CEMITÉRIO DA RECOLETA, UMA ARTE A CÉU ABERTO




Visitar cemitérios pode parecer algum tipo de sentimento mórbido ou de quem não tem mais nada a fazer na vida, mas não para mim que busco nestes lugares a beleza arquitetônica de alguns jazigos, a época em que foram construídos, a paz causada pelo silencio característico destes lugares e algumas historias como por exemplo sobre quem ocupa aquelas tumbas.
Dia 17, enquanto caminhava pelos corredores do cemitério da Recoleta, bairro elegante e reduto da antiga aristocracia portenha em Buenos Aires, me perdi entre os estreitos passeios, admirando os enormes anjos esculpidos em pedra ou bronze. Algumas sepulturas em mal estado de conservação, outros de uma beleza inigualável.


O cemitério da Recoleta é uma dos mais visitados do mundo e suas tumbas guardam os restos mortais de famílias tradicionais, além de grandes personalidades históricas como Evita Perón e outras mistificadas como Liliana Crociati, morta por uma avalanche na Áustria em 1970, onde passava lua de mel.
Além da beleza do lugar, outra coisa que me chamou a atenção é a forma com que as pessoas são sepultadas em seus mausoléus. Elas não são enterradas como costumamos fazer por aqui no Brasil, o caixão é simplesmente colocado em local de destaque, ficando visível a quem passa diante dos mausoléus.


Este sepulcro que fotografei sem nenhuma proteção de vidro,  a o contrario da maioria, estava como se pode ver na foto, completamente aberto, causando aos turista que passeavam no local, um ar, eu diria, de surpresa!..
Taquicardia e frio na espinha à parte e deixando de lado o preconceito e a superstição, encontramos neste cemitério, trabalhos esculpidos em granito, mármore e bronze que são verdadeiras obras de arte. Um verdadeiro acervo escultório e arquitetônico a céu aberto dignos de admiração e reconhecimento cultural.

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