OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE.

Chove nesta tarde fria e cinzenta de Porto Alegre. Nós, que vivemos por aqui, ficamos sempre atentos para que o Arroio Diluvio, não ultrapasse do seu limite, não transborde pela Avenida Ipiranga que hoje está congestionada no trecho entre a Avenida João Pessoa até a Avenida Praia de Belas. Seria a chuva, algum acidente?, Não, não era! 
Ontem um estudante do Colégio Protásio Alves, foi gravemente ferido por um golpe de faca, que quase lhe atingiu o coração ao lhe roubarem o telefone celular. O jovem de apenas 18 anos está internado na UTI do Hospital de Pronto Socorro em estado grave.

Cerca de 200 alunos do Colégio, realizaram então um protesto, nesta manhã. Após o bloqueio da avenida, o grupo iniciou uma caminhada em direção ao Palácio da Polícia, na esquina das avenidas Ipiranga e João Pessoa, entoando gritos de "queremos proteção" depois seguiram em direção ao shopping Praia de Belas. 
Eu estava voltando para casa, quando percebi o engarrafamento e soube da barbárie, através do Programa Sala de Redação da Rádio Gaucha, dentro do táxi lotação, onde dois comentaristas discutiam a questão da segurança publica na cidade. 
Indignados, um deles defendia a pena de morte no pais, enquanto que o outro justificava a justiça feita pelas próprias mãos, já que o poder publico não conseguia dar conta.
Eu fiquei pensando, nesta historia, ocorrida aqui em Porto Alegre e naquela outra que aconteceu em São Luiz, no Maranhão, esta semana, onde um  assaltante foi amarrado a um poste e depois linchado e apedrejado até a morte. Alguma coisa deve ser feita sim, para a diminuição dessa triste realidade, que esmaga as pessoas nos centros urbanos e cujos os modelos sócio educativos não surtem efeito, mas defender a pena de morte e fazer justiça com as próprias mãos está alem de um retrocesso que não leva a soluções. Concordo com o Tony Goes, que disse em seu blog, Já estamos mais atrasados do que a Mesopotâmia.

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