DEPOIS DA FESTA

Musica e muita gente no aniversário do João. Depois, voltei para casa, debrucei-me no parapeito da janela e fiquei admirando a noite estrelada. Existe festa melhor do que esta, deslumbrar estrelas?

Com cara de inverno

Hoje o dia amanheceu com cara de inverno.
Manhã sem sol e leve garoa paulistana em Poa.
Ar frio entrando pelas frestas da janela de meu quarto.
Camiseta de manga longa na gaveta, preguiça de pegar.
Cheiro de café
novo passado em coador de pano e bolinho assado na chapa quente.

Reação

Viver tem um gosto de reação, de reinvenção e mudança.
Por isto que reajo as fragmentações da minha vida, me reinvento diariamente e mudo de idéia a cada instante.

Não permitir-se é algo como:
Proibir-se. Fechar-se.
Indisponibilizar seu contato mais íntimo com a vida.
Negar reconhecer-se.
Privar-se de crescer, de dar as mãos a si mesmo e aos outros.


Da minha janela ouço carros correrem sobre a longa Avenida Ipiranga.
As praças por aqui estão escuras e vazias.
Hoje é uma noite sem lua,
sem estrelas,
sem vento, abafada. Sem o sorriso das outras noites.
Talvez por que choveu.
Talvez por que alguma coisa esteja mudando.
Talvez por que é domingo e amanhã será segunda.

sei la!




Quando acordei, tinha um cara de 16 anos deitado na minha cama. Meu filho.
Ontem saímos a noite para deliciar-mos uma pizza e uma pequena rodada de cerveja. Rolou o bate papo entre velhos amigos. Falamos de paixão, da complexidade das mulheres, de amigos e sonhos bobos que sabemos, talvez nunca se realizem, mas que vale a pena sonhar.

Não tenho certeza de nada,
por que é assim que deve ser e devemos viver, sem certezas.
Certezas empobrecem nosso intelecto,
desativam todas as nossas possibilidades de criatividade.



Todas as noites quando estou na minha casa, abro a janela de meu quarto para namorar com a lua, abraçar as estrelas e tomar banho de vento. Então me pergunto o que faz as pessoas terem tanto medo da solidão e agarrarem-se a pequenas coisas, a sentimentos mesquinhos, a sentirem dor em feridas antigas, que nunca cicatrizam.

Tenho meus momentos de melancolia, mas estes, servem para adubar o crescimento das minhas alegrias, das minhas poucas e inseguras certezas.

Pela manhã quando posso, dou uma lida em todos os blogs que tenho registrado em meu laptop e em especial as postagens de Edson Marques que particularmente tenho apreço pelo que escreve e então me deparei com esta frase causadora de polêmica interna, que nos faz parar por alguns segundos que seja e pensar na metodologia que utilizamos para nossas verdades. Verdades que achamos muitas vezes serem imutáveis, intransponíveis, perenes, maiores que nós mesmos pelo peso que a atribuímos.
Que
são falhas e muitas vezes geradoras de preconceitos, angustias, dor:

"Temos que ser infiéis às nossas convicções.
Ou não mudaremos nunca".


Presente delicado


Quando assisti este vídeo, na casa de uma amiga, percebi a delicadeza de sua mensagem.
Resolvi então posta-la por aqui.

Noite dessas, descobri o como estava necessitado de coisas que não mais me lembrava de suas existências. Faltavam-me tantas perguntas e repostas intimas e que foram sendo respondidas sob o vento discreto e temperado que entrava pela janela do meu quarto. Sob brindes, sob copos de vinho tinto que se renovavam. Sob olhares curiosos, atenção, gestos e expressão de carinho, de delicadeza.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...