Certa vez eu e uma amiga encontramos Adriana num Supermercado perto de casa. Mais precisamente no caixa, ao nosso lado, que estavam vazios. Foi a primeira vez que a vi tão de perto, a poucos metros de distancia, toda de preto, com olhos muito grandes, cabelos compridos e uma palidez pouco vista nas pessoas. Num outro momento de incerteza mental, minha, eu poderia dizer que nem era ela.
Ela percebeu que a havíamos reconhecido e então cumprimentou-nos com um olhar simpático, um movimento tímido de cabeça, solidário e ao mesmo tempo parecendo agradecer por não termos feito algum tipo de tietagem, ou anunciado seu nome naquele supermercado quase vazio de gente. Acredito que este encontro tenha se dado naquele período em que perdera sua companheira para o câncer e por alguma razão estava em sua terra natal.
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