Seios que mamei

Eu tive uma namorada que me dizia que eu tinha um problema serio em chupar seios, em particular os dela que eram bem grandes e por vezes me sufocavam; e que este problema possivelmente eu havia adquirido na infância, quando em certa ocasião eu lhe contei que mamei muito pouco nos da minha mãe, por que o  leite secou e então ela se sentindo culpada por não te-lo, me arranjou uma ama de leite, do qual eu tinha que dividir as mamadas com seus dois filhos. 
Segunda esta minha namorada, tudo se transformou num grande problema dentro da minha cabeça de criança, quando eu descobri instintivamente que tinha de lutar por meu espaço na divisão daqueles seios para sobreviver e que eles não eram os da minha mãe verdadeira e ainda de lambuja, com outras duas crianças, gerando uma especie de concorrência e luta de posses. Acho que também percebia instintivamente que era um intruso e que um par de seios não combinava com três bocas famintas.
Lembro do nome de um dos bebes que concorria comigo, chamava-se Ronaldo é era o mais esganado e barulhento. Depois de algum tempo, rejeitei o leite materno, passando a me interessar mais pelos de vaca, aquecido e posto numa mamadeira de vidro. Amava mamadeiras de vidro. Não gostava nem de lembrar que fui capaz de mamar em seios que cheiravam a fumaça de fogão à lenha e ainda dividi-los com outros dois famintos. Como toda a criança normal e egocêntrica, cuspi no prato que comi, alias, nos seios que mamei em troca de uma mamadeira de vidro do qual dormia abraçado depois de bem alimentado.
Somente na juventude é que voltei a me interessar por seios, aprendendo a chupa-los por outros interesses. Mas também não eram todos que me agradavam. Fiquei instintivamente seletivo e observador.
Esta namorada achava que sabia de tudo, mas eu penso que não sabia de nada, vivia inventando teorias para solucionar problemas, que achava serem de ordem emocional na vida dos outros. Parecia se auto-conhecer, mas havia noites em que se trancava no quarto para se terminar em prantos questionando sua própria existência. Ela nunca teve filhos e isto me fazia desconfiar da sua necessidade de ter sido mais mamada.

CULINARIA CUBANA E QUILOMBOLA


Eu não comi absolutamente nada no restaurante do Quilombo do Campinho, por que me parecia estar sempre fechado toda a vez que eu passava de carro em frente, durante esses dias que passei em Trindade e Paraty. Eta azar!.. Eu não sei se estava realmente fechado, mas as portas estavam e não se via uma viva alma, alem de cartazes com propagandas de comida tipica, aguçando a minha curiosidade.
Eu comi comida crioula em Cuba, chamada “congris”, prato típico, que é uma mistura de feijão preto com arroz cozido no caldo do próprio feijão e gostaria de ter experimentado em Paraty, algum prato feito pelos quilombolas, pelo menos um prato para experimentar o sabor e fazer  as devidas comparações.


Quando eu era muito mais jovem, tive a oportunidade de experimentar alguns pratos típicos feitos por minha mãe, que aprendeu com minha avó, que foi excelente cozinheira, e que por sua vez tinha aprendido com sua mãe, alguns pratos como galinha ao molho pardo e que só de pensar que era feito com o sangue da própria ave, já me dava arrepios e me fazia passar longe da mesa. 
Hoje com certeza eu comeria sem preconceitos. Outro prato que deve ter origem escrava e que eu e meus irmãos adoravam é uma tal de polenta doce, feita com a farinha de milho dourada numa panela de ferro com açúcar quase queimado, cravo, canela e algumas doses de leite até ficar cozida e no ponto de virar quase um bolo compacto e úmido que comíamos com café preto. Uma delicia, adorávamos quando nossa mãe fazia.
Acho que a comida crioula cubana tem muita coisa em comum com a brasileira, já que os dois países são muito parecidos culturalmente à partir das influencias que receberam dos africanos; pena que não foi possível experimentar a do quilombo em Trindade.

QUILOMBO CAMPINHO DA INDEPENDÊNCIA EM PARATI

Localizada a 20 km de Paraty entre os povoados de Pedra Azul e Patrimônio, ao sul do Estado do Rio de Janeiro, está a Comunidade Quilombola Campinho da Independência e que visitei nesta semana, cujos os moradores são descendentes de três escravas: Antonica, Marcelina e Luiza, que segundo historias contadas pelos mais velhos, não eram escravas comuns, pois possuíam cultura, posses e habitavam a casa-grande, a Fazenda Independência. Após a abolição da escravatura, os fazendeiros abandonaram suas propriedades que foram depois divididas entre aqueles que ali trabalhavam.



Atualmente vivem no campinho 120 famílias que apostam no turismo comunitário e na produção de artesanato como alternativa de renda sustentável. Lá é possível conhecer a historia dos quilombolas, sua luta e resistência, participar de apresentações culturais, visitar a casa de farinha, a casa de artesanato, oficinas de cestaria, além de desfrutar da culinária tipica e das belezas naturais da propriedade que é banhada pelo Rio Carapitanga e exibe algumas cachoeiras em uma exuberante paisagem de Mata Atlântica. O Quilombo Campinho da Independência, fica no quilometro 589 da BR 101 entre Paraty e Trindade com boa sinalização para chegar e fazer uma visita. 


Saco do Mamanguá


Paraty Mirim é uma vila de pescadores a menos de 20 quilômetros de Paraty e é a porta de entrada do exuberante Saco do Mamanguá, que trata-se de um braço de mar que invade por 8 quilômetros a Mata Atlântica. Este é o único lugar do Brasil com formação similar à dos fiordes - depressões geológicas comuns nos países escandinavos, mesmo sem o branco de neve sobre as montanhas.
Durante o período colonial o povoado de Paraty Mirim tornou relevante porto de trafego de escravos por localizar-se num ponto estratégico e abrigado. Hoje restam apenas ruínas da sede da Fazenda Paraty-Mirim e a Igreja de Nossa Senhora da Conceição datada de 1757, a mais antiga de Paraty e que segundo nativos ainda celebra missas.
A estrada de terra que leva a vila, atravessa uma reserva indígena e passa por algumas cachoeiras encrustadas na mata. A praia é cortada pelo Rio Paraty Mirim, que se alarga em um labirinto de mangue para encontrar o mar de águas calmas e cristalinas. Neste ponto de encontro do rio e o mar, forma-se um banco de areia submersa, onde é possível cruzar de um lado para o outro da praia com águas bem rasas.
As comunidades caiçaras que vivem neste paraíso natural contribuem com a preservação das paisagens, vivendo de forna simples e harmônica com a natureza onde barcos velozes são proibidos de trafegar. O Saco do Mananguá não possui energia elétrica, telefone ou estradas. Ao cair da noite, as velas e lampiões iluminam os jantares a beira-mar.
Como chegar:
para chegar ao Saco do Managuá é preciso contratar um barco em Paraty Mirim, que leva cerca de 45 minutos, até suas praias por preços entre R$ 50,00 à R$ 70,00 a hora navegada.
Uma magnifica vista do Saco do Mamanguá e parte da Ilha Grande, pode ser apreciada ao subir o Morro Pão de Açúcar com 400 metros de altitude através de uma trilha em meio a mata fechada em cerca de 1h 30min. de subida forte.

TRINDADE.

Meu destino no dia 22/02/2012 foi conhecer Trindade, uma vila de pescadores localizada entre as cidades de Parati no Rio de Janeiro e Ubatuba em São Paulo. Trindade é um local de rara beleza, reconhecida como um paraíso natural por muitos turistas que a visitam durante o período de férias.


Com praias paradisíacas e praticamente selvagens foi também conhecida por ser Reduto dos hippies que durante a década de 1970 se instalavam por lá. A vila de Trindade, fica á 30 quilômetros da cidade histórica de Parati. O local chama a atenção não só pela beleza de suas praias, mas por possuir grandes áreas naturais com trilhas na mata e algumas cachoeiras  que parte da vila pertence ao Parque Nacional da Serra da Bocaina. 



Além das cachoeiras, Trindade conta com várias opções de praias, como praias desertas, praias de ondas fortes, possibilitando a prática do surf, praias com águas límpidas - ideais para o mergulho com snorkel, piscinas naturais, e até uma praia de nudismo.



Apesar da economia local basear-se no turismo, boa parte da vila ainda sobrevive da pesca, o que de certo modo, ajuda a manter sua identidade local. 
Uma boa dica para quem se interessa em visitar-la, é conhecer os costumes da comunidade local, experimentando uma boa e tipica comida  caiçara e visitar os quilombos existentes nas imediações. 


COMO CHEGAR A TRINDADE:
De carro, partindo do trevo de Parati até o trevo do Patrimônio, onde se inicia a estrada que leva a Trindade, a distância é de 16 km. A estrada para Trindade atravessa o morro do Deus-me-livre, assim chamado pois antigamente era muito difícil atravessa-lo em dias de chuva. Hoje a estrada está asfaltada. Logo no início da estrada para Trindade está a sede da Associação Cairuçu, com seu posto de informações turísticas e ao lado, há um posto policial.
Após a primeira subida, há uma bifurcação onde eve-se seguir à direita para Trindade. (À esquerda leva para um condomínio chamado de Laranjeiras). A estrada é sinuosa e rodeada de verde, onde aos poucos despontam belas imagens do mar sob o clima agradável e úmido da mata a o redor.


A primeira praia é a Praia do Cepilho, a preferida dos surfistas com gigantescas pedras como se fossem esculturas emoldurando o mar. Atravessando o pequeno riacho e seguindo em frente, chega-se à Vila de Trindade, hoje com uma variedade de casas que transformaram-se em pousadas para vencer a demanda dos visitantes que a procuram por alguns dias para esquecerem o stress dos centros urbanos.


Apesar dos anos terem passado, Trindade possui um aspecto que ainda lembra dos anos hippies, com muitos jovens vendendo artesanato nas calçadas, roupas coloridas, cabelos rastafári e toadas de violão.  As praias mais movimentadas são cercadas de bares que disponibilizam mesas e cadeiras onde são servidos um variado cardápio desde frutos do mar, ao simples PF (prato feito).


Trindade foi beneficiada por sua beleza rustica, cuja a natureza é seu principal atrativo. Estando por lá, temos  a sensação de que herdamos um  paraíso, mesmo que por poucos dias.

O transito em Havana

Havana, assim como Cusco é uma cidade cujo o transito é habitualmente barulhento pelos buzinaços dos veículos que trafegam nas principais avenidas da cidade. Os caras buzinam para tudo, para oferecer serviço de transporte, para a sombra das arvores, para qualquer coisa que esteja no seu campo de visão. Do sexto andar do hotel Habana Libre na esquina da rua L onde eu estava hospedado, no centro da cidade, mesmo num dia em que o transito não estava tão congestionado o ruido das buzinas eram de matar qualquer vivente; Mas nas faixas de travessia para pedestres, os veículos paravam a qualquer momento para as pessoas cruzarem as ruas.



Chê, o maluco beleza

Este é o Comandante Chê, um cubano nada maluco, que procura turistas em Havana Vieja, para tirar fotografias em troca de alguns pesos cubanos converssíveis. Este é o jeito meio cubano, meio brasileiro de aumentar sua renda no sustento da família. Cada um se vira como pode, não é mesmo? O cara nem de longe lembrava o Chê, mas tinha alguma semelhança aproximada com Raul Seixas e muita simpatia. Esta foto me custou 3 $ CUCs.

HAVANA, ALEGRIA E SIMPATIA PARA SOBREVIVER.


Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor, é a dose mais forte e lenta, de uma gente que ri quando deve chorar e não vive, apenas aguenta. Mas é preciso ter força. É preciso ter raça. É preciso ter gana sempre, quem traz no corpo a marca Maria, Maria, mistura a dor e a alegria...


Foi esta  a sensação que eu tive nos primeiros contatos com o povo cubano em Havana. Uma força no esbanjado sorriso e simpatia de quem precisa sobreviver a cada dia. Como se a alegria e a esperança, fossem sua fonte de sobrevivência

Viva o telefone móvel.

Não preciso nem argumentar que em Cuba a Internet é péssima, então não cheguei nem perto de um computador, que parecia concorridíssimo mesmo em Varadero, com  turistas europeus saindo por todos os cantos do Risort. Meu contato com amigos e parentes no Brasil, durante estes dias, foi através de mensagens pelo celular, que acreditem funcionou mesmo. Todas as mensagens chegaram a o seu destino e com retorno.

VARADERO, MAR DO CARBE


Se existe algum lugar em Cuba capaz de atrair turistas do mundo inteiro, em busca de descanso, lazer, praia somado a outras atrações, decididamente estes lugares são Varadero, Cayo Largo, Cayo Branco e mais uma infinidade de cayos (ilhas), localizadas no mar caribenho, onde estão espalhados gigantescos Resorts com sistemas "ALL INCLUSIVE"(tudo incluso), que recebem diariamente numerosos grupos de pessoas, para usufruírem das águas cristalinas de um azul turquesa, inigualável.


Neste tipo de pacote. o turista não precisa se preocupar com nada, pois já está tudo incluso como comida internacional, bebidas, jogos, ginasticas, aulas de salsa, ioga, shows e outros serviços prestados pelos hotéis, fazendo Cuba ter uma cara diferente da sua realidade. Uma Cuba idealizada  como um paraíso de aguas azuis, somente para turistas.





Estes Resorts e o que nos hospedamos, Hotel Be Live Experience Varadero, utilizam grandes extensões à beira mar, com quiosques, espreguiçadeiras, câmeras de vigilância e funcionários que ficam disponíveis as necessidades de seus clientes, que estão em busca de um paraíso na terra, cercado de um mar azul, sombra e água fresca, onde cubanos estão proibidos de entrar e que somente circulam os que estão autorizados  pelo governo para trabalhar e servir os estrangeiros.





Turistas satisfeitos, funcionários idem, já que os cubanos que trabalham nesta área se sentem privilegiados, uma vez que as gorjetas dadas pelos turistas paparicados, representam uma diferença significativa em seus vencimentos mensais. Neste jogo de gentilezas o serviço é perfeito. Esta é uma Cuba de sonhos e que não mostra sua verdadeira  realidade.





Varadero foi fundada em 1887 e rapidamente se tornou conhecida como local de veraneio. Primeiro de famílias da burguesia cubana e mais tarde pela elite norte-americana, que ali se instalou nas décadas de 40 e 50.
Existe boatos de que Al Capone teria tido uma casa em Varadero. O mar é de um azul turquesa profundo e uma temperatura que chega aos 34 graus. Em alguns pontos de mergulho possui uma visibilidade de mais de 20 metros de profundidade.
Nosso próximo destino é Havana, cuja a história é bem diferente e descrevo AQUI.

Até a próxima viagem!..



GUAYABERA


Eu não gostei das guayaberas que experimentei nas lojas que visitei em Cuba, acho que foi o excesso de bolsos ou o tipo de tecido mesmo. Deve ter sido isto. Não me chamaram a atenção. Guayabera é uma camiseta larga e fresca, com quatro grandes bolsos e pregas na frente. Ela costuma ser feita de algodão ou linho e usada para fora da calça.


Além de ser uma roupa usada por quase todo mundo em Cuba, a guayabera ainda tem um valor histórico: ela era símbolo de resistência dos cubanos que combatiam os espanhóis pela independência do país. Existem diversas histórias sobre a origem das guayaberas. A história mais popular conta que a primeira guayabera foi feita por uma costureira espanhola para um rico fazendeiro cubano, que vivia na região do rio Yayabo, há mais de 200 anos. 


Os outros fazendeiros gostaram da ideia de uma camisa com quatro bolsos porque assim era possível carregar mais guayabas (goiabas), que eram plantadas em abundância na região, e passaram a copiar o estilo. A origem do nome guayabera pode ter vindo de sua ligação com as goiabas ou da expressão ‘yayabera’, usada para distinguir aqueles que viviam na região de Yayabo. O Caribe e o México também disputam a origem da camisa.

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