PARQUE DA LAGE- RIO DE JANEIRO.


Visitar a cidade maravilhosa, cheia de lugares turísticos e encantadores e não conhecer o Parque da Lage, deve ser desculpas para um dia retornar ao Rio e reiniciar tudo do ponto zero, já que a cidade possui uma infinidade de coisas para serem feitas e nem sempre o tempo é nosso aliado. 
Um dos lugares bacanas para se conhecer, é o Parque da Lage, cuja a historia está diretamente ligada a historia do Rio de Janeiro.



No século 16, funcionava como engenho de açúcar, mas em 1840, parte das terras foi comprado por um britânico que contratou o paisagista compatriota John Tyndale, para projetar o jardim em estilo europeu. Mais tarde o terreno passou para as mãos de Henrique Lage, que para agradar a esposa, mandou construir uma réplica de um palácio romano. A mansão erguida em torno de uma piscina tem mármores e azulejos italianos.
No ano de 1936, a esposa de Henrique Lages funda a Sociedade do Teatro Lírico Brasileiro e organiza magníficas festas em que figuravam os mais proeminentes representantes da sociedade carioca. Endividado, Henrique Lage precisou desfazer-se de parte de seu patrimônio. Para que o parque sobrevivesse como patrimônio histórico e artístico o mesmo foi tombado com ajuda do governador Carlos Lacerda.


Hoje, o Parque da Lage é um espaço publico tombado como Patrimônio Histórico e Cultural pelo IPHAN, o local é uma ótima atração para realizar passeios junto a natureza e ainda possui lago, ilhas artificiais, pontes e gruta, construídos em argamassa, imitando rochas e troncos de árvores. Há ainda um parque infantil, áreas para piqueniques e uma trilha imperdível que leva ao Cristo Redentor.


A mansão abriga a Escola de Artes Visuais, onde desenvolve programas de formação de curadores, artistas, pesquisadores e interessados em artes, alem de exposições e outros eventos culturais, servindo como palco de algumas tomadas para o filme"Terra em Transe", de Glauber Rocha. A piscina é o local mais famoso e já foi palco de peças de teatro e filmes. Em 1968, Joaquim Pedro Andrade filmou "Macunaíma". Mais recentemente o rapper Snoop Doggy utilizou a piscina nas gravações do clipe "Beautiful". 
O Parque da Lage esta localizado na rua Jardim Botânico, 414 - Jardim Botânico, Rio de Janeiro - RJ, 22461-000 - (21) 3257-1800.

CUBIERTO, É UMA TAXA INJUSTA? O QUE VOCÊ ACHA?

Se existe uma coisa que irrita profundamente os brasileiros desavisados, que visitam os bares e restaurantes da Argentina é o cubierto, uma taxa cobrada na maioria dos estabelecimentos, que gira em torno de 10 a 30 pesos por pessoa e que você tem que pagá-la! 


O cubierto que quer dizer talher em espanhol, é a cobrança de serviço de mesa. Ou seja, você paga para usar os talheres, pratos e copos, mesmo estando implícito a necessidade desses acessórios para poder levar os alimentos até a boca e comer de forma civilizada. É uma taxa usado para repor itens que se extraviam no estabelecimento como copos, taças, pratos, mesmo você não sendo responsável por qualquer extravio. Este custo excedente é você quem arca, sem choro e nem vela!
Semana passada uma amiga minha, conduziu um grupo de brasileiros para Buenos Aires e numa das noites em que resolveram sair para jantar numa pizzaria, tudo transcorreu bem até a hora de pagar a conta que havia subido 30 pesos acima, do que informava a lista de preços. 
Depois de toda celeuma criada entre os envolvidos, decidiram pagar a conta e ir embora. 
Os restaurantes em Buenos Aires na maioria das vezes são baratos, mas saiba que aquela placa anunciando promoções, pode ser um ledo engano e esconder a triste verdade, de que a conta ficará bem mais alta do que aquilo que estão anunciando, graças ao cubierto.
Segundo minha amiga, alguns restaurantes chegavam a cobrar de 120 a 140 pesos o cubierto, duas ou três vezes maior, que o valor descrito no cardápio.

UMA COISA NÃO TEM NADA HAVER COM A OUTRA:
Muita gente acredita que o cubierto é a cestinha de pães que chega antes do prato principal ou um drinque oferecido pela casa. Mas não é assim, até porque se você recusar a gentileza vai pagá-la igual. Aí você pensa que, pagando o cubierto, não precisará pagar o serviço do garçom, certo? Errado. Uma coisa não tem nada a ver com a outra e os garçons fazem questão de deixar isto claro. Sendo assim, ao sentar na maioria dos restaurantes da cidade, você já paga duas taxas: O cubierto e os 10% do serviço do garçom.Tem outro jeito?

UMA ANTIGA VILA INGLESA CHAMADA PARANAPIACABA EM SÃO PAULO.

Um amigo sabedor de que aprecio lugares que contam alguma historia e cercados de belas naturais ao redor, comentou sobre um, que me parece imperdível. Assim posto algumas informações e fotos enviadas por ele.


Esta vila que quero conhecer e que ainda não tive oportunidade é Paranapiacaba, no município de Santo André, em São Paulo, que surgiu com a revolução industrial, em meados de 1865 como Centro de Controle Operacional e residência para os funcionários da companhia inglesa de trens RAILWAY Railway, que realizava o transporte de cargas e pessoas no interior paulista. 
A pequena vila, com construções em estilo inglês, está bem preservada e ainda conta com uma incrível torre, bem do jeitinho britânico, enfeitando o final da estação. Contam que nos dias em que a vila amanhece encoberta  por neblina, as imagens são de tirar o folego, dando a nítida sensação  de estarmos numa verdadeira vila  inglesa do interior.


ORIGEM DO NOME:
Paranapiacaba, que em língua tupi significa “de onde se vê o mar”. fica localizada numa das regiões mais altas e íngremes, que compõe a exuberante Serra do Mar, no estado de São Paulo, reconhecida pela Unesco como de relevante valor para humanidade.


O QUE FAZER POR LÁ:
Além de visitar  a graciosa vila composta de exemplares de construções em estilo inglês, alguns museus, trens e maquinários ferroviários, pode-se optar por fazer trilhas na mata, algumas com cascatas e piscinas naturais e também apreciar toda a beleza fantástica  da Serra do Mar.

FESTIVAIS:
Se for nos 3 últimos fins de semana do mês de Julho, poderá participar também do Festival de Inverno de Paranapiacaba, com música, mostras de filmes, performances teatrais, exposições e gastronomia, num evento que ocupa todos os espaços e mostra a riqueza do patrimônio histórico e ambiental que acontece todos os anos.

PASSEIO DE TREM:
Se a paixão for mesmo andar de trem, é possível faze-lo a partir da estação da luz, num trem fabricado no Brasil na década de 50, totalmente reformado. São 48 Km percorridos em 1:h 30 min. (onde a velocidade é mais baixa, para que o turista aprecie melhor as paisagens por onde passa). O trem realiza um trajeto que corta a região do ABC e segue em direção à Serra do Mar.
À bordo você tem uma verdadeira aula de história, com algumas explicações sobre as estações percorridas. Como dá para perceber, Paranapiacaba é um lugar imperdível por sua beleza natural e história reconhecida.
Paranapiacaba que me aguarde!..

ENTRE A CRUZ E A ESPADA.


Hoje, durante o trabalho, num encontro rápido com uma colega, começamos a conversar. Daí ela me confidenciou a sua sensação de desconforto, quando vê duas pessoas do mesmo sexo de mãos dadas, não importa onde for, (na rua, no Shopping,..) e que mesmo sabendo das mudanças comportamentais necessárias que vem acontecendo no mundo, para garantir a liberdade das pessoas e  suas diferenças, o que é justo, ainda assim o seu desconforto persiste.
Sente um desconforto que é maior do que ver famílias jogadas sobre as calçadas passando por privações; Inacreditavelmente maior, do que toda a roubalheira protagonizada pelos dirigentes deste país, em que somos vitimados e outras tantas violências que nos rodeiam no dia a dia e que parece tão normal aos nossos olhos vigilantes.
Esta sensação de mal estar, por questões que eu pessoalmente considero de menor importância, se comparadas a outras de maiores agravos, são dissidências de quem possui dificuldade de acompanhar as mudanças do mundo moderno, na medida em que percebemos essas desproporções morais.
Nossos preconceitos são muito mais profundos, do que as nossas próprias evidencias intelectuais. Quanto ao resto, cada um deve encontrar seus métodos pessoais de desfazer-se desses embates, que por vezes nos divide entre a cruz e a espada.

EU VI O MENINO CHORANDO.



Ontem eu vi um menino chorando no patio de sua casa, encolhido num canto do jardim. Ele parecia chorar, não por que tivesse se machucado em alguma brincadeira ou briga, ou por ter sido ralhado por seus pais. Seu choro era baixinho, acanhado e triste, traduzindo-me uma profunda dor interior já conhecida por mim, longinquá. 
Sua mãe me revelou, que ele sempre chorava sem razão.
Me vi naquele menino, pois seu choro, foi meu choro e quem sabe, o choro de tantos outros que não possuem voz por falta de maturidade, que não compreendem a natureza de sua magoa  e então se vestem de muita culpa, solidão e lagrimas.
Crianças extravasam suas emoções de maneira tão espontânea e na medida em que vão crescendo e não são respeitadas, passam a se envergonhar dos próprios sentimentos. Mais tarde, continuam a chorar, mas com lagrimas que escorrem pra dentro da alma, provocando graves inundações.

XERÉM SEM O RIO.

por Marcos L. Britto

Estar de volta a minha terrinha é sempre um prazer inestimável, que começa quando a aeronave sobrevoa a cidade, fazendo aquela curva para esquerda, em seguida se alinha na direção da pista de pouso e o piloto informa que recebeu a liberação para a aterrizagem. 
Ufa!..
Voltar é sempre bom, mesmo voltando de lugares que queremos em algum momento ficar mais tempo, porque construímos relações fortes com as pessoas, seus costumes e o meio onde vivem. 


Estive três dias em Xerém no Rio de Janeiro, (que não tem cara de Rio de Janeiro), localizado a o pé da Serra Fluminense, próximo a Petrópolis, para visitar amigos e comemorar o aniversario de outra amiga, Alba, que adora o distrito e me apresentou pela primeira vez em 2009. 
O centro de Xerém se parece muito com os subúrbios de Salvador e tantos outros lugares, onde as ruas são sinuosas, estreitas, às vezes desleixadas, muitas sem calçadas pela falta de planejamento urbano, onde as pessoas são naturalmente despretensiosas e muito a vontade na maneira de se vestirem e viverem a vida. As pessoas são humildes e afetuosas no sentido verdadeiro da palavra.


Nestes escassos três dias, deu para eu matar a saudades de amigos e também perceber e lamentar o quanto o distrito se modificou em função do tempo e de seu acidente natural em 2013.
Lembro-me de algumas tardes em que vizinhos se reuniam na rua, (na calçada) e ali assavam seus churrascos comunitários em grelhas improvisadas e a o som de sambas do mais ilustre morador local: Zeca Pagodinho.



Retornar a Xerém, seis anos depois e da grande enchente que destruiu parte do distrito e virou manchete em todo os jornais do país e não encontrar mais o rio que cruzava a cidade, onde as crianças e moradores tomavam banho  nas tardes de calor, foi muito triste.


O rio caudaloso desapareceu, foi soterrado pelo deslizamento da montanha durante quatro dias de chuva intermitente, destruindo casas, desabrigando pessoas. 
O rio agora, é um pequeno e fraco córrego, que se espreita entre pedras e areia, numa imensa vala onde a vegetação começa timidamente a surgir. Casas foram reformadas, outras interditadas pela defesa civil. Muros com mais de dois metros de altura foram erguidos como prevenção para futuras enchentes.


Xerém é hoje um distrito reabilitado, com pontes novas, ruas asfaltadas, praça de lazer, cancha de futebol, construídos pela prefeitura, mas que ainda precisa de mais atenção por parte da governância publica. É como se arrancassem cruelmente a historia e as características de um lugar, onde pessoas se reuniam para refrescarem-se nos dias de verão junto ao rio e celebrarem a vida. Parece uma revista em quadrinhos, onde algumas paginas perderam o colorido com as águas lamacentas que devastou parte do lugar. 
Xerém, ainda resiste na alegria e hospitalidade de seus moradores, porem sem aquilo que a tornava mais encantadora, o rio, as tardes de banho, o convívio diário presenteado pela natureza e que hoje não existe mais. Localizado na base da serra, onde ainda esconde inúmeras cascatas, cachoeiras, matas preservadas e trilhas a serem descobertas, não possui nenhum incentivo  para a realização de passeios ecológicos locais.
Quanto a origem de seu nome, "Xerém", provém de um prato comum na culinária nordestina, feito de grãos de milho seco quebrados no pilão e cozidos na água e sal. O prato é originário de Portugal, onde pode ser conhecido também como "xarém".
Outra hipótese para a origem de seu nome, remete a um comerciante inglês John Charing, que, no século 17, possuía barcos que faziam a ligação entre o porto do Rio de Janeiro, o porto do Pilar e o atual município de Petrópolis. Segundo essa hipótese, o nome "Charing" teria sido convertido pela população para "Xerém" pela dificuldade de pronunciar o nome corretamente.
Do centro do Rio até Xerém dá cerca de 50 km pela BR-040, Linha Vermelha, Viaduto dos Pracinhas, Av. Pres. Vargas, Av. Rio Branco, Av. Almirante Barroso



BELEZA E ALMA.


Existem coisas que a gente gosta só de passar o olho em cima. Não precisa ou não encontramos explicações, que defina os nossos sentimentos diante de sua beleza, por que não são apenas bonitas, contem alma que mexe com coisas misticas do nosso interior e que não  sabermos como lidar. Assim foi as esculturas de bustos do artista plastico americano Woodrow Nash, que retrata a ancestralidade do povo africano.  Quando as vi, fiquei boquiaberto, apaixonado, querendo todas pra mim!


CONHECENDO UM POUCO MAIS DE SÃO CHICO.


No Sábado passado, eu e duas amigas, fizemos um passeio até a Serra gaucha, entre as cidades de São Francisco de Paula, onde paramos para almoçarmos e depois seguimos para Gramado e Canela, com o objetivo de levar um grupo de quatro amigos sergipanos que estavam curiosos para conhecer Gramado, famosa não só por sua beleza que lembra uma cidade tipicamente suíça, mas também por carregar nas costa a fama de juntar muita gente famosa e por acontecer anualmente o festival de cinema.
Visivelmente o passeio mais bonito que fizeram nestes dez dias em que ficaram aqui no sul, mas também o mais caro, já que a cidade investe intensamente no turismo, aplicando preços bem acima dos utilizados nas cidade vizinhas e menos famosas.


Gramado não é mais a cidade que conheci há trinta anos atrás, nem poderia, pois cresceu, expandiu visivelmente sua malha urbana e viária, com o intenso movimento de veículos e poucos lugares para se estacionar, dificultando o acesso a outros pontos turísticos mais afastados do centro da cidade. É nos finais de semana e de inverno e com promessas de neve, que a cidade se torna mais bonita, porém intrafegável, causado pelo intenso fluxo de turistas que chegam de vários cantos do mundo e do pais, para visitar e se hospedarem na cidade.


Para as pessoas como eu, que não gosta destas muvucas urbanas, é interessante se hospedar em Canela, localizada a ( 8,8 km)-15 min. de Gramado pela Av. Das Hortênsias.
Menos badalada e movimentada do que Gramado e com preços hoteleiros mais em conta, Canela é uma opção a mais para quem tem menos no bolso. 
E se a procura é por um ambiente ainda mais tranquilo, São Francisco de Paula, ha (44,4 km)-47 min. de Gramado pela RS-235, é o ideal para um verdadeiro descanso reparador, disponibilizando acesso rápido as outras duas cidades.


POUSADAS:
São Chico oferece sofisticadas pousadas como: A Pousada do Engenho, além de outras mais acessíveis como: A Pousada Parque Das Cachoeiras e o Parque Das Cascatas.
No centro da cidade há opções de restaurantes econômicos como: A casa da Dinda (rodizio de galetos), o Restaurante Pasta Nostra (especializados em massas) e o Sabor da Serra (bufê livre com grelhados) na Av. Julio de Castilhos. Para quem aprecia carne, vários restaurante e CTGs oferecem o tradicional churrasco na vala.
A região central, na Avenida Getúlio Vargas e Julio de Castilhos se concentram as compras, como artigos em couro, lã e outros utensílios tropeiros. Próximo do centro tem o parque das cachoeiras, a 4 km do centro. 
A 75 km está o parque das cascatas, em Lajeado Grande. Para chegar, pegue a RS 020 até Tainhas, dobrar à esquerda na RS 453, seguindo até o distrito de Lajeado Grande.


LAGO SÃO BERNARDO:
Ainda nas proximidades do centro da cidade, você pode fazer um relaxante passeio as margens do Lago São Bernardo, cartão postal da cidade, com uma extensão de 1.900 metros e 5 metros de profundidade. Visitação permanente e gratuita.


CASCATA DA RONDA:
Conjunto de 5 quedas d'água em uma extensão de 5 km e uma altura de 100 m. O acesso a este local é feito por uma trilha nas imediações da cidade, que atravessa a mata nativa. Visitação permanente e gratuita.

MONUMENTO AO CARRETEIRO:
Localizado na Avenida principal da cidade, em homenagem aos carreteiros que movimentaram a economia local.
MONUMENTOS A CUIA E O NEGRINHO DO PASTOREIO:
Situados ao longo da Avenida principal, destacam a hospitalidade do povo gaúcho além das lendas e folclores da região.



LIVRARIA MIRAGEM:
Localizada na Av. Julio de Castilhos 603, de propriedade de dona Luciana Olga Soares, uma professora de mais de 60 anos, que transformou um sonho em realidade, com recursos próprios. Na livraria você encontra momentos de paz e tranquilidade, alem da hospitalidade de dona Luciana e seus funcionários.
Até o próximo passeio!

PONTOS MÁGICOS DA FOTOGRAFIA.


O ganho pessoal de se fotografar alguém, é a porta magica de cores e luminosidade que se abre, permitindo que o modelo fotografado se transforme numa imensa gama variável de personagens que vai do mais convencional ao mais primitivo, mostrando a extensão de que cada um pode alcançar. Não importa se num rei, numa pessoa comum, numa divindade, ou um animal selvagem.



OS DESEJOS ESTAPAFÚRDICOS NA GRAVIDEZ.


Discussão  de hoje entre  os amigos: Duda,  Gil e dona Mira, durante o jantar. Os estranhos desejos gastronômicos de comer coisas absurdas que acontecem durante a gestação. Entre tantos conhecidos como: Roer barra de sabão,  pedaço de telha de barro ou tijolo, porções de terra molhada e outras, nos parece tão estranho!.. Esses "desejos absurdos", são características de uma síndrome chamada picamalácia, que consiste no desejo de ingerir substâncias não alimentícias; Mas também ja presenciei gravidas querendo comer pasteis velhos, sanduíche de pão prensado e bem engordurado. Aqueles que de tão nojentos até provocam nauzea.
Estes desejos inexplicáveis, por que não sabemos o porquê acontecem, também atinge os futuros papais. Eu por exemplo, assaltei  a geladeira numa madrugada, há 23 anos atrás e me deliciei comendo  camarão cru e congelado. 
No outro dia quando  minha esposa foi para o trabalho  e contou minha nojenta façanha para alguns colegas,  bingo!  Uma delas  disse - Você está  grávida  minha querida!.. E para nossa surpresa, realmente estava.

VAMOS DAR UM TEMPO, PRECISO ME REENCONTRAR.

Domingo à tarde, eu estava com uma amiga passeando pelo Brique da Redenção, quando encontramos outros amigos sentados a sombra das arvores.
Uma delas me disse em algum momento, quando perguntei por seu marido, que não estava mais morando com ele, mas também não haviam se separado. Ele permanecia no apartamento onde moravam, enquanto ela alugou um quarto com banheiro, na casa de um familiar para ter alguns momentos de solidão necessária.
Logo que se ouve a palavra solidão, vem na nossa cabeça algo negativo, que semeia dor e sofrimento, mas a o se refletir melhor, surge noutros momentos, algo não tão pesado assim e que eu acho que ela deve estar vivendo. Trata-se no meu entendimento, de uma fragmentação de trocas interpessoais e sentimentos que vão se desgastando e precisam ser renovados. Por vezes a vida nos cobra assumir tantos papeis heroicos ao mesmo tempo, que nos perdemos de nós mesmo, de quem realmente somos. Perdemos a orientação daquilo que dizem ser de nossa responsabilidade, fazendo-nos transpor espaços que não nos pertence, pois cada um é responsável por sua vida. Esquecemos de olhar pra dentro de nós mesmos e de nos perguntarmos se é isto que queremos, se estamos satisfeitos com o que vemos a nossa volta.

Ser mãe, esposa, mulher, trabalhadora, às vezes não cabe na mesma estante das pessoas que nos relacionamos provocando quem sabe aquela desagradável sensação de incompetência e desleixo.
Algumas pessoas defendem a opinião de que somos a mistura de todos esses papeis e temos a responsabilidade de assumi-los com sorriso nos lábios e isto é discutível. 
Será que somos mesmos? Será que conseguimos dar conta de administrar tantas relações a nossa volta sem dar um tempo para nos renovarmos? Onde está escrito que para se "dar um tempo" é necessário fazer uma viagem ao redor do mundo e não subalugar um pequeno quarto com banheiro para uma reflexão? Acho elogiável pessoas que tem este entendimento de si mesmas, que conhece seus limites e tem a coragem de se dar o tempo que necessita, sem medo de ser taxada de covarde e outras mal interpretações.
Enquanto conversávamos sobre isto, veio na minha cabeça esta linda canção de Cartola chamada Preciso Me Encontrar.
"Deixe-me ir, preciso andar, vou por aí a procurar. Rir pra não chorar.
 Quero assistir ao sol nascer, ver as águas dos rios correr, ouvir os pássaros cantar
 Eu quero nascer, quero viver..."

DESAFINADO.

A canção é uma resposta à crítica da época, que considerava a bossa nova "música para cantores desafinados". A canção e uma critica, um tapa de luvas na critica que determinava o que deveria ser cultura no pais. A canção foi posteriormente gravada por diversos artistas, incluindo Tom Jobim, Herb Alpert, Ella Fitzgerald e Stan Getz, que em 1963 ganhou o Grammy de Melhor Performance de Jazz por um Solista ou Grupo Pequeno pela canção.

Quando eu vou cantar, você não deixa
E sempre vêm a mesma queixa
Diz que eu desafino, que eu não sei cantar
Você é tão bonita
Mas tanta beleza também pode se acabar

Se você disser que eu desafino, amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu

Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural

O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração
Fotografei você na minha Rolley-Flex
Revelou-se a sua enorme ingratidão

Só não poderá falar assim do meu amor
Este é o maior que você pode encontrar
Você com a sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração

QUEM FOI DINDI DE TOM JOBIM.


Entre os meus prazeres, gosto de ouvir musica e por uma satisfação maior, entende-la e para entende-la, é necessário pelo menos compreender sua letra, conhecer a sua historia que nem sempre corresponde a o que ouvimos e interpretamos, já que algumas canções possuem uma dubieza de sentidos, criando algumas pluralidades naquilo que quer dizer. Vou me explicar:
Há exemplo disto, é a musica "Dindi" de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, composta na década de 1950, que muita gente dizia ser dedicada a cantora Sylvia Telles que tinha o apelido de Dindi e foi casada com Aloysio,  parceiro de Tom na própria musica. Ouvindo a musica realmente dá a impressão de se tratar de uma declaração de amor a uma mulher...
A canção que fez grande sucesso na voz da propria Sylvia Telles em 1957 e registrado pela gravadora Odeon, continuou a fazer sucesso nas vozes de Maysa, Alaíde Costa, João Gilberto, Elizeth Cardoso, Gal Costa, Astrud Gilberto, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e muitos outros.
Mas quanto a suposta homenagem do maestro e compositor Tom Jobim a cantora Sylvia Telles, ha uma controvérsia, na qual a composição "Dindi", seria um lugar, uma fazenda de nome Dirindi nos limites da casa de campo da família Jobim, em São Jose do Vale do Rio Preto, num lugar chamado Poço Fundo, as margens do Rio Preto, que seria uma especie de paraíso ecológico, onde o compositor encontrava inspirações para algumas de suas composições mas conhecidas e famosas como Águas De Março.
No livro que Helena Jobim escreveu, chamado "Antonio Carlos Jobim, um ser iluminado." Ela diz o seguinte: Ele via o rio passar, roncando nas pedras, as águas espumaradas. Aquele ruido o apaziguava. Na outra margem, começava o pasto que ia dar no morro do Dirindi.
Dirindi não era como muitos pensavam, um nome de mulher. Mas sim toda aquela vasta natureza e seus segredos...👊

NA MESMA LINHA TÊNUE DO MUNDO.


Nós, que já ultrapassamos o quinquagésimo ano de vida, ficamos com o passar do tempo mais calmos, mais apropriados e seletivos, menos rebeldes e explosivos, porém ainda insatisfeitos e por favor, não confundam, pois continuamos os mesmos loucos, sonhadores e românticos. Não perdemos a aflição que persegue a todos nestes tempos de mudanças e que nos restringe algumas liberdades e sonhos pessoais. 
Depois que assoprei a velinha, ontem a noite, e todos foram embora para suas casas, aproveitei para assistir alguns videos, (antigas entrevistas de Cazuza, Elis Regina, Renato Russo, Clarice Lispector), ouvir algumas  musicas e poesias que me foram importantes e ainda são e que me ajudaram a desenvolver o que sou hoje e me joguei em reflexões.
Percebi que muitas coisas mudaram nesta trajetória de tempo, mas outras, permaneceram inalteradas principalmente no que se refere a alma das pessoas, que buscam igualmente uma resposta para as suas dores e inquietudes. Cazuza, Elis, Renato, Clarisse, tiveram as suas inquietudes, como temos as nossas e então fizeram disto, a sua arte e importância.
Por conta disto, fiquei pensando nas diferenças e igualdades que permeiam entre nós, enquanto seres humanos, diante de suas verdades e em busca da felicidade e de um sentido para a vida. Viver é difícil e ter respostas, ainda muito mais...
Não importa o grau de importância que tenhamos no mundo, nossas dores e erros gerados por incertezas e desprazeres, seguem na mesma linha tênue da vida como uma complexa equação de igualdades.
Por isto, volto a abrir meus leques pessoais na expectativa de dias melhores e na esperança de me tornar um ser humano pelo menos melhor, com maiores chances de ouvir, ser ouvido e compreendido, sem medo de amarras e que o tempo não seja tão escasso pra isso. Alias, até pensei em trocar aquelas horas de bobeira, por aulas de francês, o que pode ser um inicio.

MÃE


Ontem foi o teu dia, e eu nada postei  aqui  no blog.  Fiquei  perdido, sem palavras,  preocupado em não  conseguir  dimensionar num pequeno  texto, todo sentimento que tenho por ti.  Enfim,  nada escrevi,  mas aprendi  contigo é mais tarde com a vida, que os sentimentos  verdadeiros são atemporais, indescritíveis, inexplicáveis e portanto  não necessitam de inflamadas explosões de homenagens. Os verdadeiros  ficam guardados dentro  da gente para serem ditos num momento qualquer que se ilumina ,  sem dia previamente marcado, através  de um olhar,  de uma palavra, de um gesto que se revela e diz tudo..

FIM DOS TEMPOS.


Quanto as declarações de Bibi Ferreira ao Jornal "O Globo" e a do cartunista e escritor Ziraldo ao Jornal "Hoje Em Dia" - de Poços de Caldas, sobre a atuação de Fernanda Montenegro, na novela Babilônia, pode parecer surpreendente pelo que eles representam na cultura do pais. Ela, a grande dama do teatro, ele, cartunista e escritor reconhecido, mas mostra principalmente nas suas opiniões, a posição das pessoas em geral e no quanto elas estão despreparadas para as mudanças sociais que vem ocorrendo rapidamente no mundo, mesmo se tratando de Ziraldo e Bibi (simples mortais que nasceram, cresceram e possivelmente presenciaram as perseguições e dificuldades no pluralismo sexual, o que talvez justifique este travamento moral).
Esta sociedade em que vivemos, certamente será arcaica e eu acredito que Fernanda um dia será lembrada e aplaudida por sua coragem e atitude visionaria.
A maravilhosa musica Fim Dos Tempos, do genial compositor Guinga, traduz em verso e prosa a quanto anda a alma das pessoas, que andam juntas, mas cujos os rastros largam lastros e soltam lados pelos caminhos. Afinal andamos aflitos. De um lado os doidos, dos outros malditos.
Fim dos Tempos 
Ginga e Paulo Cesar Pinheiro

Nós somos muitos
Todos sozinhos
Andamos juntos pelos caminhos.
Formamos todos a legião.
E os nossos rastros
Largam lastros
Soltam lados

Nós somos todos
Todos aflitos
De um lado os doidos
Do outros malditos
Com o fim dos tempos no coração.
E pelos becos, pelas ruas, pelo mundo
Andamos sós.

Pelas marés
Pelos sertões
Pelas cidades povoadas dessa terra
Andamos sós

Pelas galés
Pelas nações
Pelos demais campos de guerra
Para onde andamos.

Pelos quartéis
Pelas missões
E pelos quatro cataventos todo canto
Andamos sós

E os menestréis
Pelas canções
Já profetizam como os santos
Para onde andamos

Pelas marés
Pelos sertões
Pelas cidades povoadas dessa terra
Andamos sós.

PRA QUEM PEDIR AJUDA?


O espancamento feito por policiais de Manaus, contra dois jovens ( 22 e 18 anos ) e uma adolescente de 14 anos, na madrugada do dia 07, flagrados  por uma câmera de vigilância e denunciado pelo Jornal Nacional de hoje, faz a sociedade se perguntar o que esperar da policia que foi criada para proteger. Pra onde o mundo está sendo conduzido, se não existe mais em quem confiar ou recorrer...
O comando-geral da PM informou que há um pedido de prisão preventiva para os policiais envolvidos no caso e um inquérito foi instaurado para apurar excesso na conduta. O prazo para a conclusão é de até 40 dias.
De tudo isto o que sobra são adolescentes e famílias traumatizadas e com medo, oa mesmo tempo que sociedade se pergunta:  -E se acontecesse com a gente?

O PROJETO ADIPOSITIVITY.


Cansada de fotografias onde corpos longilíneos e magros dominam os padrões de beleza atuais, a fotógrafa norte-americana, Substantia Jones, decidiu retratar corpos obesos desde 2007, criando o "PROJETO ADIPOSITIVITY" com o objetivo de promover a aceitação da variabilidade corporal e uma reflexão acerca do que ela chama de indústria do emagrecimento. 


Substantia acredita que, vendo cada vez mais esses diferentes corpos, as pessoas possam modificar seu conceito de beleza. O preconceito contra as pessoas fora de padrão e a dificuldade de aceitação do próprio corpo estão fortemente relacionados à falta de exposição nos meios de comunicação. 


Aumentar a visibilidade das variadas formas corporais não significa fazer apologia a o sobrepeso e a obesidade, que comprovadamente trazem prejuízos à saúde, mas resgatar a autoaceitação e sobretudo o respeito pelas as diferenças.

RINCÃO DO INFERNO.


Um amigo, sabedor de que eu aprecio lugares incomuns e cujas as temáticas são diferentes das turísticas habituais, esteve visitando um lugar raro, relativamente distante e pouco conhecido pela maioria das pessoas que curtem turismo.
Ele então me enviou um recado, com algumas fotos deste lugar que se chama Rincão do Inferno, localizado na região das Palmas, entre Bagé e Caçapava do Sul. O lugar é geograficamente privilegiado por suas formações rochosas, cavernas, rio e famílias muito simples, que constitui os últimos remanescentes das comunidades quilombolas aqui no sul do país.
No passado este lugar era tão hostil para se viver que recebeu este nome apavorante. Desprezado pelos fazendeiros por ser inóspito até para a criação do gado,  com uma vegetação de cactus e unhas-de-gato, estradas ingrimes e esburaquentas e de pedras soltas, dificultando o seu acesso.
O lugarejo estava desvinculado de qualquer vestígio de civilização. Um lugar encravado entre planaltos e rochas gigantescas, onde apenas os resistentes e acostumados à viver na solidão resistiram.

27º CAMPEONATO DE BALONISMO EM TORRES.


Quando criança, um dos meus devaneios era voar de balão. Corria até a rua para observar os poucos que cruzavam o céu da cidade com aquelas cores vibrantes que chamam a atenção de quem está aos seus pés, (aqui na terra), curioso, observando seu lento deslocamento e quem sabe, sonhando estar lá dentro daquela cesta de vime, presa por cordas e se perguntando onde e como irá pousar.
Apesar da curiosidade e um certo medo, ainda penso um dia realizar esta façanha, seja na Capadócia ou aqui em Torres, ha duas horas de Porto Alegre.
Alias, eles já estão sobrevoando a costa da cidade praiana desde o incio da semana, para o 27º Festival Internacional de Balonismo de Torres, que começa nesta quinta- feira e vai até domingo, colorindo o céu da cidade.


A competição consiste em varias provas, as duas mais esperadas são:
  1. Prova do Mastro: onde é colocada a chave de um carro zero km dentro de uma sacola, fixada no alto de um mastro de 6 a 10 metros de comprimento. Os concorrentes decolam de uma distância mínima de três quilômetros do local onde está o mastro, e o objetivo é, sem tocar no solo, apanhar a chave com as mãos. A chance desta prova ser concluída é de apenas uma em cada 100.
  2. Caça à Raposa: É a outra modalidade da prova. Um balão decola em voo livre e, depois de cerca de 10 minutos, o juiz autoriza a decolagem dos demais, que devem persegui-lo. O balão perseguido "raposa” faz o possível para dificultar a caçada. Ganha a prova o balonista perseguidor que pousar mais perto do balão perseguido.

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