Estávamos passeando, Rose Milene e eu, pela avenida principal do Balneário do Camacho em Jaguaruna-SC, quando uma placa presa a um poste nos chamou a atenção. Nela estava escrito: Casa da Nação e então curiosos, nos perguntamos do que se tratava. Seria alguma casa afro-religiosa?.. O que pra mim parecia improvável.
Seguimos a indicação da placa, que apontava para uma pequena rua sem saída e sem conseguir enxergar algo que nos chamasse a atenção, perguntamos a o primeiro morador, que saia de sua casa em direção a rua, do que se tratava e onde estava a Casa da Nação.
Seguimos a indicação da placa, que apontava para uma pequena rua sem saída e sem conseguir enxergar algo que nos chamasse a atenção, perguntamos a o primeiro morador, que saia de sua casa em direção a rua, do que se tratava e onde estava a Casa da Nação.
Muito simpático, ele nos mostrou o que era, ou pelo menos o que sobrou das ruínas da Casa da Nação, onde atualmente estava sendo construída uma casa de alvenaria cuja as paredes estavam apoiadas sobre a grossa camada feita de pedra, terra, conchas e óleo de baleia, considerado um patrimônio histórico, e que no presente servia apenas de apoio estrutural para uma nova casa em construção. Era inacreditável!
Descobrimos, que existem muitas hipóteses referentes a origem e função da Casa da Nação, pois alguns moradores informaram que a mesma, tinha por objetivo abrigar soldados durante as batalhas e armazenar armas. Servia como uma especie de pousada em tempos de guerra, sem custos. A casa, não possuía proprietário especifico, pois era de todos, já que pertencia a nação.
Mas de que batalhas?.. A dos Farrapos?.. Qual, quando?... Perguntávamos sem que obtivéssemos uma resposta pertinente.
Soubemos também, que havia algumas exigências ao se hospedar nela. Os mantimentos usado pelos soldados, eram necessários serem repostos antes de seguirem viajem, o que servia de moeda por sua utilização e abrigar novos soldados que por ali passavam.
Rose e eu lamentamos que um fato histórico desta natureza, tenha se perdido no tempo e que o objeto de sua existência, gradativamente vem sendo destruído pela falta de informação e da importância que foi no passado. Pior ainda: Sem nenhuma proteção dos órgãos governamentais, para manter viva a sua história.
Em casa, atrás de respostas na Internet, o que encontrei foi informações que se divergiam da que ouvimos dos moradores.
Segundo o NOTISUL, um jornal catarinense, a construção nada tem haver com personalidades da revolução Farroupilha como David Canabarro, Anita e Garibaldi. Eles nem sequer viram a casa. Ela não existia. A passagem dos farrapos ocorreu em 1839 e a casa foi construída em 1857. Anita faleceu, na Itália, em 1849.
A pousada foi concluída em 1858, com o objetivo "sim", de abrigar militares e viajantes. mas "não" no período da revolução farroupilha, como é contado.
Documentos explorados e estudados por acadêmicos, descrevem a existência de mais quatro construções idênticas, do Camacho a Torres, com o objetivo de promover o repouso de viajantes e seus cavalos, que por ali cruzavam.