STONEWALL INN EM NOVA IORQUE.


Foi caminhando pelas ruas de Nova Iorque, meio perdido, num dos poucos dias que fiz isto sozinho e que descobri por acaso o Stonewall Inn, localizado no 51 e 53 da Christopher Street. em Greenwich Village (bairro predominantemente residencial, no lado oeste de Manhattan também conhecida por Vila, hoje habitado por famílias de classe média alta).
Havia algumas pessoas na frente do prédio fazendo fotos e aquela atitude me aguçou a curiosidade, por que eu não sabia do que se tratava. Deve ser algum lugar importante, pensei comigo e então premiado por mais uma dose de sorte, encontrei um brasileiro de Belo Horizonte, chamado André, que também fazia algumas fotos e me contou a história do Stonewall Inn.
É incrível como se encontra mineiros por lá e também se descobre coisas interessantes!


Stonewall é o marco zero da luta pelos direitos igualitários e onde tudo começou, pois em junho de 1969, as bichas que eram presas simplesmente por estarem ali, se revoltaram. Cansados de irem presos sem nenhum motivo, formaram barricadas e atacaram com o que tinham à mão, os policiais que queriam levá-los para a cadeia.
Este episódio deu origem às paradas gays, comemoradas anualmente no mês de Junho, marcando os motins de Stonewall. O estabelecimentos acolheu pessoas abertamente homossexuais nas décadas de 1950 e 1960, embora os proprietários e gerentes não fossem gays.
O Stonewall, na época, era de propriedade da máfia, que oferecia uma variedade de clientes, mas era conhecido por ser popular com as pessoas mais pobres e marginalizadas da comunidade gay, como drag queens , representantes de uma nova comunidade, "transgêneros", efeminados jovens, prostitutas e jovens sem-teto.


No Christopher Park, em frente ao Stonewall, algumas estatuas brancas chamadas de "Gay Liberation Monument", de autoria de George Segal, prestam homenagem aos direitos alcançados pelo movimento gay. Observando-as atentamente, percebe-se que são dois casais, um de homens, que estão de pé, e um casal de mulheres, sentadas no banco do jardim.

Se eu paro penso, se eu penso não faço!

Eu fiquei pensando, pensando, pensando.., se devo agir assim como estou agindo ou não. Também fiquei pensando que não devo planejar atitudes. Se paro penso, se penso não faço. Isto me causa posteriormente um mal que só percebo quando vou tomar banho e descubro uma imensa bola na axila causada por uma reação alérgica ao desodorante que já uso faz anos. Me parece que também sou alérgico ao meu próprio suor. O que está havendo?..

Assassinando no inglês.

Em Nova Iorque, como falei antes, a maioria dos meus colegas de viagem assim como eu, não falávamos quase nada de inglês e um deles confundia "excuse me (com licença)" com "Kiss me (beije-me)". Cada vez que passava por um grupo de pessoas na rua ou dentro de uma loja onde estavam obstruindo seu caminho, ao invés de dizer "excuse me", ele dizia "Kiss me".
Eu brincava com ele dizendo que a qualquer momento cruzaríamos por um daqueles negros fortes do Brooklyn disposto a lhe dar aquele beijo na boca e eu seria o padrinho da relação.


Somos crianças.

Encontrei-a no portão com os olhos marejados de lagrimas, antes de me dar um abraço apertado e que pareceu ser de muitas saudades. O que lhe provocou tal atitude, não digo o abraço, mas os olhos úmidos,  pensei enquanto sorria ao vê la; Os dias de isolamento ouvindo o som do mar, o cansaço e a tensão pela viagem de mais de uma hora, ou a seção de terapia de ultima hora por ela dito necessária? 
Lembro-me dela ter falado a razão de seu destemperamento, mas também me culpo por não ter tomado a iniciativa de ter perguntado antes. De qualquer forma, qual a diferença se parecemos tão crescidos? Por outro lado, às vezes lembramos crianças afetivamente carentes que simula ser gente adulta e no controle de suas pendencias emocionais; tímidos para dar a mão um pro outro e ajudar a atravessar a rua.

A morte de Walmor Chagas.

A morte de Walmor Chagas, não seria uma grande surpresa aos 82 anos de idade, se não houvesse indícios de que foi suicídio. Embora surja aquelas perguntas fatídicas como: O que faz um homem como ele no auge da fama e reconhecimento profissional cometer esta atitude, a gente no fundo, no fundo, sabe que todos os títulos e adjetivos de reconhecimento por vezes não são suficientes para conter a solidão, a depressão, quem sabe a aceitação da velhice e outras armadilhas que a mente humana arquiteta. Em décadas passadas   era um dos mais cobiçados atores por sua beleza e técnica teatral. Em uma de suas últimas entrevistas, disse que queria morrer de forma surpreendente. Parece ter conseguido!

A passeata dos ameaçados em Paris.

Neste inicio de semana, me assustei ao ligar a TV no noticiário e perceber que existe tanta gente contra aos direitos igualitários. Me surpreendi ainda mais por ser na França, a pátria dos direitos humanos e que reuniu em sua capital mais de 340 mil pessoas numa passeata gigantesca contra o casamento gay no país. É assustador ver tanta gente marchando contra a felicidade dos outros por se sentirem ameaçados.

Mexendo com os pauzinhos

Por vezes mesmo cercado de pessoas por todos os lados, nos sentimos como uma espécie de ilha,  isolados. Sim é esta a palavra que melhor conceitua o que estou sentindo no momento. Como não dá para ficar deste jeito na expectativa de que coisas melhores aconteçam na nossa vida como se fosse um milagre,  temos que mexer com os pauzinhos. Esta frase é crédito de um amigo que fiz em Nova Iorque e ontem lembrei dela com muito rigor em função de algumas situações experimentadas. Eu tive de mexer com os pauzinhos!

A morte de Jorge Selarón

Ontem eu estava navegando na Internet, quando li uma notificação de uma amiga no Facebook, informando a morte trágica de Jose Selarón no Rio de Janeiro. Seu corpo foi encontrado carbonizado junta da escadaria que ele mesmo tornou famosa, ao lado de um recipiente que continha algum produto inflamável.  A desconfiança da policia é de suicídio ou homicídio,  já que o artista nos últimos meses parecia andar com depressão e também recebendo algumas ameaças.
Conheci Selarón no ano passado, quando estive no Rio com uma amiga, para fazer o visto americano. Ele nos conquistou por sua simpatia, simplicidade e amabilidade. É lamentável o ocorrido.
Nascido no Chile e atualmente com 65 anos, Selarón se dizia apaixonado pelo Brasil e em particular por futebol e desde muito cedo começou a trabalhar nas escadarias do convento de Santa Tereza, na Lapa que é visitado por turistas do mundo todo. Sua morte foi uma grande e lastimável perda!..

FILADÉLFIA, ONDE TUDO COMEÇOU.


A primeira cidade que conheci nos EUA, depois de estarmos confortavelmente instalados em Nova Iorque, foi a Filadélfia no estado da Pensilvânia,  para visitar o Museu do Sino da liberdade e incursionarmos pela cidade, de aparência limpa e um certo ar interiorano. Estar em Filadélfia te dá a sensação de estar com os pés em solo americano, pela sobriedade e um certo patriotismo figurado no rosto dos seus moradores. Filadélfia significa Amor fraterno de Irmão, é uma das cidades mais antigas norte- americanas e possui grande importância na independência dos Estados Unidos a partir de ações de Benjamin Franklin, que era morador da cidade e espalhou ideias que culminaram na revolução americana e posteriormente na independência do país. Tá explicado né?..



"A Independência dos Estados Unidos foi declarada no dia 4 de julho de 1776 e colocou fim ao vínculo colonial que existia entre as Treze Colônias (nome pelo qual a região era conhecida nesse período) e a Inglaterra. Com essa conquista, os Estados Unidos transformaram-se na primeira nação do continente americano a ter sua independência.

A nova nação que surgiu foi construída em um modelo republicano e federalista e inspirada pelos ideais iluministas que defendiam as liberdades individuais e o livre comércio, por exemplo. De toda forma, a Independência dos EUA foi encabeçada pela elite colonial, insatisfeita com a forma como a Inglaterra tratava os colonos.

A Independência dos EUA e o modelo de nação desenvolvido pelos norte-americanos no século XVIII serviram de inspiração para outras nações do continente americano. A República instaurada no Brasil, a partir de 1889, por exemplo, inspirou-se claramente no modelo norte-americano."


Existe muitos pontos de interesse turístico na Filadélfia como: O Museu de arte da Filadélfia, Museu de Arqueologia e Antropologia da Universidade da Pensilvânia, Museu Rodin (a maior coleção de obras de Auguste Rodin fora da França), Fundação Barnes (Barnes Foundation). Museu Municipal Atwater-Kent, A casa de Edgar Allan Poe, National Constitution Center, Independence Hall, Parque Fairmount, Penitenciária de Eastern State, Zoológico de Filadélfia, National Constitution Center, Sala de concertos da Orquestra de Filadélfia, Igreja Cristã (organizada em 1695 - construída em 1727), Lincoln Financial Field. Wells Fargo Center, Citizens Bank Park.


Como não tinhamos muito tempo, visitamos o interior do Independence Hall construído entre 1732 e 1756 como a Casa Estado da Província de Pensilvânia, considerado um belo exemplo de arquitetura georgiana. Ali foi o ponto de encontro para o Segundo Congresso Continental. Foi neste edifício que George Washington foi nomeado comandante do Exército Continental em 1775 e da Declaração de Independência em 4 de julho de 1776. Na mesma sala o desenho da bandeira americana foi acordado. Por esta razão os moradores da cidade costumam dizer com orgulho, que ali, foi onde tudo começou.


Outro monumento que vale a pena conhecer, é The Liberty Bell, o mais famoso sino do mundo, moldado em Londres pela Whitechapel Bell Foundry e enviado à Filadélfia em 1752. Antes de instalado o sino, encontrou-se nele uma fenda e o sino foi novamente fundido por dois artesãos locais. O sino tocou para reunir os cidadãos da Filadélfia, em diversas ocasiões, inclusive na primeira leitura da Declaração da Independência. Ele foi tocado pela última vez em 1846, no aniversário de George Washington. A visitação a o sino é gratuita e ainda tem uma canjinha dada pelos guardas florestais que guardeiam o local e contam toda a historia aos turistas.


Noutros tempos.

Se o Zé de Abreu, com toda aquela cara e postura de macho inquestionável do qual já estamos acostumados a ver na TV e cuja a sexualidade jamais abriu precedentes para dúvidas em toda a sua vida  de ator, assumiu publicamente a sua bissexualidade esta semana no twister. Veja aqui.
Eu me pergunto, o que faz as pessoas não assumirem a sua, ou pelo menos aceitar a dos outros? Eu sei, todo mundo sabe, não é mesmo?
A heterossexualidade, por vezes me passa a impressão de que está com os dias contados, virando algo démodé, como o habito de fumar que no passado era modelo de charme, respeitabilidade e liberdade e agora é um habito necessário de mudança. É, estamos noutros tempos minha gente e isso é muito bom!

BROOKLIN BRIDE EM NOVA IORQUE.


Eu subi a Brooklin bridge e logo percebi a serie de cadeados presos nos aramados de proteção da ponte e nos pilares de granito e concreto. Eu fiz um outro post aqui no Diário de Bordo, sobre esta moda de eternizar relações através da simbologia de cadeados presos em lugares públicos  Eles estão lá para quem quiser ver, toca-los e acreditar que esta simpatia talvez funcione.


A ponte é majestosa, proporcionando uma visão muito bonita de N.Y.C como o centro financeiro e o memorial as vitimas do World Trade Center. Entregue aos novaiorquinos em 1903, é considerada a maior ponte suspensa do mundo desde a sua abertura, e a primeira ponte de suspensão de fios de aço.


Eu havia prometido pro meu filho, que ao atravessar a ponte pro lado do Brooklin, eu iria escrever seu nome num pedaço de papel com a seguinte frase: "Você está longe, mas também está aqui comigo!", mas na hora que atravessei , onde encontrar papel e caneta? Deveria ser um grande pedaço de papel e um pincel atômico, né mesmo?
Bom, existe tantas intenções e coisas para se fazer em N.Y, que a gente esquece de fazer a metade, até mesmo as promessas. É muita coisa para se fazer em pouco tempo.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...