Caminho das Borboletas
Novamente amanheceu cinza nesta Sexta, como eu gosto. Daqui do alto, vejo as pessoas caminharem estimuladas em seus trajes de esporte leve e confortável.
Gostaria neste momento de retornar à São Chico e refazer o Caminho das Borboletas, depois da curva de asfalto em forma de ferradura para a direita, logo após a parada 190.
Tô precisado de caminhar por estes lugares mágicos, cuja beleza não me parece ter uma explicação humana. Por hora; castigo meus cotovelos, debruçando-me nesta janela investigando perspectivas.
Gostaria neste momento de retornar à São Chico e refazer o Caminho das Borboletas, depois da curva de asfalto em forma de ferradura para a direita, logo após a parada 190.
Tô precisado de caminhar por estes lugares mágicos, cuja beleza não me parece ter uma explicação humana. Por hora; castigo meus cotovelos, debruçando-me nesta janela investigando perspectivas.
Aceno
Havia muito mais ansiedade do que alegria na hora da chegada, uma especie de urgencia, que me possibilitava absorver por todos os póros do corpo o ar de casa, nas ruas conhecidas de minha cidade; Mesmo se estivesse com os olhos vendados, naquela manhã bem cedo, à reconheceria pelo cheiro. Eu particularmente, tinha pressa de correr pra casa, arrastando minha mala pela larga calçada e entrar no primeiro táxi que surgisse na esquina.
Uma rápida olhada pra traz e todos estavam pousando para fotos e tambem meu querido amigo que em seguida pareceu vir em minha direção na intenção de despedir-se. Talvez ele quisesse um abraço e eu também queria!.,mas minha ansiedade me envadia tanto que sómente levantei a mão num aceno de adeus e disse magras e gentis palavras que foram insuficientes.
Uma rápida olhada pra traz e todos estavam pousando para fotos e tambem meu querido amigo que em seguida pareceu vir em minha direção na intenção de despedir-se. Talvez ele quisesse um abraço e eu também queria!.,mas minha ansiedade me envadia tanto que sómente levantei a mão num aceno de adeus e disse magras e gentis palavras que foram insuficientes.
Flor
Alguns sentimentos de perda me deixam sem voz e com os pensamentos confusos, não encontrando explicações que amenize a dor.
Amigos partem deste mundo e criam um espaço insubstituível na minha vida, deixando este nó que não se desfaz facilmente.
Eu até que percebi não estar inteiro no jantar de ontem. Na verdade, ninguém parecia estar.
Pela manhã a triste notícia já esperada, mas que ninguém queria ouvir.
Amigos partem deste mundo e criam um espaço insubstituível na minha vida, deixando este nó que não se desfaz facilmente.
Eu até que percebi não estar inteiro no jantar de ontem. Na verdade, ninguém parecia estar.
Pela manhã a triste notícia já esperada, mas que ninguém queria ouvir.
Abraços e apertos de mão
Gosto de apertos de mão cuja a pegada se revela firme e impõe presença de carater, de abraços afetuosos que transferem o calor humano do corpo e a sinceridade da alma, dos beijos doces que traduzem verdadeiros sentimentos.
Algumas mãos me parecem artificiais e faltando dedos, alguns abraços são tímidos como se não existissem corpos. Hoje fui surpreendido por pessoas que sabiam a importância destas diferenças.
Algumas mãos me parecem artificiais e faltando dedos, alguns abraços são tímidos como se não existissem corpos. Hoje fui surpreendido por pessoas que sabiam a importância destas diferenças.
Neve sobre os telhados de Paris
Sonhei que me acordava num quarto de hotel em Paris. A manhã estava ainda pouco iluminada e caia uma neve fina sobre os telhados exóticos das casas antigas numa rua estreita, acumulando-se nos passeios e esquinas ainda pouco movimentadas pelo cedo da hora.
Corri até a calçada vestindo-me apressado e pensei não estar tão feliz por estar em Paris.., mas por constatar singular beleza na neve, que encantava meus olhos atentos e enfeitiçados.
Poderia ser qualquer lugar, o que importava era a magia da neve que caia. Então posei para uma foto com amigos que se aproximavam na calçada branca, em contraste com nossas roupas escuras de inverno. A luz do flash se acendeu e nos eternizamos na típica pose de abraço, até eu me acordar de fato e pensar que os sonhos contem genuínas emoções que a realidade às vezes não alcança.
Corri até a calçada vestindo-me apressado e pensei não estar tão feliz por estar em Paris.., mas por constatar singular beleza na neve, que encantava meus olhos atentos e enfeitiçados.
Poderia ser qualquer lugar, o que importava era a magia da neve que caia. Então posei para uma foto com amigos que se aproximavam na calçada branca, em contraste com nossas roupas escuras de inverno. A luz do flash se acendeu e nos eternizamos na típica pose de abraço, até eu me acordar de fato e pensar que os sonhos contem genuínas emoções que a realidade às vezes não alcança.
Melancolia essencial
Amanheceu com uma chuva fina e uma brisa agradável entrando pela minha janela. Eu esperava à varias semanas que este clima substituisse o extremo calor que estava fazendo na cidade. Gosto de dias às vezes cinza como o que nasceu hoje, por que me causam uma conhecida melancolia essencial que parece estimular-me a momentos mais contemplativos e intimista. Si é qui mi intendi?..
Hoje cedo, assisti pela milionésima vez o filme "Another Woman" de 1988 e fiquei pensando no como este filme antigo do Woody Allen me instiga a refletir e a bater em minhas essências pessoais, em como é necessário desconstruir crenças, desfazer relações viciadas com o mundo, com as pessoas, nos divorciar-mos de nós mesmos a procura de novas referencias de amor; e quando falo de amor, refiro-me ao fraternal, ao que nos compõe e nos torna igualitários no aspecto de respeitar as sutis diferenças pessoais, as impossibilidades, as fragilidades, os medos, fazendo disto uma nova releitura de nossas convivências.
Hoje cedo, assisti pela milionésima vez o filme "Another Woman" de 1988 e fiquei pensando no como este filme antigo do Woody Allen me instiga a refletir e a bater em minhas essências pessoais, em como é necessário desconstruir crenças, desfazer relações viciadas com o mundo, com as pessoas, nos divorciar-mos de nós mesmos a procura de novas referencias de amor; e quando falo de amor, refiro-me ao fraternal, ao que nos compõe e nos torna igualitários no aspecto de respeitar as sutis diferenças pessoais, as impossibilidades, as fragilidades, os medos, fazendo disto uma nova releitura de nossas convivências.
QUANDO GESTOS SIMPLES DERRUBAM LEÕES
No dia em que viajei para Buenos Aires, foram feitas as apresentações dentro do ônibus como é de praxe: Cada pessoa revelava seu nome, o que fazia e também comentava sobre seus objetivos e expectativas com a viagem e assim procedeu-se.
Eu entendi que aquilo era uma forma de facilitar a integração entre as pessoas até então meros desconhecidos. Mas o diferencial se fez quando um dos jovens que compunha o grupo, levantou-se a o ser chamado e olhando à todos na altura dos olhos, com a expressão muita tranquila, disse que era a sua primeira viagem para Buenos Aires ao lado do namorado e que a intenção era divertirem-se muito na cidade.
Aquela atitude corajosa, se espalhou entre o silencio dos expectadores e provou que os dias em que vivemos está evoluindo para melhor e isto, através de condutas sinceras e verdadeiras como a deste jovem, que surpreendeu a todos.
Óbvio que não houveram manifestações inadequadas, murmúrios duvidosos ou outras coisas do gênero, no resto do grupo, afinal vivemos numa sociedade "moderna", cujo os valores evoluem a todo o momento em direção a uma plataforma de liberdade e respeito individual e qualquer manifestação imprópria, seria como assinar a própria sentença publicamente.
Mas o que me chamou a atenção e à partir daí postar este comentário aqui no blog, foi realmente o silencio estabelecido entre as pessoas e que considerei um divisor de pensamentos marcado por possíveis questionamentos morais entre as verdades de cada um ali sentados. Existe no silencio uma perspectiva de reflexão, mesmo que camuflado de outras intenções e isto é um passo para a construção de novas ideias, possibilitando à todos tornarem-se mais flexíveis diante das diversidades assumidas com muita naturalidade e dignidade.
Isto me fez lembrar de uma frase dita por um amigo: _Gestos simples derrubam leões!.
E é uma verdade.
Palavras e atitudes
Acho que palavras, não descrevem a verdade de nossos sentimentos, apenas ensaia o que acreditamos ser a verdade, já que precisamos de algum suporte de orientação quando tudo parece estar confuso, mas ainda com um certo controle.
O que quero dizer é que por vezes tentamos materializar nossos sentimentos confusos em palavras que facilitem a nossa própria compreensão dos fatos e assim criar justificativas aceitáveis que expliquem nossas condutas viciadas e não as coloquem em situações reprovadoras diante de nós mesmos e dos outros.
Buenos Aires me fez ver isto e ter certeza de que palavras são voláteis diante de certas atitudes que por vezes se contrapõe.
O que quero dizer é que por vezes tentamos materializar nossos sentimentos confusos em palavras que facilitem a nossa própria compreensão dos fatos e assim criar justificativas aceitáveis que expliquem nossas condutas viciadas e não as coloquem em situações reprovadoras diante de nós mesmos e dos outros.
Buenos Aires me fez ver isto e ter certeza de que palavras são voláteis diante de certas atitudes que por vezes se contrapõe.
Surpresa com uma morte anunciada
Na Segunda-Feira quando retornei de Buenos Aires, uma das primeiras coisas que fiz foi ligar o celular que deixei em casa e então fiquei sabendo do falecimento de um colega de trabalho, através de uma mensagem a mim enviada e que me surpreendeu ao lê-la no visor do aparelho. Isto me fez pensar mais do que normalmente já penso sobre a morte e a surpresa que nos causa cada vez que tomamos conhecimento dela. Parece que surpresa e a palavra chave de uma morte anunciada.
Este colega já havia se submetido a inúmeros cateterismos e pontes de safena e embora fosse sempre orientado pelos médicos a ter uma vida mais regrada e saudável, não dava muita atenção a estes conselhos; Não acreditava em liberdade e felicidade pessoal baseada em limitações impostas que suprimissem seus prazeres. De tanto ir e retornar de hospitais parecia se assegurar no fator sorte que por vezes causa a sensação de onipotencia e que sempre é possível mais uma chance e mais uma, de sobreviver, sem limites estabelecidos pelo tempo e imposto por suas proprias regras pessoais. Cada um de nós tem um pouco disto!..
O pior da morte não e a certeza de que ela virá, mas a surpresa de não estarmos preparados para recebe-la e acho que quase sempre não estamos. A pergunta que me faço é se teríamos uma outra atitude se soubéssemos antecipamente a proximidade de sua chegada.
Há momentos em que o corpo parece mandar mais do que nossas prévias certezas de imortalidade, nos arrastando quem sabe para algo melhor. Acho que foi mais ou menos isto que aconteceu com ele.
Este colega já havia se submetido a inúmeros cateterismos e pontes de safena e embora fosse sempre orientado pelos médicos a ter uma vida mais regrada e saudável, não dava muita atenção a estes conselhos; Não acreditava em liberdade e felicidade pessoal baseada em limitações impostas que suprimissem seus prazeres. De tanto ir e retornar de hospitais parecia se assegurar no fator sorte que por vezes causa a sensação de onipotencia e que sempre é possível mais uma chance e mais uma, de sobreviver, sem limites estabelecidos pelo tempo e imposto por suas proprias regras pessoais. Cada um de nós tem um pouco disto!..
O pior da morte não e a certeza de que ela virá, mas a surpresa de não estarmos preparados para recebe-la e acho que quase sempre não estamos. A pergunta que me faço é se teríamos uma outra atitude se soubéssemos antecipamente a proximidade de sua chegada.
Há momentos em que o corpo parece mandar mais do que nossas prévias certezas de imortalidade, nos arrastando quem sabe para algo melhor. Acho que foi mais ou menos isto que aconteceu com ele.
Sorte no Bicho
Meu vizinho chegou pela manhã na padaria onde eu tomava meu café da manhã. Já disse que algo estava errado comigo, pois além de beber coca-cola no bico, normalmente não tomo café fora de casa, ainda mais sentado numa cadeira na calçada olhando pra grande avenida movimentada. Ele chegou com um papel na mão e uma expressão mesclada de ansiedade e alegria, anunciando ter ganho R$ 3.600,00 no segundo premio, numa centena no jogo do bicho. Eu não entendo nada deste jogo, mas disse que sonhou com o seu primeiro emprego e então olhou o endereço na carteira de trabalho, jogando o numero do estabelecimento e repetindo o primeiro numero, 4+483. Algumas coisas justificam a atitude, mas não explica o resultado como ter sonhado com o numero, jogado e ter acertado, outras nem se justificam como a de repetir o primeiro numero. Nem ele soube explicar a razão, é apenas sorte.
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