Jota Pê Pax

Este é mais um grafite que eu gosto demais. E pensar que os caras desenvolvem tudo isto com a técnica do spray, tá louco! Este trabalho de autoria de Jota Pê Pax,  jovem brasileiro, gaúcho  integrante do Núcleo Urbanóide e que desenvolve múltiplas atividades relacionadas ao mundo do desenho gráfico e ganhador de muitos prêmios nacionais e internacionais, como diz me filho, é muito massa.

Os três macaquinhos.

Tem uma coisa sobre a mentira, que ela sempre é desvendada por mais perfeita que seja e o mentiroso deixa pistas; seja pelo excesso de elogios, pela entonação da voz e por outros traços de culpabilidade que deixa transparecer. O pior é quando a mentira está clara e é percebida antes mesmo de terminar de ser contada.

Nós que somos macacos velhos percebemos de longe a mentira. Por acaso existem tantos macacos velhos, quanto mentirosos. O difícil, são os puros honestos neste mundo de primatas. É bom nem ouvir, ver ou falar sobre o assunto, é pura perda de tempo.

De mãos atadas

Ontem fiquei por mais de uma hora, com um paciente com problemas sérios de saúde e com dor, dentro da ambulância a merce de decisões vaidosas. O Pronto Atendimento que o medico do Samu decidiu como destino para este paciente estava com super lotação e consequentemente não aceitou recebe-lo e então por pura teimosia o medico ordenou que deixássemos o paciente numa cadeira de rodas e fossemos embora sem darmos satisfações. Como não aceitamos, compactuar com sua grosseiria, decidiu punir a nós e ao paciente com a espera, o famoso chá de banco. Liguei em seguida para coordenadores, supervisores, chefes e sub-chefes de serviço para intermediar as negociações e nada. Fiquei numa angustiante espera interminável, já que o medico por pura teimosia ficou irredutível e como possui autoridade sanitária e nenhum simples mortal, com títulos e subtítulos, pode interferir na sua decisão, mesmo as mais absurdas tudo como estava. 
Eu pergunto como é possível realizar um serviço de saúde competente e humanizado se o fluxo de trabalho esbarra nestes entraves que a burocracia impede de solucionar e ficam na tutela de narcisistas que só estão preocupados com a própria "beleza"? 
Como terminou esta história?.. Fizeram contato com um outro medico que interviu com toda a má vontade e dissesse no radio: Pode despachar este paciente no Posto de Atendimento Lomba do Pinheiro! O que havia sido sugerido por mim desde o inicio da contenda.

CURITIBA NO FOCO DA COPA.

'Acho que Curitiba encontrou o caminho certo e que através destes investimentos, em defesa da qualidade de vida, se tornou reconhecida internacionalmente e recebendo o apelido de "Cidade Verde".

Neste momento em que os olhares, pensamentos, expectativas e investimentos estão todos voltados para a Copa do Mundo, Curitiba é na minha opinião das capitais da região sul, a que mais está preparada para receber estrangeiros dispostos a fazerem turismo.


Ao contrario de Florianópolis que tem a seu favor uma geografia privilegiada e praias paradisíacas, a capital paranaense ganha no quesito urbanidade refletida num excelente sistema de transporte publico, espaços de convivências ecológicas, vida cultural ativa, assim como disponibilização de espaços gastronômicos polarizados em bairros inteiros como o Santa Felicidade.


A cidade é especialmente conhecida por suas soluções urbanas inovadoras fornecendo aos seus moradores e visitantes uma excelente qualidade de vida e infraestrutura como resultado de uma série de medidas públicas tomadas ao longo do tempo para impedir o caos urbano provocado por loteamentos e moradias desordenadas, assim com encharcamento do solo e enchentes dado ao tipo geográfico que compõe Curitiba.



A estratégica opção foi criar reservas verdes, bosques, parques com o objetivo da preservação ambiental, saneamento e lazer. Estes espaços de utilização publica estão espalhados por toda a cidade em forma de memorias que podem ser visitados e aproveitados por seus moradores nos fins de semana como:
O Parque Tanguá, o memorial alemão, o bosque Português, o Parque Barigui, o Parque das Pedreiras onde está localizado a Ópera de Arame, o Parque Tingui, Bosque João Paulo II, o Passeio Público, o Jardim japonês, o procuradíssimo Jardim Botânico, o Memorial Ucraniano que eu mais gostei, entre outros.



Um novo olhar.

Minhas idas a Montevidéu estão se tornando tão frequentes que daqui um pouco, não terei mais olhos de turista para a cidade, mas de um cidadão comum que conhece a cidade de cabo a rabo e nunca se cansa de voltar. Está previsto para o primeiro fim de semana de Julho-(de 04 à 08), uma nova visita à cidade em função do curso de guia de turismo que estou fazendo, onde ficarei por cinco dias em (el trabajo de campo). 
Eu espero encontrar novidades, ver coisas que passaram despercebidas das ultimas quatro visitas que fiz anteriormente e também retomar o encontro com ambientes que particularmente foram uma curtição pra mim como a Feira Tristán Narvaja aos domingos, ou um agradável café no 1º andar da Livraria Puro Verso, acompanhado de uma canjinha musical dos artistas locais e ainda uma parrilhada no sempre movimentado Mercado Publico.
Tem uma coisa que eu acho importante em cada viagem que faço, mesmo sendo para um lugar que já conheço, que é quem me acompanhará nesta empreitada, mesmo que não seja com o objetivo único de se fazer lazer e diversão. Uma boa companhia consegue despertar na gente, novos olhares e sentimentos, assim como produzir expectativas como se fosse uma primeira vez. Vamos ver como tudo procederá! 
Passarei também pela histórica e charmosa Colonia de Sacramento, que se houver disponibilidade de tempo, matarei minha curiosidade de andar naqueles carrinhos que lembram carrinhos de golf, que da ultima vez não foi possível me aventurar. 
Montevidéu exibe um melancólico ar decadente, com um discreto charme europeu percebido em suas ruas sombreadas por Plátanos, bares, Cafés, Casas de Chás e muitos antiquários que são minha predileção.

Bondinho da Leitura.

Localizado no centro de Curitiba, na Rua XV de Novembro, o bondinho da leitura foi inaugurado em 1973, com a intenção de ofertar a animação as crianças enquanto suas mães realizavam as compras no calçadão da Rua XV de Novembro.
Em 1980 passou a funcionar como serviço de informações ao turista, nove anos depois voltou a ser um espaço cultural.

Em 2010, foi inaugurado como "Bondinho da Leitura", um espaço para difundir a cultura a todos os cidadãos da cidade de Curitiba, no bondinho foi criado uma biblioteca onde todos as pessoas tem o direito de ler e emprestar os livros gratuitamente, as pessoas podem emprestar até 2 livros por 15 dias, para ter acesso ao serviço oferecido, basta apresentar documento de identidade com foto, e comprovante de endereço.

Na primeira impressão.

Os curitibanos me passaram a ideia de um povo quieto, de poucas palavras, as vezes meio inibidos ao conversarem com as pessoas de fora de seu meio, da sua convivência habitual. Será que esta característica esta diretamente ligada ao grande numero de imigrantes de diferentes canto do mundo que lá se instalaram e foram construindo o perfil da cidade? Basta visitarmos os diversos memoriais construídos e espalhados pela cidade como aos ucranianos, alemães, italianos, japoneses e perceber a diversidade de raças e culturas que adotou a cidade para viverem.
O que eu quero dizer é que quando um lugar é ocupado por pessoas de muitas culturas diferentes, elas tendem a se isolarem em pequenos grupos para proteger seus padrões culturais e interesses, de possíveis influencias externas até conseguirem estabelecer laços de confiança, uma confiabilidade social onde todos se respeitam, mas se mantem na sua individualidade sem interferências.
Tudo me pareceu muito limpo, aparado e organizado. Quase sem nenhuma pichação e as poucas existentes, jamais em monumentos públicos-culturais e históricos da cidade. Até na exposição dos convite para a sacanagem, eles me pareceram discretos, como estes cartões de publicidade sexual colocados de forma organizada em cada cabine telefônica do centro da cidade.
Mas como dizia minha sabia avó, a educação pode ser algo muito subjetivo, uma espécie de cartão de visitas, que não se tem acesso as sub linhas da realidade do dia a dia das pessoas, basta lembrar que cidade está entre as capitais com maior índice de violência do país. Bom, água parada no terreno do vizinho pode ser profunda. Esta foi minha primeira impressão, quem sabe numa segunda visita novos detalhes surjam, não é mesmo?..

Arte de Rua.

Depois da iniciativa de postar aqui no blog sobre Arte de Rua, decidi sempre que possível fazer alguma referencia aqui no blog sobre este trabalho por vezes não reconhecido pela sociedade e como uma coisa puxa a outra encontrei este muro grafitado perto da minha casa, na rua Arthur de Oliveira esquina com a rua Dr. Felix Contreiras Rodrigues. Eu só não aprendi ainda a desvendar o nome de quem assina as obras, mas eu chego lá.

De cutícula rasgada.

Eu estou começando a entrar no limite do meu limite, no limite do trabalho estressante que realizo, no limite do curso que estou quase concluindo, no limite da aceitação dessas escolhas que fiz neste primeiro semestre, no limite para todo esse estreito espaço de tempo que sobrou, para fazer outras coisas que gosto e não tenho conseguido espaço para realiza-los a contento. Mas neste momento, me apoderando do titulo do livro de "Lya Luft", em tudo nesta vida há "Perdas e Ganhos" e nas perdas certamente perceberei mais tarde, ter de alguma forma valido a pena; Por enquanto algumas coisas estão me parecendo andar às avessas e na contramão de outras que pra mim devem ser aceitáveis e  estão me deixando pouco à vontade e incomodado. Acho que a maturidade comprovadamente nos torna mais exigentes e contra algumas regras e modelos institucionais que alguém obrigou serem necessárias e de grande importância as posturas sociais aceitáveis e que eu não engulo.
Hoje ganhei elogios numa avaliação curricular, mas também percebi que isto não significou nada pra mim. Não estou bem certo de que sou merecedor deles e por vezes chego a pensar que são armadilhas de caráter puramente moral e desnecessário. Estou desconfiado, cheio de incertezas e incômodos e com a cutícula do dedo indicador rasgada, esta dorzinha enjoada também desequilibra e ajuda a aumentar a sensação de mal estar geral e a expectativa de uma cura sem cicatrização dolorida.

Carrinhos & Pés de Lata.

Semana passada uma cena comum de rua, me fez viajar no tempo. Uma viagem de quarenta e poucos anos no meu passado e quem sabe no de tantas outras pessoas que viveram uma infância em que se produzia o próprio brinquedo utilizando-se apenas da criatividade e o desejo de mergulhar em sonhos e brincadeiras de criança. Eu estava dentro do carro, voltando do trabalho para casa e não pude deixar de observar aquela cena que pra mim parecia ter um gosto quase poético, renascido em poucos instantes diante dos meus olhos. Tratava-se um menino que brincava na calçada, com um desses carinhos feito de lata de leite em pó e que se despreza no lixo, por que aparentemente não tem mais utilidade, mas que quando se é criança, pobre e com alguma criatividade, acreditem tudo é possível criar. Me surpreendi principalmente pelo fato do brinquedo não ter sido esquecido com o tempo e o  menino brincando, me provou isto. 
O brinquedo era feito basicamente de uma ou duas latas, destas comuns de leite em pó, que eram furadas dos dois lados (na tampa e no fundo) bem no centro, com um prego e depois passava-se um arame pelos furos e enchia-se a lata de areia, fechava-se bem a tampa, e atava-se  o arame com outro que servia de puxador, e estava pronto o brinquedo. 
Com o passar do tempo, podia-se aperfeiçoar a técnica, aumentando o numero de latas e também o tamanho do carrinho, assim como, produzir  também o pé de lata, que consistia em duas latas furadas no fundo, onde se passava um barbante preso por um pregos no fundo de cada uma delas e então subir equilibrando-se sobre elas e utilizando-as como um sapato de latas. Nesta epoca da minha vida, nem se imaginava que surgiria video games, internet ou qualquer outra coisa do gênero. A maior parte do tempo da nossa infância era destinado para invenções modestas, mas eram invenções do qual tínhamos orgulho de ter conseguido inventar.

Arte de rua.

Tá certo, eu admito publicamente que gosto destes trabalhos de grafite e que acabei me interessando cada vez mais, por causa do meu filho que é um apaixonado nato pela arte e que acabou me puxando para o mesmo interesse. Hoje quando faço meus passeios por outras cidades, não deixo de observar atentamente os muro ou paredes dos prédios, com esses trabalhos imprimidos, por todos os cantos das cidades e admira-los de fato como um trabalho que vem paulatinamente despertando interesse e adeptos.


Num prédio em Curitiba 

Atualmente o grafite é considerado como uma forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais mais especificamente, (da street art) ou arte urbana, onde o artista aproveita os espaços públicos criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, comparando o grafite como uma simples pichação, o que certamente não se trata da mesma coisa.

Num muro em Trindade-RJ

O grafite remonta desde a existência do império romano, onde era costume escrever manifestações de protesto com carvão nas paredes de suas construções, como se fossem mensagens em cartazes. Tratavam-se de palavras proféticas e outras formas de divulgação de leis e acontecimentos públicos. Alguns destes grafites ainda podem ser vistos em sítios arqueológicos espalhados pela Itália.


Mas foi a partir do movimento da contracultura em Paris, quando os muros desta cidade serviram de suporte para inscrições de caráter politico social que a pratica se espalhou pelo mundo, sendo vista como uma nova forma de comunicação visual artística, passando posteriormente a serem expostos nas grandes galerias de arte do mundo moderno.

Trabalho de J. Michel Basquiat.

Um grafiteiro cujo o trabalho foi reconhecido, nesta nova forma de comunicação visual, da arte da contracultura foi; Jean-Michel Basquiat, que despertou o interesse da imprensa de Nova Iorque no final dos anos 70, por suas mensagens poéticas escritas nas paredes de prédios velhos e abandonados de Manhattan, tornando-o um ícone nesta modalidade artística.


Basquiat conquistou fama internacional e logo veio a morrer prematuramente aos 27 anos, em seu estúdio em 1988, possivelmente vitima de heroína do qual era dependente. Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX.

Num muro em La Boca- Buenos Aires.

Atualmente "Os gêmeos", dupla de irmãos, grafiteiros de São Paulo, ganharam o mundo, tornando-se uma das influencias brasileiras mais importantes, ajudando a definir um estilo próprio de grafite. Seus trabalhos são encontrados nas principais capitais do mundo como: Londres, Berlim, Nova Iorque, Atenas, Havana, São Paulo, entre outras. Aqui em Porto Alegre, foram responsáveis por alguns trabalhos num projeto chamado Identidade de Rua, onde coloriram o metro da região metropolitana da capital e algumas cabines telefônicas.

Num prédio em Lisboa- "Os gêmeos".

Aqui em Porto Alegre, existem vários pontos em que o grafite substituiu aquela cor cinza, sem vida para uma nova roupagem colorida e de aspecto contemporâneo. Os próprios trens que circulam na capital para as regiões metropolitanas, ficam mais bonitos e alegres, quando suas paredes externas são grafitados com desenhos de cores vivas, que despertam a curiosidade dos usuários, com suas mensagens sutis. Isto é arte e cumpre sua função de mexer com o senso critico e criativo das pessoas.


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