Paciência tem limites

E o céu esta noite desabou em relâmpagos, trovões e muita chuva ruidosa sobre os telhados. Mas meu céu já havia desabado uma noite antes, algumas frações de horas antes deste temporal se mostrar. Agora pela manhã, recebo a mensagem (autosuficiente, equilibrada,.. surpreendente), dizendo que paciência tem limites. A pessoa que me escreveu isto, não se reconhece, não reconhece seus erros repetitivos e muito menos a mim e esquece talves que minha paciência, tambem pode estar chegando ao seu limite!

Brigas, erros, problemas, discussões, obstáculos, desatenções, tolices, dores, contrações. Coloque tudo em cima da mesa e sirva com vinho não2 não1

Foi oque fiz!



Jantar pra um

Algo parece se perder de mim quando chego em casa e debruço-me sobre a janela após o termino de mais um dia de trabalho, e que sinto o ar da noite me bater no rosto e nublar-me os olhos, dificultando-me (todas as visões).
Algo parece se perder de mim, que não me reconheço de inicio e que se perde no silencio que eu mesmo construo, se perde fácil e a seguir retorna espontâneo, natural em forma de um ganho, de um inspirar algumas horas depois. Nesta noite preparei-me um jantar especial: chá de maçã com canela, cuca de laranja, velas aromáticas acesas, incenso de "âmbar e cardamomo" ao som de Yanni e Vangelis.., como o Xamã sugeriu!

Blá blá blá auto ajuda?

E possível que cresçamos a cada passo que der-mos em nossa direção com o intuito de nos conhecer-mos melhor, que renovemos a cada olhar dirigido à vida a nossa volta, aceitando as diferenças, as mudanças, as dificuldades, as impossibilidades com respeito e humildade sem preocupação com o tempo que isto demande. O tempo tem dimensões desiguais a cada um de nós e é neste trajeto que aprendemos e nos tornamos mais gente!
Nossa, parece esses textos de auto ajuda! hahahaha!..

Fatalidades, estigmas, destinos traçadas?

Hoje removi para o hospital um jovem de dezessete anos que foi atropelado no mês passado por um veiculo que trafegava em alta velocidade no final de um jogo do Grêmio, nas proximidades do Olímpico. Conta sua mãe, que o carro que fazia um racha com um outro, atropelou-o em cima da calçada, fraturando suas duas pernas, além de causar-lhe traumas neurológicos que o deixaram cego, mudo e paraplégico para o resto de sua vida. Disse-me também que no dia do jogo, a família e os amigos insistiram para que ele ficasse em casa e assistisse o jogo pela TV como um prenuncio do que lhe acontecera. Que sua vida antes deste acidente, foi cheia de acontecimentos trágicos como um atropelamento anterior do qual fraturou um braço e duas costelas e mais tarde atingido por uma bala perdida, na saída de uma festa, que lhe perfurou o tórax sem comprometer qualquer órgão vital. Dizia a sua mãe que nada lhe derrubaria, que nada o impediria de viver. Neste ultimo, não teve tanta sorte assim! Fiquei observando seu corpo franzino e cheio de feridas profundas pela falta de oxigenação dos tecidos, sonda para poder alimentar-se, fralda descartável para manter a higiene e fiquei me perguntando:
Será que algumas pessoas já trazem consigo algum estigma a o nascer e vivem depois cercadas de fatalidades que as perseguem até completar seu destino, sua sorte?
Tentei esvaziar-me destes pensamentos obscuros e continuei meu trabalho mas ainda com estas ideias presas na cabeça.

COMILANÇA

Hoje tenho compromisso marcado, no aniversário do Brandão. Mais do que um compromisso tenho a missão de fazer o seu jantar de aniversário que é completamente diferente de ter apenas um simples (compromisso) possível de ser desmarcado com uma desculpa qualquer quando não se está a fim de ser mais um participante. Fui intimado à cozinhar, segundo os seus cálculos, para trinta pessoas que são seus convidados após uma aula de Biodança no Ginásio Tesourinha. O cardápio escolhido pelo aniversariante foi, macarrão ao alho e óleo com molho shoyo (prato inventado por mim) e frango frito separadamente. Sinto-me temeroso de cozinhar para tanta gente de uma só vez e ao mesmo tempo com um certo orgulho por tamanha confiança depositada em minhas mãos por parte dele. Deus me ajude e que dê certo!!
Saudações à esta Terça-feira que surgiu ensolarada, brilhante. Não quero ser queixoso e lamentar que este belo dia não aconteceu no fim de semana passado, frio, chuvoso, cinza. Quero apenas sauda-lo e viver suas preciosas horas!

Quero:

Quero ver o sol atrás do muro
Quero um refúgio que seja seguro
Uma nuvem branca, sem pó nem fumaca
Quero um mundo feito sem porta, vidraça
Quero uma estrada que leve à verdade
Quero a floresta em lugar da cidade
Uma estrela pura de ar respirável
Quero um lago limpo de água potável
Quero voar de mãos dadas com você
Ganhar o espaco em bolhas de sabão
Escorregar pelas cachoeiras
Pintar o mundo de arco-íris
Quero rodas nas asas do girassol
Fazer cristais com gotas de orvalho
Cobrir de flores campos de aço
Beijar de leve a face da lua

*Do Schow Falso Brilhante-
**Elis Regina- 1976
"Atravesso o presente de olhos vendados, mal podendo pressentir aquilo que estou vivendo... Só mais tarde, quando a venda é retirada, percebo o que foi vivido e compreendo o sentido do que se passou...
Me chamou a atenção esta bonita e verdadera frase do Livro Risíveis Amores de Milan Kundeira que li a bastante tempo!

Boa noite John Boy

O dia de hoje combina com pipocas carameladas, bolinhos fritos com canela e açúcar, chocolate quente na caneca, edredon até o pescoço e uma boa companhia para dar beijos na boca e assistir filmes como: Jeannie é um gênio, Os três patetas, Os Waltons. Epâ!... este ultimo é mais serio, mas também muito bom para se matar a saudades do "Boa noite John Boy! Boa noite Mary Ellen!" numa viagem pelo tempo ao distante fim de tarde nos anos setenta. Mas eu acreditava que a vida pudesse ser assim, que a América fosse assim, como no seriado americano "Os Waltons", uma espécie de paraíso em família, onde o amor, a bondade e a compreensão pudessem superar todas as dificuldades, conflitos e divergências do mundo. Onde todos pudessem realizar seus sonhos e que os sonhos fosse como os John Boy, tão real como no seriado. Eu acreditava mesmo!

Lambendo feridas

Mais uma noite de chuva encharcando a cidade, adiando as possibilidades de encontros a o ar livre nos bares da cidade. Nas noites chuvosas, tudo me parece mais difícil, até mesmo a vontade das pessoas saírem de casa para se divertirem, talvés prefiram suas próprias companhias em tempos como este. Há quantos dias vem chovendo sem parar, devastando cidades, destruindo famílias? Perdi-me nas contas, nos dias nublados e de pouca claridade. Os dias cinzas nos fecham em instrospecções profundas, desvia o olhar para nosso interior, divagações, questões não pontuadas que precisam de acertos. Como dizia um amigo: Dias como estes nos faz lamber feridas!

Tapete de flores

Enquanto voltava para casa ontem de madrugada, chamava-me a atenção o tapete colorido nas ruas e calçadas de PoA feito de flores de Ipê. Mergulhei naquela imagem magnifica e fiquei pensando nas pessoas que encontrara minutos atrás e sobre o que falavamos. Beto, Clymeia, Jerson, Beatriz e tantas outras presentes. O que buscávamos naquele encontro alem de parabenizar um amigo, de perpetuar nossas vidas através de lembranças saborosas, trocas de experiências, erros? Algo mais existia além do simples encontro, do momento saudoso, da musica do U2 que tocava no telão, dos olhares divididos, dos sorrisos, dos silêncios que eram quase confissões de algo que precisávamos perpetuar a todo o custo enquanto estávamos ali vivos. Somos cúmplices de dias tão desiguais a cada um de nós, mas com resultado único a todos. Tantas coisas nos diferencia mas outras nos iguala, nos deixando sem cor, sem idade, sem sexo, sem diferenças.


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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...