O corpo da cidade

Acho que a cidade tem corpo com braços que te esmagam, e às vezes te abraçam. Pulmões que te deixam respirar e te asfixiam em certas horas. Acho que a cidade tem sua própria voz, pelo som que transcorre no seu cotidiano louco. Penso que faço parte desta voz, deste grito desesperado, quando saio pelas ruas da cidade para fazer um socorro. Notei que ambulâncias e carros de policia têm suas particularidades: Fazem os transeuntes virarem a cabeça em suas direções. Preocupadas, assustadas com aquele ruído de alerta indesejado... De saia da frente, de temos pressa de chegar a algum lugar.

Um comentário:

  1. toda cidade esconde suas feridas, algumas bem pruridas,
    Outras apenas ardem, e lembram que ali estão. Toda cidade tem seus espelhos, o feio que vemos são nossos reflexos,
    Toda cidade tem suas angustias,
    Seus temores, nossas lembranças.
    Toda cidade é assim nascer... morrer...socorrer...temer...
    Esquecer...Acordar viver.

    Dificil trabalho este vosso.
    sei... do que falas.Já andarilhei madrugadas a dentro, vivendo o tormento que não meu, mas de outros.
    Morte, viatura, luzes, lanternas..
    Lamentos... E eu atento ao som do radio, e á rogar para o dia nascer e eu novamente viver. Bom dia irmão!

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