Eu já estou com o pé nesta estrada, qualquer dia a gente se vê, sei que nada será como antes, amanhã. Que noticia me dão dos amigos? Que noticias me dão de você?...
Eu não sei se quero as cortinas do tempo, cobrindo minhas dezenas de construções, os tijolos enfileirados e cimentados desde a minha existência, ou se quero só sentir as folhas mortas do Rio Branco, caindo sobre mim, daqueles Outonos que ficaram lá pra traz, esquecidos, deixando somente seu cheiro como um registro familiar no ar.
Há momentos que o meu presente corre tão apressadamente, que esconde a lógica, e o pensamento não consegue abrandar as angustias.
Se prefiro viver das lembranças, é porque já as conheço, são repetitivas e tenho sede de algum controle sobre mim mesmo. Os risos, as lagrimas vividas, vão se perdendo, e quando retornam pra casa, esfareladas pelo tempo, vem com mais cor, talvez o pigmento da saudade, até desbotarem-se deixando de existir. O que sobram, são farelos de alguns sorrisos e lagrimas perdidas nesse caminhar.
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