornaram para o patio frustrados com aquela expressão de angustia, de quem está de mãos amarradas e nada pode fazer a não ser esperar. Somente no outro dia que pude descobrir que se tratava de uma jovem moradora do meu prédio, que surtou a o ser impedida por sua mãe, de sair com amigos para uma festa. Pode?..
Alguém poderia me explicar que descontroles são estes que acometem a juventude em lapsos histéricos a ponto de desrespeitar e mobilizar um grupo de pessoas em quase uma quadra inteira? Que tipo de reação poderão ter quando receberem outros "nãos" da vida?.. Alguém pode me dizer?

O que é bom mesmo é não fazer muitos planos.

Em Fevereiro de 2010 quando fiz planos de conhecer Machu Picchu, o passeio foi substituído pelo Chile em função de uma grande enchente ocorrida no Peru, fazendo-me mudar de rota e só conhecer o país alguns meses depois. As duas vagens foram inesquecíveis. Quando decidi ir para a Europa em Novembro de 2011, fiquei preso no aguardo da minha licença premio, que demorou para sair no diário oficial e quando saiu e fui atras da passagem já não haviam mais vagas e os pacotes especiais oferecidos, eram 30% mais caros, possivelmente para aqueles que costumam chegar atrasados ou ficam indecisos, então decidi ir com meu filho para Olinda (e eu queria ficar em Olinda, não em Recife, não abria mão disso), mas como não haviam mais vagas na pousada de minha escolha, troquei o destino para o Maranhão, outro lugar com atrativos e de cultura espetaculares. Meses mais tarde recebi o convite para conhecer o Egito, mas com a revolução na cidade do Cairo, sendo transmitida diariamente pela  TV, me fez ir para Cuba. Agora, convidado a ir para Londres com um grupo de amigos, não senti muita firmeza quanto ao planejamento da viagem o que me fez recuar desta decisão, aceitando um novo destino. Isto me faz pensar, que não somos donos de nossos desejos iniciais, eles se modificam sob a subordinação de algumas alterações criadas pela vida, por confluências que parecem se distanciarem de nossos domínios. Sobre planos de viagens eu aprendi uma coisa certa, eles sempre modificam para nossa surpresa e me reforçando a ideia do que o que é bom mesmo, é não fazer muitos planos.

Gente espelho da vida doce mistério

Antes de mais nada quero dizer que o titulo desta postagem é uma frase da musica de Caetano Velosos chamada "Gente"e que achei cabível a o texto e que gosto muito. 
Agora pela manhã encontrei um de meus vizinhos saindo para trabalhar. Ele é advogado e não deve passar dos 35 anos de idade. Está a pouco tempo casado e tem uma cadelinha vira latas, que de vez em quando o vejo leva-la para passear. Nossa relação é de vizinhos que se conhecem a uma certa distancia, pois não nos estendemos alem da linha do oi bom dia, boa tarde, tudo bem e um leve sorriso de cordialidades. Bom, mas hoje que ele cruzou tão cedo da manhã por mim, possivelmente indo para o trabalho, não pude deixar de observar o modo como se veste para a ocasião. Sapatos pretos bem lustrados, combinando com a calça social da mesma cor, camisa branca e possivelmente uma gravata que deve guardar dentro da mochila de couro, também de cor preta, que carrega nas costas e um hed fone grudado no ouvido para escutar musicas. Esta forma de se vestir, não me afasta a ideia de que certas profissões ainda obrigam as pessoas a se vestirem como se fossem cartões de visita de uma determinada categoria profissional, uma espécie de quite convencional do tipo; advogados tem que vestir roupas sóbrias, de estilo social. Outra coisa, a mochila e o hed fone, me pareceram acessórios necessários para que ele não perdesse sua referencia emocional da juventude que ainda faz parte, assim como o entregador de pizza da esquina que também usa mochila e hed fones. E aí eu fico pensando como nós seres humanos somos semelhantes e não importa aquilo que façamos para garantir nosso ganha pão na multiplicidade de nossas profissões, existem peculiaridades que nos aproximam num comportamento comum ou muito semelhante.

Por onde anda a Marta?

A gente aprende a ouvir, senão ler opiniões que ora concordamos, ora descordamos, que nos surpreendem, ora não, assuntos que já tínhamos opinião formada mas que colocada de outra forma, nos põe a pensar mais sobre, e de repente o provedor disto tudo toma um chá de sumiço, desaparece alterando a nossa rotina de leitor. A gente abre a janela e encontra sempre a mesma cena, o mesmo antigo post. Poxa vida, a gente vicia. Afinal onde anda a Marta ein?

Entre alfaces hidropônicas e raízes de gengibre.

Foi neste Sábado, enquanto eu aguardava um amigo com um grupo  de pessoas para conduzirmos até Nova Petrópolis, que eu encontrei por acaso uma antiga colega de trabalho e que não via a alguns anos. O encontro foi em plena Feira Ecológica da Redenção entre as bancas de alfaces  hidropônicas e raízes de gengibre... 
Depois da surpresa do encontro e abraços calorosos, começamos a conversar e não paramos mais (e isto que não é nenhuma novidade para nós dois, por que sempre foi assim quando nos encontrávamos), nos fez procurar um banco disponível na praça e nos destrincharmos por diversos assuntos como a muito tempo não fazíamos (sem frescuras) e ainda descobrir o quanto algumas relações, a exemplo da nossa, são capazes de perdurarem da mesma forma como era antes e  ainda com mais intensidade, independente do tempo. 
Cada um de nós seguiu a sua vida, curtiu suas alegrias, sofrimentos e algumas descriminações, por possuirmos um olhar diferente aos estanques morais, mas ainda assim percebemos o quanto ainda temos energia de troca  com capacidade de nos abastecermos nestas horas que se parecem casuais e por fim se tornam surpreendentemente reveladoras. Nossa e como foram reveladoras!.. Após nos despedirmos, pois já estávamos atrasados  para os nossos compromissos pessoais, eu fiquei pensando, que não era tudo o que ela havia me dito que eu queria ter ouvido, mas sim o que eu precisava e isto me causou um desconforto inicial que me acompanhou pelo dia todo e me fez perceber que o que ela fez, foi me desmascarar e me retirar da minha linha de conforto. Isto desconcerta, doe, mas é a pura verdade e precisava ter sido feito por alguém.

Atenção, não podemos quebrar os ovos.

Eu tenho um mal juízo de pessoas que ficam me observando por de traz de janelas e depois disfarçam quando por mim são descobertas. Isto me gera um certo desconforto, uma sensação de mal estar, como se eu estivesse sendo vigiado numa grande prisão sem grades. Então eu deixo claro para o observador, faço que percebi sua presença camuflada para dividirmos o desconforto e também inibi-lo, tipo; Vamos combinar, tu também está sendo observado!... Isto me parece insuflar as relações cínicas, os cuidados, a atenção no pisar em ovos de modo a não quebra-los por qualquer descuido.

Um antigo abatedouro que virou ateliê.

Esta postagem estava perdida nos arquivos do blog e somente hoje, percebi que não havia publicado por puro esquecimento, o passeio aconteceu no dia 20 de Agosto, quando saí para conhecer uma das antigas rotas dos tropeiros, no Passo do Inferno, entre Canela e São Francisco de Paula. 
Estavam somente eu e Deus, fazendo uma das muitas incursões que costumo fazer por este mundo afora e que as apelidei de técnicas de desapego. Cruzei por Padre Eterno e o Interior de Gramado, quando me deparei com esta gigantesca e surpreendente construção que me chamou a atenção por sua proporção e arquitetura diferenciada. 
Busquei informações entre moradores locais, que informaram-me tratava-se de um antigo abatedouro da família de Gilmar Stahl, que foi desativado em 2001 e transformado pelo artista em galeria de arte e ateliê. O prédio surpreende não só por sua dimensão e estilo arquitetônico como pela sua localização no interior da cidade de  Gramado.
O artista, utiliza em seus trabalhos, a técnica de pintura à óleo, para retratar a realidade de crianças que são seu foco e que convivem com a violência urbana, a gerra, a fome, as drogas e a pobreza, frutos de sua inspiração que são traduzidas para as telas num processo técnico de grande beleza estética. Eu ja conhecia seu trabalho, alguns expostos em espaços culturais da cidade e fiquei surpreso com a coincidência de passar diante de seu ateliê, num lugar distante e inesperado. Responsável por um trabalho de grande expressão artística, Gilmar Stahl faz parte dos respeitáveis artistas gramadenses, que buscam a interação da arte com os elementos sociais intrínsecos a serem questionados no nosso dia a dia. 
O endereço é Linha Horllen, 2430, no Bairro Serra Grande interior de Gramado. 

Ninho das Águias em Nova Petrópols.

Neste Sábado pela manhã, fui convidado pelo Tom a acompanha-lo numa excursão que ele estava guiando e então conhecer o Ninho das Águias, localizado a noroeste de Nova Petrópolis, dois quilômetros no sentido Caxias do Sul, entre os quilômetros 180 e 181 da BR-116, (na localidade da Fazenda Pirajá, propriedade particular), há cinco quilômetros morro acima, por uma estradinha sem calçamento e que ao chegar no seu topo, descortina-se uma paisagem magnifica. É importante salientar que a placa de sinalização que indica a estrada para o morro, estava virada de costas para quem se desloca de N. Petrópolis para Caxias do Sul, já no trajeto oposto, Caxias/ Nova Petrópolis, conseguia-se ler a indicação correta do caminho.


O morro possibilita uma visão panorâmica de 270 graus da região do Vale do Caí, sendo ponto ideal para a prática de voos livres, numa altura de 702 metros de altitude, proporcionando uma vista espetacular da região, comprovado pelo numero de pessoas que estavam lá em cima, apreciando a bela vista. O local também possui alguns espaços na mata com bancos e mesas para realização de churrascos e piqueniques em grupos, lancherias, banheiros públicos e estacionamento gratuito.


Saímos às 10 horas da manhã de Porto Alegre, na kombe azul marinho do Tom, fizemos uma parada para o almoço num restaurante de comida caseira no meio da estrada em Picada Café, (o Tom fazia questão que fosse comida caseira alemã) e seguimos viagem até o lugar, chegando aproximadamente às 13 horas e 30 minutos, numa tarde muito ensolarada. A principio nos preocupamos por chegarmos de barriga cheia para realizarmos o voo, mas depois percebemos que daria tempo para a digestão entre um voo e o outro.


Nosso grupo era formado por três jovens corajosos, que se prepararam emocionalmente para saltarem (e digo saltar, por que o problema da falta de coragem neste momento não é propriamente voar, mas sim correr em direção a um penhasco e deliberadamente saltar, como se fosse dar um pulo para a morte) e mais dois medrosos, (eu e o Tom), que utilizamos todos os argumentos possíveis em nome da prudencia para não saltar, mesmo sendo encorajados pelo piloto e sua assistente. De qualquer maneira, todos estavam visivelmente nervosos e disfarçávamos nossos temores, fazendo piadas com um possível acidente de voo naquela altura. Mas tudo saiu tranquilo!


Os voos são oferecidos e operacionalizados pela empresa Cia do Ar, que tem sua sede e também atua em Sapiranga, com aulas demonstrativas de voos, cursos de formação de pilotos, voos duplos e vendas de equipamentos. Como o vento não estava propicio para saltos naquele lado do morro, seguimos com os instrutores para um outro morro em frente, onde estavam acontecendo outros voos, facilitados por maiores correntes de ventos. A experiencia de assistir gente saltando e logo em seguida voando do meu lado foi muito boa, mas não suficiente a para me encorajar.
Retornamos no final da tarde, chegando em Porto Alegre já noite.


UMA CIDADE DO INTERIOR, DENTRO DA CAPITAL


Este é o cantinho de que comentei na postagem anterior e que eu queria visitar mais calmamente com amigos na Quinta-feira. Estávamos na Aberta dos Morros, na casa de outro amigo e dali foi apenas pouquíssimos quilômetros de carro.
O Bairro Belém Velho é um dos mais antigos núcleos habitacionais de Porto Alegre, com aparência de cidadezinha do interior, dentro da capital.
Está localizado na zona sul da cidade e segundo informações do site da prefeitura o http://www2.portoalegre.rs.gov.br, inacreditavelmente em 1926,  já circulou um trem que vinha do Mercado Publico até o bairro Tristeza e prolongado até o bairro Vila Nova, utilizado no transporte de mercadorias produzidas naquele recanto rural; Porém de curta duração,  por ter sido considerado economicamente inviável, sendo desativado em 1932. 


O núcleo central do bairro, conta com uma praça principal onde estão localizados também uma igreja datada de 1830, um pequeno cemitério, alem do antigo casario em frente à praça, a fazenda que pertenceu a Flores da Cunha.


Belém Velho é bucólico, com jeito interiorano, onde podemos observar seus moradores sentados na praça, a sombra de frondosas arvores, crianças brincando, jovens namorando. Trafegar de carro por suas avenidas adjacentes dá a sensação de que estamos passeando pela serra gaucha e que a qualquer momento avistaremos parreirais e até avistamos. 
A praça, assim como a antiga capela, foram tombadas em 1992 pela Secretaria Municipal da Cultura como patrimônio cultural. Estão localizados também neste bairro, o Hospital Parque Belém, (antigo hospital sanatório especializado em tisiologia lançado sua pedra fundamental em 1934), o Amparo Santa Cruz atualmente em estagio de ampliação e o Santuário Madre de Deus no topo do morro da Pedra Redonda, na rua Santuário.


Belém Velho faz parte dos Caminhos Rurais, rota turística recentemente criada pela Secretaria de Turismo de Porto Alegre.
Se chega em Belém Velho, vindo do centro da cidade pela Av. Oscar Pereira, seguindo pela Estrada Costa Gama, entrando em seguida na Estrada Belém Velho à direita.

Visitando o Castelo do Pirata.


Os ratos tomaram conta do castelo, enquanto o Pirata saiu em compromisso de trabalho. Ontem à noite, estive no castelo do Pirata para visitar umas amigas que estavam cuidando de sua propriedade enquanto ele viajava. Elas me disseram que o pirata não queria sentir cheiro de homem em seu castelo quando retornasse. Eu pensei em dar umas mijadinhas pelos cantos da casa para marcar meu território, mas fui desestimulado quando soube que o cara parece não possui mais olfato, depois de um forte resfriado. Desta forma perdeu a graça e acabei por desistir!..
Fizemos um assado, bebemos vinho, ouvimos musica até tarde da noite, depois retornei pra casa, pois não troco minha cama por nenhuma outra. Hoje recebi novo convite para retornar, do qual estou pensando.., pensando.., pensando...Tem um lugar nas proximidades do castelo, que lembra uma pequena cidade do interior dentro da capital. Gosto disto. Quem sabe convido todos visitarem comigo no dia seguinte?

Um drinque para os dias chuvosos.

Já que aqui em Porto Alegre chove a pelo menos tres dia sem parar e a gente tem de ficar em casa esperando um mísero raiozinho de sol, por que aqui não temos por hábito usar guarda- chuvas, por dar trabalho em ter que transporta-lo, decidi fazer um drinque para relaxar, que trata-se da seguinte composição; 
Num copo grande colocar 1/3de vodca, 2/3de drinque energético, 1colher grande de chocolate Ovomaltine, 1colher grande de leite condensado, gelo picado ou em cubos pequenos, remexer e está pronta a festa.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...