Transporte coletivo

Hoje, fim de mês, foi um dia daqueles!.. Transferências bancarias, Pagamento de contas, renegociação de dividas e para me deslocar a tantos lugares e enfrentar filas, ouvir explicações sobre transações financeiras e funcionamento de taxas de juros, deixei o carro na garagem e fui de ônibus para evitar além de tudo o estresse de dirigir neste transito maluco e sem lugar para estacionar. Devo dizer que não foi uma experiencia traumatizante como pensei, uma vez que a frota de transportes da cidade atualmente, oferece conforto e tranqüilidade aos passageiros e você pode ainda optar entre vislumbrar pela janela os vários roteiros viários como praças, modelos arquitetônicos de prédios em construção, desvios, acidentes no percurso ou ouvir a conversa de algum passageiro no coletivo. No meu caso, decidi prestar atenção a uma jovem sentada a o meu lado e que falava no telefone celular com seu namorado ou talvez marido, não sei! Mas ela perguntava-lhe insistentemente se iram sair à noite e ele provavelmente dava-lhe alguma desculpa ou justificativa de sua impossibilidade, por que ela balbuciava baixinho e de voz meio embargada: Como? Eu não acredito! Tu não podes fazer isto comigo, eu já me preparei, gastei oque não podia! Pensa com carinho amor!..Depois de alguns segundos pensativa e em silencio, desligou o aparelho abruptamente e levantou-se para desembarcar na próxima parada com a expressão refeita e a pressa dos que não podem perder tempo com problemas menores. Como eu!

A BELA VOZ DO BRASIL.

Dia 25 do mês 07, sexta-feira, a Tv Globo presenteou nós, telespectadores, com um belíssimo show em homenagem á Edu Lobo, considerado um dos ícones da nossa musica popular brasileira. Edu foi parceiro de Vinícius de Moraes e ganhou um dos grandes festivais de musica com Arrastão, depois novamente com Ponteio. 

Para interpretar as musicas de Edu o programa Som Brasil convidou Mônica Salmaso, Thaís Gulin, Nação Zumbi e Bena Lobo- filho de Edu. Particularmente o ponto alto do show foram as interpretações das musicas, Beatriz, Ciranda da Bailarina, Casa Forte e A história de Lili Braun na magnifica e afinadíssima voz da cantora Mônica Salmaso, em dueto com Edu. 

A produção do programa Som Brasil da Tv Globo está de parabéns por nos proporcionar tamanho espetáculo.

Link: Mônica Salmaso interpretando "Beatriz".

Benzeduras

Dona Djanira gostava de me benzer, dizendo que eu tinha mau olhado quando que eu era garoto. Pegava sua enorme tesoura preta e enferrujada com um carvãozinho aceso, preso na ponta e um copo de água na outra mão, enquanto falava coisas baixinhas que eu acreditava ser orações de proteção. Nunca ouvi direito o que falava, mas sabia que era de boa intenção. Dona Djanira já se foi a muito tempo e eu mais do que nunca preciso em certas horas de sua proteção.

Nascimento do dia.

Era noite quando Tereza e eu caminhávamos na beira da praia observando as ondas explodirem nas pedras e suas espumas lamberem a areia branca. Caminhávamos abraçados e descalços sobre o tapete fofo, enquanto observávamos também o horizonte turvo e compacto, onde o céu e o mar se unem e se perde a noção do que é água e do que é céu. Vimos então um risco de luz tímido aparecer por de traz das ondas negras. Quando paramos para olhar, esta luz se expandiu em raios por cima da aguá e uma bola vermelha começou a surgir, assustadoramente bela de dentro do mar. Sentamos assustados sem saber oque acontecia e a medida que crescia foi iluminando tudo como uma imensa tocha de fogo mágica. A noite desaparecia rapidamente diante de nossos olhos como se abrissem uma janela num quarto escuro, por que tudo se iluminava e então percebemos que assistíamos um milagre natural, a morte da noite e o nascimento do dia. Jamais me esqueci disto!



29/07/2008

Eu aprendi a lançar um olhar diferente para as pessoas da qual convivo. Tento buscar motivos óbvios para suas atitudes perante a vida e a mim, atitudes nem sempre aceitáveis, nem sempre amáveis, nem sempre compreensíveis. Não me permito acreditar em falsidades, em segundas e terceiras intenções, mesmo sabendo que tudo pode ser possível. Viver na desconfiança é tentar sobreviver numa gerra fria sem saber quem são os aliados, arredio, sem perspectivas de dias melhores. Quando penso nelas, tento acreditar em seres humanos melhorados e passivos de erros, que preze acima de tudo a boa convivência, o respeito e a dignidade entre as pessoas. Se não, por que estar por aqui?

Salton Flowers Aromático/ Demi Sec

Ontem a noite foi momentos de risos, de saudades, e lembranças da infância e da adolescência sentidas tão perto na emoção, mas tão distante no tempo. Regamos tudo com um vinho barato e delicioso, chamado Salton Flowers, branco, demi- seco com aroma de flores cítricas, rosas, jasmins e frutas como pêssego, abacaxi e banana. Dormi em paz e feliz.

A visita

De noite Chayanne ainda com o mesmo rosto moreno de quinze anos atrás, entrou em minha casa, invadiu meu quarto e em silencio, cantou o mantra que a muito tempo não cantava sob a fumaça de incensos cheirosos. O mantra da Harmonia. Lembrei -me dela quando ainda era Irene, antes de entrar na filosofia indiana e trocar de nome, de vida, de amores. Será que eu ainda estava sob o efeito do vinho?

Canoas de Caiobá


As canoas ficavam ancoradas de frente para o mar, esperando a hora de partirem. Eram tantas as cores que ficava difícil eleger a mais bonita entre todas! Eram iluminadas pela luz da lua e quando por ali se passava sentia-se o cheiro do mar , do peixe, da simplicidade, da liberdade que se vê somente em cartões postais.
Saudades de lá!

Quinta-feira

Quinta-feira tudo parecia estar bem, mas de uma hora para outra me vi estranhamente inquieto. Era noite e saí para jantar na casa de amigos e mesmo no clima caloroso e festivo com que sempre sou recebido, sentia-me deslocado e desatento a tudo e a todos. As anchovas grelhadas estavam ótimas e o vinho tinto nem se fala, mas eu, oscilava entre sentimentos de ansiedade e angustia, do qual não sabia sua origem e nem oque fazer para que passassem. Caminhava de lado para outro, debruçava-me sobre as janelas sem me fixar em nada que via e a cabeça repleta de um vazio sem dimensões. Em alguns minutos parecia que sobrava um pequeno espaço de raciocínio lógico, onde eu retornava ao 'planeta de origem', as pessoas, as anchovas grelhadas, ao vinho que pouco bebi; depois voltava a me perder no meu próprio vazio. Mais tarde, ja em minha casa, buscava algum mecanismo interno que me fizesse retroceder daqueles sentimentos que só me abandonaram na manhã do outro dia, quando acordei.

Devagar quase parando

Meu colega costuma dar muitas gargalhadas, acha que a vida é pra isto mesmo, sorrir, se divertir, viver sem estresse. Honra seus compromissos no trabalho e nas horas vagas sua agenda e repleta de bailes em clubes, aniversários, casamentos, jantares, bate-bolas com vizinhos finalizados com grandes churrascos. Quando dirige seu carro não passa dos sessenta e se fazem algum comentário negativo a respeito vai logo dizendo: Pra que correr se vamos chegar lá mesmo! Caminha com passos lentos, mãos nos bolsos, assoviando e olhando para os lados como se visse coisas que os ditos "normais" não vêem por que tem muita pressa. Chamado de preguiçoso por alguns e "devagar quase parando" por outros, vai vivendo. Afinal por que ter pressa?

Violências corriqueiras

Falar de um assunto corriqueiro não sei se é bom por que me parecem aquelas velhas histórias repetitivas, mas que vivemos nos debatendo com eles pelas ruas todos os dias, isto é uma verdade. Será que ninguém nunca enfrentou uma situação semelhante? Pois bem, na semana passada quando fui ao banco verificar meu saldo e realizar algumas transferências, deparei-me com uma cena lamentável e que me deixou revoltado, pelo desrespeito e falta de sensibilidade humana. Primeiro quero dizer que aquelas portas giratórias, instaladas em bancos para trazerem segurança aos cliente e ao próprio banco é uma piada de mau gosto. Você tem que se desfazer de todos os objetos de metal que carrega consigo, inclusive platinas de cirurgias reparatórias, próteses dentarias, D.I.Us, se puder tirar é claro, para poder passar enquanto todos te olham como se você fosse um marginal pronto à assaltar o banco. Segurança, ledo engano! Uma vez fiquei preso em uma delas e só depois, por muito custo foi liberada para que eu passasse. Já na fila do caixa, o senhor que passara na minha frente deu um sorrisinho irônico e mostrou-me a arma que carregava na cintura e passou no detector de metais sem maiores restrições. Mas voltando à semana passada, já estava dentro do banco esperando um dos caixas eletrônicos se desocuparem, quando percebi uma senhora idosa tentando entrar e sendo barrada na porta giratória que trancava cada vez que ela forçava a sua entrada. O segurança do outro lado olhava-a com desprezo e dizia-lhe para deixar sua bolsa num nicho transparente de objetos, sem que ela pudesse ouvi-lo. Repetia varias vezes enquanto ela forçava a porta e fazia sinais de que não conseguia ouvi-lo. Ele provavelmente também desconhecia que vidros diminuem a acustica e repetia sempre a mesma frase. Depois de varias tentativas de mimicas e monólogos incompreensíveis ele resolveu abrir a porta, a contra gosto e resmungando: Além de velha é surda!
Comentei com uma jovem senhora que estava ao meu lado, sobre a violência assistida e fiquei pensando quando tempo ainda falta, para que eu seja tratado daquela maneira absurda e desrespeitosa como foi tratada aquela idosa.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...