Terminou a novela do Manuel Carlos, Viver a Vida e eu achei tudo tão rápido, como se faltasse alguma coisa, parecendo um final improvisado, feito às pressas, como se o autor não tivesse mais tempo de dar um final digno para a estória de cada personagem no prazo estipulado pela direção. Ou então a intenção do diretor foi essa mesma, de passar uma estória sem um final linear, incoerente e reticente como é a vida real, mesmo tratando-se de uma trama de novela e ter chegado a o seu final. Não, eu não esperava um final feliz para os bons e justiça arrebatadora para os vilões. Até por que nesta novela parecia não haver vilões, e sim personagens com erros tão humanos e parecidos com os nossos que às vezes eu mesmo me identificava com algum deles e compreendia a atitude de outros. Em particular eu não esperava que Luciana voltasse a andar, que Marcos deixasse de ser um crápula e homem infeliz com as mulheres como sempre foi desde o inicio da novela, que Teresa perdoasse Helena e que Isabel aprendesse a calar mais sua boquinha cheia de verdades, por que sou desses telespectadores que aprendeu, vivenciou e se surpreendeu com a evolução dos conceitos de telenovelas brasileiras. Que novelas devem transmitir muito mais verdades cotidianas do que ficções absurdas e deve caminhar ao lado de nossa realidade. Sou do tempo de O Astro de Janet Clair, Vale Tudo de Gilberto Braga, onde os bons pagaram por seus erros e os maus fugiram para fora do país, como é verdadeiramente a nossa realidade. Sou de um tempo em que as novelas de Manuel Carlos me causavam mais emoção como em Laços de Família, Por Amor e Paginas da Vida. Esta foi tão insossa que passou despercebida, que venha a próxima!