No centro histórico de Nápoles, há uma outra Nápoles, que foi enterrada pela história e esconde aquedutos, galerias e até um teatro
A Nápoles subterrânea nasceu e desenvolveu-se com a cidade e é um dos pontos turísticos mais interessantes da Itália. São mais de 600 mil metros quadrados entre passagens secretas, catacumbas e aquedutos. A cidade subterrânea fica quarenta metros abaixo das características e animadas ruas do centro histórico e proporciona uma viagem no tempo através dos antigos aquedutos greco-romanos, dos vestígios do teatro românico e dos abrigos antiaéreos da Segunda Guerra Mundial.
O percurso dura em torno de 2 horas e é feito com um guia que fala italiano ou inglês.
Não se sabe ao certo quando as escavações começaram, as informações mais antigas remontam ao século VIII a.C., ao histórico Plínio (o Velho) e a algumas narrativas de escritores romanos acerca da vida dos cimérios, escavadores que habitavam em grutas subterrâneas nas redondezas de Nápoles.
Os registros oficiais começaram com as escavações dos gregos para construir muralhas, templos, cemitérios, casas, aquedutos e uma série de catacumbas da antiga Nápoles no começo do século III a. C..
Só no início do século XX, as escavações foram encerradas e os mais de 2.000.000 de metros quadrados de aquedutos e cisternas foram abandonados.
Alguns anos depois, o antigo aqueduto serviu de refúgio para milhares de pessoas que procuravam escapar dos bombardeios ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial.
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