Ano passado eu morri, mas este ano eu não morro.

Belchior tem razão, e eu me curvo diante desta sua composição, pois depois do texto anterior, que postei aqui no blog, bateram em minha porta nesta manhã e daí que foi a grande surpresa desta quinta-feira ensolarada: Alguém que eu acreditava não mais ver e que já fazia parte de um pagina virada, simplesmente reapareceu para plantar girassóis em nome de uma grande amizade.

Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte, 
porque apesar de muito moço, 
me sinto são e salvo e forte.
E tenho comigo pensado, deus é brasileiro e anda do meu lado.
E assim já não posso sofrer no ano passado.
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro.
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro...
Belchior.

Eles passarão, eu passarim.

Estou com duas dores fortes, a que passa com analgésicos e anti-inflamatórios e a que passa com ligações telefônicas de hora em hora, de minuto em minuto, até eu me curar desta ausência e desta dor. 
Contagem regressiva: falta cinco dias para eu me afastar daqui, será que carregarei estas dores comigo, na viagem? A  vida tem ciclos agudos e isto com certeza passará né Mario?.. Alguém ai tem alguma receita para me dar?
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
Mario Quintana.

O que eu procuro, o mapa da mina?

Por que me sentir assim tão irritado, se estou feliz, se sou feliz e tudo pode ainda melhorar? Acontece que eu faço certas exigências que me parecem possíveis de serem cumpridas, atendidas, quando se gosta, quando se assume caminhar de mãos dadas para um objetivo. Pode ser que eu seja exigente em demasia, pode ser que eu seja complicado e inseguro, pode ser que eu tenha pressa, pode ser que eu seja bipolar, pode ser tanta coisa..., mas sinto falta do dinamismo afetivo, da cumplicidade e do dialogo necessário na hora e fora da hora.
Nossa a quanto tempo eu ando atrás destas coisas que pra mim perecem tão simples, necessárias e não se cumprem.
Quero mais do que simples monólogos, frases poéticas com pouca atitude, que escorra lágrimas na hora do gozo, que dividam os sentimentos mais divinos e torpes, isto é possível? pra  mim é. Acho que existe em mim uma carência maior que se polariza nesta área, preciso descobrir o mapa da mina.

Eu sou o Xis?

 
Eu não pensei, que agora por esses dias, iria sentir esta sensação de abandono, de isolamento, de estar sendo esquecido, deixado de lado, quando a comunicação não funciona,  por que as ligações não se completam e eu não tenho noticias. Tô sendo egoísta, né, eu sei...
Acontece que eu sou meio paranoico, é isto, abusivamente sofrível com estes estanques geradas por situações comuns. Será que é isto?..É isto... Esta sensação de que alguma coisa conspira contra e que o inimigo esta invisível na espreita e se aproveitando do que parece ser normal, aceitável... Eu sou o Xis?

A historia de Saulo.

Em pleno século 21, a era da transformação como eu costumo dizer, a gente abre o jornal e se depara com noticias de todo o tipo. Algumas boas e outras tão ruins, que parecem inacreditáveis. Tá certo que a maioria são ruins, mas não podemos negar que o mundo tem passado por uma transição onde varais facções sociais tem lutado por seus direitos e recebendo respostas as vezes lentas mas positivas. Hoje lendo num jornal Online chamado A Capa, me bateu um tristeza a o saber do suicídio de um jovem de 23 anos, chamado Saulo de Assis Lima, que se jogou do alto de uma torre de telefonia do bairro Liberdade, na cidade de Porto Velho.
O jovem ficou por cerca de nove horas no alto da torre ameaçando se jogar e durante o resgate realizado pelos bombeiros, ele desvencilhou-se de um dos bombeiros que tentava salva-lo e se atirou da torre de 70 metros tendo morte imediata. Saulo era gay e HIV positivo, cuja a família evangélica, por não aceitar sua orientação sexual, expulsou-o de casa.
O que eu pergunto é se nos dias de hoje é possível uma família assumir uma atitude dessas...Como é possível perder um filho desta forma, por preconceito?

Segunda Sessão de tatuamento.

Ontem foi a segunda sessão de tatuamento em minhas costas, feito por meu filho, que agora é tatuador e esta se encarregando disto. Neste segundo momento, foi feito o preenchimento com cores, um coração vermelho que ainda precisa ter a aparência de estar pulsando e em volta deste coração, um galhardete verde contendo o seu nome escrito. Acho que este coração ainda deveria ter duas asas coloridas para completar sua beleza e reportar a ideia de que o amor deve possuir acima de tudo liberdade. Vou passar pra ele esta intenção, mesmo eu não suportando as espetadas das agulhas, que parecem uma tortura.
 Primeira sessão/ contornos.
Segunda sessão/ Preenchimento.

Cyrille Aimée, era do que eu estava precisando.


As vezes eu não sei o que está acontecendo, do que eu estou precisando, mas sei que algo está me fazendo falta para que eu me sinta melhor, mais ajustado, mais equilibrado com o meio em que vivo e também minhas pequenas angustias que aparecem. 
Dia cansativo hoje, uma taça de vinho vagabundo talvez me faça o bem necessário, é só o que eu posso conseguir no boteco mais próximo.
Estou ouvindo agora, neste instante, Cyrille Aimée, que já ouvi falar e descobri por acaso, num site aqui na Internet e está me fazendo viajar por caminhos sensíveis da salvação. A moça de origem francesa é bonita, de voz lindamente aveludada e canta um jazz espetacularmente.

Notícias de Maio.

Estou aguardando as noticias de Maio que sempre surgem a galope sobre o dorso do corcel negro; aquele mesmo dos meus sonhos, que a vida faz se repetir para que não caiam no meu esquecimento. As noticias surgem antecipadamente quando estou de olhos abertos, para que eu prepare o meu espírito, as minhas emoções mais primarias. Surgem assim, de forma magica como um aviso ou um sinal que às vezes não desvendo.
Este Domingo já nasceu com Sol descortinando beleza para se caminhar na beira do Guaíba entre as pessoas, abraçar árvores, contar segredos, matar saudades. Falta dez dias para eu atravessar o oceano e depois voltar com novas historias que ainda não vivi. As notícias de Maio sempre veem antes.

Sem planos.

Amanhã terei a chance de vê-lo de novo e eu estou cheio de ansiedade e expectativas, irritado pelos vários dias de espera, tenso por que eu queria tê-lo mais do meu lado e não só por mensagens no celular, por que fiz planos que ruíram com sua partida urgente e não tive tempo de organizar outros para a sua chegada.

Desta agua nunca beberei.

Eu tinha me esquecido que Deus castiga quando a gente diz que desta agua não beberei, que nunca farei isto ou aquilo, que nada nesta vida é eterno, que o pra sempre, sempre acaba e que nossas convicções, são passiveis de mudanças.
Ah, eu estou falando é da tatuagem feita nas minhas costa, por meu filho, que eu estava certo de que nunca a faria. Agora falta o preenchimento com as pigmentações que possivelmente são mais demoradas e doloridas.

SOU UM CARA DE PAU!

Eu faço coisas que até eu mesmo me surpreendo, apesar de ter uma certa timidez disfarçada por traços de expansividade e estar sempre bem a vontade. Será que eu tô conseguindo ser claro? Bom, não importa, a verdade que pedi para ser amigo do Gilberto Ataíde no Facebook, que é produtor de eventos ligado ao samba, já que sou apaixonado por este borogodó de percussão e quero ficar sempre por dentro de onde vai rolar. O cara me aceitou. Agora mandei convite para o Caio Martinez que tem cara de anjinho, mas canta pra cassete. Vou esperar a resposta!

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...