Medo de avião.

Não foi tão surpreendente prá mim saber que minha colega tem verdadeira fobia de viajar de avião, afinal deve existir muita gente com este mesmo problema. Enquanto me confidenciava baixinho, demonstrava assim, preocupação de que outras pessoas a ouvissem, deixando claro seu sentimento de timidez e até inferioridade com este fato. Eu pessoalmente me sinto sempre incomodado de estar lá em cima, com o chão a muitos mil pés abaixo de mim, mas fobia é algo mais sério do que um simples medo e possui reações psicossomáticos que devem ser tratados com profissionais competentes, muita paciência e delicadeza. 
A fobia é algo que impossibilita as pessoas nos mais complexos entraves emocionais, reduzindo a liberdade e a igualdade com  outras pessoas. Imagina não poder fazer uma magnifica viagem por simplesmente não conseguir entrar num avião? Pra mim seria o fim!..
Mas a fobia desta colega, não para por aí, ela não consegue nem mesmo sair de carro para muito longe. Viajar de Porto Alegre para outro Estado, está completamente fora de cogitação, por causar-lhe a sensação de risco de morte.

Tu tá ficando muito branco!

Na fila do caixa do supermercado ontem, um menino se agitava de ansiedade em volta de sua mãe, enquanto o outro, mais velho, mexia destraido no carrinho de compras. O menorzinho, a que me refiro e que não passava dos cinco anos de idade, parecia balbuciar alguma coisa que não dava para entender, enquanto puxava a mulher  pela manga do casaco, chamando-lhe a atenção insistentemente. Ela em silencio, olhava-o com ar de reprovação, até que ele resolveu falar de modo silábico e audível: 
_Mas- tu- me- pro-me-teu!..disse mostrando-lhe a língua em sinal de protesto.
A mulher envergonhada e talves se sentindo desrespeitada, começou a falar:
_Tu tá bem., tem certeza?
_Eu tô te achando um pouco pálido.
_Olha meu filho, o que eu te falei!
_Tu tá ficando muito branco!
Então o garoto baixou os olhos e despencou no chão, como se tivesse desmaiado; o que parecia uma simulação. A mulher então nervosa e visivelmente irritada com a situação, começou a sacudi-lo pelos ombros e repetia:
_Eu te falei que o dinheiro não ia dar! 
_Eu te falei que tu tava ficando pálido!.. 
O garoto então subitamente levantou-se e saiu em outra direção enquanto ela sorria aliviada.
Eu achei estranho aquele dialogo e fiquei me perguntando que diabos de relação era aquela, cujas as atitudes, principalmente da mãe, me parecia tão doentia.

Amy Winehouse

Algumas pessoas são tão incomuns, que parecem não fazerem parte do mesmo mundo que a maioria das pessoas ocupam. Se sentem presas neste sistema que lhes causam angustia e sofrimento tornando-as vitimas de si mesmas. Tornam-se inadaptáveis, fora de contextos sociais, alheias, inapropriadas, desconexas, ridículas, loucas, perigosas, questionáveis, estranhas, mas que quando ouvidas com atenção, percebe-se uma grande sensibilidade, que as tornam muito diferentes. Foi o que sempre sentí com relação a Amy Winehouse, desde que a ouvi cantar, ou em entrevistas, onde demonstrava muita intensidade.  
Billie Holiday, Janes Joplin, Jim Morrison, Jimi Hendrix e agora Amy Winehouse, foram protagonistas desta dura realidade de quem se joga nas drogas e não consegue escapar de suas malhas destruidoras. Eu soube de sua morte, na tarde de hoje, noticiado pela Globo News, poucas horas do ocorrido.
Amy, assim como todos os cantores citados, encerraram a carreira e a vida por envolvimento com drogas antes dos 30 anos, o que é de se lamentar. 

Maus hábitos

No programa Saia Justa desta semana no GNT, Monica Waldvodgel, Camila Morgado, Teté Ribeiro e o Dan Stulbach, depois de tantos achismos e observações sobre a importância da arte na vida das pessoas,  comentaram  sobre alguns de seus vícios pessoais que por vezes são difíceis de serem controlados.
Camila Morgado falou de seu mau costume de se esforçar para ouvir discussões alheias ou observar pessoas pela fresta de janelas, enquanto Dan Stulbach, revelou um habito que tinha quando era mais jovem e agora não mais, de interpretar algumas canções de Fabio Junior, usando as mesmas entonações e expressões utilizadas pelo cantor; Uma imitação que se transformou num vicio pela insistência de se parecer com aquilo que gostava,  quem já não fez isto? 
O mais engraçado foi um dos hábito assumido por Teté Ribeiro, que segundo ela, tem uma curiosidade quase incontrolável de observar cachorros fazendo coco e cuja a reação dos outros convidados foi de Uuuhuhuhuhuhu!..
Eu lembro de um amigo que assumidamente demostrava expressões de prazer ao assistir cães fazendo sexo na rua. Ainda mais recentemente, tenho um colega, que demonstra alguma excitação com isto.
Acho que todo mundo, no obscuro de sua mente possui alguma coisa deste tipo, mas que dentro dos conceitos éticos e morais vigentes tenta sufocar ou guardar a sete chaves para que ninguém fique sabendo e até por não ser aceito por si mesmo. Falar à respeito serve de exercício para eliminar tabus e não transformar ações pouco aceitáveis em obsessões.

Do inexplicável e imaginário.

Revi ontem na TV fechada o filme Avatar, cuja a história pra mim é simples, previsível, mas as fotografias me resgatam antigos sonhos e fantasias da minha infância e adolescência. Gosto demais das fotografias do filme, daquelas cores psicodélicas, dos animais voadores, os cavalos, as plantas que se iluminam à noite ao serem tocadas, o azul da pele dos personagens e sua interação com a natureza.
Não sei por que gosto tanto destes filmes de magia e que me completam de fantasias e coisas irreais. O primeiro filme da serie O senhor Dos Anéis, também me provocou estas excitações. Eu cheguei a sonhar com Gollum o monstrinho que acompanha Frodo, na missão de destruir  o anel, me perseguindo para comer meu fígado. Harry Potter eu também gosto, mais do primeiro filme, embora não tenha ainda assistido o ultimo da saga.

A culpa é que faz engordar

Eu deveria resistir a tentação e não aceitar o convite para o almoço. Mas quem resiste num dia como o de hoje, chuvoso e frio, uma galinhada feita carinhosamente numa panela de ferro que se parece com um daqueles caldeirões de bruxo à la "Harry Potter", acompanhada de uma salada deliciosa e uma cerveja no ponto, mesmo não sendo vinho que é sempre de minha preferencia? 
O inverno parece nos fazer escravos da gula e com grande sentimento de culpa depois que levantamos da mesa, deitamos na cama, pisamos na balança e ficamos repetindo pra nós mesmos: _Por que não resisti!.. Acho que é a culpa que nos faz engordar.

Agenda

Pois bem, neste Sábado que amanheceu ensolarado, eu havia decidido ir para este lugar maravilhoso da foto aqui em abaixo e de lá observar o Estado vizinho de Santa Catarina, sobre o pico mais alto do Rio Grande do Sul, o Monte Negro. Mas o tempo resolveu fazer cara feia e chover. Talvez fosse a comprovação de que não devesse realmente ir.
Achei melhor desistir, pois não enxergaria nada lá de cima, cuja as temperaturas são sempre mais baixas que aqui na capital, formando nuvens espessas que cobrem toda a visão. Então planejei ir para este outro lugar da foto abaixo, no ultimo fim de semana do mês de Julho. Espero que a sorte esteja do meu lado e Cabo Polônio me aguarde com um dia mais bonito que o de hoje.

Amor ou obsessão por bandido?

Então a Norma (Glória Pires) da novela das Nove, parece estar toda dividida e com os sentimentos confusos com relação a vingança que planejou contra  Leonardo (Gabriel Braga Nunes), seu ex namorado que destruiu sua vida no inicio da trama. 
Será que isto é possível, depois dela saber que o cara foi responsável por todos os crimes cometidos, que ela inocentemente incriminada, pagou amargamente no lugar dele, todos aqueles anos na cadeia, sobrar alguma titica de amor?
Em conversa com um amigo na semana passada, ele me disse que já vivenciou esta parada. Que se envolveu com um cara desses, bonitão, de ficar apaixonado, de quatro, mas que ele não valia nem o peso da própria sombra. Era falso, mentiroso, ardiloso e que quase o deixou em situações parecida com a da Norma, sendo até muito grosseiro e agressivo, quando desmascarado. 
Então não teve outro jeito a não ser assumir seu amor próprio e cair fora, dizer pro cara tomar seu rumo obscuro na vida que escolhera. 
Apesar de ter tomado a decisão que lhe parecia a mais sabia, sempre que cruzava acidentalmente com o cara, sentia que alguma coisa mexia com ele. Algo do tipo atração mesmo, de ficar sentindo pétalas na garganta e desconforto dentro da calça. Não dava outra; "Escrevia não lia, o pau comia...", no sentido sexual das palavras, se é que me faço entender... Se isto é amor ou obsessão e plausível de se entender, porem tão difícil de aceitar. 

O Astro

No decorrer dos anos, tudo parece ter evoluído, de forma que até mesmos as novelas, cujo o nosso país é campeão na modalidade e respeitado lá fora, seguiu os mesmos passos. Hoje quando assistimos algumas cenas mal feitas ou mesmo que não correspondam a realidade do mundo, fica parecendo tão superficial e bobo quanto uma historia de um desenho animado, com a cenas exageradas e irreais, perdendo assim a credibilidade/veracidade. Eu concordo com o blogueiro Tony Goes ao  criticar a nova reprodução da novela "O Astro", colocado ao ar, nesta semana pela TV Globo, cuja a historia envelheceu tanto que não combina mais com a nossa realidade.
Eu gostava das historias escritas por Janete Clair, mesmo quando não concordava com alguns rumos que dava a suas novelas. Eram outros tempos e me parecia que aquelas cenas de ficção cabiam pra mim, ao menos na realidade emocional que eu acreditava ser a minha  vida. E pode crer que emocionalmente somos mais fictícios do que realistas, não é mesmo?
Passado todo esse tempo, a sensação que tenho ao rever esta reprodução, é de abrir um álbum de fotografias do passado e constatar que as fotos não batem nem com a minha realidade de hoje e muito menos com a do passado e que são apenas caricaturas mal desenhadas. Desta forma atemporal, eu pergunto onde ela se encaixa? 


O erro fatal desta nova produção compactada em 60 capítulos, apresentada pela TV Globo, se deve unicamente a falta de ajustes à realidade de nossos dias, cujos os produtores não se deram ao trabalho de adaptar. Como o Tony Goes escreveu em seu blog: É possível acreditar que duas herdeiras ricassas saiam à noite para assistir um show de magicas ou que o filho de um magnata desapegado aos bens materiais, tome aquela conduta de ficar pelado numa festa, diante dos convidados de seu pai, em protesto a sua ausência? Ora, os tempos são outros!.. 
E ainda falando em caricaturas e ajustes, não dá para esquecer a atuação afetada e cheia de maneirismos de Regina Duarte interpretando a fútil Clô Hayalla. Eu nunca fui fã de Tereza Raquel que interpretou o personagem em 1978 e que eu achava mais uma descontrolada do que propriamente fútil, mas nestas horas eu tenho vontade de chama-la de volta.

Então tá bom, não vou!

Tá bom, tá bom, então amanhã decidirei se vou ou não no passeio que planejei hoje cedo. Talvés eu adie na expectativa de um outro do qual fui convidado hoje à noite, para o ultimo final de semana do mês de Julho. Desta forma economizarei alguns tostões para uma saída mais longa e com boas companhias à bordo. Lá é muito frio, mas compensa pela beleza.
Será que dormirei no mesmo quarto assombrado da ultima vez? De qualquer maneira os anfitriões são ótimas pessoas e ainda tem fogão à lenha do qual não abro mão de usufruir quando tenho a oportunidade. Vamos ver, deixarei nas mãos do tempo!

Um velho poliglota viajante.

Há poucas horas, soube da morte de Rubens. Ele era meu vizinho e com quem eu gostava de trocar alguns dedos de prosa, quando nos encontrávamos pela rua, no mercadinho, na padaria onde costumava tomar o seu café, olhando os carros rodarem com velocidade na Avenida Ipiranga. Ficamos conhecidos, depois que lhe prestei um atendimento de urgência na ambulância e ele passou a me confundir com um vereador que nunca lembrava do nome.
Aos 82 anos de idade, morava sozinho num quarto de pensão, perto da minha casa e tinha problemas cardíacos sérios. Seu quarto era apertado e úmido, com amontoados de livros e revistas que costumava ler e reler durante a noite quando perdia o sono.
Era conhecido na vizinhança por falar vários idiomas e de ter rodado o mundo e conhecer cidades de dar inveja a qualquer principiante à aventureiro. Me falava sobre Londres, Alemanha, Bélgica, Itália e muitos outros lugares que conheceu e tinha saudades, nas suas longínquas vivencias da juventude. Me falava  com certa elegância  de ter decido viver sozinhos e por vezes de sua solidão e da família que não mais o via. _Tudo segue o seu destino!.._ costumava dizer seguido de um discreto sorriso.      Hoje quando me falaram de sua morte, lembrei de suas palavras e pensei: Ele seguiu o seu!

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...