Os licores me são derradeiros,
como os poemas dramáticos de Pessoa,
como os olhos rasgados e agressivos de Clarice,
como certas musicas do Djavan que ouço e vão além do meu entendimento,
mas também doces, delicados, que me puxam pra camadas mais profundas de mim mesmo,
onde a água salgada presa em mim,
me ardem as narinas e a garganta.
Por vezes tenho algumas visões,
lembranças com cheiros e sabores tão reais e mentirosos
quanto o carinho dos felinos que tem sede de agua e fome de carne.
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