Entre alfaces hidropônicas e raízes de gengibre.

Foi neste Sábado, enquanto eu aguardava um amigo com um grupo  de pessoas para conduzirmos até Nova Petrópolis, que eu encontrei por acaso uma antiga colega de trabalho e que não via a alguns anos. O encontro foi em plena Feira Ecológica da Redenção entre as bancas de alfaces  hidropônicas e raízes de gengibre... 
Depois da surpresa do encontro e abraços calorosos, começamos a conversar e não paramos mais (e isto que não é nenhuma novidade para nós dois, por que sempre foi assim quando nos encontrávamos), nos fez procurar um banco disponível na praça e nos destrincharmos por diversos assuntos como a muito tempo não fazíamos (sem frescuras) e ainda descobrir o quanto algumas relações, a exemplo da nossa, são capazes de perdurarem da mesma forma como era antes e  ainda com mais intensidade, independente do tempo. 
Cada um de nós seguiu a sua vida, curtiu suas alegrias, sofrimentos e algumas descriminações, por possuirmos um olhar diferente aos estanques morais, mas ainda assim percebemos o quanto ainda temos energia de troca  com capacidade de nos abastecermos nestas horas que se parecem casuais e por fim se tornam surpreendentemente reveladoras. Nossa e como foram reveladoras!.. Após nos despedirmos, pois já estávamos atrasados  para os nossos compromissos pessoais, eu fiquei pensando, que não era tudo o que ela havia me dito que eu queria ter ouvido, mas sim o que eu precisava e isto me causou um desconforto inicial que me acompanhou pelo dia todo e me fez perceber que o que ela fez, foi me desmascarar e me retirar da minha linha de conforto. Isto desconcerta, doe, mas é a pura verdade e precisava ter sido feito por alguém.

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