PAPEL AMASSADO

Por que será que eu me apresso a tomar banho, trocar de roupa, me pentear, me perfumar e me deslocar, se no final.., fico tão deslocado de tudo e de todos? Acho que fui deslocado a vida toda!..
A minha felicidade não é esta, ela é fragmentada e cheia de armadilhas que me faz observar, questionar e depois me distrair, me distanciar. O meu desejo não é este, por que eu estou apenas emprestado nestas cenas de falsas alegrias sociais?

A Arte não pode morrer!



Toda a forma positiva e de manifestação em prol da criação, manutenção e crescimento de espaços para que seja difundida a arte, é digna de respeito e admiração. A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre se tornou pioneira quando lançou seu projeto de construção do Centro Histórico Cultural Santa Casa, um espaço de 3.200m²  dentro de seu complexo hospitalar e destinado a tornar público e acessível seu riquíssimo acervo de obras de arte, livros, móveis, utensílios e documentos dos séculos 19 e 20. O espaço, abriga museu, biblioteca, cineteatro, centro de convenções e de atividades culturais, que para se manter vivo, necessita constantemente de incentivos como doações, para que seja mantido viva a história desta cidade. Eu achei muito bonita e criativa a propaganda veiculada na TV, inclusive com a participação de um amigo meu, tocando violoncelo e que indiscutivelmente também é um lutador  de  causas nobres.  

Mortes em Bangkok

Eu me encontrava numa destas vilas em Bangkok, na Tailândia, mas antes de me parecer mentiroso e se surpreenderem com o que estou dizendo, vou logo explicando que não conheço Bangkok e que tudo que estou relatando, não passou de um sonho, um pesadelo. O que conheço deste lugar, deve-se a imagens de alguns filmes de gerra oyu ação que devo ter assistido na TV e que pelas características do lugar muito pobre e com pessoas de olhos meio puxado, caminhando nas ruas e se comunicando numa língua estranha, concluí que devia ser por lá. 
Eu estava num grupo de pessoas desconhecidas e precisávamos nos esconder de alguma coisa que acontecia na cidade e onde estávamos sendo procurados por algum crime. Dormíamos num esconderijo que parecia um grande celeiro, onde nos cobríamos com muita feno para nos protegermos do frio e da umidade, já que estávamos com a roupa toda molhada. Deitávamos espalhados, mas em grupos de dois e com nossos corpos colados para que pudéssemos nos aquecer. A noite parecia interminável e todos naquele grupo de seis pessoas, inclusive eu, parecíamos estar apavorados por corremos algum risco de sermos exterminados a qualquer momento por militares armados de fuzis. 
A medida em que a noite passava eramos despertados com a descoberta de um dos colegas inexplicavelmente morto, deitado do nosso lado. Seus corpos frios, pálidos e com manchas roxas, iam sendo descobertos pelos que ainda sobreviviam no meio dos fenos, causando pavor e muitas desconfianças entre todos. 
O cadáver que estava do meu lado, era de uma mulher de cabelos longos, alguns fios brancos, traços faciais que lhe conferiam mais de 58 anos e seus olhos sem brilho, davam-lhe uma expressão de que tinha sido morta por asfixiada. Eu a abraçava, sacudia seu corpo, sem saber oque estava acontecendo e por que estávamos ali. Lembrava que minutos antes, falava de seu desejo de ter uma plantação de girassóis.

72 Horas

Cheguei em casa esfomeado, eu sabia que não chegaria a tempo do vernissage do amigo Cavalcanti que a muito não prestigio seus trabalhos. De qualquer forma ficará para uma nova oportunidade.
Está acontecendo hoje, com inicio às 19h 30min. na Casa de Cultura Mario Quintana, a exposição de 10 artistas plásticos chamada "72horas". 
São eles: Carlos Asp, Cláudia Sperb, Denise Helfenstein, Felipe Caldas, Gelson Radaelli, Marcelo Monteiro, Rodrigo  Núñes, Túlio Pinto e Wilson Cavalcanti (Cava). 
A curadoria está a cargo de Felipe Caldas e comemora os cinquenta anos do Atelier Livre de Porto Alegre. O trabalho surgiu a partir de uma residencia onde os artistas ficaram 72 horas, dividindo o mesmo espaço, com o objetivo criativo de executar trocas através de suas vivencias com a arte. Durante esta convivência eles foram  acompanhados por um teórico de arte – Maria Amélia Bulhões (doutora em história da arte, curadora, crítica e professora do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS). 
A Casa de Cultura Mario Quintana fica na (Rua dos Andradas, 736- sexto andar) com entrada franca.

Algumas das 100 Leis de Murphy

Esta tudo muito complicado nestas ultimas semanas. O que é que eu faço com esta dor nas costas que me escraviza a vários dias? Eu senti piora, desde aquela tarde que levantei na maca, um homem pesado que caiu do sotam, quando consertava o sistema de ar condicionado. Ele estava esteado no chão de porcelanato com as pernas e braços esticadas, mas a cabeça mexendo em todas as direções. Cara chato, reclamava o tempo todo do colar cervical apertado no pescoço e não parava quieto por um segundo, desconfiado com o que iríamos fazer com ele, enquanto eu quase morria de dor nas costas.
Já dormi  bons sonos, mas acordo destruído pela manhã. Usei Paracetamol, Dorflex, Ibuprofeno, exercícios de alongamento, chá de Maçanilha, de Quebra Pedra e nada de melhorar. O que mais terei de fazer? Estou com a semana cheia.
Tenho uma sindicância pela manhã, receber os novos médicos na base à tarde, limpeza dentaria à noite, que terei de adiar por falta de dinheiro. 
Semana passada enquanto saia para um atendimento, perdi a restauração de um dente que nem mais lembrava que um dia tinha restaurado. Por sorte, consertei-o na mesma noite, num consultório odontológico de urgência.  Dá pra imaginar minha cara com uma cratera no dente da frente, estilo Jeca Tatu? Não posso perder o humor! Pareço estar vivendo nestes dias, algumas das 100 Leis de Murphy.
Hoje ouvi uma piada na TV, que me fez rir demais: "Se quem tem boca vai à Roma, por que o fogão nunca saiu da cozinha?" Esta é boa e quem sabe somente eu ache graça!

Honoráveis bandidos

O projeto de lei que promove mudança na Lei Geral de Acesso à Informação está em tramitação no Senado, na Comissão de Relações Exteriores. Durante a tramitação na Câmara, os deputados mudaram o texto que, agora, prevê que todos os documentos considerados ultrassecretos terão que se tornar públicos após 50 anos. Inicialmente, o governo da presidenta Dilma queria que a proposta fosse aprovada pelo Senado a tempo de ser sancionada no dia 3 de maio, data em que se comemora do Dia Internacional da Liberdade de Imprensa. Contudo, atendendo ao pedido dos ex-presidentes da República e atuais senadores Fernando Collor (PTB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), o governo decidiu retirar a urgência da matéria para aprofundar a discussão sobre o tema. Meu Deus, até quando estas maracutaias? É evidente a preocupação de José Sarney e Fernando Collor. Eles temem e tem muito o que esconder. O presidente do Senado, José Sarney, defendeu a manutenção do sigilo eterno sobre documentos considerados ultrassecretos. Em entrevista ao Estado, a nova ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que o governo vai defender o sigilo eterno para atender ao desejo de ex-presidentes, Sarney e Fernando Collor (PTB-AL), hoje senadores e integrantes da base aliada. 
De acordo com entrevista dada por José Sarney, a abertura de documentos histórico poderia abrir feridas do passado. 
Sarney também nega, que sua defesa do sigilo eterno tenha como objetivo ocultar ações ilicitas quando presidiu o país. Ele afirmou que é preciso divulgar tudo que for relativo ao passado recente:
“_Sou um homem que nada tenho a esconder”. 

O Sobrevivente do holocausto

Hoje pela manhã fazendo minha caminhada, nem sempre diária,  na praça em frente da minha casa, me surpreendi com a presença de um galo passeando garbosamente sobre a grama e olhar desconfiado para as pessoas que passavam por ali. Era uma recíproca troca de olhares curiosos, os das pessoas que estranhavam a sua presença e o dele que parecia estar num ambiente completamente estranho ao que deveria estar acostumado.
Fiquei curioso de encontra-lo solto e me perguntei quem teria deixado uma ave, em particular um galo, num lugar publico,  onde circulam tantas pessoas que se deslocam para o trabalho, faculdade, supermercados e também realizam caminhadas para gastar seus quilinhos extras, como eu. Seu dono, de hábitos exóticos estaria por perto, controlando a ave em um de seus passeios matinais?..; Afinal tem mania pra tudo neste mundo cujos direitos e liberdade são cada vez mais exigidos e ter um galo como animal de estimação, não seria uma grande surpresa!.._ pensei com meus botões.
Bem, continuei fazendo minha caminhada e quando comecei a sentir que meu limite estava chegando, depois de 40 minutos, resolvi voltar para casa pelo mesmo caminho. O galo ainda estava circulando pelo mesmo lugar enquanto um instrutor de auto-escola, tentava se aproximar sem assusta-lo. Quando passei por perto, era o meu caminho, o homem me comentou que ele e seu aluno o haviam solto do despacho da esquina onde encontrava-se amarrado por alguns barbantes e inacreditavelmente vivo.
Fiquei mais surpreso ainda. Existem despachos feito com animais mortos e que na maioria das vezes são sacrificados nas esquinas em rituais sangrentos, durante a madrugada e nesta região onde moro, pela riqueza de praças,  se torna um ambiente facilitador para estes sacrifícios religiosos, deixando os moradores revoltados quando se deparam com toda esta sujeira na beira das calçadas, na frente de seus portões. São velas, bebidas, doces e animais mortos que ficam dias se decompondo, criando moscas e doenças. 
Quanto ao Serviço de Limpeza Publica, muitas equipes fazem vistas grossas a este tipo de lixo, por questões culturais, muitos não gostam de mexer em coisas de caráter religioso. Vamos que eles peguem algum feitiço, não é mesmo? 
Existe a Lei 4114/07 votada e aprovada na Câmara Municipal de Porto Alegre e publicada no Diário Oficial, que proíbe depositar em passeios, vias ou logradouros públicos, rios, lagos, lagoas, riachos, córregos ou em suas margens, animais mortos ou parte deles sob pena ou multa de 50 a 150 UFMs.(unidade financeira Municipal) que agora em 2011  vale: R$ 2,6048 implicando em multas de R$ 130.24,00 à R$ 390.72,00.
Por outro lado, segundo a legislação Brasileira, nenhuma lei municipal ou estadual, pode sobrepor os desígnios da Carta Magna. Sendo assim, proibir religiosos Africanistas, Umbandistas e/ou Candomblecistas de realizarem ritos envolvendo despachos em rios, matas ou encruzilhadas o que fere o princípio de liberdade religiosa estabelecido no Artigo V da constituição nacional.
Mais uma vez o cidadão contribuinte fica submetido a leis mal elaboradas que se desencontram nas diferentes instancias e não fornecem os devidos subsídios  para execício de seus direitos e cidadania. Mas voltando a historia do galo, é inacreditável ter sobrevivido.

O cara mais chato da Novela das 9.

Não é  à toa que seu  irmão Leonardo,  o odeia tanto. O cara é um pé no saco; passou parte da  novela brincando de ser herói, conquistou uma das mais belas e ricas personagens da trama, sem muito esforço e depois que sofreu o acidente aéreo e ficou parapléglico, entrou numa tal deprê  que perdurou até  depois de sua recuperação. Acho que o cara não tem saída mesmo, ele manterá seu mal humor e clima de tensão até o ultimo capitulo. Numa das conversas com seu pai esta semana, o cara parecia tão  dramático que visivelmente cuspia pelos cantos da boca. 

Pra que serve o amor?

No Sábado à noite tive dois compromissos marcados: Jantar na casa de amigos, uma galinhada feita com frango à caipira gigantesco e vinho; Depois dormir fora de casa por que tinha prometido emprestar o apartamento pelo Dia dos Namorados, num encontro de dois, olho à olho, fondue de chocolate, troca de presentes... 
No Domingo quando retornei para casa à noite, depois do plantão, encontrei este vídeo no YouTube que achei criativo para utiliza-lo em homenagem ao Dia dos Namorados (que posto agora no Diário de Bordo).

ENCONTRO ARTÍSTICO NO CLUBE CANTEGRIL EM VIAMÃO.


Sábado de tarde, aconteceu no quiosque do Clube Cantegril em Viamão, as 15 horas, o novo encontro de artistas de Viamão promovido pelo ICV- Instituto Cultural Viamonense, que tem por objetivo divulgar a cultura no município, agregando artistas das diversas áreas de expressão.


Alem de visitantes e representantes do setor Cultural da cidade vizinha, Gravataí, participaram do encontro os artistas visuais Tania Danuzzia Morrone, Luid, Silvia Cestari, Elizete Cristina com exposição de alguns de seus trabalhos, na modalidade musical a cantora Michele Cavalcanti acompanhada da banda Tambor Falante com mostras de seu trabalho autoral, o escritor Dirk Hesseling, considerado uns dos patrimônios da cultura local e as poetisas Jane Peixoto, Fernanda Blaya Figueró, uma das principais incentivadoras do evento. Ainda dentro das atividades, aconteceu apresentação de dança cigana, dança do ventre e capoeira promovidas por algumas escolas especializadas nesta arte.


As manifestações culturais em Viamão, ainda sobrevivem do trabalho árduo de seus artistas que promovem e executam esses encontros através de iniciativa pessoais com recursos do próprio bolso e com muto pouco ou nenhuma representação empresarial que apoie de maneira efetiva a cultura local.


Promessas são dívidas?

Tenho alguns planos, que aprendi a não revela-los antes de encaminha-los, de pô-los em pratica. É verdade!., isto é uma teoria que virou regra, pois na maioria das vezes funciona como uma medida de segurança, no caso de eu mudar de ideia, de descobrir que não era bem o que eu queria, de ter outros motivos que me impeçam de conclui-lo, já que na vida surgem tantos empecilhos, imprevistos... Coisa mais frustrante, ter planos, sonhar com eles, falar deles e não realiza-los. Lembro-me da história de um amigo que sempre falava pras pessoas do seu projeto de viajar pelo nordeste, com uma mochila nas costas. No tempo em que mochila nas costas era moda e conhecer o nordeste um feito corajoso. Ele falou tantas vezes nisto, que as pessoas passaram a lhe cobrar a tal aventura, sempre que o viam. O tempo foi passando e nada acontecia. Um dia já sem muita vontade de ir, por que até os projetos também tem prazo de validade emocional e desconfiado de estar sendo desacreditado,  foi obrigado a arrumar as malas e ir na marra, de tanto que lhe perguntavam sobre o tal projeto. Viajou mais por pressão externa, do que por vontade própria. Devia isto para as pessoas a quem falava frequentemente. Devia mais aos outros, do que pra si mesmo esta conquista que já tinha perdido metade do sabor inicial.
Portanto eu fico cuidadoso para que minhas palavras ou intensões pessoais, não se transformem aos olhos dos outros, numa promessa impagável. As vezes não é esta a intenção, mas acaba virando, por causa das expectativas, empolgações, ansiedades e exacerbações geradas. É preciso cuidado para que sonhos não virem obrigações desnecessárias.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...