Esta semana conversei com Gianne e entre tantas observações por nós divididas, percebi sua ansiedade por conta da emoção abalada e sua teoria pessoal, onde tudo que se ganha, também se perde numa proporção inversa e dolorosa. Me perguntei se isto é uma verdade ou uma impressão provocada pela dualidade humana, cujos ângulos de visão pessoal modificam a perspectiva de nossas leituras pela a vida? Isto é lei de igualdade matematica ou constatação de nossas eternas insatisfações e erros repetindo uma equação incompreendida? Ora, estas conversas não levam à soluções, mas ajudam a perceber que não estamos no barco sozinhos!
O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
Eu tenho sentido muita raiva nesta ultima semana, mas isto não faz com que eu focalize este sentimento nas pessoas, mas em algumas circunstâncias estressantes, que o cotidiano cria e me enreda, nos momentos menos esperados em que a imunidade psíquica parece estar baixa.
É necessário cuidar para não chegar ao extremo e me transformar num monstro de garras afiadas, mudar o foco, a sintonia, a energia.
Buscar um antídoto que impeça estas ações nocivas pode ser difícil ou um elemento de sorte. No meu caso, acho que fui sorteado quando escolhi em meu recolhimento, assistir ontem à noite, "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain"- de Jean Pierre Jeunet, com magnifica atuação de Audrey Tautou. Resumidamente, o filme trata não só de sensibilidade, mas de elementos transformadores, em como é possível transformar sonhos e reconstruir vidas através de pequenas atitudes e assim conferir beleza em gestos tão simples. É um filme não para pensar, mas para sentir e se surpreender. Entre as cenas que me chamaram a atenção, destaco:
- A morte cômica de sua mãe.
- A forma como ela incentivou seu pai a conhecer os lugares que sempre desejava conhecer, mas que arrumava desculpas infundadas, que o impediam.
- As fitas que enviava para o velho pintor vizinho, motivando-o a ter uma visão mais sensível e bela sobre a vida e arte.
- Encontro de Dominique Bretodeau com sua caixinha de pertences da infância, no abrigo telefônico. Quem não o assistiu, eu recomendo. Vale a pena!
Dando o braço
Eu falei hoje, falei no Sábado e lembro de ter falado tantas outras vezes, que em certos momentos precisamos ser pego pelo braço como crianças assustadas e ser-mos conduzidos, por que ficamos meio cegos, sem referencias e somos tomados de medos e inseguranças. Bom, conselhos é bom pros outros e as vezes pra gente mesmo. Eu só não entendo, por que fico marrando e não me permito de vez enquando ser conduzido? Medo de dependencias?.. De ser cobrado depois?.. E dáiii?...
Outro resultado
Mesmo frio, a festa de ontem estava animada e eu muito pouco, embora me esforçasse para melhorar. O problema é que meu egoísmo superava até os motivos que me levaram estar lá. Eu senti que trabalhei para que tudo chegasse ao ponto em que chegou, mas meus sentimentos de dependência parecem que não acompanharam na mesma velocidade as atitudes.
Sabe aquele diretor que monta um texto e aguarda um resultado que não acontece por que ninguém entendeu a sua ideia?... Então ele chega pra todos e diz: _Vocês não estão preparados para isto!..
Sabe aquele diretor que monta um texto e aguarda um resultado que não acontece por que ninguém entendeu a sua ideia?... Então ele chega pra todos e diz: _Vocês não estão preparados para isto!..
Resultado
Sabe quando vc se sente traído, embora a razão te diga que é tudo invensão da cabeça e ainda assim, vc continua com a mesma sensação desconfortavel? Melhor dizendo, quando vc tem a sensação de que quase tudo parece estar contra vc, (amigos, colegas, vizinhos, estranhos...)e o que não está contra, também não parece estar a favor?... É uma fase?.. Mas que fase é esta?
Não, eu não sinto como se isto fosse uma conspiração, ao contrário, talvés uma crise paranóica, mas tenho sentido minha relação com as pessoas diminuida, completamente improdutiva e dispensável.
Relevar,... para Revelar-se!..
Não, eu não sinto como se isto fosse uma conspiração, ao contrário, talvés uma crise paranóica, mas tenho sentido minha relação com as pessoas diminuida, completamente improdutiva e dispensável.
Relevar,... para Revelar-se!..
Vida e Morte discutidas
Ontem à noite, assisti um documentario na TV Futura (que não lembro o nome), mas que me fez pensar sobre estas questões reticentes da vida. Na verdade reticentes por serem nebulosas e causarem mais dúvidas do que certezas, quando falamos à respeito. O programa abria discussão entre os moradores de uma região ribeirinha muito pobre, objetivando a visão deles sobre questões como vida, morte, medo de morrer, céu e inferno, (vida depois da morte). Pude perceber que dentro da simplicidade daquelas pessoas, de seus traços rudes, de olhar de quem leva uma rotina dura e resignados a sua própria condição precária, que seus anseios são os mesmos nossos, mas com o diferencial da simplicidade, descomplicação e inocência com que vêem e aceitam estas mazelas de difícil compreensão e aceitação.
A maioria das pessoas vivem de maneira à serem felizes, não importando as condições que a vida lhes oferece e as dificuldades por que passam. Que existem perguntas que a melhor resposta no turbilhão de dúvidas, é a que temos para nos dar e isto nos basta diante da complexidade de temas como a vida e a morte.
Quando perguntado a um velho senhor, sobre o que ele achava da vida e da morte, ele respondeu deitado em sua rede de descanso: "A vida são as coisas simples que fizemos, trabalhar, namorar, viver com alegria e colorir os dias como uma obra de arte, ao contrario disto o individuo já está morto sem a o menos saber da sua condição de morto."
Sobre o medo da morte o outro respondeu que a temia e desta forma criava uma resistência a sua chegada. "Quando não temos medo a gente se entrega sem restrições e defesa, ela então te leva mesmo".
Raça
Eu digo que ela tem raça e razão sobre muitas coisas, porque tem um jeito especial de olhar, avaliar e descomplicar aquilo que parece não ter solução, porem em outros momentos suas reflexões pessoais tornam-se tormentas e desencadeiam climas instáveis que poderiam ser detectados e reavaliados com a simplicidade e razão de quem parece funcionar somente quando o problema é dos outros. Bom, é preciso paciência e saber que alguns situações alheias as nossas, reservam saidas desiguais para cada pessoa, onde permeiam suas diferenças. Assim, reservo-lhe o meu aféto!
Putz!..
Esta semana me tem sido cansativa, pois tenho encontrado algumas dificuldade para alinhar as ideias e me manter equilibrado em meus objetivos pessoais. Nunca me senti tão ausente e desatento como tenho estado e com a tarefa difícil de marcar os xis nos espaços corretos. Certas decisões não são como bilhetes de apostas ou testes vocacionais, é necessário marcar a opção certa, arriscando não ter outra chance. Este excesso de sono, deve ter motivações intrínsecas ainda não reveladas!..
Por mera curiosidade hoje li meu horóscopo, estranhamente nada parecia se afinar comigo. Entre os intervalos das ocorrencias, dormi como se estivesse dopado e meu colega indignado por não ter com quem converssar, exclamava cada vez que eu acordava: "É a Treva!"
Ressureição
A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida, que eu já tô ficando especialista em ressurreições. Bobeou eu tô morrendo de tédio, de raiva, de medo, de incertezas, de alegrias, de paixões. Desta forma a ressureição se dá noutro sentido, quando abro os olhos e bato de frente com a realidade, nos momentos de respiração profunda.
Desconectado
Depois de alguns dias perdendo o sinal da Internet aqui em casa, no Domingo deu os doces geral e eu simplesmente não conseguia me conectar. A antena Wireless mostrava no cantinho da tela que estava desligada e nem mesmo ligando o laptop direto na conexão não conseguia acessar nada. Bom, ontem de noite o técnico da NET veio aqui em casa, mexeu em tudo que era possível, (fios, modem, reconfigurou o laptop) e conseguiu se conectar me dizendo que o sinal sempre esteve presente, mas que talves por desatenção, eu tivesse apertado acidentalmente o botão que liga/desliga a conexão sem fio e então a geringonça não funcionava. Posso jurar que nada fiz, mas enfim, minha tensão de ficar off me provou a dependência que tenho pelo mundo virtual e aceitei resignado sua opinião.
Implicância e preconceito
Quero fazer uma ressalva aqui no blog: Primeiro dizer que não sou bonzinho e quem me conhece percebe de cara, que tenho minhas implicancias e momentos de mal humor. Alem disto alimento certos preconceitos com bases intuitívas que são os mais dificeis de conceituar, por não existir uma razão especifica ou de facil entendimento que os justifique. É a quela coisa de bater o olho e encontrar algo que não passa credibilidade e confiança, por sentir que tem algo desencaixado e que não ingrena. Dada as circunstancias de uma mera convivencia, bem que tento aceitar inicialmente, mas depois acabo admitindo pra mim mesmo, minhas impossibilidades de aféto e meu preconceito com relação a pessoa.
Tolerância zero
Eu não sei quanto a vocês, mas eu não consigo repentinamente zerar meus sentimentos de irritabilidade quando sou provocado. Eu tenho necessidade de um período maior para digerir as questões e contestações que me são feitas em momentos inopurtunos. Eu preciso de tempo, respirar fundo, contar até dez para me refazer de algumas criticas que me são jogadas na cara! Me veio isto a cabeça, por que hoje assisti um casal que brigava na fila do posto de saúde. Ela falava alto e ao mesmo tempo tapeava o braço do cara, parecendo meio descontrolada. Eu não sei sobre o que exatamente discutiam, mas ele indignado com a atitude da moça tentava se afastar a o mesmo tempo em que ela puxava-o de volta. Num rápido momento ela disse de um jeito irônico: (-Ouve o que eu to te dizendo, não fuja, tu sempre foge! ..) E ele quieto, visivelmente envergonhado e enraivecido com a delicada situação na presença de estranhos, parecia querer sumir dali.
Mais tarde, quando voltei a cruzar por eles, a conversa parecia ter mudado de rumo, ela ainda puxava-o pelo braço, mas pedia desculpas. Falava de voz macia, numa tom quase beirando a meiguice, olhar de quem implora atenção e depois deitava o rosto no peito dele dizendo: (-Olha me desculpe eu não queria falar isto que eu falei, estava nervosa. Tu me ama? Diz que me ama!..) Ele silencioso parecia completamente desconsertado.
As pessoas que estavam na volta, olhavam para os dois, meio assustadas estranhando aquela cena de lavagem de roupa suja em publico.
Mesmo sem saber as razões daquele embaraço, tive uma pequena identificação com a atitude daquele cara, que parecia não conseguir zerar as provocações que recebera. Talvés como eu nesses momentos, ele precisasse de um tempo maior, respirar fundo e contar até dez!
Mais tarde, quando voltei a cruzar por eles, a conversa parecia ter mudado de rumo, ela ainda puxava-o pelo braço, mas pedia desculpas. Falava de voz macia, numa tom quase beirando a meiguice, olhar de quem implora atenção e depois deitava o rosto no peito dele dizendo: (-Olha me desculpe eu não queria falar isto que eu falei, estava nervosa. Tu me ama? Diz que me ama!..) Ele silencioso parecia completamente desconsertado.
As pessoas que estavam na volta, olhavam para os dois, meio assustadas estranhando aquela cena de lavagem de roupa suja em publico.
Mesmo sem saber as razões daquele embaraço, tive uma pequena identificação com a atitude daquele cara, que parecia não conseguir zerar as provocações que recebera. Talvés como eu nesses momentos, ele precisasse de um tempo maior, respirar fundo e contar até dez!
Café pra louco tem açucar?
Café pra louco tem açúcar?... Eu pensei que esta frase criativa daria titulo de blog, quem sabe, de um livro, embora o real sentido dela, somente quem a proferiu tenha uma explicação lógica e (emocional) para dar. Ela foi responsável pelo inicio de uma relação de aféto. Algumas frases ou palavras conseguem adquirir uma profundidade magica, transformadora em nossas vidas. Como se alavancasse emoções subterradas, esquecidas, desatentas e quando ouvidas na hora certa, algo se descristaliza e volta a pulsar, nos sacode, nos remete a o preenchimento instintivo de uma falta que nem mesmo nós sabíamos que tínhamos. Então flores se abrem!..
E voce, lembra de alguma?..
E voce, lembra de alguma?..
Sub mundo?
Hoje recebi muitas mensagens em meu celular, mas uma, apenas uma, me causou expectativas capazes de me pôr de cabeça para baixo, mas em seguido me recompus por acreditar que algumas vezes entramos em mundos imaginários que criamos. Ou seriam sub mundos?... O fato é que eu queria que isto fosse uma verdade e não uma mentira.
Um sinal...
O gato estava lá, pronto pra ser levado. Por que não te encheste de coragem e o colocastes no carro? Acho que ele iria numa boa sem estardalhaços. Não seria um roubo, mas uma adoção. As vezes necessitamos destas atitudes não politicamente corretas, que nos torna meio bandidos e de atitudes impulsivas. Poderia ser um sinal, a possibilidade de abertura dos portões da audácia , da coragem. Amanhã quando te arrependeres, ja será tarde!
Boa noite!
Boa noite!
Vaidades
Ontem uma médica conhecida por seus cabelos multicoloridos, de um hospital de trauma também conhecido de Porto Alegre, veio na minha direção receber um paciente na sala de emergência. Enquanto passávamos o paciente da maca da ambulância para a maca da sala, ela observou:
-Os funcionários do SAMU estão precisando de uma dieta!
Seus colegas que estavam ajudando na transferência do paciente, ficaram mudos e pela troca de olhares, visivelmente envergonhados com a observação da médica. Então meu colega muito humorado e as vezes também indiscreto, comentou sorrindo:
-É, a senhora é bastante magra doutora!
E ela vaidosa e se (sentindo...) completou:
-E olha, (disse mostrando o corpo e fazendo poses) eu estou com duas blusas de manga longa, dois moletons e este blusão que vocês estão vendo. A vantagem do nosso amigo aqui, (disse referindo-se a mim) é que em dias como hoje ele não sente frio!
Depois que eu e meu colega saímos dali, comentamos em segredo sobre a sua indiscrição e que se a pusessem sem roupa e pintassem-na de verde, facilmente seria confundida com um louva- deus.
-Os funcionários do SAMU estão precisando de uma dieta!
Seus colegas que estavam ajudando na transferência do paciente, ficaram mudos e pela troca de olhares, visivelmente envergonhados com a observação da médica. Então meu colega muito humorado e as vezes também indiscreto, comentou sorrindo:
-É, a senhora é bastante magra doutora!
E ela vaidosa e se (sentindo...) completou:
-E olha, (disse mostrando o corpo e fazendo poses) eu estou com duas blusas de manga longa, dois moletons e este blusão que vocês estão vendo. A vantagem do nosso amigo aqui, (disse referindo-se a mim) é que em dias como hoje ele não sente frio!
Depois que eu e meu colega saímos dali, comentamos em segredo sobre a sua indiscrição e que se a pusessem sem roupa e pintassem-na de verde, facilmente seria confundida com um louva- deus.
Antes que o pêndulo pare.
No final da tarde e inicio da noite, tenho dois compromissos, a missa de um mês de morte de uma amiga e o aniversário de outra. Enquanto isto eu fico aqui pensando neste movimento que a vida dá, feito um pêndulo que se movimenta de um ponto ao outro e nem percebemos o leque de coisas que acontecem nesta trajetória. O pêndulo parece nunca parar de oscilar, mas num dado momento ele para e então não temos mais tempo de agregar valores na nossa vida ou dividir vivencias com as pessoas e então nos resta ficarmos surpresos. Ontem, durante as poucas saídas que tive, para prestar atendimentos no plantão, fui obrigado a ouvir o motorista cantar as musicas que sempre canta imitando Pavarotti, os poemas de sua autoria que sempre declama e que ele repete varias vezes sem timidez ou dar trégua a os ouvidos de quem o ouvem. Teve um momento que ele arriscou o que ainda não tinha feito, fingir cantar em inglês. Foi um horror!.. Às vezes nos olhávamos de canto de olho, eu de cara feia, mas não tinha jeito, sua insistência, o impedia de calar a boca se quer por alguns minutos e depois demos muita risada de tudo aquilo que nos parecia tão ridículo. Pensei em como damos pouco valor a estas coisas que parecem tão sem importancia e que valorizamos somente depois que não mais a temos.
Discriminação ao Vivo na Bandeirantes
Por falta de opção assisti durante a tarde de hoje, o finalzinho do programa da Márcia Goldsmith na TV Bandeirantes, onde ela entrevistava o tal de Dr. Rei, apresentador e também um dos protagonista de um reality show exibido nos canais de TV nos Estados Unidos e aqui no Brasil pela Rede TV, com o nome de Dr. Hollywood. O médico contava para a entrevistadora a sua trajetória de vida, desde a infância, casamento, até o seu reconhecimento com cirurgião plastico no mundo das celebridades americanas. Terminado a entrevista de Márcia, iniciou o "Brasil Urgente", jornalismo- informativo e na minha opinião sensacionalista, cujo o apresentador Carlos Datena, iniciou seu programa fazendo um comentário sobre o entrevistado de sua colega, que me deixou pasmo. Foi mais ou menos assim:
Upgrade
Hoje dei inicio a uma serie de decisões que por falta de coragem ficava protelando com inúmeras desculpas. As vezes é necessário olhar pra cima, pra baixo, pros os lados, e em todas as direções, ouvir opiniões, estar atento e permitir-se a indução de caminhos necessários e já decididos. Ficamos por vezes cegos em situações que se embaralham, que se acomodam e que num dado momento precisam de um upgrade.
A quem me deu o braço já agradeci!
A quem me deu o braço já agradeci!
O Caso da rua Airton Senna- 26
Tânia mora na rua Airton Senna-26, tem cinquenta e quatro anos e perece apresentar todas as patologias que um ser humano comum temeria só de pensar em adquirir. Hepatite B e C, HIV positivo, Câncer de Fígado e dois ou três tumores cerebrais inoperáveis. Seu marido, que também é seu cuidador, chama a ambulância a todo o momento para conduzi-la para algum serviço de saúde, alegando que ela esta mal por que geme o tempo todo e caminha pela casa durante a noite caindo sobre o que resta de mobília, sem dar-lhe um minuto se quer de descanso merecido. Além disto, as vezes é agressiva, se urina na roupa e tenta mata-lo em momentos em que esquece que ele é seu marido e que depende unicamente dele pra tudo nesta vida. Ele conta com certo orgulho, que vivem juntos a vinte e três anos e que a cerca de cinco, apareceu todos os tipos de complicações na saúde da esposa. Carrega uma bíblia numa pasta e outra menor no bolso para agarrar-se a Deus na espera de um possível milagre que modifique esta situação. Reclama da ineficiencia dos serviços de saúde e da negligência de médicos que lhe informam do pouco a ser feito no caso de Tânia, um quadro cronico, sem qualquer possibilidade de reversão. A equipe do posto se angustia quando recebem Tânia para consulta. Dizem que ela não tem nada, que os sinais vitais estão normais, que nada aparece nos exames e que o marido quer livrar-se dela acomodando-a por dias numa maca, possibilitando a ele alguns momentos de descanso. O que fazer com este caso da rua Airton Senna-26 que todo o SAMU incansavelmente ja conhece?
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