Margarita chegou em minha casa depois que toda a visita já tinha ido embora. Tinha o olhar da desconfiança e os movimentos cuidadosos de quem procurava pistas incriminadoras, de quem é vítima de fantasmas que criou a cerca de minha vida. As vezes penso que minha alegria é sua tristeza, que minha liberdade sua prisão. Margarita é boa gente, mas não se liberta destes fantasmas que a aprisionam-na e que talvez nunca se livre em minha companhia.
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