TERCEIRO DIA EM AMSTERDÃ

Estou no terceiro dia em Amsterdã e preciso ter pressa. Pressa de conhecer o que ainda não vi, antes de partirmos (o grupo) para Paris por 5 dias.
Já sei que iremos de ônibus para Paris, o que levará mais tempo do que de trem, mas esta opção nos dará a oportunidade de conhecermos Roterdã, uma cidade bem moderna na Holanda, Antuérpia e Bruxelas, na Bélgica, mesmo que só de passagem.


Mas voltando a Amsterdã, decidi fazer um passeio de barco pelo canal, já que bicicletas, nem pensar, sou péssimo em duas rodas, acho que nem lembro mais como se anda e elas são velhas, aparentando pouca segurança.
Dali fomos visitar outros locais não tão disputado turisticamente, mas  de grande valia para a curiosidade de quem quer conhecer um pais cuja a cultura é vasta e completamente diferente. 


Ainda na beira no Canal, depois de olharmos a feira de flores (tulipas), fomos convidados por uma artista plástica brasileira, a visitar seu atelier dentro de uma embarcação, que também é sua moradia a mais de cinco anos. Foi neste dia também que sem querer, assistimos a um casamento gay na beira do canal e trocamos um dedo de prosa com um morador de Jordan, muito simpático; que por sorte falava em inglês. Pra gente que vem de fora e assiste por pura sorte, a um casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, acompanhado de padrinhos e um juiz de paz ou celebrante na beira de um canal em Amsterdã é algo incomum e ao mesmo tempo exitante.


Andando pelas estreitas ruas puxamos conversa com alguns trabalhadores que reformavam a fachada de um prédio estreito. As casa vivem em reforma por aqui, por se desnivelarem em função da instabilidade dos terrenos na beira dos canais.  Acho que os trabalhadores não nos entendiam e nem nós a eles, e a comunicação foi mais por gestos do que com palavras. Mesmo que estivessem nos xingando ou debochando em holandês, continuamos sorrindo daquele jeito brasileiro de achar graça de tudo e de querer ser sempre aceito por todo mundo. Pelo menos eu me senti, como se estivesse fazendo parte da rotina da cidade.

 

Em Amsterdã sobram oportunidades de se divertir e estar envolvido com arte, com paixão e beleza. São vários museus, ateliês, bibliotecas e salas de teatro disponíveis para se visitar e divertir-se.
Na ultima noite, voltamos ao Head Light District, para ver mais uma vez uma das grandes atrações de Amsterdã, as prostitutas nas vitrines e o grande movimento de gente pelas ruas. Jantamos no mesmo restaurante, o das costeletas de porco e depois curtimos uma Pub gay nas redondezas.

Voce não entendeu o enredo deste samba?

Parem de pensar em amores perfeitos, idealizados, sonhados, a realidade é diferente, não é nada disto, ela dispõe de seres humanos comuns e já com defeitos de fabrica, é tão difícil entender isto?... Eu posso até desenhar se você não entendeu o enredo deste samba.

Preservativo Africano

Mas este Blog estava ficando muito serio, introspectivo, pesado e então para deixa-lo mais light, resolvi postar este comercial de preservativos africanos que aposta naquele mito de que os homens negros são.... Meu filho descobriu no Youtube e me repassou.

QUEM FISCALIZA A FALTA DE CIDADANIA

Caminhando pelo centro de Porto Alegre, coisa que normalmente não faço, pois ao contrario de muita gente não é o meu trajeto para o trabalho, percebi algumas irregularidades que pretendo colocar aqui no blog assim que possível, mas hoje um fato que não foge de uma irregularidade também me surpreendeu, não que eu já não soubesse da existência destes tipos de acontecimentos, mas me fez cair a ficha e entender o porque quando estive em Amsterdã e passeávamos em grupo e inesperadamente quando nos dávamos por nós, estávamos no meio das ciclovias sendo praguejados pelos holandeses que respeitam muito as regras de transito. Somos desatenciosos e mal educados no sentido de não recebermos uma educação que nos conscientize e também nos puna no caso de provocarmos essas irregularidades. Mas o que eu vi hoje e até me estimulou a bater uma fotografia pelo telefone celular, não foi apenas um caso de desatenção e falta de orientação, mas de respeito e de total irresponsabilidade e cidadania.


Vinha um funcionário do Correios e Telégrafos pela ciclovia no centro da cidade, que é pintada de vermelho, e então chama bastante a atenção, quando se deparou com um grupo de pessoas, que não eram jovens, batendo papo bem no seu caminho, o que fez com que ele diminuísse a marcha e buzinasse para que se afastassem e deixassem-no passar. O grupo além de não se afastar o suficiente, fazendo o ciclista avançar na pista de automóveis, vaiaram-no e fizeram algumas observações debochadas, retornando para mesma posição em que estavam, no meio da ciclovia, como se estivessem cobertos de razão.
Uma coisa é você estar caminhando pela calçada e sem querer, por desatenção, invadir uma ciclovia, outra é você estar consciente que está em cima dela, atrapalhando o trafego de circulação.
Agora me diz se eles não mereciam uma multa bem gorda, para aprenderem a respeitar os direitos dos outros? Mas evidente que isto só seria possível se houvesse quem fiscalizasse né mesmo?..

A ESCADARIA DA POESIA EM PORTO ALEGRE.


Escondida entre as ruas Duque de Caxias e André da Rocha, no Centro de Porto Alegre, a Escadaria 24 de Maio, corta ao meio um conjunto de prédios antigos e habitados no Centro Histórico da cidade. 
Inspirada na famosa escadaria Seleron, que liga a Lapa ao convento de Santa Teresa, um dos cartões-postais do Rio de Janeiro, os degraus da escadaria gaúcha, foram decorados com azulejos que vistos de longe, formam um mosaico coloridos, onde o diferencial são as poesias gavadas em cada um.


Esquecida durante anos pelo poder publico, em 2012 foi revitalizada pela artista plástica Clarissa Motta, que levou poesia aos seus degraus, através de depoimentos de moradores, além de frases de gente famosa como Carlos Drummond de Andrade, Rira Lee, Paulo Leminski, Erasmo Carlos.


A escadaria foi construída em 1942, entre a Rua Duque de Caxias e a Avenida André da Rocha  no governo de Loureiro da Silva. Atualmente está com aspecto de quem necessita de mais um dose de revitalização, como pintura dos prédios laterais e da própria escada onde em alguns pontos mostra a presença de fungos e lixo deixados pelos usuários.

EU PRECISO SAIR E VER O ESTRAGO

Eu preciso sair e aproveitar este sol que tá pintando meio tímido. Eu preciso ver o que sobrou depois do fogo, depois da chuva sobre o Mercado Publico. Eu preciso respirar o novo ar com dióxido de carbono, já que não pude comprar as panelas de barro, planejado na semana passada, depois eu volto possivelmente angustiado. Eu preciso ver o estrago que tudo isto causou em mim e na cidade.



Clube de Lutas.

Depois do beijo na Sexta Feira e das provocações e brincadeiras no primeiro round de luta com o americano Chris Weidman na madrugada de Domingo, nosso lutador Anderson Silva foi nocauteado, perdendo assim o cinturão já tentado por outros lutadores de MMA. Algo me diz que foi o ousado beijo na boca do oponente o responsável por sua derrota, embora alguns teimam em dizer que foram as brincadeiras e falta de atenção do lutador.

O Homem Da Minha Vida.


Um menino que é o grande vingador o outro que observa a vida através de um microscópio,  uma gota de sangue brotando do dedo perfurado, um tango, uma dança, a imensa plantação de  girassóis, os rostos deformados através da vidraça, a gigantesca porta vermelha, seriam códigos a serem decifrados no filme?
Bom, um filme não precisa dar respostas imediatas e um final esperado e lógico para se perceber que ele é bom. O bom depende de muitas coisas e principalmente do casamento entre a historia e as técnicas visuais mostradas e que também chamamos de fotografias. A trilha sonora também possui um papel imprescindível na composição das cenas.
O Homem Da Minha Vida é um filme que prende o espectador com as delicadezas do desconhecido, do inesperado e da resoluta força do amor.
De produção franco italiana de 2006 / 114min. Direção: Zabou Breitman. Elenco: Bernard Campan, Charles Berling e Léa Drucker. Disponível no Youtube e que assisti agora a noite.

Elis Regina canta "20 Anos Blues"

No plantão de hoje, Domingo, as doze horas pareciam cento e vinte horas, nenhuma ocorrência para atender e isto às vezes acontece...Eu faço sempre um comentário maldoso, quando isto se dá num dia chuvoso ou de muito frio, embora com a incidência de alguns postos de saúde cheios na parte da tarde. 
Fiquei com uma musica na cabeça, que agora posto aqui no blog, por ser parecida comigo, já ter passado dos vinte e ainda ter muitos muros a serem derrubados.

O quarto incêndio na historia do Mercado Publico.

Por que algumas coisas são sempre fadadas a se repetirem como se fossem uma sina, uma praga rogada, do qual não se tem uma explicação que justifique a ação. Falo neste momento é do Mercado Publico de Porto Alegre, um dos maiores patrimônios histórico da cidade, mais uma vez ardendo em chamas.  Por que o incêndio o persegue?.. Sempre o fogo!.. Tudo é tão difícil e moroso para se reconstruir. E agora Bará?
Segundo o noticiário, o incêndio, (que é o quarto na história do Mercado), é de grandes proporções, o que destruiu grandes dimensões da parte interna, do telhado e graças a Deus sem nenhuma vitima.

SOU DA TURMA DO ZÉ.


É por demais curioso as mudanças que se fazem visíveis diante de nossos olhos rapidamente como a desta manhã que surgiu ensolarada até as 9 horas e as 10 horas, tudo começou a se transformar, a ficar escuro, úmido e a chover. Quero neste momento ter uma visão simplista de tudo isto, por que filosofias só servem para enfeitar o que de fato existe e se transforma diante de nós e não temos nenhum poder para modifica-lo. Daqui, da minha janela lateral contemplo um quadro, uma obra de arte inexplicavelmente modificável, mágica que fotografei e postei aqui no blog.
Eu sou da turma do Zé. O Zé é um sujeito tão comum que dá nervoso só de ouvi-lo falar, de dar ouvidos as suas lamentações tão insignificantes e corriqueiras, as suas explicações primarias, aos seus problemas tão incorrigíveis, quanto os buracos desta cidade. Eu não sei que fenômeno é este que minutos depois da chuva cair, tudo fica fedendo a pó de gafanhoto no ar.

Postagem em destaque

A CURVA

Os aviões que chegam ao Aeroporto de Porto Alegre fazem uma curva para pousar.  Sim, na cabeceira 11, localizada ao lado da BR-116, que é a ...