Lendo o blog Mude de Edson Marques, encontrei este texto, escrito por ele em 05/04/09 que são as palavras que tentei dizer algumas vezes e que talvez tenha saido somente em forma de ensaio, subentendida, de pouca clareza, mas que pensava frequentemente no fundo de minha alma e era pouco entendido:
Depois de olhar-me nos olhos por talvez um minuto, ela segura-me as mãos, carinhosamente, e pergunta:
— Você me ama, de verdade?
Fico pensando.
E, numa fração de segundo, repito mentalmente o que já lhe dissera ontem à noite, entre vinhos e luares:
Amar é permitir sempre; amar é compreender sempre; amar é deixar que o outro vá — ou que fique, se assim o desejar; amar é respeitar todos os direitos humanos da pessoa amada; amar é jamais ter ciúmes; amar é não ter medo de perder. Amar é não forçar nada — nem sequer um beijo; amar é não fazer perguntas desnecessárias ou indiscretas — muito menos na hora errada; amar é deixar fluir a relação em todos os sentidos; amar é incentivar o vôo livre que o outro possa estar querendo, e às vezes até mesmo empurrá-lo com ternura para o abismo gostoso do desconhecido profundo. Amar é respeitar com devoção e aplaudir com entusiasmo o desejo de saltar que o outro às vezes tem. Amar é reconhecer afetuosamente o direito que o outro tem de fazer suas escolhas, todas as escolhas — mesmo que algumas eventualmente me excluam.
Mas, para encurtar a história, digo apenas:
— Te amo, é claro.
"Mas amo mais a verdade" — penso eu, como se fosse um Platão.
— Eu sou o maior amor da tua vida? — ela parece querer garantias impossíveis...
— Neste momento, sim — respondo, sincero.
— Você já disse isso para outras?
— ...
Tem diálogos que são intermináveis...
Depois de olhar-me nos olhos por talvez um minuto, ela segura-me as mãos, carinhosamente, e pergunta:
— Você me ama, de verdade?
Fico pensando.
E, numa fração de segundo, repito mentalmente o que já lhe dissera ontem à noite, entre vinhos e luares:
Amar é permitir sempre; amar é compreender sempre; amar é deixar que o outro vá — ou que fique, se assim o desejar; amar é respeitar todos os direitos humanos da pessoa amada; amar é jamais ter ciúmes; amar é não ter medo de perder. Amar é não forçar nada — nem sequer um beijo; amar é não fazer perguntas desnecessárias ou indiscretas — muito menos na hora errada; amar é deixar fluir a relação em todos os sentidos; amar é incentivar o vôo livre que o outro possa estar querendo, e às vezes até mesmo empurrá-lo com ternura para o abismo gostoso do desconhecido profundo. Amar é respeitar com devoção e aplaudir com entusiasmo o desejo de saltar que o outro às vezes tem. Amar é reconhecer afetuosamente o direito que o outro tem de fazer suas escolhas, todas as escolhas — mesmo que algumas eventualmente me excluam.
Mas, para encurtar a história, digo apenas:
— Te amo, é claro.
"Mas amo mais a verdade" — penso eu, como se fosse um Platão.
— Eu sou o maior amor da tua vida? — ela parece querer garantias impossíveis...
— Neste momento, sim — respondo, sincero.
— Você já disse isso para outras?
— ...
Tem diálogos que são intermináveis...
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