COISAS ABSURDAS QUE OUVIMOS POR AI

O que você acha de ficar ouvindo alguém do seu lado dizendo, que a grande culpada pela inserção dos jovens no mundo das drogas é a falta de estrutura familiar e que esta desestruturação só aconteceu, quando as mulheres foram aceitas no mercado de trabalho como competidoras dos homens, deixando os filhos a merce de bandidos que os jogam na marginalização.
Que as mulheres não nasceram para competir no mercado de trabalho com os homens e sim educar os filhos. Que as mulheres foram enganadas com promessas de igualdade com os homens, quando na verdade foram transformadas em escravas brancas para o mercado econômico.
Que o grande mérito da mulher é conceber e educar seus filhos.
Minha nossa, eu fico pensando em como existem pessoas equivocadas e por demais simplistas, no entendimento dos mecanismos que ordenam os problemas sociais como um todo e a resposta comportamental de cada individual a tudo isto (depressão, drogadição, violência, etc..). Será que toda esta fala é por inocência mesmo, ou é falta de uma informação mais ampla?
Acontece que essas pessoas cujo a fala alta, revelam seus pensamentos e se sentem diferenciadas por acreditarem estar no caminho da verdade, são as mesmas que creem que a bíblia, o alcorão sejam livros de revelações e que tem a resposta para todas as suas duvidas e problemas do mundo. Ora, o mundo é tão duvidoso quanto a certeza dos fundamentalistas, dos crentes, dos ateus.

POR QUE DEIXO A TAMPA DO VASO SANITÁRIO ABERTA.

Eu não sei exatamente quando e porque mudei alguns hábitos na minha vida. Eles foram simplesmente acontecendo... Mas quando falo desta mudança, estou me referindo a coisas bem simples do cotidiano, que fazia e não faço mais e que me gerava um grande stress quando deixava de fazer, como: Minha compulsão por limpeza e por organização.
Fui daqueles fanáticos por dobrar milimetricamente camisetas dentro das gavetas e ainda padronizar por ordem de cores, simplesmente por fazer bem ao meu ego.
Louças, copos e panelas amontoadas em cima da pia, por exemplo, me fazia perder o sono e levantar na madrugada para deixar tudo lavado, enxugado e guardado na devida ordem, o que hoje me parece tão relevante e desnecessário.
Outras particularidades em mim, também mudaram. Meu semblante serio se tornou mais sereno, menos agressivo. Minha falta de paciência que gerava pequenas explosões internas de ódio, deram lugar a um despretensioso erguer de ombros e sair a passos.
Alguma mudança ocorreu, para que eu abrisse mão de um velho perfil  e reinventasse um outro, que não se sente culpado de apertar o tubo de creme dental no meio, que não se preocupa com pequenas bagunças, poeira nos moveis e nem com a tampa do vaso sanitário aberto. 
Alias, manter a tampa do vaso aberto, me soa como um premio, por estar ocupando um espaço próprio que eu crio as regras. Preciso vê-lo aberto para sentir que ainda estou no comando da minha vida e longe de insatisfações alheias.

SER GAY VIROU MODA?

Ontem uma amiga ao visitar-me durante a tarde para um café, me disse enquanto conversávamos, o quanto ela está surpresa com a quantidade de mulheres que estão saindo do armário, assumindo assim a sua sexualidade antes mantida em segredo ou pelo menos disfarçada.
Eu particularmente acho que os homens estão saindo do armário em maior numero do que as mulheres, mas isto é somente uma impressão minha, pois não tenho dados estatísticos sobre isto. Alias minha amiga disse uma frase, que eu tenho ouvido durante semanas: _Ser gay parece ter virado moda!
O que eu descordo em "gênero" e "numero".
Assumir a homossexualidade, ainda é nos dias de hoje, uma tarefa difícil por envolver todos os perrengues da aceitação da sociedade, mas como ser gay, não é uma opção e sim uma condição, está descartada esta possibilidade que me parece uma banalização da atitude das pessoas, que antes se escondiam por medo e hoje estão podendo se libertar.
Se ser gay virou moda, possivelmente será uma moda que permanecerá por muitas e muitas estações, aderindo cada vez mais seguidores pelo resto da vida, até se transformar em algo absolutamente comum entre as pessoas.
Outra coisa absurda que ouço das pessoas e a preocupação de que cada vez mais assistirão casais gays em shoppings, supermercados, restaurantes, vias publicas, de beijos e caricias calorosas desrespeitando as famílias. Isto com certeza não irá acontecer, da mesma forma que não acontece com casais héteros, por que existe locais apropriados para pegações como motéis, saunas, boates especificas tanto para héteros, quanto para gays e gente desrespeitosa independe da orientação sexual.

PRECONCEITO COM SURDEZ BURRA.

Um conhecido falou-me esta semana, que não suporta mais chegar em shoppings ou paradas de ônibus e dar de cara com gays abraçados ou de mãos dadas, chamando a atenção das pessoas a volta como se fosse a coisa mais natural da face da terra.
É claro que eu não me aguentei e disse pra ele, que essas atitudes só não são AINDA naturais aos olhos das pessoas, por que são isoladas e perpetradas por poucas pessoas de muita coragem e que qualquer atitude só passa a ser normal, quando são vistas com uma maior frequência, tornando-se um fato comum do cotidiano. A exemplo disto, é a miséria vista nas calçadas das cidades e que são percebidas como um fato corriqueiro. 
A visão machista é capaz de ver duas meninas de mãos dadas na rua e serem aceitas como uma simples amizade, mesmo não sendo, o que não acontece com  dois garotos.
Não há nada mais chato do que ter que ficar explicando para os outros o que parece tão óbvio, principalmente quando esses outros, não estão nem um pouco interessados em entender. Ou pior: sofrem de um bloqueio chamado preconceito, acompanhado de outro mal que acomete muita gente: A surdez burra. Aí, não tem jeito. Jamais vão entender mesmo.

A GRANDE DAMA DO JAZZ.

Se fosse viva, Billie Holiday estaria completando hoje, nesta Terça Feira 7 de Abril, 100 anos de idade. Incontestavelmente uma das maiores vozes do jazz, serviu de influencia a muitas outras cantoras que surgiram depois como: Janis Joplin, Nina Simone, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Maysa e Amy Winehouse.
Billie foi uma das mais comoventes cantoras de jazz de sua época. Com uma voz afinada, etérea, sensual e levemente rouca, seduziu críticos e amantes do jazz expressando através da voz incrível profundidade e emoção.
É importante salientar que Billie não era só sofisticada musicalmente, mas mudou a maneira como o vocalista era visto em cima do palco. Quando cantava, era quase uma experiência hipnótica, a plateia entrava em total silêncio.
Mesmo depois de ter seu talento reconhecido pelo publico, gravadoras e casas de shows, ela ainda sofria discriminação racial e era obrigada a usar elevadores de serviço e entrar em seus shows pelas portas dos fundos, o que a motivou a cantar e a gravar um dos seus maiores sucessos: Strange Fruit.
A grande dama do jazz, morreu de cirrose no Hospital Metropolitano, em Nova York, dia 17 de julho de 1959, numa sexta-feira, na cama em que havia sido presa pouco mais de um mês antes, por posse ilegal de narcóticos. Mais detalhes sobre sua vida e obra, AQUI

HOMOFOBIA CORDIAL.


Os perrengues da vida vai nos deixando cada vez mais críticos com a gente mesmo e com quem nos relacionamos. Eu já fui algumas vezes discriminado por ser negro, o que não posso mudar, por às vezes estar bem acima do peso e na semana passada ouvi de um amigo (heterossexual), que uma amiga nossa lhe pediu em off, para não me levar na sua casa, enquanto ela está namorando um cara que luta "muay thai" e que por coincidência é também homofóbico.
Uauuu, eu fiquei tão ofendido em saber disto, que nem consegui pregar os olhos de noite. Por sinal, estou até agora de olhos bem abertos e seco, pensando em me jogar do mais alto viaduto da cidade, se possível quando eles estivessem passando por baixo.
Convivemos num mundo cada vez mais cínico, onde as pessoas são coniventes com outras ideias absurdas, retrogradas, discriminatórias, achando que estão protegendo a sua relação (amorosa, social, sei lá). Temos uma visão errada de que a homofobia e a agressão são apenas aquelas que matam, espancam e levam a hospitais. Porém precisamos combater a homofobia cordial, aquela que não parece homofobia, que geralmente vem acompanhada de pequenas desculpas, com falsas intenções de proteção e cordialidade, bom humor e risadinhas no final. Quer saber? Vão tomar no cu.

SEM NOÇÃO DE HISTORIA É MAIS LEVE DO QUE SIMPLESMENTE SEM NOÇÃO.

Muita gente ficou irritada comigo e possivelmente com outras pessoas que postaram em seus blogs e redes sociais como Facebook, esta charge que acusa os defensores da intervenção militar no país, de os sem noção.


Então eu achei uma outra charge, cuja a intensão é a mesma, criticar, porem com palavras menos ofensivas. Afinal dizer que alguém não é  um bom conhecedor de história é menos ofensivo do que chama-lo de sem noção, não é mesmo?


PRA ONDE FORAM TODOS


Ontem Sexta Feira Santa, percebi que a cidade estava praticamente vazia. Para onde teria ido todo o mundo que cabe na cidade, com seus automóveis ruidosos e algumas bicicletas? 
Somente depois de passar pelo desértico túnel da Conceição, seguir pela Avenida Mauá, que esconde atrás do muro o que um dia foi porto, até a Avenida João Goularte, é que contabilizei a grande movimentação de veículos e de pessoas na beira do rio. Muitos ali sentados em família, apreciavam a serenidade das águas que somente se agitavam na passagem de algumas lanchas e jet skis.


Ja faz alguns anos que a população da cidade, se interessa por este ponto central marcado pela usina e sua torre, que se interagem com a natureza, com a exuberante beleza do rio e o espetáculo do Pôr de Sol aos finais de tarde.
No entorno desta paisagem, diversas barracas vendem lanches, bebidas e artesanatos, aos visitantes que estacionam seus carros na beira da orla ainda degradada e que espera pela revitalização de um espaço mais amplo e funcional.
Ainda neste final de tarde, alem do Pôr de Sol, a natureza surpreendeu a todos os porto alegrenses, com o surgimento exuberante da lua, sobre os edifícios que demarcam o outro lado da cidade.


DOCUMENTARIO SOBRE AMY WINEHOUSE

Foto: reprodução/Vanity Fair

Assista ao primeiro teaser de um documentário produzido por James Gay-Rees e dirigido por Asif Kapadia, sobre Amy Winehouse chamado 'Amy', que faz algumas montagens com citações e imagens inéditas da cantora.
"Eu não acho que eu vou estar em tudo famosa. Eu não acho que eu poderia lidar com isso, eu ficaria louca." 
O documentário Amy, será lançado no Reino Unido e cinemas irlandeses em julho. Nenhuma informação ainda sobre um futuro lançamento nos Estados Unidos e muito menos aqui no Brasil.

SEGREGAÇÃO RACIAL AMERICANA.


Enquanto conversávamos sobre racismo, meu viZinho comentou sobre uma fotografia que ele viu numa revista qualquer e que o deixou impressionado com a vergonhosa força do racismo em algumas cidades norte americanas, onde em alguns estabelecimentos comerciais, haviam grotescamente locais diferenciados para os clientes beberem água de acordo com a cor de pele.
Por coincidência vi a foto a que ele se referia, numa postagem sobre o racismo, e também discriminação contra gays,  no blog Muque de Peão de autoria do Luciano.
Eu particularmente acho que este tipo de assunto, que envolve discriminação de qualquer natureza, deve ser, combatido, debatido, publicado em revistas, jornais, blogs e qualquer outro veiculo insistentemente, até que se crie uma conscientização e novas posturas diante dessas atitudes segregadoras, que envergonham o mundo e o impede de crescer.

teatro apenas para pessoas de cor

O debate sobre discriminação racial nos Estados Unidos se acirrou, desde a absolvição de George Zimmerman, o hispânico que matou o adolescente negro Trayvon Martin. Ele, que era segurança comunitário, perseguiu o garoto que voltava para a casa do pai na periferia de Sanford e após uma disputa corporal, disparou contra sua cabeça. Martin morreu na hora.
Na época do veredicto, o presidente Barack Obama pediu a seus compatriotas que fizessem um "exame de consciência" com relação a seus próprios preconceitos. A teoria que impera na opinião pública norte-americana é de que, se Martin não fosse negro, seu algoz não o teria considerado "suspeito".

QUE LOUCURA.



Fui internado ontem Na cabine 103
Do hospício do Engenho de Dentro
Só comigo tinham dez

Estou doente do peito Eu tô doente do coração
A minha cama já virou leito
Disseram que eu perdi a razão

Tô maluco da ideia
Guiando o carro na contramão
Saí do palco e fui pra platéia
Saí da sala e fui pro porão

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...