Estou neste momento isolado em minha casa, como a grande maioria da população mundial, na espera por um milagre, confinado em razão desta pandemia que já matou milhares de pessoas e dizem que vai matar ainda mais. Daqui do prédio, onde moro, assisto ruas e praça completamente desertas e um silencio que só é quebrado por alguns poucos veículos e cães de rua que se adonaram das lixeiras nas calçadas.
Parece piada, mas nós seres humanos, trocamos de posição com os cães, estamos confinados em nossas casas e eles soltos, numa evidente luta pela sobrevivência.
Parece piada, mas nós seres humanos, trocamos de posição com os cães, estamos confinados em nossas casas e eles soltos, numa evidente luta pela sobrevivência.
Às vezes me pergunto entre um noticiário e outro da TV, se o que estamos enfrentando é verdadeiro, se essa guerra está realmente acontecendo. As informações sobre o perigo iminente da pandemia me chegou tão rápido, que o meu cérebro não conseguiu processar nas primeiros horas, em que fui informado no trabalho, que deveria ir para casa e me proteger.
O que falta ainda acontecer?.. Diziam algumas colegas de repartição. Na rua, algumas pessoas já de mascaras seguiam seu destino assustadas e com pressa, como se um toque de recolher fosse soado em tempos de guerra.
Faço parte do grupo de pessoas que vivenciaram muitas mudanças no mundo, como guerras, revoluções politicas e sociais, golpes de estado, atentados terroristas, acidentes naturais e agora fazendo parte do grupo de risco de uma doença pandêmica, cujo o inimigo é invisível aos olhos, e o principal alvo são os velhos como eu e sem nenhuma arma eficiente para combate-lo. Algumas outras pessoas ainda caminhavam pelas ruas, com roupas de esportes e sem máscara, talvez incrédulos ou desavisados do que estava acontecendo.
O caos foi se estabelecendo a cada dia, com o colapso gradativo dos serviços de saúde publica, superlotação de UTIs, sem equipamentos apropriados e a morte crescente de centenas de pessoas sendo notificado na TV e algumas enterradas em valas comuns.
Os dias vão passando e a gente vai ficando cada vez mais pensativo, ansioso, angustiado, temeroso e também esperançoso, aguardando por uma saída, torcendo para não fazer parte das estatísticas de baixas.
Eu fico me perguntando tantas coisas e pensando em tantas outras enquanto driblo minhas angustias: Será que essa exclusão social forçada, para diminuir o contagio da doença, está servindo para as pessoas refletirem sobre suas vidas e fragilidades ou não estão nem aí?
Estará esta pandemia, abrindo portas, para novas possibilidades de conscientização e preservação ambiental?
Será que o ser humano se tornará melhor em suas qualidades humanas, depois que tudo passar? O que nos resta é esperar!..
Eu fico me perguntando tantas coisas e pensando em tantas outras enquanto driblo minhas angustias: Será que essa exclusão social forçada, para diminuir o contagio da doença, está servindo para as pessoas refletirem sobre suas vidas e fragilidades ou não estão nem aí?
Estará esta pandemia, abrindo portas, para novas possibilidades de conscientização e preservação ambiental?
Será que o ser humano se tornará melhor em suas qualidades humanas, depois que tudo passar? O que nos resta é esperar!..
Ontem a lua estava gigante e laranja, no céu, quando me debrucei na janela do meu quarto. Magnificamente enorme e iluminada, como o Empire State Building, visto da janela de um hotel em New York. Aquela visão da Lua, me causou medo, medo que ela despencasse sobre a cidade, sobre mim e que tudo acabasse tragicamente como prevê alguns seguidores religiosos.
Vai saber!..
Vai saber!..
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Você pode fazer seu comentário clicando sobre o título da postagem onde será direcionado para Conversa Fiada, com espaço para a publicação da sua opinião. Ela será acolhida com atenção e carinho e sempre que possível respondidas.