foto by Eurico Salis |
A gente também contribui e faz parte disto, na intenção de ser ouvido, de ganhar um voto de atenção que é rapidamente dispensado, esquecido. Somos co-responsável por este caos.
foto by Eurico Salis |
Ele conta que uma irmã da sua congregação religiosa, foi surpreendida pelo único filho, que confessou ser gay e saiu de casa. Desesperada com a revelação do filho, esta irmã procurou uma outra (irmã) que depois de ouvir sua historia, prometeu ajuda-la a encontrar uma resposta de Deus para este dilema, através de orações. Depois de algumas semanas orando à Deus, ouviu uma voz que lhe dizia ao ouvido: "Pergunte a ela como foi a relação dela com o marido, nos últimos anos!.."
Assim que teve uma oportunidade, esta irmã procurou a outra e lhe fez a pergunta. Chorando e envergonhada a irmã explicou, que por motivo de uma doença que contraíra e a fazia sangrar, decidira fazer somente sexo anal com marido a algum tempo, o que lhes garantia uma maior segurança nas relações. Por outro lado, muito surpresa, não imaginava que seria punida por Deus, por aquela atitude.
Bom, arrependida de seu pecado, ela parou de fazer sexo anal com o marido e o filho que tinha ido embora, retornou pra casa.
Grace Jones / Givanildo |
Frida Khalo / Alba Borges |
Elis Regina / Alba Borges. |
Sinto que neste momento, algo se fecha em mim, entro em recesso e sem data para me recriar, sem inspiração para escrever, sem vontade de opinar sobre qualquer coisa. Estou com as minhas emoções esvaziadas. É isto que sinto, um vazio, que não sei quando voltará a se preencher, e se transbordar como antes...
Estes vazios surgem de tempo em tempo, no inesperado do dia, potencializando-se a noite, criando buracos que logo, logo, devem ser preenchidos com expectativas, sonhos, devaneios, esperança nova.
Às vezes andamos na beira de abismos, livres, soltos, desatentos, avoados, desafiando as leis da gravidade, sem percebermos algumas de nossas fragilidades humanas e o perigo que corremos, alheios a tudo.
Mas abismos deixam de ser abismos, quando não temos medo, ou nossa ingenuidade se faz tão maior que eles...
Numa manhã dessas, eu estava saindo para trabalhar, quando fui surpreendido por aquele momento em que não é noite, por que não está completamente escuro e também não é dia, porque a luz ainda não se completou. Fiquei pensando se este era o momento zero do tempo, os pontos que se entrelaçam e viram uma coisa só. Também havia chovido durante a noite, e as possas d´água haviam se transformado em retalhos de espelhos sobre as ruas, refletindo, arvores, galhos, lixo, qualquer coisa inesperadamente magica.
A chuva no inicio da noite, chegou violenta com o som Cool, do genial trompetista Chet Baker, que eu ouvia dentro do quarto e me fazia transportar desta terra para outras terras,. Longe de tudo, para outros mundos que não existem mais e que eu acho fundamental para o exercício de compreensão da nossa existência, dos pensamentos, da cultura, da vida. Compreensível mas Inexplicável tudo isto...
Criado até os dez anos em Oklahoma, este cara partiu para Los Angeles no final dos anos 1930, quando começou a estudar teoria musical. Chet Baker sempre foi influenciado pelo seu pai, guitarrista, de quem herdou a paixão pela música e de quem ganhou, aos 10 anos de idade, um trombone.
Daí que às vezes, fica difícil escolher de que forma encarar a vida e as relações que nela firmamos, se com emoção ou com a razão e neste caminho, circulam as pessoas com quem convivemos.
Um pouco de respeito as diferenças e a não invasão, já restringe alguns malefícios e serve para respirarmos melhor e não nos sentirmos violentando nem violentados. Por que às vezes, a mão que oferece uma frágil margarida, é a mesma que joga pedras sem perceber que machuca.
Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...