Quando criança eu e meus irmãos acreditávamos que se fizéssemos um buraco profundo no chão, chegaríamos no Japão, do outro lado do planeta. Mera ilusão de criança, nem com grande esforço atingiríamos o nosso objetivo.
Depois veio o filme Viagem ao Centro da Terra, que nos deixava fascinados com as descobertas que o homem poderia fazer se conseguisse chegar ao centro da terra...
Agora existe um site na Internet, chamado Antipodes Map que permite brincar justamente com essa ideia. Você clica em uma localização do mapa – a rua em que você mora, por exemplo -, ele pega as coordenadas dela e apresenta o ponto antipodal a ela, isto é; o exato oposto do mapa. Como são o polo sul e o polo norte. Desta maneira é possível se calcular/descobrir, onde sairíamos se fizéssemos um buraco nem sempre linear.
Na década de 1950, cientistas norte-americanos tentaram fazer perfurações para obter amostras do manto, (O manto é a segunda camada da Terra, localizado entre a crosta e núcleo terrestres, com profundidades que vão de 30 km abaixo da crosta até 2.900 km e temperaturas que chegam a atingir os 2.000 ºC nas regiões mais profundas. Sua composição predominante é formada por silicatos de ferro e de magnésio.
A perfuração começou na costa da Califórnia, mas foi cancelado por questões técnicas, politicas e econômicas. Mais tarde em 1970, foi a vez dos russos, que perfuraram o poço super profundo na península de Kola, no extremo norte da Rússia Europeia, junto à fronteira com a Finlândia, quando a temperatura chegou aos 180°C. foi interrompida em 1992. A instalação foi fechada e o local virou um ponto turístico para curiosos e aventureiros.
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