Upgrade

Hoje dei inicio a uma serie de decisões que por falta de coragem ficava protelando com inúmeras desculpas. As vezes é necessário olhar pra cima, pra baixo, pros os lados, e em todas as direções, ouvir opiniões, estar atento e permitir-se a indução de caminhos necessários e já decididos. Ficamos por vezes cegos em situações que se embaralham, que se acomodam e que num dado momento precisam de um upgrade.
A quem me deu o braço já agradeci!

O Caso da rua Airton Senna- 26

Tânia mora na rua Airton Senna-26, tem cinquenta e quatro anos e perece apresentar todas as patologias que um ser humano comum temeria só de pensar em adquirir. Hepatite B e C, HIV positivo, Câncer de Fígado e dois ou três tumores cerebrais inoperáveis. Seu marido, que também é seu cuidador, chama a ambulância a todo o momento para conduzi-la para algum serviço de saúde, alegando que ela esta mal por que geme o tempo todo e caminha pela casa durante a noite caindo sobre o que resta de mobília, sem dar-lhe um minuto se quer de descanso merecido. Além disto, as vezes é agressiva, se urina na roupa e tenta mata-lo em momentos em que esquece que ele é seu marido e que depende unicamente dele pra tudo nesta vida. Ele conta com certo orgulho, que vivem juntos a vinte e três anos e que a cerca de cinco, apareceu todos os tipos de complicações na saúde da esposa. Carrega uma bíblia numa pasta e outra menor no bolso para agarrar-se a Deus na espera de um possível milagre que modifique esta situação. Reclama da ineficiencia dos serviços de saúde e da negligência de médicos que lhe informam do pouco a ser feito no caso de Tânia, um quadro cronico, sem qualquer possibilidade de reversão. A equipe do posto se angustia quando recebem Tânia para consulta. Dizem que ela não tem nada, que os sinais vitais estão normais, que nada aparece nos exames e que o marido quer livrar-se dela acomodando-a por dias numa maca, possibilitando a ele alguns momentos de descanso. O que fazer com este caso da rua Airton Senna-26 que todo o SAMU incansavelmente ja conhece?

Levantando a Moral

Encontrei um amigo que involuntariamente me fez bem falando de seus projetos, de uma possibilidade de vida melhor, de uma qualidade de vida que ele acredita ser sustentável. Pediu férias e aguarda uma licença de seu trabalho público para tratar de interesses por dois anos. Torço os dedos para que concedam! Melhor que conquistar projetos é sonhar com eles. Nos abraçamos e lhe desejei uma boa viagem de trabalho em sua carreta. As vezes retomamos forças por atitudes de pessoas pela qual não esperamos obter.

Vulnerabilidade

Hoje tive um dia infeliz, atendendo pessoas infelizes, cansadas, carentes, desesperadas, pobres, revoltadas com a própria sorte. Tem dias em que me encontro assim, vulnerável a tudo isto e não consigo me proteger atrás da minha armadura profissional, do meu escudo invisível emocional. Tudo me abala, nada me deixa satisfeito, nenhuma piada me faz rir de verdade. Então fico forçando uma naturalidade absolutamente falsa, que parece não convencer a ninguém e que me distancia do que realmente sou.

Viver a Vida- Útimo capitulo

Terminou a novela do Manuel Carlos, Viver a Vida e eu achei tudo tão rápido, como se faltasse alguma coisa, parecendo um final improvisado, feito às pressas, como se o autor não tivesse mais tempo de dar um final digno para a estória de cada personagem no prazo estipulado pela direção. Ou então a intenção do diretor foi essa mesma, de passar uma estória sem um final linear, incoerente e reticente como é a vida real, mesmo tratando-se de uma trama de novela e ter chegado a o seu final. Não, eu não esperava um final feliz para os bons e justiça arrebatadora para os vilões. Até por que nesta novela parecia não haver vilões, e sim personagens com erros tão humanos e parecidos com os nossos que às vezes eu mesmo me identificava com algum deles e compreendia a atitude de outros. Em particular eu não esperava que Luciana voltasse a andar, que Marcos deixasse de ser um crápula e homem infeliz com as mulheres como sempre foi desde o inicio da novela, que Teresa perdoasse Helena e que Isabel aprendesse a calar mais sua boquinha cheia de verdades, por que sou desses telespectadores que aprendeu, vivenciou e se surpreendeu com a evolução dos conceitos de telenovelas brasileiras. Que novelas devem transmitir muito mais verdades cotidianas do que ficções absurdas e deve caminhar ao lado de nossa realidade. Sou do tempo de O Astro de Janet Clair, Vale Tudo de Gilberto Braga, onde os bons pagaram por seus erros e os maus fugiram para fora do país, como é verdadeiramente a nossa realidade. Sou de um tempo em que as novelas de Manuel Carlos me causavam mais emoção como em Laços de Família, Por Amor e Paginas da Vida. Esta foi tão insossa que passou despercebida, que venha a próxima!

Comi meu sanduiche de Terça

Confundí os dias. Pensei que hoje fosse Terça, quando na verdade é Segunda e então comi meu sanduiche de pão integral de Terça e me sinto traindo uma regra que eu inventei para por um pouco mais de ordem na minha vida gastronomica, mesmo me confundindo às vezes, como aconteceu hoje. "Sanduiche de pão integral nas Terças e gelatina de grosselia nas Segundas". Como pude esquecer desta regra?.. Bom, isto que faço, não é bem um conceito ordeiro de vida é uma especie de regra louca para loucos que querem se acorrentarem em pequenas regras absurdas, acreditando que é possivel ter alguma ordem em tudo isto, não é mesmo? Hoje levantei cheio de novas regras confusas, acreditando que fosse Terça e Terça é dia de elabora-las para talvés esquecer de outras regras que acredito serem mais rigorosas na Quarta, na Quinta e na Sexta e prefiro sufoca-las com sanduiches de pão integral que costumo comer nas Terças e não nas Segundas.
Bom este post foi apenas uma brincadeira sobre as regras que criamos no nosso dia à dia, acreditando que certas disciplinas impostas por nós memos, nos tornarão mais organizados, equilibrados.

GENTILEZA GERA GENTILEZA


Ontem pela manhã me vi agraciado ao assistir o Globo Rural, que apresentava a matéria que encerrava a série dos melhores momentos do programa em 2005. A reportagem era sobre Monty Robert, um cauboi americano encantador de cavalos e precursor da doma gentil., cujo termo (Doma) ele não gosta de usar por se tratar de dominação. Sua técnica chamada Join Up (juntar-se), que consiste em comunicar-se com o cavalo em seu próprio idioma, convencendo-o a nos aceitar como seu lí­der. Desta maneira se forma uma união na qual homem e cavalo trabalham juntos em uma relação com base na confiança, comunicação e respeito mútuo. A reportagem mostrou inclusive pessoas emocionadas que assistiam as apresentações publicas do cauboi com os animais em sua fazenda, assim como a utilização benéfica de sua técnica na equoterapia, aqui no Brasil. Monty, ganhou centenas de prêmios, escreveu vários livros, já vendeu mais de cinco milhões de cópias mundo afora. Foi lido até pela rainha da Inglaterra, que se tornou amiga dele e determinou que a doma gentil fosse adotada na Grã Bretanha. A reportagem é longa, bonita, sensível e prende o telespectador por dar uma lição de vida. Mostra que a gentileza é capaz de gerar vínculos maiores que um habito social marcado a uma simples e mecânica troca, como confiança, amizade, lealdade, respeito. Meu colega que costuma utilizar com frequência esta frase: "Gentileza gera gentileza", pode sentir seu verdadeiro sentido durante o programa. Coloco aqui uma das páginas do Globo Rural que descreve mais detalhadamente sobre o tema.

Metade

Ja postei em algum lugar!.. Acho que me lembro vagamente de ter postado em alguma página do meu blog, se não um pedaço como agora, a letra inteira da musica de Cancanhoto e que tenho alguma identificação. Às vezes me sinto assim, ou então fico assim derepente pela metade, quando numa conversa ou telefonema, sou remetido à buscas infindáveis de nós mesmos, em dialogos que não tem resposta, ou que tem as mesmas já ditas, não renovadas e sem efeitos e tudo parece por vezes uma grande perda de tempo, de energia, de aproveitamento do que poderia ser uma conversa agradavel e uma troca positiva entre pessoas que se gostam e se respeitam.
Daí que me ponho cansado, desestimulado, como agora, por me sentir impotente de fornecer ajuda, de complementar idéias e até compreende-las. Surgem desencontros, falhas na comunicação.
Bom, amanhã posso melhorar e voltar a ser o que fui quando cheguei em casa. Amanhã tudo deve melhorar eu sei e então não ficarei como me sinto agora, impotente! Não a palavra certa é desnecessario!

Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala
Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim....

Festa de Integração

O encontro de hoje à noite no Zelig Bar com os novos excursionistas que viajarão dia 17 de Julho para Matchu Pitchu e Buenos Aires, foi agradável e eu, Ton e Juliano relembramos dos momentos alegres, curiosos, alguns difíceis mais contornáveis e de muita integração positiva entre os componentes da excursão para o Chile e que fizemos parte em Fevereiro passado. Percebí a expectativa estampada no olhar dos novatos, enquanto conversavamos e Chegavamos a conclusão que o melhor de tudo, é a amizade que se estabeleceu entre as pessoas que dividiram estas e outras experiências juntas e que mais tarde se encontram para relembrar e comemorar com nesta noite. Ah, ganhei um Cd com alguns registros da viagem e descobri que não gosto de Chop e´a cerveja artesanal (Coruja) servida no Zelig!

Embaraços

Ontem atendi uma idosa, cujo o filho, insistia em dizer que nos conhecíamos de algum lugar, mas que não lembrava a o certo de onde. Me falou onde trabalhava, onde estudou, com quem se casou, quantos filhos teve e até do pai que desapareceu por um ano e depois foi encontrado morto por assassinato. Fiz também algumas tímidas referencias sobre mim, mas nada fechava. Ele ficava me observando de canto e as vezes coçava a cabeça como se buscasse da memória, outras informações que o fizesse lembrar de alguma coisa. Eu poderia jurar que não o conheço ou então sofro de alguma amnésia grave! Ao final do atendimento que prestei, levou-me até o portão de sua casa, agradecendo e depois ficou me observando com uma expressão no rosto de quem lastima por algo e fica naquela viagem de lembranças e pensando: Como pode a gente não se lembrar?.. Eu postei outros textos em que falo sobre a semelhança que tenho com outras pessoas e assim possivelmente sou sempre confundido com alguém, mas o cara de ontem, demonstrava tanta certeza de que me conhecia, que por momentos dava a impressão de que eu é que não me esforçava para ser lembrado. Sai embaraçado com esta história.

Odeon Snack Bar‎

O show de Gil como era de se esperar, foi contagiante e agitou toda a platéia com suas musicas e mais ainda com as conhecidas como expresso 222. Dificil ficar parado diante daquele ritmo meio baião, meio raggae. Pena que foi curto, mas também por dez reais o ingresso, quem poderia esperar por um show de longa duração? O termino veio com aquele gostinho de quero mais e um balanço baiano agitando a alma gaúcha.

Dali fui com amigos, para um happy hour no Bar Odeon, reduto de boemios e intelectuais que procuram um ambiente menos agitado, ao som de piano- flauta e as vezes sax. O Bar é inspirado nos pubs de Buenos Aires e Montevidéu, com um pequeno palco montado à direita da entrada, do qual o piano toma grande parte do espaço, tornando-se uma atração inusitada. O bar presa pela simplicidade no atendimento, como na carta de petiscos a serem consumidos, como o famoso bolinho de bacalhau, o tira gosto imprescindivel e o chop gelado. Com ar de anos 40-5o, quadros com propaganda de cervejas e um poster de Bogart numa das paredes, passa aquela sensação de saudosismo, onde Plauto Cruz com sua flauta apresenta classicos da MPB, chorinhos, Jazz.
Vale a pena conferir!
Endereço:
Rua General Andrade Neves, 81- Centro. Fone 3224-5752.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...