O menino branco, de cara branca, de cabelos de um negro profundo, de olhos pequenos e rasgados, mostra sua alma por uma pequena fresta tímida do olho e um sorriso desconfiado de menino se transformando em homem. Navega em seu barco vermelho de velas amarelas, neste pedaço de mar, separado por concreto, janelas e telhados, onde tantos já navegaram e eu na contramão o observo.
Às vezes nada mais percebo, somente as embarcações que passam e desaparecem neste mar movimentado, onde a morsa de roupão verde, de olhos maldosos, os vigia das pedras, com seu corpo flácido e pesado, seu andar dificultoso, seus dentes afiados e bigode grosso.
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