VIAJAR É UMA TERAPIA DE MUDANÇAS

E aí galera, eu estava aqui pensando com meus botões, depois de tomar o meu café da manhã, em como surgiu minha paixão por viajar. Foi depois da primeira, da segunda, ou da terceira viagem? Bom, eu não me lembro a o certo!.. Mas sei que depois da primeira, eu não parei mais!
Inacreditavelmente existe muita gente que não gosta de viajar, o que eu aceito, porque também não gosto de pizza e as pessoas se surpreendem por este fato... [Como é possível não gostar de pizza?..] porém essas "desculpas" disfarçadas de "dificuldades", para não jogar tudo pro alto, fazer as malas e sair por este mundão, pode ser um elemento pessoal criado para não experimentarmos o novo que está a nossa espera como um modificador de pensamentos e atitudes futuras.
Vou descrever aqui, algumas desculpas que ouço por ai, de gente que não curte viajar e tenho certeza que vocês já ouviram alguma vez na vida, ou quem sabe até ter dito para alguém.

ODEIO FAZER COCÔ EM BANHEIRO QUE NÃO SEJA O DA MINHA CASA:
Só pode ser brincadeira isso… a pessoa se apegar a uma privada? Ora, todo mundo sabe que quando a necessidade aperta, nada segura, o que entra tem que sair. Mas ninguém precisa passar por situações humilhantes. Alguns exercícios de relaxamento, troca de informação com algum colega de viagem podem melhorar e ate resolver a situação.


SÓ CONSIGO DORMIR NA MINHA CAMA, EM NENHUM OUTRO LUGAR:
Gente, quando se está cansado e com sono de verdade, dormimos até sentado babando o ombro do vizinho do assento do lado. Ou quem sabe a dificuldade é por que nunca dormiu numa cama melhor?


ODEIO AVIÃO, ACHO DESCONFORTÁVEL E TENHO MEDO:
Nossa.., pessoas que dão a desculpa de não viajarem por terem medo de voar, estão fadadas a não irem pra muito longe mesmo. e as que acham uma aeronave desconfortável, possivelmente nunca fizeram uma viagem de Porto Alegre a o Peru de ônibus, como eu fiz e tive minhas compensações. Tudo nesta vida tem um preço a ser pago; se por um lado é difícil e cansativo fazer uma viagem longa por via terrestre, pelo outro lado você ganha, por ter a possibilidade de  ver belas paisagens a poucos metros de distancia e até parar para se esticar, bater umas fotos, tomar um cafezinho. Agora convenhamos, numa viagem aérea, não dá para negar que se ganha tempo e conforto e muitas vezes este tempo é dinheiro.


ODEIO FAZER OU CARREGAR MALAS:
Gente!.. as malas de hoje, possuem rodinhas é só puxa-las. Se alguém acha difícil arrumar uma mala ou mesmo organiza-la, (como eu que tenho dificuldades), sempre tem alguém com mais experiencia para ajuda-lo. Uma bagagem bem feita e organizada faz toda a diferença na hora de viajar, mas também não é peça fundamental para a sua diversão.


COM FILHOS NÃO DÁ PRA VIAJAR, DÁ MUITO TRABALHO:
Ja ouvi muita gente dizer que não viaja por causas dos filhos, incomodam durante a viagem e os gastos se tornam exorbitantes. Bom, toda a viagem evidentemente deve ser planejada, assim como os filhos orientados a não extrapolarem. O exercício de convivência com outras pessoas, pode ser o estopim de mudança nas atitudes dos filhos que só interagem com a própria família, tornando-os mais doceis e sociáveis. Muitas dessas pessoas que não viajam com seus filhos, porque eles incomodam, são as mesmas que os carregam para os supermercados e shoppings centers no horário de pico comercial, tornando a vida de outros cliente e funcionários um verdadeiro caos. Não seria isto falta de socialização? Então o que dizer do casal que viajou pelo mundo inteiro levando consigo os quatro filhos: Moses, Caspar, Turis e Herbie. Na época o mais velho, Moses, tinha cinco anos e o mais novo, Herbie, apenas 9 meses. LEIA AQUI

SÃO JOSÉ DOS AUSENTES.

São José dos Ausentes possui uma beleza natural que se diferencia de todas as outras cidades da serra gaucha e possivelmente do mundo. A imensidão de vales verdes, campos altos, rios turbulentos, cascatas e cachoeiras que escorrem por paredões rochosos e cânions, parece existir somente na aquelas terras solitárias, desbravadas por tropeiros e que hoje tem servido como pano de fundo para gravações de novelas, mini-series e filmes de TV.


Descrever São Jose dos Ausentes, não é tarefa fácil, já que a cidade derrama diante dos olhos de seus visitantes lugares inacreditavelmente paradisíacos e ao mesmo tempo selvagens, despertando aqueles sentimentos de inquietude da alma ou solidão necessária. Arrisco-me a dizer que as pessoas que conhecem Ausentes, amam ou odeiam!


A todo o momento cruza-se por pontilhões de madeira, por onde escorre um braço de rio, casas de taipa, murões de pedras a se perderem de vista, campos no horizonte, que se sobressaem por sua beleza, como num cartão postal.
Nos dias frios, então, tudo fica ainda ainda mais bonito, sob o efeito da neblina que sobe dos precipícios, invadindo o lugar e tornando tudo misterioso.
Em função de todos estas características que envolve a cidade e seus vastos campos, decidi realizar uma excursão entre amigos com o objetivo de apresentar-lhes este lugar magnifico, cheio de belezas naturais encontradas somente lá.




ORIGEM DO NOME:
A região de São José dos Ausentes está ligada a muitos fatos históricos do século 18 e lá se encontrava o maior latifúndio do Rio Grande do Sul. Com mais de 1.000 quilômetros quadrados, a Fazenda dos Ausentes compreendia uma grande parte dos campos de cima da serra. Segundo alguns registros da época esse nome se deve a que seus primeiros proprietários nunca assumiram essas terras e as mesmas foram enfim leiloadas. Sendo assim, a região passou a ser chamada de Ausentes.
Outra versões é de que poucas pessoas ficavam morando neste local por muito tempo, devido as péssimas condições climáticas, o frio era tanto que a cidade freqüentemente tinha seu povo ausente.
Após os primeiros donos nunca terem assumido. A fazenda foi por duas vezes leiloada, por abandono de seus proprietários ou na inexistência de seus sucessores. Os últimos rematadores foram três paulistas, que venderam ao português, Antonio Manoel Velho, comerciante que estava se fixando em Laguna.
Início do desbravamento foi no ano de 1719, históricamente o maior latifúndio do Rio Grande do Sul. As Três Sesmarias conhecida como dos “Ausentes”, abrangia uma àrea de 129.336,69 ha; passando de Dez Sesmarias, que só foram subdivididas a partir de 1874, data do falecimento de Ignácio Manoel Velho, um dos herdeiros, que manteve a área intacta. Deixou a fazenda a seus sucessores, um deles joaquim inácio velho. Por volta de 1925 a sede da fazenda ficou para um dos herdeiros Dionísio Joaquim Velho (nizóca).
Atualmente Dalvone Borges Velho, descendente ( 5ª geração) mantém as porteiras abertas ao turismo rural, também acervo histórico cultural, na sede da fazenda dos ausentes.




O QUE FAZER EM SÃO JOSÉ DOS AUSENTES:
Dentre tantas opções para se fazer na cidade como, apreciar uma boa comida campeira,  realizar uma cavalgada guiada com alguns amigos sobre os campos, ou mesmo na beirada dos cânions, pode-se visitar e fotografar as inúmeras cachoeiras, alem das propriedades rurais que comercializam produtos como queijos, salames, geleias, cachaças artesanais.


[Já experimentou fazer uma cavalgada num dia de chuva em Ausentes?. Está aí a proposta lançada. É inesquecível!]
[E que tal provar dos licores de frutas comercializados nas propriedades rurais? É literalmente de ficar de 4]





Também poderá visitar em São Jose dos Ausentes:


A CACHOEIRA DO PERAU BRANCO:
Formada pelo Rio Sepultura, cai por pedras que parecem formar uma "escada natural". Seguindo a estrada para o Cânion do Monte Negro, é preciso entrar à esquerda na bifurcação em direção a Bom Jardim da Serra (40 km). Depois de 3 km fica o estacionamento e, a partir dali, uma caminhada de 1,5 km em subida íngreme leva à queda. Se quiser o acompanhamento de um guia, peça indicações nas pousadas.


O MONTE NEGRO:
É o ponto culminante do estado - de lá, em dias claros, é possível ver o litoral sul de Santa Catarina. Para subir ao topo não há indicações ou trilha pela mata. Mas o cânion do Monte Negro também vale a visita e tem acesso fácil: uma caminhada de 10 minutos por terreno plano, em trilha aberta, a partir da Pousada Fazenda Monte Negro. Vá de manhã, pois à tarde o risco de neblina é maior.acesso pela estrada p/ Faz. Monte Negro, 45 km de terra
Pousada Fazenda Monte Negro.



CÂNION DA BOA VISTA:
Os paredões de pedra impressionam pela extensão e pelas bordas cobertas de mata nativa. Vá de manhã, quando há menos chance de pegar neblina, e tome cuidado na estrada, uma das piores da cidade, com vários trechos cobertos por pedras. A partir da pousada, uma caminhada de dez minutos leva à borda do cânion. O acesso pela Pousada Ecológica dos Cânions, 43 km de terra (9 km precários).












CACHOEIRÃO DOS RODRIGUES:
O nome dá uma ideia do porte da cachoeira, com intenso volume de água que faz surgir uma cortina branca sobre as pedras. Abaixo da queda, o rio se transforma numa piscina natural, boa para nadar no verão. O acesso mais fácil é pela pousada Cachoeirão dos Rodrigues, com trilha de 15 minutos. A entrada de turistas só é permitida com guia. Grátis.


RIOS SILVEIRA E DIVISA:
Os dois rios têm curso paralelo e direções contrárias - o desnível de 18 m entre eles permite ver as correntes de cima. Para isso, é preciso atravessar o Rio Silveira a pé, com a água no joelho, sobre o leito de pedras. Quando há fortes chuvas, que fazem com que o rio “mais alto” transborde, há formação de corredeiras entre um e outro aumentando ainda mais o espetáculo. 


A única entrada é pela Fazenda Potreirinhos e a entrada custa R$ 3 para os turistas que não estão hospedados em Ausentes e que vêm com guias de fora do município. A partir da sede, a caminhada até a margem do rio leva dez minutos.



SERRA DA ROCINHA:
Localizada em Timbé do Sul, a Serra da Rocinha é atualmente um dos cartões postais da região. Sobre ela é possível passear de carro,  admirando a imponência de morros e abismos, muito comum naquela região. Foi construído um mirante onde os visitantes podem deslumbrar sua exuberância.








MUSEU WALDEMAR DOS SANTOS BOEIRA:
Localizado no Distrito de Silveira, 20 km de São José dos Ausentes, o museu organizado pelo próprio Waldemar Boeira, tem um acervo com mais de 5 mil peças do século 18. A visita deve ser agendada na Pousada e Restaurante Tropeiro, com a proprietária da pousada.




RESTAURANTE SABOR DA SERRA:
Outra dica, é experimentar uma tipica comida caseira, feita no fogão a lenha, no Restaurante Sabor da Serra, de propriedade da Dona Berê, no vilarejo de Silveira. A proprietária transformou sua casa simples, num restaurante muito aconchegante, onde recebe os viajantes que por ali passam para visitar os atrativos oferecidos pela cidade.







O TERMÔMETRO DA CIDADE:
Outro atrativo muito procurado pelos turistas que visitam a cidade, é o Termômetro gigante, localizado na Rua Ismenia B Ribeiro Velho, centro da cidade, em frente da igreja matriz. No dia em que fiz o passeio acompanhado de amigos, fazia 12 graus em Bom Jesus, enquanto que em Ausentes, marcava 7,5 gruas, no termômetro da cidade.



Em Ausentes você irá encontrar aquele jeito pacato de uma cidade pequena do interior e longe do grande agito dos centros urbanos. Se você for até lá em busca de festas, agitação, baladas, compras e todo um mundo consumista dos grandes centros, estará no lugar errado.
Ausentes é a cidade da tranquilidade, do silencio, da introspecção, do cantar dos pássaros, do ruído dos rios e cachoeiras, do silencio necessário para se ouvir a natureza como um presente divino.
Assista a este vídeo interessante, sobre algumas histórias e costumes do povo gaúcho:


Até o próximo passeio!


UMA DAS COISAS SIMPLES DA VIDA.



Comida de mãe é coisa que põe em risco qualquer prato elaborado por chefes de restaurantes chiques e especializados em ciências gastronômicas. Pois é, ontem fui almoçar com minha mãe e ela preparou, arroz branco, salada de chuchu com rúculas, bife à milanesa e um feijãozinho mexido que somente ela sabe preparar. De sobremesa um sorvete de uvas (industrializado é claro), mas com pedaços da fruta que olha, sem palavras...


Depois sentamos no jardim para falar da vida das plantas, as que não deram flores, as que as formigas destruíram e as que simplesmente não vingaram, por motivos desconhecidos. Eu sinto muito prazer neste encontros simples em que se fala somente das coisas simples da vida e que nem sempre nos permitimos. Fico angustiado de pensar que haverá um dia em que não terei alguém para falar destas coisas tão banais e necessárias.

ADÃO LATORRE E CHICO DIABO BANDIDOS OU HERÓIS?

Eu gosto de ouvir, de conhecer e também de contar histórias e por isto estou sempre correndo atras delas, e um fato que me chamou a atenção, foi a historia de Adão Latorre e Chico Diabo, dois personagens emblemáticos e contraditórios, que fazem até hoje os historiadores discutirem, se eles foram afinal bandidos ou heróis? Minha curiosidade só aumentou quando uma amiga de minha sogra contou-me ser parente de Adão Latorre. Ela apelidada de titia, chamava Geni Latorre Traçante.


Visitar a cidade de Bage me oportunizará conhecer além de seus monumentos históricos, sua cidade cenográfica, onde foram gravadas as cenas do filme "O Tempo e o Vento" e também os túmulos desses dois homens tão emblemáticos: Adão Latorre e Chico Diabo.
Latorre foi enterrado no cemitério dos Anjos, localizado a 5 quilômetros da cidade. Homem negro e pobre,  lutou na revolução federalista, ocupando nas forças oposicionistas, o posto de tenente-coronel em 1893 e coronel em 1923. Sua história mais famosa, foi a degola do Rio Negro, onde Adão degolou mais de 300 Chimangos (como eram chamados os governistas em 1923).


Ainda, num outro cemitério distante a 12 quilômetros de Bagé, está sepultado o cabo Jose Francisco Lacerda, mais conhecido como, Chico Diabo, famoso militar que matou na Guerra do Paraguai, o comandante Solano Lopes, no cerro do Corá - Argentina, em 1870.
Veja toda a sua história AQUI.
Acho importante ir atrás destes fatos históricos, em que homens apostavam suas vidas em batalhas sangrentas, na defesa de seus ideais políticos e que são tão pouco divulgado nas cadeiras escolares, do nosso país.


Para quem desconhece, a Revolução Federalista ocorreu no Sul do Brasil e teve como causa o confronto entre dois grupos. Um defendia maior poder para o presidente da República, que eram os pica-paus, e o outro queria a descentralização do poder, que eram os maragatos.

A revolução terminou em agosto de 1895, no governo de Prudente de Moraes, que recebeu a alcunha de “Pacificador”. Prudente de Moraes assinou um tratado de paz com os maragatos, em 23 de agosto de 1895, na cidade de Pelotas (RS).



Adão Latorre era uruguaio e nasceu no departamento de Rivera. Aos 16 anos já era cabo e dois anos depois foi promovido a sargento. Em 23 de abril de 1862 obteve a patente de subtenente, chegando a capitão em 25 de maio de 1875 e a sargento-major em 20 de novembro de 1881. Nesta altura já era casado e tinha dois filhos. Na década de 1880 mudou-se para a localidade de Olhos d'Água, no interior de Bagé, para trabalhar na estância da família Tavares, sendo acompanhado por um pequeno grupo de peões oriundos de Corrientes.

Em 3 de fevereiro de 1893, dois dias antes de estourar a Revolução Federalista, Latorre foi promovido a tenente-coronel e juntou-se ao general Zeca Tavares, ao qual já havia servido. Latorre entra para a história sulina quando, sob o comando de Zeca Tavares, combatentes federalistas (maragatos) e republicanos (pica-paus), comandados pelo general Isidoro Fernandes, se enfrentaram durante sete dias às margens do Rio Negro, na área da atual Hulha Negra. Diz a tradição que nesta ocasião Latorre degolou cerca de 300 prisioneiros. No entanto, essa versão parece ser um mito, pois testemunhas oculares, assim como registros dos oficiais maragatos, contam que a maioria dos prisioneiros já estava de fato morta, tendo sucumbido durante a batalha, sendo degoladas em torno de 30 pessoas.
Adão Latorre foi morto já em idade avançada no dia 15 de maio de 1923, durante uma emboscada, no combate de Santa Maria Chica (Passo da Ferraria) em Dom Pedrito, planejada pelos comandados do major Antero Pedroso, a fim de vingar a morte de seu irmão Manoel. No mesmo ano seu corpo foi transladado para Bagé, onde foi sepultado no Cemitérios dos Anjos.

Contam que Adão foi fuzilado na batalha, depois foi degolado e cortaram as orelhas.

CONSTRUÇÕES ANTIGAS EM BOM JESUS.


Neste final de semana, 25/10/2015, passei com alguns amigos, pelo centro da cidade de Bom Jesus, contemplando seu magnifico acervo de residencias antigas - construídas em madeira. A cidade foi rota do tropeirismo, um dos capítulos mais importantes da formação cultural do povo gaúcho e da economia do país. 








VALE DO QUILOMBO E LINHA 28 EM GRAMADO.

Neste domingo, 18/10/2015, fui visitar com uma amiga (Rosane), o vale do Quilombo e a Linha 28 em Gramado. Área rural, que possibilita o contato do visitante com toda a exuberância e beleza dos morros da mata Atlântica, cascatas e também as construções dos antigos imigrantes que no passado se instalaram naquela região. O passeio não poderia ter sido melhor.
                         Acompanhe aqui!

VISTA DO VALE DO QUILOMBO

Quem já visitou Gramado, deve ter parado em algum momento naquele mirante da Avenida das Hortênsias, próximo da Aldeia do Papai Noel, e se encantado com a vista proporcionada, lá de cima, descortinando um vale, ha 850 metros de altitude.
Pois este vale, chamado Quilombo,  provém de um grande número de negros que eram escravos das fazendas da Serra e redondezas, que ao serem libertados, estabeleceram-se naquela região. Dizem que tempos atrás, era comum se ouvir de longe, a batida de tambores em seus batuques e festejos, que posteriormente se espalharam por outras regiões mais distantes.

GRAMADO- CENTRO URBANO

O nome da cidade "Gramado", está relacionado ao seu passado, quando servia de passagem para tropeiros que tocavam o gado pelos campos de cima da Serra, no fim do século XIX. E para quem tem curiosidade como eu, o nome da cidade de Gramado está ligado a duas hipóteses: 
  1. Ao chegarem no topo da Serra, tanto tropeiros quanto imigrantes encontravam um pequeno campo de grama macia e verde que servia de repouso e revigorava suas forças. Este gramado, segundo alguns, foi responsável pelo batismo da cidade. 
  2. Há outros que acreditam que a origem do nome da cidade se deva ao acesso do Vale dos Sinos à Serra, pela Serra Grande, que inspirava muito cuidado na travessia e era chamado de Gramado.
Esta região do Vale do Quilombo, dá a oportunidade dos visitantes conhecerem uma Gramado mais rural e com vistas belíssimas, para quem aprecia passeios contemplativos e históricos, observando paisagens paradisíacas e vivenciando o dia a dia de famílias de descendência italiana, que contam e mostram suas historias, tradições, costumes, através do manejo com animais e a terra.

GRAMADO - CANELA

Seguindo a Avenida das Hortênsias, no sentido Gramado-Canela, (na esquina da fabrica de Chocolate Prawer e o posto da gasolina Shell),  descendo a estrada de chão a direita já é possível perceber o que a natureza guarda para os seus visitantes. Veja o mapa no final da postagem.
São paisagens de inacreditável beleza e dignas de cartão postal em meio a natureza intocada e preservada. A trilha pode ser feita à pé (para quem tem fôlego), ou de carro, pois são uns 12 quilômetros de distância, onde se pode visitar:

A IGREJA SAN VALENTIN:
Toda construída em madeira, que nos remete aos tempos da colonização italiana. A o que parece a igreja ainda funciona para alguns eventos, pois encontramos restos de grão de arroz em sua escada de entrada. E para provar que não estou inventando, está aí a foto!

1- IGREJA SÃO VALENTIN
2- IGREJA SÃO VALENTIN



















ECO PARQUE SPERRY:
Trata-se de uma propriedade de 20 hectares de mata atlântica, dedicado  a atividades de preservação ambiental, aberta a visitação, onde é possível o contato com a natureza e realizar trilhas de baixa dificuldade em mais ou menos uma hora de caminhada.


1- PARQUE SPERRY


As trilhas ecológicas são sinalizadas com placas explicativas, dando acesso a uma cascata e três cachoeiras, sendo a Cachoeira da Usina a maior de todas, com 45 metros de queda d'água.
Um mirante construído no meio da trilha dá acesso a visualização da Cascata do Trombão e a possibilidade de sentar para descansar tirar fotos e depois seguir a trilha que leva as outras quedas d'água.

2- PARQUE SPERRY


RESTAURANTE BÊRGA MÓTTA:
No Ecoparque Sperry fica o Restaurante Bêrga Mótta, comandado pelos chefs Guilherme Sperry e Tatiane Milanês. Não chegamos a tempo de experimentar o almoço, mas o ambiente é acolhedor e decorado com muito bom gosto. Grandes cortinas de vidro, fazem a integração do ambiente com a natureza, dando a sensação de que estamos fazendo as refeições dentro da mata nativa.

1- INTERIOR DO RESTAURANTE

Nas trilhas em volta do restaurante, você encontra pequenas pontes que cruzam os braços de rios turbulentos e que formam mais adiante belas cascatas. O restaurante ainda conta com uma orta em seu patio, onde são colhidos algum produtos orgânicos, utilizados no preparo das refeições.

2- INTERIOR DO RESTAURANTE

3- INTERIOR DO RESTAURANTE

FUNCIONAMENTO DO RESTAURANTE:
De terça-feira a domingo das 9h às 17h
Aberto durante todo ano.
Restaurante Bêrga Mótta aberto aos sábados, domingos e feriados das 12:00 às 15:00.
Valor R$ 55,00 (isenta o pagamento do ingresso)
Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
Reservas para grupos acima de 10 pessoas pelo fone 54 9625 9854.

INGRESSOS NO ECO PARQUE:
Adulto: R$ 12,00
Crianças de seis a doze anos: R$ 6,00
Telefones:
54 9629 8765

CACHAÇARIA VALE DO QUILOMBO:
Seguindo viagem pela estrada sinuosa e de terra, encontramos a cachaçaria de seu Romeu, que a fabrica a muitos anos, em sua casa. Nos contou também da sua expectativa e esperança de que o asfalto chegue até a Linha 28, como na Linha Bonita, o que evidentemente lhe favorecerá na questão turística e econômica.
Nos falou também, que haviam muitas casas centenárias na região e que foram destruídas por herdeiros, que desconheciam a importância da preservação cultural. Nos fundos da Cachaçaria de seu Romeu, existe um pequeno lago, onde marrecos nadam tranquilos e galinham desfilam livremente pelo patio, como deve ser a realidade do dia a dia, dos que vivem no campo, talhando sua própria sobrevivência e memória cultural.
Até o próximo passeio!



Nosso próximo passeio já programado, será a Linha Bonita, também no interior do Gramado. Aguardem!..

O MAPA ABAIXO, MOSTRA COMO CHEGAR NO VALE DO QUILOMBO
E LINHA 28 EM GRAMADO.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...