FILMEZINHO BASICO, TAMBÉM TEM ALGO PRA ENSINAR.

Assisti na TV, hoje de tarde, o filme "O casamento do meu melhor amigo" com Julia Roberts, Dermont Mulroney e Cameron Diaz.... que acho um filmezinho daqueles comuns que encontramos facilmente em qualquer locadora da esquina e cujo final se sabe o que vai acontecer porque parece já ter nascido pronto para agradar o grande público. Não vou contar aqui toda a história do filme, pois acredito que a maioria das pessoas já o assistiram, como não me sinto seguro o suficiente para classifica-lo de medíocre, visto que já o assistí mais de uma vez e então concluo que gosto de alguns filmes medíocres.


Mas acontece que tem cenas neste filme, que mexem comigo de forma a me deixar introspectivo e eu ficar pensando... e até gostar do filme, mesmo tendo consciência que pra mim não é "aquele filme". Uma das cenas que mexe comigo é quando Julianne (Julia Roberts), resolve abrir seu coração e declarar seu amor para o amigo Michael (Dermont Mulroney), dizendo que nunca revelou-o por ser na época uma pessoa orgulhosa, vaidosa e que colocou prioridades menores a frente de sua vida como forma talvéz de sufocar este sentimento. Eles então se beijam e são flagrados por kimberly (Camerom Diaz), noiva de Michael, que sai correndo aos prantos sentindo-se traída. Julianne percebe o amor do amigo por Kimberly, quando ele corre atrás dela sentindo que a perderá para sempre e em seguida que perdeu a sua oportunidade, que o tempo passou e ela perdeu o trem das onze para Kimberly, que ela não é mais a mulher da vida de seu amigo/amor. Julianne assumi abertamente para os dois suas tentativas por vezes desonestas de reaver seu amor perdido no passado. Começa então a tomar novas atitudes para ajudar o casal a ficarem juntos, quando percebe a impossibilidade de afasta-los e que realmente se amam.


Depois de correr algumas cenas, tudo é acertado entre os personagens. Michael se casa com Kimberly. Na festa ainda desmotivada por tudo que lhe aconteceu, por sentir-se por um lado derrotada e por outro sentindo ter tomado medidas acertadas para unir o casal, faz um emocionante discurso e oferece emprestado uma musica para o casal de noivos, até que eles tenham sua própria musica. Mais tarde seu amigo gay vivido pelo ator Rupert Everett lhe surpreende com sua presença inesperada na festa mostrando-nos a importância de se ter um amigo leal, verdadeiro na hora em que nos sentimos derrotados e sem perspectivas. Bom, este é um filmezinho básico que mostra sentimentos básicos e a importância das coisas básicas em nossa vida como amor, amizade, honestidade, fidelidade, sensibilidade e que as vezes não é mais possivel retomar as coisas do passado por ter ficado pra traz nas nossas lembranças e o que sobra são os sentimentos do que poderia ter sido possivel se pudessemos ter permitido no tempo certo!

Quem compra os nossos sonhos?

Noite passada entrei madrugada à fora, conversando pelo Skipe. O assunto? Dimensão, profundidade, intensidade, expectativas geradas pelos sentimentos. Mais tarde quando fui deitar-me fiquei pensando o quanto foi positivo ter feito isto e percebido principalmente a dificuldade de se ter real dimensão de tudo oque se sonha e deseja da outra pessoa, enquanto ainda estamos envolvidos numa relação, até que ela por alguma razão se desfaça. A dificuldade que temos de enxergar os outros e a nós mesmos no emaranhado de emoções e que nossos sentimentos inúmeras vezes são egoístas, passionais e que nos perdemos em intenções subjectivas, em expectativas com desdobramentos complexos e não correspondidos. Fragmentamos alguns sentimentos grandes em pedaços menores afim de interioriza-los com mais facilidade, perdendo sua real grandeza, dai partimos para emoções cada vez menores, nos despolarizamos, distanciamos-nos até encontrar caminhos diferentes, individuais. Mas todo este processo ainda que doloroso nos impulsiona a tomar novos rumos, possibilitando-nos crescimento e reconhecimento de quem somos, e o que procuramos, nos injeta coragem e força para diminuir estes erros e aceitar as diferenças. Algumas frases ditas na conversa, ficaram marcadas e acordaram pela manhã comigo: "Os sentimentos não são uma linha reta e mudam de direção". "O mais difícil é encontrar quem compre os nossos sonhos".

Quando a psicologia vira salada de frutas

Observando o menino correr incansavelmente pela casa, ora se debatendo contra as paredes, ora sorrindo, ora chorando, a mãe se pondo nervosa em cuidados maternos, o pai chamando sua atenção, percebi o quanto as técnicas de educação aplicada pelos pais aos seus filhos na hora da tensão, são semelhantes entre as famílias em geral. Possuem atitudes que formam elos em comum, na forma de educar, nas palavras usadas para chamar a atenção, nas expressões codificadas no olhar, na tensão para não cometer erros, na preocupação de manter a postura e se mostrar competente diante das pessoas que os assistem. Enfim educar parece ser uma equação complexa com técnicas moldáveis a cada situação, e ainda passível de erros imperceptíveis aos que estão emocionalmente envolvidos. Em alguns momentos, a psicologia vira salada de frutas, deixando os pais perdidos, envergonhados e preocupados com suas próprias posturas diante das outras pessoas que também se põem desconfortáveis por talvez se reconhecerem.

Palavras sem sentido

A tarde de hoje, parecia estar abandonada!.. Abandonada como, por quem, do que estou falando se haviam pessoas nas ruas, nos carros, em suas casas? As vezes as palavras soam verdadeiras porem sem sentido, sem clareza e não se encaixam nas definições que queremos dar ao que sentimos. São palavras talvez associadas a sentimentos que também são vagos e parecem escorrerem como agua de alguma boca sedenta. De onde eu estava deitado, com a porta aberta, podia ver as largas folhas de bananeiras sacudirem com o vento e a chuva fina que lavava tudo a minha volta, até mesmo esta minha vacuidade.

Deslige a luz.

Ontem a noite, deitado na cama, me veio na cabeça a questão da comunicabilidade entre as pessoas. Se para alguns, isto não é problema, para a grande maioria ainda é uma questão a ser resolvida e principalmente quando estão envolvidos sentimentos na historia. Algumas vezes é tão complicado nos fazermos entender, justificar nossas atitudes sem causar sustos, dizer o que pensamos, sem corrermos o risco de sermos taxados de egoísta, frio ou qualquer destas coisas sub-humanas. Cria-se um clima de desentendimentos e aborrecimentos que nos transforma em seres tão isolados em nós mesmos que perdemos a capacidade de alinhar e redefinir nossas ideias para abrir novos leques de possibilidades. Ficamos confusos, divisiveis, descrentes da possibilidade de sermos aceitos como realmente somos. Nos perdemos em frases soltas que foram ditas e pareceram sem significado algum, perdidas. Quando não é possível alguma congruência, surge uma única pergunta a ser feita: Por que não nos entendemos afinal?..
E então só te resta o gesto de desligar a luz
.

Donas de suas salas

O que falta na vida daquelas três mulheres me pergunto quando eu ligo a TV e as encontro sentadas nas suas salas bebendo vinho e falando sobre suas vidas entrincheiradas aos pequenos problemas do dia a dia e as impossibilidades que elas mesmas constroem em nome de conceitos morais, família, normas, estatus, bons costumes, medo dos riscos? É desta forma que vejo as personagens de Lilia Cabral (Tereza), Leticia Spiller (Betina), Natalia do Vale (Ingrid) na novela Viver a Vida, o retrato da insegurança e de assumir riscos que deflagrem alguma instabilidade emocional e que as tirem do falso domínio de suas vidas como mulheres realizadas e resolvidas, fazendo-as apenas desfilarem nas margens de sonhos não impossíveis, mas difícil de serem realizados. E me pergunto por que depois de algum tempo achamos que tudo parece ser mais difícil de acontecer e nos recolhemos em descrenças, sufocamos nossas expectativas positivas de que tudo pode ser possível, deixando-nos medrosos, sem energia de buscar o que nos falta. Vendo-as assim reunidas as vezes buscando conforto na troca de palavras, fazendo observações inteligentes, estabelecidas em suas areas de conforto, lembro-me da musica de Cazuza: "Sentadas são tão engraçadas, donas de suas salas!.."

Conceitos que desconsertam

_ Nossa, agora sim tu ficastes melhor com estas tranças. Antes parecia-te com um globetrotter!.. E particularmente eu achava anti-funcional aqueles cabelos grandes. Pensava se tu não assustava os pacientes durante os atendimentos, se eles não te achavam com cara de bandido!

Eu fiquei pensando nas palavras chaves que ela utilizou para referir-se a minha aparência: Anti funcional, assustador, bandido?... Será que a aparência interfere sobre nossa competência profissional, nossa relação entre as pessoas ou é tudo um grande e camuflado preconceito? 
Estamos, além ou aquém de uma simples imagem pré estabelecida por conceitos rasos e raramente centrada na lógica, no óbvio de ideias superficiais que são construídas à respeito. Nem sempre o resultado de uma equação é exata e verdadeira, portanto algumas pessoas precisam aprender a olhar para os outros com diferente visão, desatrelado destes padrões falsos que ditam por exemplo, que ser negro é sinônimo de pobreza e inferioridade, que cabelos grandes e crespos é de desleixo e portanto marginalização; que cabelo de negro deve ser usado curto ou raspado. 
Para quem não sabe, o Black Power é muita mais que um modelo de cabelo a ser usado, mas uma postura de coragem diante da sociedade e imposição de valores culturais e políticos. 
Usar um modelo destes é levantar uma bandeira assumindo coragem e orgulho de suas próprias raízes, é mostrar sua própria existência a quem não quer enxergar. É dizer eu sou assim e tem quem goste, quem aprecie e me respeita. 
Li em uma revista que "quem já passa dos 40 anos sabe que, nos anos 70, quanto maior era o black power mais seria respeitado pela turma. 
O primeiro famoso a assumir o pixaim foi Toni Tornado, depois Tim Maia. Ambos haviam morado nos Estados Unidos por um tempo. 
A atriz Zezé Mota conta que, em visita àquele país, na época, deparou com os negros usando cabelo natural, voltou para o hotel e enfiou correndo a cabeça debaixo do chuveiro e sentiu como se fosse uma libertação. 
O black dos anos 70 tinha o corte bem definido. Era cortado com precisão. A moda atual é deixar o cabelo crescer sem corte, sem definição." Bom, mais do que qualquer definição ou conceito, eu descobri que uma simples mudança nos cabelos fez eu revolucionar algumas normas entre colegas no trabalho, alguns membros da família e outros que acham que o mundo deve seguir seus padrões ultrapassados e estagnados que sempre tentaram ditar regras e gritar mais alto.

Paragrafo final entre aspas, colhido da revista
Raça
edição 86

Bem dita tecnologia

poucos minutos atrás conversei com meus compadres em Foz do Iguaçú- Paraná, por vídeo conferencia. Bendita tecnologia que aproxima as distancias e pode-se perceber na pequena telinha a emoção descrita nos olhares!... Saudades de voces, voltem logo para o café com as novidades!

E oque cobre as diferenças?

Bilhetes, cartas, postagens, mensagens que entram, que chegam, o que fazer com elas, com estes sentimentos contidos nas palavras congeladas de uma pagina? Que interpretação deve-se fazer, que referencia temos destas dependências afetivas que nos prendem, da necessidade de respirar o mesmo ar que a outra pessoa, escrito, re-dito, sub-entendido nas linhas? Por que estes sentimentos ás vezes dói e geralmente é assim, distante da alegria, desagregado de liberdade pessoal, da soltura? Fico me perguntando se sómente promessas de amar basta e cobre as diferenças?...

Preço da liberdade: $ 28,95



Estive pensando na dificuldade que tenho em comprar cuecas e as que uso, quase todas não foram compradas por mim, vieram em forma de presentes de aniversário, de dia dos pais, dia dos namorados, e fora destas datas especiais, acompanhadas da velha frase constrangedora: Achei que tu estavas precisando...). Minhas tentativas de compra-las sempre deram errado no que se refere ao tamanho, conforto, tipo de material usado na confecção. Esta semana navegando pela Internet entrei num site que apresenta os mais diversos tipos de designers em cuecas. Fiquei entusiasmado com este modelo da foto que poste aí em cima onde inteligentemente foi criado uma saliência externa para acomodar oque por longos anos, foi esmagado pelas cuecas convencionais. Quanto a o preço? Nada que seja impossível de pagar para se obter a agradável sensação de conforto com liberdade merecida.
Hoje de tarde assistindo o torneio para a conquista do pentacampeonato Mundial sub-20 entre Brasil e Gana no Egito, selei minha convicção de que futebol realmente não é minha praia. O Brasil não conseguiu manter a forma na final e acabou sendo derrotado nos pênaltes, por 4 a 3, depois de um empate cansativo e monótono, sem gols no tempo normal e na prorrogação. O Brasil abusou nos erros de ataque e não impediu a igualdade de seus adverssarios após uma série de lances desperdiçados. E aquela narração do Galvão Bueno então, meu Deus, tem que ter saco para suportar! O cara te põe tenso do inicio ao fim da partida!

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...