Fernanda Yin e Yang...Quero dizer: Young

Ontem Fernanda Young me surpreendeu durante o segundo bloco do programa Encontro com Fátima Bernardes, a o declarar publicamente que tem uma filha com problemas neurológicos (hidrocefalia). Mas a declaração em si, não foi o que me causou surpresa, mas sim a mudança estabelecida em sua postura habitual de mulher dona de si, de verdades e posturas controversas e por vezes ainda reacionários. Fernanda mostrou-se doce, mais flexível, menos agressiva e louquinha, o oposto de sua conhecida estampa de marketing. Melhor ainda, descobriu que falar sobre alguns problemas engavetados não é apelação e ajuda-nos a sermos mais comumente humanos, solidários e menos contundentes. Outra coisa que percebi é a sua beleza e algumas sutis expressões no olhar que me fizeram lembrar de Nicole Kidman.

Juliana não ama mais seu marido.

Juliana parecia estar mais magra e também certa de que sua melhor decisão era manter seu marido afastado dela e do filho ainda pequeno, percebeu que todos estavam certos, a família, os amigos, menos ela que parecia viver de olhos vendados todo este tempo, por uma paixão cega e doentia. 
Estava antes por demais apaixonada e acreditava que todos estavam errados. Agora era diferente, se sentia segura, no caminho certo, conseguira retirar a venda que lhe cobria o olhos. Um rompimento sem sofrimentos e arrependimentos, (uma nova mulher, renovada e hábil para criar seu filho), repetia num tom de voz alto para que pudesse ser ouvida entre os presentes e talvez por si mesma. Por outro lado, era notório algumas deficiências em suas atitudes e caráter, que a fizeram ser usada com tanta facilidade e por tanto tempo. Foi somente dar-lhe algum espaço e observa-la atentamente para que se reconhecesse algumas dessas falhas.

Eu não estou entendendo o que está falando!...

Resolvi fazer este post aqui no blog, por que os envolvidos não o leem mesmo e se lerem... A intenção é a manutenção da minha opinião e daquilo que acredito!..
Uma pessoa das minha relações fez um comentário sobre a relação homo afetiva de um casal gay, amigo dela. Depois de tecer vários elogios e analizar sobre a luta interior que tiveram, até assumirem publicamente a relação para a família e a sociedade em geral, fez a seguinte observação: _Eu só não entendo como eles fazem para transar, eu acho meio estranho!..
Ora.., ora.., ora.., eu não consigo crer nesta ingenuidade que fica deslocada da inteligencia humana e que não cabe mais nos dias atuais. Será que em pleno século XXI, as pessoas ainda alimentam este tipo de incerteza, ou mesmo se perguntam quem é o ativo ou passivo na historia, afim de estabelecerem seu grau de aceitação? Eu fiquei na duvidas entre pegar um lápis e desenhar o que acontecia, ou então perguntar se ela conhecia a frase popular: Vai tomar no cu e depois dizer que possivelmente eles a levavam ao pé da letra. Mas resolvi ficar calado num sorriso amarelo de total descrença na sua ingenuidade.

O ATAQUE DOS POMBOS



Retomando o assunto sobre pombos, já postei em outra oportunidade que não gosto deles. Parecem-me sujos e atrevidos e com aquele som que emitem parecendo mal agouro, olhinhos vermelhos e misteriosos. Por aqui onde eu moro, parece ter centenas deles, intermináveis colonias sobre os telhados branquicentos de seu cocô ácido. 
Desconfio que devem planejar alguma invasão contra nos seres humanos e que algum dia nos atacarão impiedosamente, na conquista de mais espaço para a sua prole! 
Que me perdoem os seus defensores, mas para que servem exatamente os pombos?
Agora uma deles me vigia do telhado da casa do vizinho!...Não é paranoia minha!..

Casa de Jorge


Abriu a duas quadras de onde eu moro, aqui no bairro Partenon, uma Casa de Samba chamada Casa de Jorge, na Avenida Ipiranga 8213 em frente a o prédio da C.E.E.E. Eu não sei exatamente a data de sua inauguração, mas somente no Sábado, 06 de Agosto, fui conhece-la de perto. O nome me parece obvio, já que vem estampado a figura do santo na faixada da Casa pintada de vermelho, lembrando essas casas de Exu, assentadas nos pátios dos terreiros de candomblés. Não espere sofisticação, pois o ambiente é simples, com pessoas simples, como é a origem do samba, mesas e cadeiras de plastico, que por vezes são acomodadas na calçada durante a tarde nas proximidades de uma parada de ônibus, quando o samba já está rolando a mil. No interior, um pequeno palco que acomoda os músicos, bar, churrasqueira, muita gente sambando e alguns comentários de que rola um pagodão da pesada por ali... Mas no dia em que estive visitando o lugar, o que rolou mesmo, foi muito samba de raiz, um público alegre e simpático e alguns cantores desconhecidos entre a platéia,  com muita competência com o microfone, que foram convidados a cantar musicas do repertório de Lupicínio, Zéca Pagodinho, João Nogueira, Chico Buarque, entre outros. Uma convidada chamada Vera, cantou Ronda em ritmo de samba, que foi um verdadeiro espetáculo de emoção.
O samba começa cedo na Casa de Jorge, onde seu dirigente Péricles, mais conhecido por Sarara, administra esta iniciativa de multiplicar a cultura brasileira originariamente negra, que é o samba, abrindo suas portas nas Sextas, Sábados e Domingos a partir da manhã, onde pode-se levar uns quilinhos de carne e dar a o assador da casa, que a devolve pronta para comer, num espeto identificado, sem nenhum custo adicional.
A Casa de Jorge é uma opção valorosa na zona Leste da cidade, tão carente de lazer e entretenimento deste nível, que parece estar dando resultados, basta ver o numero de veículos que se agrupam nas redondezas nos finais de semana, vindos inclusive de outros bairros da cidade.

Adiando o Dia dos Pais.

No Domingo Dia dos Pais, resolvi não ficar em casa, tomei a decisão de aceitar o convite de almoçar na casa de um amigo que apresentou de cardápio, nada mais nada menos, do que churrasco. Bem, eu gosto de churrasco, principalmente feito pelos outros e o que se pode esperar de uma confraternização em casa de gaúcho que não seja um cheiroso pedaço de ripa ou costela assando no espeto, acompanhado de Salada de batatas com maionese e da conhecida cerveja gelada? Mas o mais perverso disto tudo, é que eu não estava com espirito de confraternização, não via a hora de voltar pra casa e me deitar na cama até o alvorecer do outro dia. 
Apesar de ter marcado um encontro com meu filho a noite, não parecíamos estimulados a manter este plano de pé, quando liguei confirmando. O domingo parecia com cara de final de Grenal que deu empate, ou desses feriados longos que causam mais cansaço do que descanso. Resolvemos então adiar para um outro dia este encontro, já que temos uma relação de afeto resolvida e a certeza de que o Dia dos Pais, não se comemora somente uma vez por ano, mas nos 365 dias que o compõe.

Jorge Amado: Sujeito e sua Ambiência.


É possível se traçar a personalidade de um individuo através dos objetos que foram de seu uso, das mobílias de sua sala, do seu jardim, da sua mesa de jantar, de trabalho, da cadeira, do tapete etc.? Seriam estes objetos uma especie peça de um quebra cabeças capaz de montar o mosaico de uma vida, de uma personalidade? É possível remontar o individuo, o sujeito que fomos à partir destes fragmentos?.. Pois é isto que está fazendo a pesquisadora e aluna de doutorado em Ciências da Informação da U.F.BA, Alzira Tudo De Sá.
Através de um livro de fotografias, em que as fotos são  do interior da casa do escritor Jorge Amado, a pesquisadora pretende resgatar o sujeito através de sua ambiência, ou seja buscar o homem Jorge Amado, à partir dos objetos e da estrutura da casa onde viveu, na rua Alagoinhas 33- bairro do Rio Vermelho- Salvador. Eu não acho que seja possível resgatar por completo o sujeito, haja visto as suas sinuosidades, mas quem sabe chegar perto!...

Quero ver Irene dar sua risada...

Irene não é a mesma da canção que conheço, nem de longe lembra a de Caetano Veloso dando suas risadas. Irene é sóbria, quieta, pensativa, possuidora de um olhar tímido, de quase subserviência e nos limites de uma escravidão pessoalmente aceitável. É silenciosa, prestativa, resignada.
Os olhos são arregalados, os cabelos espichados e a boca vermelha de um batom que não lhe acrescenta maior beleza porque esta; parece estar presa em seu interior, amordaçada... Seu perfume é comum, seus sapatos tem saltos baixos, bolsa e brincos nem usa. 
Irene tem força, mas parece não ter alegria, parece ser dona de uma miserável raiva sufocada nos gestos serenos, no olhar amistoso, numa expressão que se torna estranha quando tenta sorrir. Eu gostaria tanto ver sua contrariedade, de vê-la dar sua risada.

Confluências.

Ganhei de presente do Dia dos Pais, acho que foi esta a intensão, um DVD chamado Confluências que trata-se de uma cronica descritiva e visual na forma de desenhos, da Redenção. Esta mesma, a nossa Redenção daqui de Porto Alegre, com texto, narração e desenhos de Jorge Herrmann, que conta a história do parque, de uma forma apaixonante, quase poética. As musicas que ajudam a ilustrar a cronica são da autoria de Alejandro Massiotti, Dúnia Elias, Miguel Tejera e Paulinho Cardoso. Eu gostei tanto do trabalho, que se encontrar Jorge Herrmann, numa dessas esquinas da vida, como já aconteceu em outras ocasiões, incentivarei-o a fazer outros como este, afinal se sabe tão pouco sobre a nossa cidade e contada desta forma dá gosto conhecer!

Quer que desenhe?

Exitem muitas causas que devemos defender como seres humanos e que não damos conta pela quantidade delas. São tantas que por vezes temos a impressão de que não será possível arranjar forças para abraça-las de fato, mas a gente tenta, sem deixar cair no esquecimento. É a luta para defender o destino correto do lixo, a poluição, a luta contra a violência no transito, a violência doméstica e infantil, o racismo, a defesa em favor das relações homo afetivas como um dispositivo legal (emocional e jurídico), a melhora da educação, da saúde e ai se vão... 
A gente fala, discute, assiste palestras, pincela idéias junto a grupos de pessoas e daí percebemos que uma ou outra, não consegue entender do que estamos falando realmente, passando-nos a impressão de que esses assuntos são meros artifícios estéticos da moda, que surgem e logo serão esquecidas, na próxima temporada. As veze tenho a impressão de que é necessário desenhar para que as pessoas possam entender de fato a importância colocada em pauta. Assisti este vídeo no blog Muque de Peão, que achei instrutivo para quem necessita que se desenhe para haver, quem sabe, um  minimo de entendimento, sobre mudanças necessárias numa sociedade que timidamente tenta ser melhor e esbarra em convenções morais.

CAMINHO DAS ARTES E DAS SERPENTES EM MORRO REUTER.


Eu vinha fazendo planos há três finais de semanas e nada do passeio vingar. No primeiro fim de semana que escolhi, ficou difícil juntar todas as pessoas interessadas e então desisti, no segundo meu carro quebrou me deixando por cinco dias à pé, no terceiro choveu a cântaros, então neste sábado decidi ir com o carro já pronto, mesmo com a promessa de tempo nublado e possível pancadas de chuva ameaçando cair sobre a região. No final a chuva veio mansa somente no final da tarde, dando para aproveitar o passeio, num dia sem sol, mas que também não estava frio.


Por que, Morro Reuter?.. Alguém tinha me comentado que existia na cidade um espaço com esculturas de serpentes, feitas em mosaicos chamado Caminho das Serpentes. A curiosidade me fez procurar o lugar e descobrir outros espaços dedicados as artes plasticas, chamado de Caminho das Artes.


Fui com uma amiga até Morro Reuter, a cidade da lavanda, (planta tipica da região), localizada à 700 metros acima do nível do mar, na serra gaucha, caminho este que está se firmando como pólo de interesse turístico em função da proposta de alguns artistas locais que se uniram para abrirem as portas de seus ateliês, com o objetivo de divulgarem seus trabalhos artísticos, misturando criatividade e as belezas naturais que cercam o lugar. Uma das artistas, Anelise Bredow, criou um blog- Turismo em Morro Reuter, divulgando esta iniciativa.


Olha que interessante: Logo na entrada da cidade, existe esta escultura de concreto, que são livros empilhados, lembrando a importância do conhecimento através da leitura. Achei isto formidável.

A estrada onde estão localizados os ateliês, a VRS-873, é chamado de Caminho das Artes oportunizando uma proposta diferente de lazer agregado a arte e fica a somente 60 km de Porto Alegre, entre paisagens belíssimas da serra gaucha e alguns cafés, casas de vinho e restaurantes de comida tipica alemã. Os ateliês em principio são quatro, embora eu tenha visitado somente três: 

O Edelweiss Ateliê de Artes e Antiguidades da artista e artesã Lenira Neves Siegle, que além de expor peças de mobiliários antigos, produz peças esculpidas em madeira, pedra grés e terracota, como também  montagens de fontes e outros acessórios. Do ateliê, se pode ter uma bela vista da cidade, além da possibilidade de locação  para pequenos eventos como Happy hour. Lenira como todas as outras pessoas que nos atenderam é simpaticíssima e diz que as portas de seu ateliê sempre está aberta nos finais de semana para receber os visitantes.


Nas proximidades encontra-se também o Caminho das Serpentes, da artista Claudia Sperb, um pequeno parque criado em sua propriedade, composto por inúmeros trabalhos em mosaicos, painéis e esculturas, que proporcionam aos visitantes um contato com a arte desenvolvida pela artista ao mesmo tempo que um passeio ao misticismo visivelmente empregado em seus trabalhos.


São diversos painéis construídos em mosaicos coloridos, além de esculturas, uma biblioteca, galeria de artes, recantos, mirantes e oito suítes para quem deseja pernoitar, neste lugar mágico. Fomos recepcionados por sua secretária de nome Seda, que nos mostrou e explicou cada detalhe do trabalho de Claudia que infelizmente não se encontrava. Além dos mosaicos, a propriedade é cheia de esculturas de outros artistas espalhadas pelo caminho, mostrando o interesse da artista em divulgar não somente os seus trabalhos.


A artista coordenou, com a ajuda de mais de cem voluntários, a produção de algumas toneladas de material transportadas até São Paulo e instaladas na Praça Vital Brasil do Instituto Butantan, em São Paulo. Possui um caderno e um DVD que fala sobre o projeto, "Fragmentos e Sentimentos", que registra o processo de criação, confecção e instalação dos mosaicos.


É também oferecido oficinas e cursos individuais ou para grupos, interessados em seu trabalho. Quanto a o nome Caminho das Serpentes, é sui generis, já que além dos mosaicos, a  artista confeccionou duas grandes serpentes cobertas por mosaicos, nos passeios nas proximidades de seu ateliê. O local está aberto para visitações aos Sábados e Domingos das 11 às 18 horas e com ingressos de R$ 5,00. O pernoite, R$ 150,00 com café da manhã.


Conhecemos também o ateliê de Débora Sarmento, instalado na beira da estrada, já nas proximidades de São José do Herval. Este é outro local dedicado a arte e ao artesanato que me chamou a atenção pela delicadeza e criatividade das peças.


São trabalhos em couro como mandalas, vidros, cerâmica, madeira, metais e mais uma variedade de materiais reciclados na construção das peças que a artista chama de eco-criações. Débora oportuniza também a mostra do trabalhos de outros artistas, numa pequena galeria de exposição que ela batizou de "A menor galeria do mundo".


No quilometro 217 da BR-116, nas imediações da área central de Morro Reuter, fica o ateliê de cerâmicas de Anelise Bredow, cujo o resultado são belíssimos e delicados vasos, móbiles, botões, flores, colares e painéis de madeira decorados com pequenas tijoletas de cerâmicas feitas pela artista


Uma característica que observei nos trabalhos de Anelise, principalmente nos potes e vasos que confecciona, é a repetição de desenhos estilizados que lembram um olho, mas eu estava tão impressionado com tudo que vi naquela tarde, que me esqueci de falar-lhe e quem sabe abrir uma discussão sobre o tema.



Morro Reuter, faz parte da Rota Romântica composta pelas cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estância Velha, Ivoti, Dois Irmãos, Santa Maria do Herval, Presidente Lucena, Linha Nova, Picada Café, Nova Petrópolis, Gramado, Canela e São Francisco de Paula. Descobri também que pelo caminho das Artes, a distância até Gramado, são 30 quilômetros a menos do que o caminho convencional.


Se o interesse do visitante que vai a Morro Reuter, não for necessariamente por arte e em particular o Caminho das Artes, ainda é possível deslumbrar-se com beleza do lugar e ainda algumas construções antigas e em estilo enxaimel como o armazém Kieling, preservado há mais 100 anos na estrada que leva para São Jose do Herval.


O Armazém Kieling, é um dos últimos exemplares do antigo estabelecimento de comércio da colônia alemã, possuindo um acervo de mobilhas da época até hoje em uso por seus proprietários. Ainda tem a charmosa Igreja São Jose do Herval, também chamada de Igreja de Pedra, inaugurada  em 1923, cuja arquitetura difere-se de qualquer outra já vista.


Vale a pena também conhecer  o belvedere, o pórtico de entrada da cidade, o monumentos aos livros, o morro da Embratel e a ponte do Rio Loch, rio este que no verão serve de balneário aos moradores e visitantes da região.


Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...