Hoje

Acordei cedo sentindo uma pequena brisa soprar sobre o meu corpo. Hoje é o dia da viagem e ainda não preparei minha bagagem. Folhas ainda verdes de mangericão estavam espalhadas sobre minha cama e no chão quando levantei. Lembrei-me de tê-las espalhado por todo o quarto antes de dormir. Motivo? Não sei. Mas o aroma que se fez no ambiente possibilitou-me um sono tranquilo e com cheiro de natureza. Voar sempre me desestabiliza até por o pé em terra firme. A voz de Ana Carolina está presa em minha cabeça desde ontem e acho que ficará até eu chegar a noite no Rio:
... Não dá pra ocultar.
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer enxergar e se enxergar em mim
Aqui...

Bangalô


Com alguma frequência passo em frente deste bangalô numa vila de Porto Alegre e fico admirando seus detalhes simples e de bom gosto. Feito todo de material de demolição no pé de um morro, percebo alguns detalhes inacabados. Algo nele, desperta em mim tímidas expectativas futuras. Instiga desejos perdidos mas ainda não amadurecidos. Fico apenas namorando-o enfeitiçado por sua delicadeza.

Férias

As manhãs tem sido calmas por aqui e acordo antes que a claridade me fira os olhos. A brisa entra pela janela da sala, do quarto, na area de serviço. De noite, o ensaio de uma chuva que não acontece, somente ralos pingos que logo desaparecem mas deixam essa pequena brisa até o outro dia que nasce. Existe um silencio neste clima, que acalma e repõe as energias dos dias anteriores quentes e abafados. Tenho planos de viagem que ainda não sairam dos planos. Devo motivar a ação. Iniciou meus raros dias de férias e ainda não sei onde ir, o que fazer...

O maior sorvete do mundo.

Magnólia sente dor, frio, cansaço, sangue escorrendo pela vagina. Músculos que se contraem e as vezes rasgam-lhe o peito em pequenas punhaladas que ferem mas não matam. Olheiras cavadas de quem dorme pouco, mas sonha muito. Acordada tem os olhos fechados. Brinca de cabra-cega ou roleta russa? Tem presságios que geram-lhe preocupação. Largas gargalhadas e ás vezes escasso sorriso. Desventuras, planos feitos, refeitos, desfeitos.
É possível brincar de viver, pular em nuvens, alçar voo?
O que está errado? Mostre-me o caminho possível. Mostre a vida real, a que não inventastes em sonhos.
Flocos brancos e densos cruzam pela janela em direção sul, laçaria um pedaço para te presentear no Natal. Derramaria molho de chocolate transformando-o num grande sorvete, o maior do mundo que eu pudesse te dar.

Lua cheia

Ontem a lua estava magnificamente grande e presa entre dois postes de alta tensão sobre o morro. Tinha uma cor clara sobre o céu ainda dia, que aos poucos foi se modificando para um amarelo forte e alterando sua posição quando caiu a noite. Da janela, Alba e eu ficamos adimirando-a até ela sair completamente do nosso campo de visão.

O baile à fantasias

Quando abri meus olhos eu estava no meio do salão onde sabidamente se daria o baile. A medida em que seus participantes chegavam, com seus trajes exóticos e expressão de alegria, percebi que se tratava de um baile à fantasias. Todos sorriam e falavam em vários idiomas do qual eu conseguia entender com facilidade. Movimentavam-se pelo grande espaço como se deslizassem sobre patins escondidos sob os longos vestidos e capas que arrastavam pelo chão espelhado. Musica, brilho, mistura de aromas me causavam curiosidade e estranheza.
_Isto não é um baile como aparenta ser, mas um encontro de cunho politico!_Disse-me Frida sorrindo e abraçando-me. _Viemos aqui restituir o que nos é de direito. Restabelecer contatos e avaliar intenções!
Olhei-a com surpresa enquanto continuava a falar:
_Minha casa está quase pronta e seus móveis serão de papelão por que tudo deve ser reciclado, inclusive eu. Aos cinquenta, tudo pode se transformar em papelão.
Frida girou elegantemente diante de mim, ensaiando uns passos de dança e então se afastou em direcção da janela alçando voo para o infinito.
Em seguida acordei-me assustado, deitado sobre a cama.

Transito

Os carros corriam frenéticamente pelas ruas da cidade, às vezes davam-me a sensação de que quase voavam. Geringonsas coloridas e de variados tamanhos. 
Todos pareciam ter presa de chegar em algum lugar e resolverem suas urgências. Se apertavam, se cruzavam, se trancavam, quase se batiam. Os condutores tinham caras amarradas, olhares obstinados de personagens de revista em quadrinhos e expressão de "poucos amigos. Heróis da pressa, armados de seus volantes poderosos e com muita pressa de chegarem ao seu destino.

Na paralela da grande avenida.

Tem dias em que eu acordo mais calado, mais observador, mais silencioso que nos outros dias. Atravesso as horas, como se andasse na paralela de uma grande avenida em que tudo acontece e fico ali, observando todos os seus detalhes, numa velocidade menor que o fluxo normal da vida. Indo na direção do encontro, mas nunca chegando ao abraço. Nestes momentos, não sinto tristeza, e nem minha alma ficar vazia. É como se a dinâmica das coisas mudasse, se descompassasse de seu ritmo comum. É algo que ainda não descobri o que é e porque acontece!

Frida

Talvez você seja uma espécie de Frida Kahlo que pinta a própria vida com poesia e cores surpreendentes e eu um ser errante, de caminhos embolados e sem rumo certo. 
Algumas pessoas fazem arte de sua vida e outros apenas apreciam. As vezes penso que faço parte dos que somente apreciam.

A Lenda do Urutau


Gosto de pássaros, particularmente de corujas pelo seu olhar misterioso e sua fama de passaro agorento. Mas um dia andando de carro numa estrada que fazia divisa com uma fazenda, no interior, vi um estranho pássaro pousado num tronco de uma cerca e nunca mais esqueci da sua exótica aparência. Estava quase anoitecendo e só consegui distingui-lo por pura sorte. Era um Urutau, passaro solitario, de hábitos noturnos e que dificilmente se deixa ver. Estava estático naquele tronco, como se fizesse parte dele e mantinha o pescoço esticado para o alto e os olhos fechados. Sua cor mesclada em tons de marrom, preto e cinza, permitia-lhe ser confundido com um tronco velho de arvore e passando quase desapercebido.
Interessado por sua história, fui pesquisar sobre ele. Em algumas regiões ele é conhecido por outro nome- Jurutaui na Amazônia, Ibijouguaçu entre os Tupis e Mãe da Lua para os Mineiros. Não constrói ninhos no periodo após acasalamento, pois deposita seus ovos nos orificuios e cavidades naturais das arvores. Seu grito se faz ouvir após o anoitecer como uma espécie de lamento triste e assustador. Para alguns parece semelhante ao clamoroso lamento de uma mulher, que termina com amortecidos e dramáticos ais.
Entre tantas lendas e mitos sobre o Urutau, selecionei esta, que achei das mais belas para postar aqui no blog:
Conta a lenda que uma bela moça Nheambiú, filha do Tuxaua da nação Guarani, se apaixonou profundamente por um bravo guerreiro Tupi chamado Cuimbaé, que havia sido feito prisioneiro pelos Guaranis. Nheambiú pediu aos seus pais que consentissem no seu casamento com Cuimbaé. Porém, esse e os posteriores pedidos foram terminantemente negados, com a alegação de que Cuimbaé era um Tupi, ou seja, um inimigo mortal dos Guaranis. Não suportando mais o sofrimento, Nheambiú desapareceu da Taba, causando um enorme alvoroço. O velho cacique mobilizou então todos os seus guerreiros para que procurassem, por todo o lado, a sua preciosa filha. Após uma longa busca, a jovem foi encontrada no coração da floresta, paralisada e muda, como uma estátua de pedra. Ao vê-la, o pai sacudiu-a, mas ela não deu nenhum sinal de vida. Então, o seu pai mandou chamar o feiticeiro da tribo, que a examinou dizendo o seguinte ao cacique: - Nheambiú perdeu a fala para sempre; só uma grande dor poderá fazer Nheambiú voltar ao que era. Então começaram por informar a jovem índia de todas as notícias mais tristes possíveis: a morte do seu pai e a de todos os seus amigos. No entanto, nada surtiu efeito. A jovem continuou inabalável e intacta. Então o pajé da tribo aproximou-se e disse: - Cuimbaé acaba de ser morto. Nesse mesmo instante, o corpo da jovem moça estremeceu todo e ela, soltando repetidos lamentos acabando por desaparecer da mata. Todos os que ali se encontravam, cheios de dor, acabaram transformados em árvores secas, enquanto Nheambiú se transformou num Urutau ficando a voar, noite após noite, pelos galhos daquelas árvores amigas, chorando a perda do seu grande amor.

COSME E DAMIÃO

Encontrei Samuel ao acaso, cada um vindo de um extremo da calçada. Vinha em minha direção e olhava-me com os olhos curiosos de quem quer reconhecer, se lembrar talvez, do já quase esquecido. Não nos víamos há muito tempo e ao nos aproximarmos o sorriso foi largo e o abraço demorado dos que tem saudades, dos que compartilharam histórias que não foram esquecidas no porão da memória. Sorriso largo, que sempre teve e vi que não perdeu! Eu cinquenta e ele também, mas ainda mantem o aspecto jovem de garoto de vinte e poucos anos que eu ja perdi. Cabelos longos encachiados até o ombro. Olhar inquieto, audacioso. Sentamos no banco da praça da rua arborizada, rindo e cantando. Cosme e Damião lembrando de dias, em que nos sentíamos mais livres, mais contestadores, mais apaixonados. Pensei na sorte que tive de encontra-lo a o acaso e dividir o carinhoso momento. As vezes a vida não nos dá outra chance como esta.

Revoluções

Antes de partir, Inês voltou a me procurar parecendo mais magra porém menos angustiada. Vive num momento de silencio que acredito ser a recuperação de sua dor.
A dor talvez a torne um ser humano maior do que já é se souber conduzi-la como uma vivencia necessaria, uma provação para sua propria renovação. As vezes inconcientemente provocamos revoluções interiores, reviramos gavetas em busca de nossas respostas, de nossas escolhas. Precisamos revirar para que se possa reorganizar.

PRAZO DE VALIDADE.

Acordei com o clima agradável que a chuva de ontem a noite deixou. Depois destes dias de extremo calor, uma manhã de dezoito grau é raridade pra mim. Lembrei-me de Patrícia que ontem encontrei por acaso. Somos amigos de anos e sempre que a vida oportuniza de nos cruzarmos por ai, o papo rola solto como nos velhos tempos. Almoçamos juntos e tentamos ser breves para driblar o tempo de voltar ao trabalho que nos aguardava. Falou de seus amores, de seus dias vivendo na beira da praia, filhos e alguma de suas perspectivas para este ano. Em algum momento durante nossa conversa ela gargalhou com seu olhar de menina travessa e me disse:
_ Sabe que pensei que estava brocha? Verdade cara, entrei em desespero, quase fiz um colapso nervosos! De repente comecei a ficar desestimulada e não conseguia mais ter tesão, qualquer coisa que eu fizesse não me acendia. Já estava vivendo com a aquele cara há cinco anos e nossa vida sexual sempre foi excelente e de uma hora para outra, não sei oque aconteceu comigo. Tentamos ser criativos, inovar, sei lá, mas nada dava certo. Conversei com algumas amigas que me disseram que com elas também acontecera a mesma coisa. Uma delas inclusive me disse que nunca mais conseguiu retomar seu desejo sexual pelo marido. Pensei comigo que eu estava acabada, que não conseguiria segurar uma relação assim, fria e sem sexo. Um dia resolvi ter uma conversa com ele e após um período de resistência da parte dele, chegamos ao consenso de que deveríamos seguir nossos caminhos, nos liberar para outras oportunidades, procurar estabelecer novos sentimentos em nossas vidas com outras pessoas, pois minha falta de tesão já se estendia por mais de um ano e estava sendo difícil pra mim conviver com esta culpa de ter perdido meu referencial. Ele então concordou e dai foram mais alguns longos meses na minha vida, de solidão, inapetência sexual e dúvidas, muitas dúvidas. Eu decididamente estava acabada, pois nem mesmo sonhos eróticos conseguia ter! Resolvi então preencher minha vida, criar novas rotinas como caminhar pela beira da praia todos os dias e com isto consegui conhecer pessoas, me relacionar, fazer novos amigos. Em especial comecei a conversar com um homem que diariamente ficava na beira da praia pescando. Era viúvo e andava com uma bengala pois se restabelecia de um acidente que sofrera há algum tempo. Passávamos horas ali, conversando sobre a vida, filhos, relacionamentos, mar, sobre tudo. Nossa amizade antes constituída de curiosidades e novidades para passar o tempo, passou a reforçar-se por laços prazerosos de uma intimidade intelectual e até mesmo espiritual, como acontece com grandes amigos. Era como se a praia não fosse a mesma se eu não o encontrasse por ali, naquele cantinho que sempre ficava. Um dia resolvemos programar um jantar. Eu experimentaria uma receita nova de peixe, que me comprometera de fazer e ele providenciaria o vinho da sua escolha. Foi tudo perfeito, o vinho, o peixe e o beijo que rolou inexplicavelmente depois do jantar. O resto tu podes imaginar!.. Sabe, eu hoje fico pensando o quando era bom fazer sexo com o meu ex. Era tudo perfeito, enquanto podíamos fazer amor, mas com este cara existe algo inexplicavel como fazer amor com os olhos, com a expressão do rosto, sem malabarismos, tu consegues entender oque eu estou dizendo?
Bom meu amigo, não sei não, mas depois de tudo isto eu cheguei a conclusão de que sexo, relacionamentos e principalmente casamento, tem prazo de validade. O que tu me diz de tudo isto?

BANHO DE CHUVA

Da janela senti a mudança dos ventos e os primeiros pingos de chuva a me molhar o braço. Escuridão na rua, agitação das árvores, poças se formando nas calçadas. Terei coragem de me arriscar na escuridão da noite por um banho de chuva? - pensei excitado com a ideia.
Azar! Não perderia esta chuva nem por todos os assaltos e violências do mundo!..
Chinelos na mão, bermuda leve, banho gelado. Voltei pra casa cansado, molhado, realizado, renovado!

Oque está brotando?

Algo em mim quer descobrir a natureza dos ventos, as sombras das árvores nas ruelas estreitas e sem nome. O movimento das nuvens, seus traços e diferentes volumes.
Vejo-me namorar com pássaros, escutar com calma o ruído do trem nos trilhos de ferro na cidade distante. Algo em mim está brotando em silencio, chamando minha atenção para coisas que antes me eram menores, distinguindo cores, percebendo aromas.
Algo em mim está me empurrando à buscar não somente a lógica e a simplicidade do que parece ser tão comum em meus dias!

Atitudes animadoras

Disseram-me que o carro saiu de sua pista, ultrapassou a contra-mão, vindo colidir de frente com outro veiculo estacionado sobre a calçada. Informaram-me também que o motorista havia desmaiado enquanto dirigia. Quando cheguei até o local do acidente, encontrei-o na calçada, sentado em uma cadeira de praia com o rosto ensanguentado, lucido, consciente do que lhe acontecera e amparado por familiares preocupados. Antes, não se lembrava, pois só acordou no momento em que batera o rosto contra o parabrisa do carro. Dentro da ambulancia, enquanto examinava-o e pedia-lhe informações pessoais para o preenchimento do protocólo de atendimento, segurou minha mão e perguntou meu nome, sorria sereno enquanto agradecia pelo atendimento que considerou competente e humanizado. Disse-me que não esqueceria meu nome e a forma como foi tratado. No hospital onde o levei para o atendimento final, antes de ir-me embora, chamou-me pelo nome e apertou minha mão agradecendo-me novamente. Quando voltei para casa, fiquei pensando nas palavras daquele homem que em alguns momentos me pareciam de certa forma exageradas de afeto e reconhecimento. Afinal, tudo me parecia incomum, não havia feito nada além daquilo que faço com os outros pacientes que atendo vitimados em acidentes. Lembrei-me inclusive que muitos nem olhavam para mim e quanto mais agradeciam, talves envolvidos em sua dor. Por outro lado pensei tambem que algumas vezes ligamos nosso piloto automatico e funcionamos no escuro, guiados somente pela engrenagem de nossas responsabilidades e deveres, sem perceber e darmo-nos conta de nossos atos, atitudes e posturas que se situam com dedicação ao trabalho e respeito diante de seres humanos como este. Enfim, considerei animador o seu reconhecimento e sua humildade para expor seus sentimentos e sua sensibilidade num momento dificil de sua vida.

PETRÓPOLIS A CIDADE IMPERIAL.


Um dos lugares que mais  me causou prazer em conhecer em 2005 quando estive no Rio de Janeiro, foi Petrópolis, na Serra do Mar, também chamada de Serra Verde Imperial.
Petrópolis fica à 14 Km de Xerém, onde eu estava hospedado e a 65 km do Rio de Janeiro, mais ou menos um hora de viagem, vindo do Rio pela BR-040 contemplando em certa altura, a bela paisagem serrana. A estrada mesmo bem asfaltada é sinuosa  e possui alguns túneis construídos nos paredões de pedra.


O clima é ameno e o comercio turístico é tão atuante e movimentado quanto na nossa serra gaúcha, fazendo encher de atividades os  turistas que a visitam. Petrópolis não lembra Gramado ou Canela, pois as construções são mais suntuosas pelo seu passado imperial, mas desperta aquela mesmo sentimento de paz e aconchego que as regiões serranas produzem, comprar souvenires, saborear comidas típicas, descansar na sombras das árvores e admirar as antigas construções no centro histórico da cidade. Petrópolis possui um conjunto arquitetônico rico, do qual o símbolo mais conhecido é o Palácio Imperial, atualmente Museu Imperial- (antigo residência de verão de D.Pedro II),  construído numa avenida ladeada de casarões e palacetes do século passado. Em seu interior são expostos ao público, moveis e utensílios da época imperial.


Outras construções a serem admiradas são a Catedral de São Pedro de Alcântara e a fachada da Universidade Católica próximas a Praça Ruy Barbosa.  
Ainda no mesmo circuito histórico, pode-se visitar a charmosa casa de verão de Santos Dumont chamada de Encantada. 
Encantada, que faz jus a o nome dado, fica localizada numa rua ingrime de nome -  Rua do Encanto, 22 e que apresenta em seu interior algumas peculiaridades como; um chuveiro aquecido á álcool, a escada externa de acesso ao seu interior, onde  só se pode subir com a perna  direita e um observatório no terceiro pavimento. Na construção do chalé, de três andares, não foram utilizados divisórias entre os cômodos. 
Visitação: De terça a domingo de 9 h às 17 h 30 (bilheteria até as 17 h). Visita guiada.Ingresso: R$5,00 - Crianças de 7 anos, estudantes e maiores de 60 anos a 64 anos: R$2,50. Crianças até 6 anos e maiores de 65 anos: acesso livre.



O Palácio de Cristal:  Por iniciativa da Princesa Isabel e do Conde D’Eu, foi construído na França em estrutura pré-moldada de ferro fundido e inaugurado em 1884 para abrigar exposições de produtos agrícolas e hortícolas. Hoje é usado para exposições e apresentações musicais e teatrais, localizado na Rua Alfredo Pachá s/nº. Durante a noite com as luzes internas ligadas, chama a atenção de  qualquer pessoa que passa, atraídos por sua beleza.




O Palácio Amarelo; Foi residência do Conselheiro Carlos Mayrink e do Barão de Guaraciaba. Em 1894, foi adquirido pela municipalidade. Sede da Câmara Municipal de Petrópolis.
Localizado na Praça Visconde de Mauá, 89. Sua visitação é aceita apenas na parte externa.


A Catedral de São Pedro de Alcântara ou Catedral de Petropolis: foi construída em estilo neogótica em 1884 e  terminada em 1925. Em seu interior estão sepultados D.Pedro II e D. Tereza Cristina, alem da Princesa Isabel e o Conde D'Eu.

Passeio de Charrete: O mais charmoso city tour da serra fluminense começa em frente ao Museu Imperial. As charretes, réplicas de carruagens vitorianas do século 19, percorrem as alamedas centrais, cheias de construções históricas. Há passeios de 30 minutos sem paradas (R$ 40 para até 5 pessoas) e de 45 minutos com visita rápida às atrações (R$ 50). Horário: Das 8;00h às 17:00 h


Petrópolis nasceu do desejo de Dom Pedro I construir um palácio de verão não somente para se refrescar do calor tropical do Rio de Janeiro, mas também para receber visitantes europeus, pouco acostumados às altas temperaturas.
Com sua abdicação ao trono em 1831  não chegou a realizar seu sonho, que foi, entretanto, concretizado por seu filho, D. Pedro II, que ali construiu seu Palácio Imperial (hoje museu imperial de Petrópolis).
Se a beleza da cidade não for suficiente as exigências do turista, o que eu duvido, ainda poderá usufruir da magnifica flora e  fauna serrana como um presente raro.  Até o próximo passeio!


A Armadilha

Uma vez minha avó trouxe para eu ver, um camundongo preso a uma ratoeira. Seu corpo cinza estava esmagado, pois a aste de metal o atingira bem no meio de seu corpo, dando a impressão de estar dividido em dois. Enquanto estava preso pela armadilha, emitia um som fininho que parecia ser de desespero e dor. Lembro-me de estremecer, de ficar tentado a passar meu dedo sobre sua cabeça afim de lhe aliviar a dor e também minha angustia. Minha avó percebendo minha intenção, olhou-me com ar de aprovação e incentivo, então medrosamente passei meu dedo sobre a cabeça do rato que mordeu-me ferozmente. Não conseguia entender o por que tinha me mordido. Assustado e com dor corri para o banheiro com o choro preso na garganta e por lá fiquei até passar minha dor, minha angustia e meu pavor pela morte violenta do bicho. Eu devia ter uns nove anos de idade e nunca desapareceu a sensação de que eu e rato caímos numa armadilha.

PRÓXIMO DO CÉU E DO ABISMO.


Enquanto folhava uma revista de turismo, algumas fotografias me fizeram lembrar da visita que fiz, há algum tempo atrás, com uma amiga e sua namorada a o Aparados da Serra. Nos acomodamos em Cambará do Sul na casa de outra amiga e durante o dia fazíamos passeios pelas redondezas como Jaquirana, Passo da Ilha, Cachoeira dos Venâncio, o cânion Fortaleza e do Itaimbézinho, acompanhados por ela que hoje, trabalha como guia do local . O Cânion do Itaimbézinho é o mais famoso do parque e também um dos maiores do Brasil. Sua extensão chega a 5.800 metros e sua largura máxima alcança os 2000 metros. As paredes rochosas têm uma altura máxima de 720 metros e são cobertas por uma vegetação baixa e pinheiros nativos. Para quem nunca esteve à beira de um cânion, a sensação é realmente indescritível. Algo como se você estivesse perto de Deus. São formações rochosas de pelo menos 130 milhões de anos, que parecem ter sido "aparadas" de maneira minuciosa. O nome Itaimbézinho vem do Tupi Guarani, onde Ita significa pedra e Ai'be, afiada. Estando por lá, pode-se fazer algumas caminhadas por trilhas acompanhado por guias. Minha amiga contou que algumas vezes tropas de cavalos se perderam ou fugiram das fazendas e caíram dentro dos abismos. Ao contrario do que se pensa, os Aparados da Serra não é um lugar que se poderia classificar somente como belo e solitário, pois apresenta além de muita beleza diversas atividades a se fazer como:
Trilha do Vértice
A Cascata das Andorinhas, formada por um grande volume d’água que corre pelo Rio Perdiz cai de uma altura de 700 metros, em direção ao fundo do cânion, mas acaba transformando-se em névoa antes de atingi-lo. Da trilha pode se avistar a bela Cascata das Andorinhas e da Cascata Véu de Noiva formada pelo arroio Preá . Tão impressionante quanto as cascatas, é a sensação de caminhar na borda do cânion.
A trilha começa no Centro de Visitantes, leva em torno de 1 h, percorre-se 1,4 km pelas bordas do cânion.


A trilha do Cotovelo:
Mirante com vista imperdível dos paredões do Cânion Itaimbézinho. Caminhada fácil por estrada até um mirante natural com uma visão geral do Cânion, percurso de 6,3 quilômetros que leva em torno de 3 horas.

Trilha do Rio do Boi:
Para aqueles que gostam de atividades mais radicais e brincar de Rambo, esta trilha é a mais indicada. Caminha-se por dentro dos paredões de 700 metros formados pelo Cânion Itaimbézinho, (dentro do abismo), seguindo o leito do Rio do Boi. São 8 km de ida e volta) que são percorridos em 7 horas. Trilha longa e cansativa, com muitas pedras e diversas travessias do rio do Boi (dependendo do nível do rio a água pode estar acima do joelho), com ótimas piscinas para um banho gelado. Importante lembrar: Faça a trilha de manhã e leve somente o essencial (lanche, água, capa de chuva). Chega-se de carro até o inicio da trilha que fica junto à guarita do Rio do Boi/Ibama, (7 km de Praia Grande). É necessário o acompanhamento de guia que se contrata em Praia Grande.
Outras atrações próximas ao parque Nacional dos Aparados da Serra, são:

Passo da Ilha:
É um belo lajeado de 100 metros de largura formado pelo Rio Tainhas. As diversas corredeiras se dividem e formam uma pequena ilha. O local é procurado para Camping (possui cantina, banheiros, água e luz). É possível atravessar o lajeado de carro, quando o rio está em seu nível normal. Fica a 32 km de Cambará do Sul na divisa com o município de São Francisco de Paula. Oferece Camping R$ 5,00 com banheiros e churrasqueiras. Bastante movimentado no verão, Carnaval e feriados.

Cachoeira dos Venâncio:
Saindo de Cambará do Sul, percorre-se 8 km até a entrada para Jaquirana. Dali, são mais 13 km até a Fazenda Cachoeira, (no lado direito da estrada), onde fica a Cascata dos Venâncios, (antes de chegar a Fazenda Cachoeira tem uma placa mostrando a esquerda... mas é de uma Pousada).
O local ainda é pouco frequentado, o que o torna ainda mais atraente. São 4 km de caminhada fácil até o rio Camisas, uma ótima opção para banho.
Acesso de carro razoável. Ingresso: R$ 3,00 e Camping R$ 5,00 (não tem estrutura).

Garantias

Eu vivo dizendo para você e também para as outras pessoas a necessidade de se viver intensamente o (PRESENTE), mas você, em particular, não me ouve, não parece estar (PRESENTE). Tem preocupações exacerbadas sobre o (FUTURO). Tem pressa e medo da ampulheta do tempo, de não conquistar tudo aquilo que um dia sonhou no (PASSADO), que seus ideais de (FUTURO) lhe escapem das mãos. Então eu te pergunto: Que garantia temos, de que o futuro será conforme planejamos? E que garantias a vida nos dá, a não ser a certeza de que nascemos (PASSADO), vivemos (PRESENTE) e um dia, morreremos (FUTURO). Alem disto, não temos garantias de nada.

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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...