"E eu gosto de homens e de mulheres e você o que prefere? E você o que prefere?..." Nunca o estrofe desta musica, de Ana Carolina, tantas vezes ouvida por mim, fez tanto sentido neste momento da minha vida. Ontem me perguntaram, por que só agora, depois de muito tempo, esta decisão de abrir o jogo publicamente e eu respondi: Por liberdade, existe razão maior do que esta? Alguns até disseram que eu joguei merda no ventilador, o que eu não me importo. Nada substitui a importância de se viver a nossa verdade e por inteiro.
Cantar para subir.
Uma velha amiga costumava dizer: Sabe de uma coisa...,eu vou é cantar para subir! É o que devo fazer neste momento: Cantar para subir!
Na sala de espera do consultório.
Na quarta-feira, na sala de espera do consultório dentário fiquei conversando com o pai do cirurgião dentista, que também faz às vezes de recepcionista, enquanto eu aguardava o momento de ser atendido. Sujeito muito simpático, inteligente e bem humorado que conquista qualquer pessoa que gosta de um bom papo e que também conquistou minha simpatia por esta razão, desde o primeiro dia que comecei o tratamento dentário e não paramos mais de conversar.
Nas diversas vezes que estive por lá em consulta, já falamos sobre politica, história, viagens, educação de filhos e a conversa é sempre tão proveitosa, que não sinto o tempo passar. Na quarta falávamos sobre a influencia da cultura judaica na Europa e no mundo, (assunto que pode dar pano pra manga por horas), quando surgiu um outro cliente na recepção (aparentemente seu conhecido de longa data) para ser atendido, fazendo-nos desviar da conversa empolgante para os cumprimentos e outro assunto, ao meu ver menos interessante e que recaiu mais em queixas curriqueiras, do que qualquer outra coisa.
Não demorou muito até ele entrar no assunto polemico da homossexualidade, e que ele havia lido em alguma revista cientifica a possível descoberta de um hormônio desenvolvido pela mãe na gravidez, capaz de gerar por algum mecanismo biológico, filhos homossexuais. Eu desconhecia esta informação e fiquei pensando com meus botões. Será?..
De qualquer forma o outro cliente não me pareceu se interessar pelo assunto, pois demostrava visível desconforto e inibição e logo começou a vomitar opiniões preconceituosas e ao mesmo tempo se desculpar por elas para aliviar sua tensão, dizendo: _Eu entendo a ate aceito nos outros, mas se fosse com meus filhos, não conseguiria admitir... Imagina um filho me apresentar um namorado!
Eu estava prestes a dar a minha opinião sincera sobre tudo o que estava ouvindo, quando fui chamado para o atendimento. Eu acho que este assunto ainda não terminou e ficará para próxima consulta, infelizmente sem a presença do preconceituoso, uma lastima.
Nas diversas vezes que estive por lá em consulta, já falamos sobre politica, história, viagens, educação de filhos e a conversa é sempre tão proveitosa, que não sinto o tempo passar. Na quarta falávamos sobre a influencia da cultura judaica na Europa e no mundo, (assunto que pode dar pano pra manga por horas), quando surgiu um outro cliente na recepção (aparentemente seu conhecido de longa data) para ser atendido, fazendo-nos desviar da conversa empolgante para os cumprimentos e outro assunto, ao meu ver menos interessante e que recaiu mais em queixas curriqueiras, do que qualquer outra coisa.
Não demorou muito até ele entrar no assunto polemico da homossexualidade, e que ele havia lido em alguma revista cientifica a possível descoberta de um hormônio desenvolvido pela mãe na gravidez, capaz de gerar por algum mecanismo biológico, filhos homossexuais. Eu desconhecia esta informação e fiquei pensando com meus botões. Será?..
De qualquer forma o outro cliente não me pareceu se interessar pelo assunto, pois demostrava visível desconforto e inibição e logo começou a vomitar opiniões preconceituosas e ao mesmo tempo se desculpar por elas para aliviar sua tensão, dizendo: _Eu entendo a ate aceito nos outros, mas se fosse com meus filhos, não conseguiria admitir... Imagina um filho me apresentar um namorado!
Eu estava prestes a dar a minha opinião sincera sobre tudo o que estava ouvindo, quando fui chamado para o atendimento. Eu acho que este assunto ainda não terminou e ficará para próxima consulta, infelizmente sem a presença do preconceituoso, uma lastima.
Sera que eu andava de olhos fechados?
A vida me parece afinal apresentar uma cor definida, um brilho e um gosto diferentemente agradável e amplo aos meus sentidos. Que estranho esta capacidade que temos de construir, destruir e reconstruir novos conceitos à cerca de nossas valores.
Quando podemos falar e somos ouvidos, compreendidos por pessoas de grande sensibilidade, capazes de perceberem e valorizarem nossas mais simples ou complexas intenções e atitudes, nos sentimos meio vencedores de nossos fracassos internos. Algo nos faz acreditar que nem tudo está perdido e que ainda existe uma ínfima luz no final do túnel, possivelmente propagadas pela alma dessas pessoas valorosas que circulam a nossa volta. Será que antes eu não as via, por andar de olhos fechados? Começo a nova experiencia de ser uma pessoa mais verdadeira, mais completa sem os costumeiros medos.
Quando podemos falar e somos ouvidos, compreendidos por pessoas de grande sensibilidade, capazes de perceberem e valorizarem nossas mais simples ou complexas intenções e atitudes, nos sentimos meio vencedores de nossos fracassos internos. Algo nos faz acreditar que nem tudo está perdido e que ainda existe uma ínfima luz no final do túnel, possivelmente propagadas pela alma dessas pessoas valorosas que circulam a nossa volta. Será que antes eu não as via, por andar de olhos fechados? Começo a nova experiencia de ser uma pessoa mais verdadeira, mais completa sem os costumeiros medos.
Tchau, uma hora dessas eu volto!
...Menos amolado, menos irritado, menos resistente, menos triste, menos desconsolado, quem sabe outra pessoa depois de desfazer estes nós que ajudei a amarrar... Num outro dia quem sabe eu volto a te encontrar, a me encontrar depois que tudo passar. Quem sabe eu volto outro...
Os sonhos me perseguem.
E os sonhos continuam persistentes, me surpreendendo a cada manhã quando acordo. Eu já perdi a ingenuidade de acreditar que eles são premunitórios e com o objetivo de me mostrarem qualquer coisa sobre o futuro. O futuro é apenas consequência "de"... Os sonhos partem de mim e por isto são de minha invenção, são reafirmações guardadas do que foi por mim lido e não aceitado. São respostas codificadas a perguntas que me faço no dia a dia e não as obtenho por covardia, medo ou medida de segurança. Eu sei da força que tenho para recuperar-me, mesmo tendo de fechar portas e janelas que lutei para mante-las abertas, mas sei também que às vezes é necessário razões fictícias para voltar a fecha-las para não sair ferido gravemente. Já pensei em mudar-me de cidade, de Estado, de país, mas a que duras penas isto seria possível? Portas se abrem e se fecham a todo o instante, alem das minhas.
ILHA DE PAQUETÁ - RIO DE JANEIRO.
Paqueta é uma ilha- bairro, pertencente a cidade do Rio de Janeiro e com aspecto de cidadezinha do interior a cerca de 15 quilômetros do centro do Rio, transformada em área de preservação ambiental e cultural.
Para se chegar até lá é necessário uma travessia marítima de mais ou menos 70 minutos em barcas pela Baia da Guanabara, que saem no cais da histórica Praça XV, no Centro da cidade, pelo preço de R$ 4,50 o trecho. Já na travessia, é possível se vislumbrar com o belo visual da Baía de Guanabara, a Ilha Fiscal, a Ponte Rio - Niterói, a Ilha do Sol e a incessante chegada de aviões em voos rasantes pela baia, cujo o local é rota de aviões para o aeroporto Santos Dumont, nas imediações.
A Ilha de Paqueta, foi no passado colonial, um refugio para os nobres que deslocavam-se com suas famílias do centro do Rio de Janeiro, para desfrutarem de um ambiente mais tranquilo, junto a natureza. O próprio Dom João VI visitava Paquetá com regularidade, hospedando-se num solar, hoje chamado de "O Solar D’El Rei".
A tradicional festa de São Roque, padroeiro da Ilha, atraia muitos visitantes e sempre contava regularmente com a presença do Príncipe Regente, que segundo contam, graças às águas milagrosas do Poço de São Roque teria se curado de uma úlcera na perna.
As ruas de Paqueta são de saibro, (sem asfalto ou calçamento), o meio de transporte se faz por charretes, bicicletas, bondinho, ou à pé em deliciosas caminhadas, descobrindo caminhos românticos, monumentos históricos, casarios centenários e o mar.
Entre os atrativos que visitei de charrete como: A Praça Pintor Pedro Bruno, localizada na saída da estação das barcas, a Igreja do Senhor Bom Jesus do Monte e sua praça à esquerda da estação, o caramanchão dos Tamoios, o canhão de saudação a D. João VI, que fazia parte de uma bateria de canhões usada para saudar a chegada do rei ao bairro, a arvore Maria Gorda, um raro exemplo de Baobá africano com centenas de anos, medindo mais de sete metros de circunferência, localizados na Praia dos Tamoios.
A escola Municipal Pedro Bruno, localizada na Rua Padre Juvenal, 74 - na Praça de São Roque, cuja a visitação é basicamente do lado de fora do prédio, uma vez que funciona como escola. O prédio é um perfeito exemplo de arquitetura neo-clássica que também foi sede da Fazenda São Roque, uma das primeiras propriedades da ilha. A simpática capela localizada também na mesma Praça, que pode ser visitada aos Domingos quando há missa semanal.
A o lado da Capela existe um poço, que foi aberto inicialmente para abastecer a fazenda e posteriormente, para toda a região pela fartura e qualidade da água. Outra coisa que me surpreendeu, foi o cemitério de pássaros, ao lado do cemitério de Paqueta, na rua Manoel de Macedo, com visitação permanente e único no mundo. O cemitério de pássaros foi originalmente concebido como uma homenagem ao amor pela natureza e aos pássaros e hoje é usado pela comunidade, que o mantem, para enterrar seus pássaros de estimação.
Outro local imperdível para a visitação e a Pedra da Moreninha, um mirante de fácil acesso, através de escadas e uma ponte de madeira, onde existem varias trilhas pela mata, com ampla vista da Baia da Guanabara e da Ilha do Brocoió.
Até a próxima viagem!..
O maior museu de pintura ingênua do mundo.
Fica no Rio de janeiro, na rua Cosme Velho 561 e bairro de mesmo nome, o maior e mais completo museu da artes naif do mundo o (MIAN- Museu Internacional de Arte Naif do Brasil), que visitei na semana em estive no Rio, com aproximadamente 6.000 obras de artistas nacionais e de mais de 100 países com obras do seculo XV aos nossos dias, registrando a historia desta arte no mundo.
Aírton das Neves |
A arte naif é também conhecida pelo gênero de pintura ingenua e as vezes primitiva, onde os artistas podem pintar sem regras e ousar tudo. São também chamados de poetas anarquistas do pincel. As obras são produzidas por artistas sem preparação acadêmica na arte que executam, o que não implica que a qualidade das suas obras seja inferior. No museu encontra-se também camisetas, posters cartões postais e uma infinidade de outros objetos com motivos naif, além de catálogos e literatura relacionadas a esse gênero de arte. O ingresso para visitação: R$ 6,00.
Sonhos e mais sonhos, o que são afinal?
Sonhos, ah os sonhos, o que são eles afinal, uma premonição do futuro, ou uma releitura sub consciente das nossas emoções agregadas a fatos do passado e do presente em forma de códigos muitas vezes indecifráveis?
Eu estava num centro cultural de um lugar desconhecido, junto de um alguns amigos, quando um deles precisou ir ao banheiro. Inacreditavelmente o banheiro era separado do prédio e tínhamos de atravessar um patio com muita lama, pedras soltas e fossas sanitárias abertas cujo o cheiro era insuportável. De um momento para o outro, eu estava carregando nos braços, roupas novas, recém compradas numa loja, que caíram dentro de uma dessas fossas. Desesperado em recupera-las, eu tentava resgata-las com um pedaço de taquara que encontrei, enquanto um dos amigos tentava me impedir aos gritos: _Larga isto, não vale a pena, deixa isso pra lá, já tá tudo perdido mesmo!.. Senti que esta ultima frase, era a chave de tudo.
Auto exames necessários.
Alguns dias de caminhada e meu corpo doe demais na região lombar, o que era de se esperar, mas doe também os dedos do pé direito, que percebi apresentarem uma alteração que não tinha antes. Inacreditavelmente, três unhas ficaram concavas e deram para crescerem em direção vertical a linha anatômica dos dedos. Olhando-as de lado, parecem empinadas como a proa de um navio. Impossível não sentir dor ao caminhar mesmo de calçados macios. Estaria eu cortando as unhas de modo errado?Algumas coisas negligenciamos demais e então só percebemos quando sentimos dor e isto também em outros campos. Eu lembro de uma vizinha examinar seus filhos da raiz dos cabelos à ponta dos pés, dizia que isto era uma obrigação de mãe, fazer esta investigação, já que crianças depois de uma certa idade não tem por habito se auto examinarem, até se tornarem adultas e então dar de cara com as surpresas que o corpo apresenta. Ela estava certa!
Incursões num Sábado a noite.
Neste Sábado, fiz uma incursão por alguns bares de Porto Alegre, como a muito tempo não fazia, e falo é de incursão mesmo, de entrar num, não se agradar e ir até outro e outro, até encontrar o que enfim te agrada.
Eu estava acompanhado de três pessoas e o primeiro bar que entramos foi o Parangolé, onde bebemos umas quatro cervejas, acompanhadas de um prato de batatas fritas e outro de picles, tipo: Pepino, queijo provolone, ovos de codorna, salame italiano fatiado e pimenta de bico. Faltou as azeitonas!..
Tinha um cara cantando MPB, mas o repertório era tão sem graça e a voz tão baixinha que nós que estávamos do lado de fora do bar, por vezes não entendíamos o que ele estava cantando. Tem algum dia da semana que o bar apresenta um Chorinho de primeira. Outra coisa que me incomoda nesses bares com mesas na rua e que somos assediados a tempo todo por vendedores de poesias, de CDs autorais piratas. Pedi pro garçom de saideira, aquela conhecida dose de cachaça licorada de maçã com canela e saímos a esmo...
Ah, uma coisa que reparei, não tem como não reparar, foi a nova iluminação com postes estilizados na rua Republica, ficou bárbaro!
Fomos até o novo Bar do Marinho, na Sarmento Leite, onde o cantor que se apresentava, tocava e cantava algumas baladas de Zé Ramalho e que pra nosso azar, em seguida se despediu e logo veio a musica eletrônica com som mais baixo, que eu acredito ser por causa do horário em que o resto da cidade dorme. Devo ter tomado uma cerveja e logo fomos embora.
Lembrei de um boteco na João Alfredo e que frequentei no passado, onde serviam na madrugada um prato de canja ou arroz com linguiça, dependendo da noite era um ou o outro. Tempo bom!..
Já na esquina da Jose do Patrocínio com a Joaquim Nabuco, decidimos ir ao Venezianos, que estava bombando. Eu acho que era isto que estávamos procurando, agitação, alegria, um ambiente para suar a camiseta. Acho que menos um dos integrantes concordou com a ideia.
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