_Filho, a partir de hoje quero que tu seja padrinho deste menino que tu atropelastes. Quero que tu o visite todos os dias e se responsabilize pela recuperação emocional dele. Esta será a tua missão de agora em diante. Uma obrigação que assumirás em agradecimento a bênção que vocês receberam por estarem vivos!_ Dizia.
Fiquei ouvindo em silencio, surpreso e feliz com as palavras deste pai e sua atitude de conciência e respeito pela vida.
Augusto de Boal
Morreu ontem Augusto de Boal, diretor, dramaturgo e intelectual carioca do subúrbio da Penha aos 78 anos, vitima de insuficiência respiratória. Boal foi um dos expoentes de transformação no panorama teatral dos anos 60, frente ao Teatro de Arena.
"Todas as sociedades humanas são espetaculares no seu cotidiano, e produzem espetáculos em momentos especiais. São espetaculares como forma de organização social, e produzem espetáculos como este que vocês vieram ver. Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral: o uso do espaço, a linguagem do corpo, a escolha das palavras e a modulação das vozes, o confronto de ideias e paixões, tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro! Não só casamentos e funerais são espetáculos, mas também os rituais cotidianos que, por sua familiaridade, não nos chegam à consciência. Não só pompas, mas também o café da manhã e os bons-dias, tímidos namoros e grandes conflitos passionais, uma sessão do Senado ou uma reunião diplomática --tudo é teatro. Uma das principais funções da nossa arte é tornar conscientes esses espetáculos da vida diária onde os atores são os próprios espectadores, o palco é a plateia e a plateia, palco. Somos todos artistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somos incapazes de ver tão habituados estamos apenas a olhar. O que nos é familiar torna-se invisível: fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida cotidiana. Em setembro do ano passado fomos surpreendidos por uma revelação teatral: nós, que pensávamos viver em um mundo seguro apesar das guerras, genocídios, hecatombes e torturas que aconteciam, sim, mas longe de nós em países distantes e selvagens, nós vivíamos seguros com nosso dinheiro guardado em um banco respeitável ou nas mãos de um honesto corretor da Bolsa --nós fomos informados de que esse dinheiro não existia, era virtual, feia ficção de alguns economistas que não eram ficção, nem eram seguros, nem respeitáveis. Tudo não passava de mau teatro com triste enredo, onde poucos ganhavam muito e muitos perdiam tudo. Políticos dos países ricos fecharam-se em reuniões secretas e de lá saíram com soluções mágicas. Nós, vítimas de suas decisões, continuamos espectadores sentados na última fila das galerias. Vinte anos atrás, eu dirigi Fedra de Racine, no Rio de Janeiro. O cenário era pobre; no chão, peles de vaca; em volta, bambus. Antes de começar o espetáculo, eu dizia aos meus atores: - 'Agora acabou a ficção que fazemos no dia-a-dia. Quando cruzarem esses bambus, lá no palco, nenhum de vocês tem o direito de mentir. Teatro é a Verdade Escondida'. Vendo o mundo além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias, gêneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel. Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida. Assistam ao espetáculo que vai começar; depois, em suas casas com seus amigos, façam suas peças vocês mesmos e vejam o que jamais puderam ver: aquilo que salta aos olhos. Teatro não pode ser apenas um evento, é forma de vida! Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!"
*Discurso feito por Boal em 27/03/2009 em homenagem ao dia do Teatro, quando foi nomeado embaixador do teatro pela Unesco.
Ganhava buquês de rosas vermelhas em seus aniversários. Falava sempre no grande amor que sentia pela irmã que morreu jovem de tuberculose. Nunca se casou, nunca teve filhos e passou toda a sua vida ganhando afilhados e lembrando deste amor, que alguns da familia acreditavam envergonhados, ser incestuoso.
Mas enquanto olhava a revista onde mostrava praias belíssimas, em lugares onde sempre é verão, lembrei-me da dificuldade que tenho de me manter exposto a o Sol. Não que não goste de sol, mas a combinação de sal, sol, areia e calor ardendo o corpo me é perfeitamente dispensável, quanto a ficar espremido sob os minúsculo centímetros de sombra de um guarda-sol. Quando se trata do ar das montanhas, serra e lugares aconchegante em que se posso tomar um banho de água doce e ficar de baixo da sombra acolhedora de alguma árvore daí é perfeito. Acho que no decorre da vida, vamos fazendo adaptações em função de nos socializarmos com o próprio meio, com as pessoas, os amigos, a família e o que recebemos de informações dizendo-nos que é bom. Aderimos a gostos e prazeres que nem sempre é o nosso, mas dos outros e assim fica aquela sensação de um gostar, porém de menos.
Samu em ação
Fiquei sem telefone celular, que depois de várias semanas dando sinais de mal funcionamento parou por completo. Sinto-me parcialmente incomunicável e ansioso, por vezes irritado e lembrando do homem que atendi ontem, véspera do Dia do Trabalhador, e que morreu diante dos meus olhos, soterrado sob um deslizamento de terra sem que eu pudesse fazer muita coisa. Foram horas de tensão, estresse, dor e sofrimento e por fim a sensação incomoda de impotência, de que nada poderia ser feito.
O beijo na calçada
A DOUTRINA SECRETA
Cântico Negro
Cântico Negro:
Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se às coisas que pergunto em vão ninguém responde
Porque me me dizeis vós: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura!
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é quem me guia, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Não me peçam definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
*José Régio- Poemas de Deus e do Diabo-1925
Felicidade, sonhos e oportunidades
Estou atualmente criando laço firme com um namoro de muitos anos, que é viajar, conhecer lugares, pessoas, hábitos, crenças, diferenças que tantas vezes me propunha a fazer, mas que não fazia em razão das bobagens que chamamos de responsabilidades maiores. Hoje sei que não pode existir responsabilidade maior do que a nossa própria vida e seus anseios, que as expectativas que se criam devem ser respondidas em tom maior que a do meio externo. Pôr longo tempo fiquei de ouvidos tampados e preso a esta lacuna criteriosa, me responsabilizando solitariamente pôr erros que não eram só meus, mascando dúvidas, remoendo culpa. Vejo-me agora possibilitado, abrindo portas para ir em busca da oportunidade escolhida pôr mim e não a implementada e dita pela sociedade ditadora de regras hipócritas. Não é mais possível acreditar no que faliu...Pensei ainda que quanto a doença, a velhice e a morte, estas não tem jeito, nos pegará de surpresa sem hora marcada!..
Ano passado, alterando as regras do que sempre foi convencional em meus aniversários, passar com a família, escolhi viajar até a Ilha do Mel com um pequeno grupo de amigos e tornou-se o melhor presente que já me dei de aniversário.
Este ano, tenho planos de receber meus amigos num lugar sossegado e informal, para conversar-mos, ouvir-mos boa musica, acompanhado de uma taça de vinho ou champanhe para brindar-mos mais um ano de agradável convivência.
Postei mais textos esta semana do que normalmente posto nas semanas em que estou trabalhando e isto para mim é uma espécie de diversão, uma tarefa prazerosa. Percebo também que com o passar do tempo ele foi ficando mais descontraído, menos pesado que no inicio quando comecei a escrever, preocupado em ser perfeito. Não tenho a intenção de escrever coisas de cunho sério e direcionados a algum assunto especifico como vejo em alguns blogs que leio. Na verdade acho que muitas vezes nem sou especifico. Meus textos tem erros gramaticais e de ortografia e inúmeras vezes saio do foco tornando-me pouco claro para quem se aventura a ler o que escrevo. Acredito também não que tenho muitos leitores e mesmo que tivesse não me importaria com isto, pois minha vaidade são pôr outras coisas. Certa vez, coloquei um contador de visitantes que terminei retirando pois só ocupava espaço, tornando meu blog mais lento para acessá-lo. Gosto de escrever pôr que acho divertido e terapêutico e que se não existisse esta ferramenta eu provavelmente estaria fazendo o mesmo em pedaços de papel como fiz quase toda que minha vida somente pelo prazer de jogar pra fora oque me vem na telha.
Falha dos sentidos
Aniversario da ASHPS
Sedução
Dentro de mim mora o animal
indômito e selvagem
que talvez te faça mal
talvez uma faísca
relâmpago no olhar
depressa como um susto
me desmascare o rosto
e de repente deixe exposto
o meu pior
em mim germina
uma força perigosa
que contamina
uma paixão vulgar
que corta o ar e que
nenhum poder domina
explode em mim
uma liberdade que te fascina
sopro de vida
brilho que se descortina
luz que cintila, lantejoula
purpurina
fugaz como um desejo
talvez te mate
talvez te salve
o veneno do meu beijo.
*Bruna Lombardi
O trem para as Estrelas
_Em dado momento se percebe a impossibilidade de retroceder ou revirar o tempo do avesso e preencher as lacunas que foram gastas em tristezas, indecisões e crises existenciais.
O jeito e jogar-se dentro do trem para estrelas nem que seja no ultimo vagão e aproveitar o resto da viagem antes que seja tarde!
A pedra do Mosaico
Manhã de Campanha
O filme do século!
Equívocos e Embaraços
Porções Magicas
Beleza não põe mesa.
_É, beleza não põe mesa! Disse minha mãe a o final da reportagem.
Encontro de Nadismo
Cidade das àrvores
Porto Alegre é a cidade das árvores. No últimos três anos, foram plantadas trinta mil mudas. Estima-se que Porto Alegre possua um milhão e duzentos mil árvores em vias públicas, cuja distribuição beneficia um número de pessoas ainda maior que o atingido pelos parque e praças (dados da PortoWebb/procempa). Mas Porto Alegre tem lugares incríveis. Quem já não passou por aquelas ruas arborizadas com árvores centenárias dando a sensação deque estamos numa floresta ou cruzando um túnel verde fora de nosso tempo real, como se fossemos arremeçados magicamente ao passado? Ruas como a Castro Alves, Dona Laura, Luciana de Abreu, Félix da Cunha e tantas outras é o retrato vivo deste passado, combinado a sensações inexplicável que pode ser sentido na pela, no olfato quando passamos por elas. A rua Gonçalves de Carvalho em 5 de junho de 2006, foi decretada Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental pelo decreto municipal 15169/06, tendo sido a primeira rua tombada como tal em todo o país.
Queda do "Muro da Vergonha"
Exterminadores
"...Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada..."
Cazuza
Bate-papo informal
Al' zira
O menino atropelado
_Não conta pra minha mãe tio, senão eu tô frito!
Quando saí de lá, a guerra ainda continuava entre os defensores do menino, o agressor preso e a policia militar que tentava manter a ordem com uma certa desordem.
ENSEADA DOS BARCOS.
Há alguns anos atrás quando o meu mundo era mais mundo, lembro-me de colocar uma mochila nas costas e aventurar-me estrada á fora em busca de emoções que por um bom período pra mim era sinônimo de praias. Garopaba foi um dos primeiros lugares que conheci, carregando a velha mochila com barraca nas costas e meia dúzia de trocados no bolso, tornando-se pra mim um referencial de paraíso. Não importava dormir no chão duro, ou a falta de banho quente, pois o que realmente importava era a aventura e a sensação da conquista, do "enfim estar lá"
A cidade hoje, em alguns pontos não parece mais a mesma, pois cresceu muito nestes últimos anos com aumento do comercio e mansões gigantescas costeando o mar, mas a igreja na subida curva da estrada de pedra, as casas dos barcos de madeira velha e os urubus famintos continuam por lá, como nos velhos tempos da minha calça surrada e do dedo pedindo carona.
Lembro da primeira vez que experimentei suco de açaí em frente a Prainha, o sabor é horrivel e nunca mais arrisquei beber novamente. A coisa é uma gororoba grossa que gruda na boca para dar energia, isto se a gente não vomitar antes.
A casa de Deise Nunes ainda continua majestosa no alto do morro, algumas pessoas dizem que foi desapropriada por estar em área da Marinha. Não sei se foi realmente desapropriada, a verdade é que nunca vi a ex- mis por lá.
Revirando gavetas
Histórias da Cidade, Confeitaria Rocco
Atlante, segundo a Teosofia, foi a quarta Raça-raiz desta Ronda (período de tempo ou ciclos). Eles foram os gigantes que viveram 18 milhões de anos atrás, em um continente chamado Atlântida. São os primeiros que podemos chamar de "homens". A Raça Atlante representou o ponto mediano da evolução nesta atual Ronda.
Banca 40
Composta de Salada de frutas sem caldo, nata e três bolas de sorvete, a Bomba Real, faz parte da historia de muitos frequentadores do Mercado Publico de Porto Alegre.
Algumas coisas parecem ter mudado na Banca 40, referente a sua estrutura e decoração, depois da reforma que sofreu o Mercado Publico, mas o ambiente simples e o atendimento eficiente continua o mesmo.
Custa R$ 7,00 uma porção que considero grande e a gente fica querendo mais!.. A Banca possui tradição de mais de 80 anos na fabricação e comercialização de seus sorvetes. Foi citada no caderno de turismo do Jornal Estado de São Paulo, como principal ponto de encontro em Porto Alegre, o que eu discordo.
Escolhido o melhor sorvete da cidade em 2005 pelo júri da Revista Veja, concordo!.
Quem nunca foi até lá, vale a pena experimentar o sorvete e conhecer um pouco mais da história da nossa cidade!
A IGREJA DAS DORES DE JOSINO
IGREJA NOSSA SENHORA DAS DORES:
Hoje caminhando pelo centro da cidade visitei a igreja Nossa Senhora das Dores e lembrei da história que minha mãe contava sobre a dificuldade de sua construção, em função da praga rogada pelo escravo Josino, usado como mão de obra e morto, injustamente, na forca no Pelourinho em frente da igreja acusado de ter roubado uma joia que acompanhava a imagem de Nossa Senhora das Dores.
Meses depois de sua morte, as torres despencaram do alto da igreja esfarelando-se no chão. Suas palavras se espalharam pela cidade, causando medo na população que realizavam novenas ao escravo. Muito tempo se passou e a igreja ainda continuava com problemas. Raios caíram sobre as torres, rebocos que desmanchavam-se, projetos arquitetônicos que desapareciam.
A igreja levou quase um século para ficar pronta, visto que a pedra fundamental foi colocada em 1807 e sua conclusão somente em 1901.
Solitude
Antes que a cortina desça
II Churrasco do SAMU/POA
Farofa
Vestigios
História comum
INICIO E FIM
Caricatura
Domingo de Pascoa
Agora é onze horas e ainda não saí para nenhum atendimento. A cidade está calma, de uma tranquilidade pouca vista e então me pergunto se é por que é Domingo de Pascoa e as familias estão reunidas no preparo do churrasco de meio dia. Dia ensolarado, claro, bonito como poucos. Poucas pessoas no terminal de onibus. Parece realmente um dia incomum, diferente dos outros domingos que eu possa me lembrar.
Postagem em destaque
TÔ PENSANDO QUE:
Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...
-
Dia 06, pela manhã, parti de carro, para um paraíso composto de muita agua salgada e areia branca, numa vila pequena, cercada de muit...
-
esqueleto de uma embarcação em Mostardas O que achas de conhecer uma cidade pacata no interior do estado, com traços arquitetônicos açori...
-
Mato Fino foi um local de lazer, onde alguns amigos meus, curtiram tomar banho e acampar quando jovens e que por alguma razão eu nunca...